PT não vence em nenhuma capital pela 1ª vez desde 1985


Sigla reforça trajetória de queda iniciada com o impeachment de Dilma em 2016

Por Ricardo Galhardo

O resultado final das eleições municipais reforça a trajetória de queda do PT iniciada com o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016. Com as derrotas de Marília Arraes, em Recife, e João Coser, em Vitória, o PT não venceu em nenhuma capital. É a primeira vez que isso acontece nos últimos 35 anos, desde que Maria Luiza Fontenele foi eleita prefeita de Fortaleza, em 1985, quando os chefes dos Executivos municipais passaram a ser eleitos de forma direta.

No segundo turno, o PT ganhou em apenas quatro das 15 cidades que disputou (Diadema e Mauá, em São Paulo; Contagem e Juiz de Fora, em Minas Gerais). O partido já havia amargado uma redução do número de prefeituras no primeiro turno. No total, o PT elegeu 183 prefeitos este ano ante 256 em 2016 – no auge da crise do impeachment e da Lava Jato – e 630 em 2012. No Estado de São Paulo, berço do partido, o PT elegeu apenas quatro prefeitos este ano.

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Marília Arraes, do PT, foi derrotada em Recife Foto: Pabro Kennedy/Futurapress

Ao Estadão a presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), falou em necessidade de “reconstrução”. “Temos que nos reposicionar e reconstruir. É o que temos que fazer”, disse Gleisi.

Segundo ela, o mapa eleitoral mostra que este processo já começou. A maioria das prefeituras perdidas fica em pequenas cidades do interior, os chamados grotões, enquanto a maior parte das conquistas foi em cidades médias e grandes. “Esta reconstrução já começou, é que leva tempo para dar resultado”, afirmou.

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Nas redes sociais, Gleisi destacou a competitividade das candidaturas petistas no segundo turno, mesmo as derrotadas. “O segundo turno mostrou que a esquerda sabe lutar. Nosso desempenho nas grandes cidades e a unidade que construímos em tantas delas confirma que temos uma alternativa para o Brasil”, escreveu ela.

As postagens foram interpretadas como sinal de uma nova atitude do PT em relação aos demais partidos de esquerda. A postura hegemônica e por vezes arrogante dos tempos em que o partido ocupou o governo federal agora vai dar espaço a uma relação mais horizontal.

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“Hegemonia se faz com força política e eleitoral. Não é só dizer que tem hegemonia. O PT teve um processo de ascensão e queda. É óbvio que perdeu muita força eleitoral”, disse Gleisi.

Segundo ela, a unidade das forças de esquerda construída em capitais como São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre no segundo turno abre um caminho para a eleição presidencial de 2022.

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“O segundo turno abre a possibilidade de uma unidade. Não é uma unidade dada. Isso vai depender do que vamos fazer até lá, mas cria condições”, afirmou.

Ela comemorou o desempenho de Guilherme Boulos (PSOL), que chegou ao segundo turno mas acabou derrotado por Bruno Covas em São Paulo. “Boulos é um grande vencedor deste processo e é importante que isso aconteça”, disse Gleisi.

Nos próximos dias o partido vai se reunir para fazer um balanço da eleição municipal. Em conversas reservadas, dirigentes já apontam os principais culpados. Além da própria Gleisi, que conduziu o processo, o ex-prefeito Fernando Haddad – que se recusou a concorrer em São Paulo - e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são apontados.

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O partido não engoliu o fato de Lula ter dito, no dia da votação do primeiro turno, que o PT não apoiou Guilherme Boulos (PSOL) por decisão "soberana" de Jilmar Tatto. A declaração foi considerada uma traição a Tatto. Além disso, petistas avaliam que o resultado evidenciou o declínio do prestígio de Lula como cabo eleitoral. Dirigentes creem que Lula vai perder poder nas decisões internas do partido.

O resultado final das eleições municipais reforça a trajetória de queda do PT iniciada com o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016. Com as derrotas de Marília Arraes, em Recife, e João Coser, em Vitória, o PT não venceu em nenhuma capital. É a primeira vez que isso acontece nos últimos 35 anos, desde que Maria Luiza Fontenele foi eleita prefeita de Fortaleza, em 1985, quando os chefes dos Executivos municipais passaram a ser eleitos de forma direta.

No segundo turno, o PT ganhou em apenas quatro das 15 cidades que disputou (Diadema e Mauá, em São Paulo; Contagem e Juiz de Fora, em Minas Gerais). O partido já havia amargado uma redução do número de prefeituras no primeiro turno. No total, o PT elegeu 183 prefeitos este ano ante 256 em 2016 – no auge da crise do impeachment e da Lava Jato – e 630 em 2012. No Estado de São Paulo, berço do partido, o PT elegeu apenas quatro prefeitos este ano.

