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Opinião|Brasil na expectativa, Lula otimista: missão de Xi Jinping na Rússia é de paz ou guerra?


China, muito maltratada na era Bolsonaro, tem boas lembranças dos dois governos de Lula

Por Eliane Cantanhêde
Atualização:

Jair Bolsonaro foi à Rússia dias antes da invasão da Ucrânia e se declarou “solidário” com os russos. Lula vai à China dias depois do encontro de Xi Jinping e Vladimir Putin e torce pelo melhor cenário, mas trabalha com dois: ou a China aprofunda seu apoio à Rússia ou dá a largada para as negociações de paz. Como já me disse o chanceler Mauro Vieira, sem China e Estados Unidos, não tem paz.

A primeira reação ao anúncio do encontro de Xi Jinping com Putin foi muito negativa, com o temor, nos EUA e na Europa, de uma aliança mais concreta de China e Rússia e até de envio de armamento chinês para a guerra. Após uma guinada estonteante, a percepção (ou torcida) agora é de que Xi Jinping trabalha pela pacificação, o que converge para o “clube de paz” lançado por Lula.

O que anima Lula e Itamaraty é que o movimento mais espetacular de Xi Jinping ao ser reconduzido ao poder foi na área externa, como mediador da reaproximação entre Irã e Arábia Saudita, num ensaio para algo ainda maior. Diplomacia não é o forte da China, que se ressente do isolamento internacional e da hostilidade ocidental e pode estar usando a mediação para reverter esse quadro.

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Presidente da China, Xi Jinping, em encontro com presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 2019; a reunião desta semana marca outro momento-chave no aprofundamento das relações entre as duas potências Foto: Alexander Zemlianichenko/AP Foto

Caso Xi Jinping tenha objetivo pacificador e caso Putin aceite conversar, o “clube da paz” entra em ação, com Lula em Pequim na próxima semana e Emmanuel Macron na seguinte. No centro das pautas estão, claro, os interesses internos do Brasil e da França, mas a guerra na Ucrânia é tema obrigatório e Lula já tinha pulado no barco desde o encontro com Joe Biden.

A China, muito maltratada na era Bolsonaro, tem boas lembranças dos dois governos de Lula, quando os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se consolidaram e o país ultrapassou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil. O céu é o limite. A turma do agronegócio já viajou ontem, mas o avião presidencial vai lotado de empresários, políticos e ministros, a ponto de o vice Geraldo Alckmin brincar: olha o overbooking!

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Como se explica? Simples: o Brasil é o maior fornecedor de soja, açúcar, celulose, carne bovina e de frango para a China, que é a segunda maior economia do mundo, deve crescer entre 5% e 9% neste ano, tem um mercado perto de 1,5 bilhão de pessoas, é o maior investidor e garante superávit nas trocas comerciais com o Brasil. Quer mais?

Quanto aos 44% de entrevistados que, segundo o Ipec, veem uma ameaça comunista no Brasil, nem vamos perder tempo. A Terra não é plana, vacina salva vidas e não se faz política externa com fake news e ignorância. Aliás, não se faz nada, a não ser terrorismo contra os três Poderes.

Jair Bolsonaro foi à Rússia dias antes da invasão da Ucrânia e se declarou “solidário” com os russos. Lula vai à China dias depois do encontro de Xi Jinping e Vladimir Putin e torce pelo melhor cenário, mas trabalha com dois: ou a China aprofunda seu apoio à Rússia ou dá a largada para as negociações de paz. Como já me disse o chanceler Mauro Vieira, sem China e Estados Unidos, não tem paz.

A primeira reação ao anúncio do encontro de Xi Jinping com Putin foi muito negativa, com o temor, nos EUA e na Europa, de uma aliança mais concreta de China e Rússia e até de envio de armamento chinês para a guerra. Após uma guinada estonteante, a percepção (ou torcida) agora é de que Xi Jinping trabalha pela pacificação, o que converge para o “clube de paz” lançado por Lula.

