Em igreja histórica próxima ao conflito, padre reza missas normalmente


Traficantes chegaram a usar mirante para observar operações policiais na Vila Cruzeiro.

Por Júlia Dias Carneiro

Santuário de Nossa Senhora da Penha (ao fundo) fica perto do conflito. Usada em outras ocasiões como mirante do tráfico, a igreja do Santuário de Nossa Senhora da Penha manteve sua programação inabalada nesta semana de conflito nas favelas dos complexos do Alemão e da Penha, esparramadas pelo terreno acidentado logo abaixo. O padre do local, Serafim Fernandes, celebrou todas as missas programadas. Não interrompeu sequer a da tarde de quinta-feira - quando a Vila Cruzeiro foi ocupada por uma grande operação policial com mais de 400 homens e os tiros podiam ser ouvidos do alto. "As pessoas estavam assustadas, muito apreensivas. Mas tentamos manter a calma e consolar uns aos outros", conta. Nas imagens das operações policiais realizadas na região desde quarta-feira, muitas vezes a igreja pontuava o horizonte ao fundo. A construção completou 375 anos em outubro. Nos 14 anos que administra o santuário, Serafim conta ter visto conflitos diversos, mas "não com a intensidade desses dias". "São dias difíceis para todos nós. Estão em causa vidas humanas, e nós da igreja lamentamos por todas elas, sejam das vitimas inocentes, sejam das pessoas que são o objeto das operações ou dos homens que estão fazendo as incursões", diz. Na quarta-feira de tarde, um grupo de traficantes chegou à igreja quando o padre Serafim fazia suas orações. Não lhe dirigiram a palavra, nem entraram no templo. Debruçaram-se sobre as grades que cercam a construção para ter melhor acesso ao que buscavam: a vista privilegiada para observar a movimentação policial na Vila Cruzeiro. "É o lugar mais alto, daqui se vê mais de metade do Rio de Janeiro. Eu estava rezando e eles não me fizeram nenhum mal. Apenas usaram o espaço para se comunicar e controlar o movimento dos policiais", diz o pároco. Nenhum tiro na igreja A igreja é muito exposta, mas não está na linha de tiro, tanto que não foi alvejada por uma bala, segundo o padre. Ela costuma atrair fiéis e turistas; o número de visitantes diminuiu, mas os fiéis continuam indo. "Continuamos com a igreja aberta ao público, e tenho rezado de modo muito especial pelas vítimas e para que o futuro tenha um clima de paz para todos". Serafim aposta que receberá bem mais que a média de 400 visitantes por missa nas quatro celebrações deste domingo, a primeira às 7h. O clima no entorno seria de segurança, e ele diz não ter medo. "Medo anda na contramão da confiança, e tenho muita confiança em Deus." Porém, ele diz que o momento atual é de sofrimento. "O futuro a Deus pertence, mas também à boa vontade dos homens. É uma indefinição", diz. "Eu espero e rezo para que todo esse sofrimento que está sendo gerado seja proveitoso. Para que todos nós - igreja, sociedade, governantes - unamos forças para um futuro de paz estável, que ofereça às crianças, adolescentes e jovens uma perspectiva de vida. No meu entendimento, é isso que está faltando. Todos nós devemos tirar lições desse sofrimento que está em andamento em todo o Rio." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Santuário de Nossa Senhora da Penha (ao fundo) fica perto do conflito. Usada em outras ocasiões como mirante do tráfico, a igreja do Santuário de Nossa Senhora da Penha manteve sua programação inabalada nesta semana de conflito nas favelas dos complexos do Alemão e da Penha, esparramadas pelo terreno acidentado logo abaixo. O padre do local, Serafim Fernandes, celebrou todas as missas programadas. Não interrompeu sequer a da tarde de quinta-feira - quando a Vila Cruzeiro foi ocupada por uma grande operação policial com mais de 400 homens e os tiros podiam ser ouvidos do alto. "As pessoas estavam assustadas, muito apreensivas. Mas tentamos manter a calma e consolar uns aos outros", conta. Nas imagens das operações policiais realizadas na região desde quarta-feira, muitas vezes a igreja pontuava o horizonte ao fundo. A construção completou 375 anos em outubro. Nos 14 anos que administra o