No 1º debate de TV entre presidenciáveis, exageros e omissões nas falas


Candidatos à Presidência da República ‘adaptam’ a realidade para deixar seus feitos mais positivos e suas críticas, mais contundentes

Por Roldão Arruda e Valmar Hupsel Filho

Os presidenciáveis que participaram do debate na TV Bandeirantes na terça-feira à noite rechearam suas argumentações com números. Alguns impressionantes, sobre segurança, saúde, desemprego, mobilidade e outros temas sensíveis em ano eleitoral. Mas nem todos tinham pé na realidade. Outros eram verdades parciais. A presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, não errou quando disse que em seu governo estão sendo registradas "as menores taxas de desemprego da história". Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, que abrange seis regiões metropolitanas, a taxa de desemprego em abril (último dado disponível) foi de 4,9%, a mais baixa já registrada neste mês. Mas a afirmação da presidente parece um pouco triunfalista, já que se refere a um período de 12 anos, de 2002 a 2014. Antes não se fazia esse tipo de medição. A petista também oculta o que é mais preocupante nessa história, que é a queda acentuada no número de criação de empregos no País. Sob esse aspecto, o candidato tucano, Aécio Neves, acertou quando disse que o "julho teve o pior índice de geração de empregos do sécul"”. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que aponta o número de vagas formais (com carteira assinada) criadas a cada mês, em julho o Brasil abriu 11.796 vagas formais de trabalho. Foi o pior resultado para esse período desde 1999. Em junho, foram criados 25.363 postos com carteira. O problema de Aécio foi o mesmo da petista: o exagero retórico. Quando falou "século" estava se referindo a uma série histórica iniciada em 1999. Secretarias e licença. Aécio também exagerou quando disse: "Quando assumi o governo de Minas Gerais, reduzi em cerca de um terço o número de secretarias". A verdade é que, quando assumiu, ele reduziu de 21 para 17 o total de pastas. No fim do primeiro mandato, no entanto, já eram 18, duas delas extraordinárias. Mais tarde, seu sucessor, Antonio Anastasia, criou outras secretarias. Se Aécio tivesse dito que cortou quatro secretarias, ou que reduziu em 20% a máquina governamental, já estaria de bom tamanho. A candidata do PSB, Marina Silva, incorreu em erro semelhante quando, ao tentar mostrar que não é ambientalista radical, disse que "foi na minha gestão que saiu a licença do São Francisco". Seria melhor ter dito que foi no seu mandato de ministra do Meio Ambiente que o pedido de licença, feito pelo Ibama, começou e passou pelas etapas mais importantes. O documento final do licenciamento, porém, só ficou pronto em 2010, quando ela não era mais ministra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Números. Dilma pareceu bem preparada por assessores em relação a estatísticas. A primeira impressão, quando ela citou que o número de jovens matriculados no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) já chegou a 8 milhões, foi de que havia cometido um deslize. Afinal, essa era a meta até o fim deste ano. Mas ontem o Ministério da Educação confirmou que o objetivo foi atingido neste mês. As matrículas chegaram a 8,04 milhões. Dois detalhes sobre o programa: ele não atende apenas jovens e parte dele é destinada ao público do Bolsa Família, gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Foi uma das respostas que o governo encontrou para mostrar que também se preocupa em oferecer portas de saída para quem entra no programa de transferência de renda. Marina evitou citar números. Quando o fez, errou "para baixo". "Cerca de 52 mil pessoas são assassinadas por ano por causa da violência", disse a candidata, mencionando um dado defasado, de 2011. Segundo o mais recente Mapa da Violência, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e que serve de base ao governo federal, o número de assassinatos em 2012 chegou a 56.337.