O que anima Lula e Itamaraty é que o movimento mais espetacular de Xi Jinping ao ser reconduzido ao poder foi na área externa, como mediador da reaproximação entre Irã e Arábia Saudita, num ensaio para algo ainda maior. Diplomacia não é o forte da China, que se ressente do isolamento internacional e da hostilidade ocidental e pode estar usando a mediação para reverter esse quadro.

Presidente da China, Xi Jinping, em encontro com presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 2019; a reunião desta semana marca outro momento-chave no aprofundamento das relações entre as duas potências Foto: Alexander Zemlianichenko/AP Foto

Caso Xi Jinping tenha objetivo pacificador e caso Putin aceite conversar, o “clube da paz” entra em ação, com Lula em Pequim na próxima semana e Emmanuel Macron na seguinte. No centro das pautas estão, claro, os interesses internos do Brasil e da França, mas a guerra na Ucrânia é tema obrigatório e Lula já tinha pulado no barco desde o encontro com Joe Biden.

A China, muito maltratada na era Bolsonaro, tem boas lembranças dos dois governos de Lula, quando os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se consolidaram e o país ultrapassou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil. O céu é o limite. A turma do agronegócio já viajou ontem, mas o avião presidencial vai lotado de empresários, políticos e ministros, a ponto de o vice Geraldo Alckmin brincar: olha o overbooking!

Como se explica? Simples: o Brasil é o maior fornecedor de soja, açúcar, celulose, carne bovina e de frango para a China, que é a segunda maior economia do mundo, deve crescer entre 5% e 9% neste ano, tem um mercado perto de 1,5 bilhão de pessoas, é o maior investidor e garante superávit nas trocas comerciais com o Brasil. Quer mais?

Quanto aos 44% de entrevistados que, segundo o Ipec, veem uma ameaça comunista no Brasil, nem vamos perder tempo. A Terra não é plana, vacina salva vidas e não se faz política externa com fake news e ignorância. Aliás, não se faz nada, a não ser terrorismo contra os três Poderes.

Jair Bolsonaro foi à Rússia dias antes da invasão da Ucrânia e se declarou “solidário” com os russos. Lula vai à China dias depois do encontro de Xi Jinping e Vladimir Putin e torce pelo melhor cenário, mas trabalha com dois: ou a China aprofunda seu apoio à Rússia ou dá a largada para as negociações de paz. Como já me disse o chanceler Mauro Vieira, sem China e Estados Unidos, não tem paz.

A primeira reação ao anúncio do encontro de Xi Jinping com Putin foi muito negativa, com o temor, nos EUA e na Europa, de uma aliança mais concreta de China e Rússia e até de envio de armamento chinês para a guerra. Após uma guinada estonteante, a percepção (ou torcida) agora é de que Xi Jinping trabalha pela pacificação, o que converge para o “clube de paz” lançado por Lula.

O que anima Lula e Itamaraty é que o movimento mais espetacular de Xi Jinping ao ser reconduzido ao poder foi na área externa, como mediador da reaproximação entre Irã e Arábia Saudita, num ensaio para algo ainda maior. Diplomacia não é o forte da China, que se ressente do isolamento internacional e da hostilidade ocidental e pode estar usando a mediação para reverter esse quadro.

Presidente da China, Xi Jinping, em encontro com presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 2019; a reunião desta semana marca outro momento-chave no aprofundamento das relações entre as duas potências Foto: Alexander Zemlianichenko/AP Foto

Caso Xi Jinping tenha objetivo pacificador e caso Putin aceite conversar, o “clube da paz” entra em ação, com Lula em Pequim na próxima semana e Emmanuel Macron na seguinte. No centro das pautas estão, claro, os interesses internos do Brasil e da França, mas a guerra na Ucrânia é tema obrigatório e Lula já tinha pulado no barco desde o encontro com Joe Biden.