santuário, Serafim conta ter visto conflitos diversos, mas "não com a intensidade desses dias". "São dias difíceis para todos nós. Estão em causa vidas humanas, e nós da igreja lamentamos por todas elas, sejam das vitimas inocentes, sejam das pessoas que são o objeto das operações ou dos homens que estão fazendo as incursões", diz. Na quarta-feira de tarde, um grupo de traficantes chegou à igreja quando o padre Serafim fazia suas orações. Não lhe dirigiram a palavra, nem entraram no templo. Debruçaram-se sobre as grades que cercam a construção para ter melhor acesso ao que buscavam: a vista privilegiada para observar a movimentação policial na Vila Cruzeiro. "É o lugar mais alto, daqui se vê mais de metade do Rio de Janeiro. Eu estava rezando e eles não me fizeram nenhum mal. Apenas usaram o espaço para se comunicar e controlar o movimento dos policiais", diz o pároco. Nenhum tiro na igreja A igreja é muito exposta, mas não está na linha de tiro, tanto que não foi alvejada por uma bala, segundo o padre. Ela costuma atrair fiéis e turistas; o número de visitantes diminuiu, mas os fiéis continuam indo. "Continuamos com a igreja aberta ao público, e tenho rezado de modo muito especial pelas vítimas e para que o futuro tenha um clima de paz para todos". Serafim aposta que receberá bem mais que a média de 400 visitantes por missa nas quatro celebrações deste domingo, a primeira às 7h. O clima no entorno seria de segurança, e ele diz não ter medo. "Medo anda na contramão da confiança, e tenho muita confiança em Deus." Porém, ele diz que o momento atual é de sofrimento. "O futuro a Deus pertence, mas também à boa vontade dos homens. É uma indefinição", diz. "Eu espero e rezo para que todo esse sofrimento que está sendo gerado seja proveitoso. Para que todos nós - igreja, sociedade, governantes - unamos forças para um futuro de paz estável, que ofereça às crianças, adolescentes e jovens uma perspectiva de vida. No meu entendimento, é isso que está faltando. Todos nós devemos tirar lições desse sofrimento que está em andamento em todo o Rio." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Santuário de Nossa Senhora da Penha (ao fundo) fica perto do conflito. Usada em outras ocasiões como mirante do tráfico, a igreja do Santuário de Nossa Senhora da Penha manteve sua programação inabalada nesta semana de conflito nas favelas dos complexos do Alemão e da Penha, esparramadas pelo terreno acidentado logo abaixo. O padre do local, Serafim Fernandes, celebrou todas as missas programadas. Não interrompeu sequer a da tarde de quinta-feira - quando a Vila Cruzeiro foi ocupada por uma grande operação policial com mais de 400 homens e os tiros podiam ser ouvidos do alto. "As pessoas estavam assustadas, muito apreensivas. Mas tentamos manter a calma e consolar uns aos outros", conta. Nas imagens das operações policiais realizadas na região desde quarta-feira, muitas vezes a igreja pontuava o horizonte ao fundo. A construção completou 375 anos em outubro. Nos 14 anos que administra o santuário, Serafim conta ter visto conflitos diversos, mas "não com a intensidade desses dias". "São dias difíceis para todos nós. Estão em causa vidas humanas, e nós da igreja lamentamos por todas elas, sejam das vitimas inocentes, sejam das pessoas que são o objeto das operações ou dos homens que estão fazendo as incursões", diz. Na quarta-feira de tarde, um grupo de traficantes chegou à igreja quando o padre Serafim fazia suas orações. Não lhe dirigiram a palavra, nem entraram no templo. Debruçaram-se sobre as grades que cercam a construção para ter melhor acesso ao que buscavam: a vista privilegiada para observar a movimentação policial na Vila Cruzeiro. "É o lugar mais alto, daqui se vê mais de metade do Rio de Janeiro. Eu estava rezando e eles não me fizeram nenhum mal. Apenas usaram o espaço para se comunicar e controlar o movimento dos policiais", diz o pároco. Nenhum tiro na igreja A igreja é muito exposta, mas não está na linha de tiro, tanto que não foi alvejada por uma bala, segundo o padre. Ela costuma atrair fiéis e turistas; o número de visitantes diminuiu, mas