Marília Arraes, do PT, foi derrotada em Recife Foto: Pabro Kennedy/Futurapress

Ao Estadão a presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), falou em necessidade de “reconstrução”. “Temos que nos reposicionar e reconstruir. É o que temos que fazer”, disse Gleisi.

Segundo ela, o mapa eleitoral mostra que este processo já começou. A maioria das prefeituras perdidas fica em pequenas cidades do interior, os chamados grotões, enquanto a maior parte das conquistas foi em cidades médias e grandes. “Esta reconstrução já começou, é que leva tempo para dar resultado”, afirmou.

Nas redes sociais, Gleisi destacou a competitividade das candidaturas petistas no segundo turno, mesmo as derrotadas. “O segundo turno mostrou que a esquerda sabe lutar. Nosso desempenho nas grandes cidades e a unidade que construímos em tantas delas confirma que temos uma alternativa para o Brasil”, escreveu ela.

As postagens foram interpretadas como sinal de uma nova atitude do PT em relação aos demais partidos de esquerda. A postura hegemônica e por vezes arrogante dos tempos em que o partido ocupou o governo federal agora vai dar espaço a uma relação mais horizontal.

“Hegemonia se faz com força política e eleitoral. Não é só dizer que tem hegemonia. O PT teve um processo de ascensão e queda. É óbvio que perdeu muita força eleitoral”, disse Gleisi.

Segundo ela, a unidade das forças de esquerda construída em capitais como São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre no segundo turno abre um caminho para a eleição presidencial de 2022.

“O segundo turno abre a possibilidade de uma unidade. Não é uma unidade dada. Isso vai depender do que vamos fazer até lá, mas cria condições”, afirmou.

Ela comemorou o desempenho de Guilherme Boulos (PSOL), que chegou ao segundo turno mas acabou derrotado por Bruno Covas em São Paulo. “Boulos é um grande vencedor deste processo e é importante que isso aconteça”, disse Gleisi.

Nos próximos dias o partido vai se reunir para fazer um balanço da eleição municipal. Em conversas reservadas, dirigentes já apontam os principais culpados. Além da própria Gleisi, que conduziu o processo, o ex-prefeito Fernando Haddad – que se recusou a concorrer em São Paulo - e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são apontados.

O partido não engoliu o fato de Lula ter dito, no dia da votação do primeiro turno, que o PT não apoiou Guilherme Boulos (PSOL) por decisão "soberana" de Jilmar Tatto. A declaração foi considerada uma traição a Tatto. Além disso, petistas avaliam que o resultado evidenciou o declínio do prestígio de Lula como cabo eleitoral. Dirigentes creem que Lula vai perder poder nas decisões internas do partido.

O resultado final das eleições municipais reforça a trajetória de queda do PT iniciada com o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016. Com as derrotas de Marília Arraes, em Recife, e João Coser, em Vitória, o PT não venceu em nenhuma capital. É a primeira vez que isso acontece nos últimos 35 anos, desde que Maria Luiza Fontenele foi eleita prefeita de Fortaleza, em 1985, quando os chefes dos Executivos municipais passaram a ser eleitos de forma direta.

No segundo turno, o PT ganhou em apenas quatro das 15 cidades que disputou (Diadema e Mauá, em São Paulo; Contagem e Juiz de Fora, em Minas Gerais). O partido já havia amargado uma redução do número de prefeituras no primeiro turno. No total, o PT elegeu 183 prefeitos este ano ante 256 em 2016 – no auge da crise do impeachment e da Lava Jato – e 630 em 2012. No Estado de São Paulo, berço do partido, o PT elegeu apenas quatro prefeitos este ano.

Marília Arraes, do PT, foi derrotada em Recife Foto: Pabro Kennedy/Futurapress

Ao Estadão a presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), falou em necessidade de “reconstrução”. “Temos que nos reposicionar e reconstruir. É o que temos que fazer”, disse Gleisi.

Segundo ela, o mapa eleitoral mostra que este processo já começou. A maioria das prefeituras perdidas fica em pequenas cidades do interior, os chamados grotões, enquanto a maior parte das conquistas foi em cidades médias e grandes. “Esta reconstrução já começou, é que leva tempo para dar resultado”, afirmou.

Nas redes sociais, Gleisi destacou a competitividade das candidaturas petistas no segundo turno, mesmo as derrotadas. “O segundo turno mostrou que a esquerda sabe lutar. Nosso desempenho nas grandes cidades e a unidade que construímos em tantas delas confirma que temos uma alternativa para o Brasil”, escreveu ela.

As postagens foram interpretadas como sinal de uma nova atitude do PT em relação aos demais partidos de esquerda. A postura hegemônica e por vezes arrogante dos tempos em que o partido ocupou o governo federal agora vai dar espaço a uma relação mais horizontal.

“Hegemonia se faz com força política e eleitoral. Não é só dizer que tem hegemonia. O PT teve um processo de ascensão e queda. É óbvio que perdeu muita força eleitoral”, disse Gleisi.