Os presidenciáveis que participaram do debate na TV Bandeirantes na terça-feira à noite rechearam suas argumentações com números. Alguns impressionantes, sobre segurança, saúde, desemprego, mobilidade e outros temas sensíveis em ano eleitoral. Mas nem todos tinham pé na realidade. Outros eram verdades parciais. A presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, não errou quando disse que em seu governo estão sendo registradas "as menores taxas de desemprego da história". Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, que abrange seis regiões metropolitanas, a taxa de desemprego em abril (último dado disponível) foi de 4,9%, a mais baixa já registrada neste mês. Mas a afirmação da presidente parece um pouco triunfalista, já que se refere a um período de 12 anos, de 2002 a 2014. Antes não se fazia esse tipo de medição. A petista também oculta o que é mais preocupante nessa história, que é a queda acentuada no número de criação de empregos no País. Sob esse aspecto, o candidato tucano, Aécio Neves, acertou quando disse que o "julho teve o pior índice de geração de empregos do sécul"”. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que aponta o número de vagas formais (com carteira assinada) criadas a cada mês, em julho o Brasil abriu 11.796 vagas formais de trabalho. Foi o pior resultado para esse período desde 1999. Em junho, foram criados 25.363 postos com carteira. O problema de Aécio foi o mesmo da petista: o exagero retórico. Quando falou "século" estava se referindo a uma série histórica iniciada em 1999. Secretarias e licença. Aécio também exagerou quando disse: "Quando assumi o governo de Minas Gerais, reduzi em cerca de um terço o número de secretarias". A verdade é que, quando assumiu, ele reduziu de 21 para 17 o total de pastas. No fim do primeiro mandato, no entanto, já eram 18, duas delas extraordinárias. Mais tarde, seu sucessor, Antonio Anastasia, criou outras secretarias. Se Aécio tivesse dito que cortou quatro secretarias, ou que reduziu em 20% a máquina governamental, já estaria de bom tamanho. A candidata do PSB, Marina Silva, incorreu em erro semelhante quando, ao tentar mostrar que não é ambientalista radical, disse que "foi na minha gestão que saiu a licença do São Francisco". Seria melhor ter dito que foi no seu mandato de ministra do Meio Ambiente que o pedido de licença, feito pelo Ibama, começou e passou pelas etapas mais importantes. O documento final do licenciamento, porém, só ficou pronto em 2010, quando ela não era mais ministra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Números. Dilma pareceu bem preparada por assessores em relação a estatísticas. A primeira impressão, quando ela citou que o número de jovens matriculados no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) já chegou a 8 milhões, foi de que havia cometido um deslize. Afinal, essa era a meta até o fim deste ano. Mas ontem o Ministério da Educação confirmou que o objetivo foi atingido neste mês. As matrículas chegaram a 8,04 milhões. Dois detalhes sobre o programa: ele não atende apenas jovens e parte dele é destinada ao público do Bolsa Família, gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Foi uma das respostas que o governo encontrou para mostrar que também se preocupa em oferecer portas de saída para quem entra no programa de transferência de renda. Marina evitou citar números. Quando o fez, errou "para baixo". "Cerca de 52 mil pessoas são assassinadas por ano por causa da violência", disse a candidata, mencionando um dado defasado, de 2011. Segundo o mais recente Mapa da Violência, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e que serve de base ao governo federal, o número de assassinatos em 2012 chegou a 56.337.

Os presidenciáveis que participaram do debate na TV Bandeirantes na terça-feira à noite rechearam suas argumentações com números. Alguns impressionantes, sobre segurança, saúde, desemprego, mobilidade e outros temas sensíveis em ano eleitoral. Mas nem todos tinham pé na realidade. Outros eram verdades parciais. A presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, não errou quando disse que em seu governo estão sendo registradas "as menores taxas de desemprego da história". Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, que abrange seis regiões metropolitanas, a taxa de desemprego em abril (último dado disponível) foi de 4,9%, a mais baixa já registrada neste mês. Mas a afirmação da presidente parece um pouco triunfalista, já que se refere a um período de 12 anos, de 2002 a 2014. Antes não se fazia esse tipo de medição. A petista também oculta o que é mais preocupante nessa história, que é a queda acentuada no número de criação de empregos no País. Sob esse aspecto, o candidato tucano, Aécio Neves, acertou quando disse que o "julho teve o pior índice de geração de empregos do sécul"”. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que aponta o número de vagas formais (com carteira assinada) criadas a cada mês, em julho o Brasil abriu 11.796 vagas formais de trabalho. Foi o pior resultado para esse período desde 1999. Em junho, foram criados 25.363 postos com carteira. O problema de Aécio foi o mesmo da petista: o exagero retórico. Quando falou "século" estava se referindo a uma série histórica iniciada em 1999. Secretarias e licença. Aécio também exagerou quando disse: "Quando assumi o governo de Minas Gerais, reduzi em cerca de um terço o número de secretarias". A verdade é que, quando assumiu, ele reduziu de 21 para 17 o total de pastas. No fim do primeiro mandato, no entanto, já eram 18, duas delas extraordinárias. Mais tarde, seu sucessor, Antonio Anastasia, criou outras secretarias. Se Aécio tivesse dito que cortou quatro secretarias, ou que reduziu em 20% a máquina governamental, já estaria de bom tamanho. A candidata do PSB, Marina Silva, incorreu em erro semelhante quando, ao tentar mostrar que não é ambientalista radical, disse que "foi na minha gestão que saiu a licença do São Francisco". Seria melhor ter dito que foi no seu mandato de ministra do Meio Ambiente que o pedido de licença, feito pelo Ibama, começou e passou pelas etapas mais importantes. O documento final do licenciamento, porém, só ficou pronto em 2010, quando ela não era mais ministra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Números. Dilma pareceu bem preparada por assessores em relação a estatísticas. A primeira impressão, quando ela citou que o número de jovens matriculados no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) já chegou a 8 milhões, foi de que havia cometido um deslize. Afinal, essa era a meta até o fim deste ano. Mas ontem o Ministério da Educação confirmou que o objetivo foi atingido neste mês. As matrículas chegaram a 8,04 milhões. Dois detalhes sobre o programa: ele não atende apenas jovens e parte dele é destinada ao público do Bolsa Família, gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Foi uma das respostas que o governo encontrou para mostrar que também se preocupa em oferecer portas de saída para quem entra no programa de transferência de renda. Marina evitou citar números. Quando o fez, errou "para baixo". "Cerca de 52 mil pessoas são assassinadas por ano por causa da violência", disse a candidata, mencionando um dado defasado, de 2011. Segundo o mais recente Mapa da Violência, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e que serve de base ao governo federal, o número de assassinatos em 2012 chegou a 56.337.

