Em nota, Levy classifica senadores do PMDB como "mais alta liderança do País"


Ministro da Fazenda também agradece aos senadores peemedebistas pelo diálogo em jantar com peemedebistas; mensagem é publicada em momento de pressão do PT sobre ele

Por Ana Fernandes
Atualização:

BRASÍLIA- Em gesto de aproximação com o PMDB em meio ao aumento da pressão do PT, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, divulgou nota nesta quarta-feira, 11, em que elogia os senadores do PMDB e os classifica de "mais alta liderança do País". No texto, Levy agradece aos senadores peemedebistas pelo diálogo em jantar ontem à noite. O ministro se diz ainda "brindado" por ter tido a oportunidade de ouvir o sentimento e a avaliação da cada um deles. O encontro ocorreu a residência do senador Eunício Oliveira (CE), na capital federal. Em comunicado posterior, o Ministério da Fazenda informou que a nota não se dirigia apenas aos senadores do PMDB. 

"O compromisso com o Brasil e o espírito de cooperação entre a mais alta liderança do país na busca de soluções nesse momento de tantas incógnitas foram as principais impressões que levei daqueles momentos", afirma o ministro.

O ministro da Fazenda Joaquim Levy em evento da CNI Foto: ANDRESSA ANHOLETE/ESTADAO
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Sob bombardeio contínuo do PT e de ministros do governo que querem tirá-lo do cargo, Levy aproveitou a oportunidade para reiterar sua estratégia de reforço do ajuste fiscal. Segundo o ministro, a segurança fiscal, que diminui os temores das pessoas e dá visibilidade ao futuro, é a base das outras ações para o desenvolvimento.

"A partir da fala de muitos, fica evidente que essa segurança só será alcançada pela combinação de ações do lado do gasto e, ouso dizer, a garantia no curto prazo das receitas necessárias para o equilíbrio das contas públicas", afirma Levy.

O ministro ressalta que a política econômica que ele quer conduzir "entende" que o Brasil tem que apresentar opções para a moderação da carga tributária, sem prejuízo do equilíbrio fiscal e respeitando os objetivos de proteção social e estímulo ao trabalho e ao investimento. 

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"Esse é o novo contrato social em gestação no Brasil, típico de um país que, vencendo a pobreza e sendo cada vez mais de classe média, quer sempre crescer, o que poderá nos colocar em novo patamar de desenvolvimento", afirma.

Criticado pelos petistas por ter foco apenas no ajuste fiscal, o ministro da Fazenda reforçou na nota aos senadores do PMDB o discurso de permanente avaliação, priorização e disciplina do gasto público.

"Um orçamento com receitas sólidas é a manifestação imediata desse entendimento, e permitirá a iniciativa privada e a população ter confiança e levar avante seus planos e sonhos, traduzindo-se na retomada econômica", diz ele.

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Estímulos. Em meio a pressão para adotar medidas de liberação do crédito para a retomada da economia, inclusive do BNDES, o ministro responde aos críticos ao afirmar que os instrumentos mais habituais de estímulo à economia já foram usados à exaustão.

"Teremos que trabalhar para enfrentar questões estruturais, de forma a dar competitividade ao país em um período em que não poderemos contar com os mesmos preços favoráveis para nossas matérias-primas", rebate ele.

Levy diz que sua estratégia é abrir oportunidades para novas empresas e empreendedores, dando chance para o país vencer em um mundo ainda com baixo crescimento, mas onde ocorrem extraordinárias mudanças tecnológicas que impactam os modos de produção e de consumo em todos os países.

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Na avaliação do ministro, o Brasil já enfrentou muitas crises e conseguiu sair mais forte delas. Ele disse que os desafios de curto prazo serão superados se enfrentados com clareza no diagnóstico e decisão nas medidas necessárias e unidade. 