Segundo ela, a unidade das forças de esquerda construída em capitais como São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre no segundo turno abre um caminho para a eleição presidencial de 2022.

“O segundo turno abre a possibilidade de uma unidade. Não é uma unidade dada. Isso vai depender do que vamos fazer até lá, mas cria condições”, afirmou.

Ela comemorou o desempenho de Guilherme Boulos (PSOL), que chegou ao segundo turno mas acabou derrotado por Bruno Covas em São Paulo. “Boulos é um grande vencedor deste processo e é importante que isso aconteça”, disse Gleisi.

Nos próximos dias o partido vai se reunir para fazer um balanço da eleição municipal. Em conversas reservadas, dirigentes já apontam os principais culpados. Além da própria Gleisi, que conduziu o processo, o ex-prefeito Fernando Haddad – que se recusou a concorrer em São Paulo - e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são apontados.

O partido não engoliu o fato de Lula ter dito, no dia da votação do primeiro turno, que o PT não apoiou Guilherme Boulos (PSOL) por decisão "soberana" de Jilmar Tatto. A declaração foi considerada uma traição a Tatto. Além disso, petistas avaliam que o resultado evidenciou o declínio do prestígio de Lula como cabo eleitoral. Dirigentes creem que Lula vai perder poder nas decisões internas do partido.

O resultado final das eleições municipais reforça a trajetória de queda do PT iniciada com o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016. Com as derrotas de Marília Arraes, em Recife, e João Coser, em Vitória, o PT não venceu em nenhuma capital. É a primeira vez que isso acontece nos últimos 35 anos, desde que Maria Luiza Fontenele foi eleita prefeita de Fortaleza, em 1985, quando os chefes dos Executivos municipais passaram a ser eleitos de forma direta.

No segundo turno, o PT ganhou em apenas quatro das 15 cidades que disputou (Diadema e Mauá, em São Paulo; Contagem e Juiz de Fora, em Minas Gerais). O partido já havia amargado uma redução do número de prefeituras no primeiro turno. No total, o PT elegeu 183 prefeitos este ano ante 256 em 2016 – no auge da crise do impeachment e da Lava Jato – e 630 em 2012. No Estado de São Paulo, berço do partido, o PT elegeu apenas quatro prefeitos este ano.

Marília Arraes, do PT, foi derrotada em Recife Foto: Pabro Kennedy/Futurapress

Ao Estadão a presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), falou em necessidade de “reconstrução”. “Temos que nos reposicionar e reconstruir. É o que temos que fazer”, disse Gleisi.

Segundo ela, o mapa eleitoral mostra que este processo já começou. A maioria das prefeituras perdidas fica em pequenas cidades do interior, os chamados grotões, enquanto a maior parte das conquistas foi em cidades médias e grandes. “Esta reconstrução já começou, é que leva tempo para dar resultado”, afirmou.

Nas redes sociais, Gleisi destacou a competitividade das candidaturas petistas no segundo turno, mesmo as derrotadas. “O segundo turno mostrou que a esquerda sabe lutar. Nosso desempenho nas grandes cidades e a unidade que construímos em tantas delas confirma que temos uma alternativa para o Brasil”, escreveu ela.

As postagens foram interpretadas como sinal de uma nova atitude do PT em relação aos demais partidos de esquerda. A postura hegemônica e por vezes arrogante dos tempos em que o partido ocupou o governo federal agora vai dar espaço a uma relação mais horizontal.

“Hegemonia se faz com força política e eleitoral. Não é só dizer que tem hegemonia. O PT teve um processo de ascensão e queda. É óbvio que perdeu muita força eleitoral”, disse Gleisi.

Segundo ela, a unidade das forças de esquerda construída em capitais como São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre no segundo turno abre um caminho para a eleição presidencial de 2022.

“O segundo turno abre a possibilidade de uma unidade. Não é uma unidade dada. Isso vai depender do que vamos fazer até lá, mas cria condições”, afirmou.

Ela comemorou o desempenho de Guilherme Boulos (PSOL), que chegou ao segundo turno mas acabou derrotado por Bruno Covas em São Paulo. “Boulos é um grande vencedor deste processo e é importante que isso aconteça”, disse Gleisi.

Nos próximos dias o partido vai se reunir para fazer um balanço da eleição municipal. Em conversas reservadas, dirigentes já apontam os principais culpados. Além da própria Gleisi, que conduziu o processo, o ex-prefeito Fernando Haddad – que se recusou a concorrer em São Paulo - e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são apontados.

O partido não engoliu o fato de Lula ter dito, no dia da votação do primeiro turno, que o PT não apoiou Guilherme Boulos (PSOL) por decisão "soberana" de Jilmar Tatto. A declaração foi considerada uma traição a Tatto. Além disso, petistas avaliam que o resultado evidenciou o declínio do prestígio de Lula como cabo eleitoral. Dirigentes creem que Lula vai perder poder nas decisões internas do partido.

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