os fiéis continuam indo. "Continuamos com a igreja aberta ao público, e tenho rezado de modo muito especial pelas vítimas e para que o futuro tenha um clima de paz para todos". Serafim aposta que receberá bem mais que a média de 400 visitantes por missa nas quatro celebrações deste domingo, a primeira às 7h. O clima no entorno seria de segurança, e ele diz não ter medo. "Medo anda na contramão da confiança, e tenho muita confiança em Deus." Porém, ele diz que o momento atual é de sofrimento. "O futuro a Deus pertence, mas também à boa vontade dos homens. É uma indefinição", diz. "Eu espero e rezo para que todo esse sofrimento que está sendo gerado seja proveitoso. Para que todos nós - igreja, sociedade, governantes - unamos forças para um futuro de paz estável, que ofereça às crianças, adolescentes e jovens uma perspectiva de vida. No meu entendimento, é isso que está faltando. Todos nós devemos tirar lições desse sofrimento que está em andamento em todo o Rio." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Santuário de Nossa Senhora da Penha (ao fundo) fica perto do conflito. Usada em outras ocasiões como mirante do tráfico, a igreja do Santuário de Nossa Senhora da Penha manteve sua programação inabalada nesta semana de conflito nas favelas dos complexos do Alemão e da Penha, esparramadas pelo terreno acidentado logo abaixo. O padre do local, Serafim Fernandes, celebrou todas as missas programadas. Não interrompeu sequer a da tarde de quinta-feira - quando a Vila Cruzeiro foi ocupada por uma grande operação policial com mais de 400 homens e os tiros podiam ser ouvidos do alto. "As pessoas estavam assustadas, muito apreensivas. Mas tentamos manter a calma e consolar uns aos outros", conta. Nas imagens das operações policiais realizadas na região desde quarta-feira, muitas vezes a igreja pontuava o horizonte ao fundo. A construção completou 375 anos em outubro. Nos 14 anos que administra o santuário, Serafim conta ter visto conflitos diversos, mas "não com a intensidade desses dias". "São dias difíceis para todos nós. Estão em causa vidas humanas, e nós da igreja lamentamos por todas elas, sejam das vitimas inocentes, sejam das pessoas que são o objeto das operações ou dos homens que estão fazendo as incursões", diz. Na quarta-feira de tarde, um grupo de traficantes chegou à igreja quando o padre Serafim fazia suas orações. Não lhe dirigiram a palavra, nem entraram no templo. Debruçaram-se sobre as grades que cercam a construção para ter melhor acesso ao que buscavam: a vista privilegiada para observar a movimentação policial na Vila Cruzeiro. "É o lugar mais alto, daqui se vê mais de metade do Rio de Janeiro. Eu estava rezando e eles não me fizeram nenhum mal. Apenas usaram o espaço para se comunicar e controlar o movimento dos policiais", diz o pároco. Nenhum tiro na igreja A igreja é muito exposta, mas não está na linha de tiro, tanto que não foi alvejada por uma bala, segundo o padre. Ela costuma atrair fiéis e turistas; o número de visitantes diminuiu, mas os fiéis continuam indo. "Continuamos com a igreja aberta ao público, e tenho rezado de modo muito especial pelas vítimas e para que o futuro tenha um clima de paz para todos". Serafim aposta que receberá bem mais que a média de 400 visitantes por missa nas quatro celebrações deste domingo, a primeira às 7h. O clima no entorno seria de segurança, e ele diz não ter medo. "Medo anda na contramão da confiança, e tenho muita confiança em Deus." Porém, ele diz que o momento atual é de sofrimento. "O futuro a Deus pertence, mas também à boa vontade dos homens. É uma indefinição", diz. "Eu espero e rezo para que todo esse sofrimento que está sendo gerado seja proveitoso. Para que todos nós - igreja, sociedade, governantes - unamos forças para um futuro de paz estável, que ofereça às crianças, adolescentes e jovens uma perspectiva de vida. No meu entendimento, é isso que está faltando. Todos nós devemos tirar lições desse sofrimento que está em andamento em todo o Rio." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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