Retificação.O Ministério da Fazenda informou que errou ao divulgar nota do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de agradecimento pela receptividade em jantar com senadores ontem à noite. Diferentemente do que foi informado antes pela assessoria de comunicação, a nota não se dirige apenas a senadores do PMDB e sim a todos os senadores, de diversos partidos, que estiveram presentes ao evento. A assessoria do ministro pediu desculpas pelo equívoco e reenviou uma segunda nota, com conteúdo mais reduzido do que a primeira. 

A primeira nota continha o título equivocado de “agradecimento aos senadores do PMDB”, o que deu a entender que todos os elogios do ministro no conteúdo do documento se dirigiam aos parlamentares do partido. No encontro, porém, estavam presentes senadores de outros partidos, inclusive do PT Veja a seguir a íntegra da primeira nota: "AGRADECIMENTO AOS SENADORES DO PMDB

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Prezados senadores

Obrigado pela oportunidade de ouvir o sentimento e avaliação de cada um ontem à noite, e especialmente a receptividade com que fui brindado.

O compromisso com o Brasil e o espírito de cooperação entre a mais alta liderança do país na busca de soluções nesse momento de tantas incógnitas foram as principais impressões que levei daqueles momentos.

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Muito além da análise técnica dos determinantes externos e domésticos da atual situação econômica, gostaria de reiterar a visão de que temos hoje a oportunidade de construir um país com instituições mais fortes e uma economia onde a juventude tenha confiança no resultado do trabalho.

Nessa estratégia, a segurança fiscal, que diminui os temores das pessoas e dá visibilidade ao futuro, é a base das outras ações para o desenvolvimento. 

A partir da fala de muitos, fica evidente que essa segurança só será alcançada pela combinação de ações do lado do gasto e, ouso dizer, a garantia no curto prazo das receitas necessárias para o equilíbrio das contas públicas.

A política econômica que queremos conduzir entende que o Brasil tem que apresentar opções para a moderação da carga tributária, sem prejuízo do equilíbrio fiscal e respeitando os objetivos de proteção social e estímulo ao trabalho e ao investimento. Esse é o novo contrato social em gestação no Brasil, típico de um país que, vencendo a pobreza e sendo cada vez mais de classe média, quer sempre crescer, o que poderá nos colocar em novo patamar de desenvolvimento.

A proposta de permanente avaliação, priorização e disciplina do gasto público e um orçamento com receitas sólidas é a manifestação imediata desse entendimento, e permitirá a iniciativa privada e a população ter confiança e levar avante seus planos e sonhos, traduzindo-se na retomada econômica.

Como observei, os instrumentos mais habituais de estímulo à economia já foram usados à exaustão. Portanto, teremos que trabalhar para enfrentar questões estruturais, de forma a dar competitividade ao país em um período em que não poderemos contar com os mesmos preços favoráveis para nossas matérias primas. 

Enfrentar a burocracia, as dificuldades de pagar impostos e a incerteza nas regras de negócios é o imperativo para voltarmos a crescer e a espinha de nossa estratégia econômica. Junto com o equilíbrio fiscal, esse enfrentamento é o que permitirá encontrar novas condições para o financiamento da economia, inclusive pela modicidade de juros de mercado e não apenas através dos escaninhos tradicionais.

Nossa estratégia é abrir oportunidades para novas empresas e empreendedores, dando chance para o país vencer em um mundo ainda com baixo crescimento, mas onde ocorrem extraordinárias mudanças tecnológicas que impactam os modos de produção e de consumo em todos os países.

O Brasil já enfrentou muitas crises e conseguiu sair mais forte delas. Temos vantagens que poucos países têm, inclusive áreas de excelência no conhecimento e nos negócios comparáveis às de muitos países desenvolvidos, além da independência energética e alimentar, e uma demografia jovem e cada vez mais qualificada. 

Portanto, os desafios de curto prazo serão superados, se enfrentados com clareza no diagnóstico e decisão nas medidas necessárias, validando assim a democracia e unidade que nos fazem um país admirado pelo mundo. 

Mais uma vez, muito obrigado pela oportunidade de conversarmos. 