A China, muito maltratada na era Bolsonaro, tem boas lembranças dos dois governos de Lula, quando os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se consolidaram e o país ultrapassou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil. O céu é o limite. A turma do agronegócio já viajou ontem, mas o avião presidencial vai lotado de empresários, políticos e ministros, a ponto de o vice Geraldo Alckmin brincar: olha o overbooking!

Como se explica? Simples: o Brasil é o maior fornecedor de soja, açúcar, celulose, carne bovina e de frango para a China, que é a segunda maior economia do mundo, deve crescer entre 5% e 9% neste ano, tem um mercado perto de 1,5 bilhão de pessoas, é o maior investidor e garante superávit nas trocas comerciais com o Brasil. Quer mais?

Quanto aos 44% de entrevistados que, segundo o Ipec, veem uma ameaça comunista no Brasil, nem vamos perder tempo. A Terra não é plana, vacina salva vidas e não se faz política externa com fake news e ignorância. Aliás, não se faz nada, a não ser terrorismo contra os três Poderes.

Jair Bolsonaro foi à Rússia dias antes da invasão da Ucrânia e se declarou “solidário” com os russos. Lula vai à China dias depois do encontro de Xi Jinping e Vladimir Putin e torce pelo melhor cenário, mas trabalha com dois: ou a China aprofunda seu apoio à Rússia ou dá a largada para as negociações de paz. Como já me disse o chanceler Mauro Vieira, sem China e Estados Unidos, não tem paz.

A primeira reação ao anúncio do encontro de Xi Jinping com Putin foi muito negativa, com o temor, nos EUA e na Europa, de uma aliança mais concreta de China e Rússia e até de envio de armamento chinês para a guerra. Após uma guinada estonteante, a percepção (ou torcida) agora é de que Xi Jinping trabalha pela pacificação, o que converge para o “clube de paz” lançado por Lula.

O que anima Lula e Itamaraty é que o movimento mais espetacular de Xi Jinping ao ser reconduzido ao poder foi na área externa, como mediador da reaproximação entre Irã e Arábia Saudita, num ensaio para algo ainda maior. Diplomacia não é o forte da China, que se ressente do isolamento internacional e da hostilidade ocidental e pode estar usando a mediação para reverter esse quadro.

Presidente da China, Xi Jinping, em encontro com presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 2019; a reunião desta semana marca outro momento-chave no aprofundamento das relações entre as duas potências Foto: Alexander Zemlianichenko/AP Foto

Caso Xi Jinping tenha objetivo pacificador e caso Putin aceite conversar, o “clube da paz” entra em ação, com Lula em Pequim na próxima semana e Emmanuel Macron na seguinte. No centro das pautas estão, claro, os interesses internos do Brasil e da França, mas a guerra na Ucrânia é tema obrigatório e Lula já tinha pulado no barco desde o encontro com Joe Biden.

A China, muito maltratada na era Bolsonaro, tem boas lembranças dos dois governos de Lula, quando os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se consolidaram e o país ultrapassou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil. O céu é o limite. A turma do agronegócio já viajou ontem, mas o avião presidencial vai lotado de empresários, políticos e ministros, a ponto de o vice Geraldo Alckmin brincar: olha o overbooking!

Como se explica? Simples: o Brasil é o maior fornecedor de soja, açúcar, celulose, carne bovina e de frango para a China, que é a segunda maior economia do mundo, deve crescer entre 5% e 9% neste ano, tem um mercado perto de 1,5 bilhão de pessoas, é o maior investidor e garante superávit nas trocas comerciais com o Brasil. Quer mais?

Quanto aos 44% de entrevistados que, segundo o Ipec, veem uma ameaça comunista no Brasil, nem vamos perder tempo. A Terra não é plana, vacina salva vidas e não se faz política externa com fake news e ignorância. Aliás, não se faz nada, a não ser terrorismo contra os três Poderes.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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