Os presidenciáveis que participaram do debate na TV Bandeirantes na terça-feira à noite rechearam suas argumentações com números. Alguns impressionantes, sobre segurança, saúde, desemprego, mobilidade e outros temas sensíveis em ano eleitoral. Mas nem todos tinham pé na realidade. Outros eram verdades parciais. A presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, não errou quando disse que em seu governo estão sendo registradas "as menores taxas de desemprego da história". Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, que abrange seis regiões metropolitanas, a taxa de desemprego em abril (último dado disponível) foi de 4,9%, a mais baixa já registrada neste mês. Mas a afirmação da presidente parece um pouco triunfalista, já que se refere a um período de 12 anos, de 2002 a 2014. Antes não se fazia esse tipo de medição. A petista também oculta o que é mais preocupante nessa história, que é a queda acentuada no número de criação de empregos no País. Sob esse aspecto, o candidato tucano, Aécio Neves, acertou quando disse que o "julho teve o pior índice de geração de empregos do sécul"”. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que aponta o número de vagas formais (com carteira assinada) criadas a cada mês, em julho o Brasil abriu 11.796 vagas formais de trabalho. Foi o pior resultado para esse período desde 1999. Em junho, foram criados 25.363 postos com carteira. O problema de Aécio foi o mesmo da petista: o exagero retórico. Quando falou "século" estava se referindo a uma série histórica iniciada em 1999. Secretarias e licença. Aécio também exagerou quando disse: "Quando assumi o governo de Minas Gerais, reduzi em cerca de um terço o número de secretarias". A verdade é que, quando assumiu, ele reduziu de 21 para 17 o total de pastas. No fim do primeiro mandato, no entanto, já eram 18, duas delas extraordinárias. Mais tarde, seu sucessor, Antonio Anastasia, criou outras secretarias. Se Aécio tivesse dito que cortou quatro secretarias, ou que reduziu em 20% a máquina governamental, já estaria de bom tamanho. A candidata do PSB, Marina Silva, incorreu em erro semelhante quando, ao tentar mostrar que não é ambientalista radical, disse que "foi na minha gestão que saiu a licença do São Francisco". Seria melhor ter dito que foi no seu mandato de ministra do Meio Ambiente que o pedido de licença, feito pelo Ibama, começou e passou pelas etapas mais importantes. O documento final do licenciamento, porém, só ficou pronto em 2010, quando ela não era mais ministra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Números. Dilma pareceu bem preparada por assessores em relação a estatísticas. A primeira impressão, quando ela citou que o número de jovens matriculados no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) já chegou a 8 milhões, foi de que havia cometido um deslize. Afinal, essa era a meta até o fim deste ano. Mas ontem o Ministério da Educação confirmou que o objetivo foi atingido neste mês. As matrículas chegaram a 8,04 milhões. Dois detalhes sobre o programa: ele não atende apenas jovens e parte dele é destinada ao público do Bolsa Família, gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Foi uma das respostas que o governo encontrou para mostrar que também se preocupa em oferecer portas de saída para quem entra no programa de transferência de renda. Marina evitou citar números. Quando o fez, errou "para baixo". "Cerca de 52 mil pessoas são assassinadas por ano por causa da violência", disse a candidata, mencionando um dado defasado, de 2011. Segundo o mais recente Mapa da Violência, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e que serve de base ao governo federal, o número de assassinatos em 2012 chegou a 56.337.

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