JOAQUIM LEVY"  

BRASÍLIA- Em gesto de aproximação com o PMDB em meio ao aumento da pressão do PT, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, divulgou nota nesta quarta-feira, 11, em que elogia os senadores do PMDB e os classifica de "mais alta liderança do País". No texto, Levy agradece aos senadores peemedebistas pelo diálogo em jantar ontem à noite. O ministro se diz ainda "brindado" por ter tido a oportunidade de ouvir o sentimento e a avaliação da cada um deles. O encontro ocorreu a residência do senador Eunício Oliveira (CE), na capital federal. Em comunicado posterior, o Ministério da Fazenda informou que a nota não se dirigia apenas aos senadores do PMDB. 

"O compromisso com o Brasil e o espírito de cooperação entre a mais alta liderança do país na busca de soluções nesse momento de tantas incógnitas foram as principais impressões que levei daqueles momentos", afirma o ministro.

O ministro da Fazenda Joaquim Levy em evento da CNI Foto: ANDRESSA ANHOLETE/ESTADAO

Sob bombardeio contínuo do PT e de ministros do governo que querem tirá-lo do cargo, Levy aproveitou a oportunidade para reiterar sua estratégia de reforço do ajuste fiscal. Segundo o ministro, a segurança fiscal, que diminui os temores das pessoas e dá visibilidade ao futuro, é a base das outras ações para o desenvolvimento.

"A partir da fala de muitos, fica evidente que essa segurança só será alcançada pela combinação de ações do lado do gasto e, ouso dizer, a garantia no curto prazo das receitas necessárias para o equilíbrio das contas públicas", afirma Levy.

O ministro ressalta que a política econômica que ele quer conduzir "entende" que o Brasil tem que apresentar opções para a moderação da carga tributária, sem prejuízo do equilíbrio fiscal e respeitando os objetivos de proteção social e estímulo ao trabalho e ao investimento. 

"Esse é o novo contrato social em gestação no Brasil, típico de um país que, vencendo a pobreza e sendo cada vez mais de classe média, quer sempre crescer, o que poderá nos colocar em novo patamar de desenvolvimento", afirma.

Criticado pelos petistas por ter foco apenas no ajuste fiscal, o ministro da Fazenda reforçou na nota aos senadores do PMDB o discurso de permanente avaliação, priorização e disciplina do gasto público.

"Um orçamento com receitas sólidas é a manifestação imediata desse entendimento, e permitirá a iniciativa privada e a população ter confiança e levar avante seus planos e sonhos, traduzindo-se na retomada econômica", diz ele.

Estímulos. Em meio a pressão para adotar medidas de liberação do crédito para a retomada da economia, inclusive do BNDES, o ministro responde aos críticos ao afirmar que os instrumentos mais habituais de estímulo à economia já foram usados à exaustão.

"Teremos que trabalhar para enfrentar questões estruturais, de forma a dar competitividade ao país em um período em que não poderemos contar com os mesmos preços favoráveis para nossas matérias-primas", rebate ele.

Levy diz que sua estratégia é abrir oportunidades para novas empresas e empreendedores, dando chance para o país vencer em um mundo ainda com baixo crescimento, mas onde ocorrem extraordinárias mudanças tecnológicas que impactam os modos de produção e de consumo em todos os países.

Na avaliação do ministro, o Brasil já enfrentou muitas crises e conseguiu sair mais forte delas. Ele disse que os desafios de curto prazo serão superados se enfrentados com clareza no diagnóstico e decisão nas medidas necessárias e unidade. 

Retificação.O Ministério da Fazenda informou que errou ao divulgar nota do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de agradecimento pela receptividade em jantar com senadores ontem à noite. Diferentemente do que foi informado antes pela assessoria de comunicação, a nota não se dirige apenas a senadores do PMDB e sim a todos os senadores, de diversos partidos, que estiveram presentes ao evento. A assessoria do ministro pediu desculpas pelo equívoco e reenviou uma segunda nota, com conteúdo mais reduzido do que a primeira. 

A primeira nota continha o título equivocado de “agradecimento aos senadores do PMDB”, o que deu a entender que todos os elogios do ministro no conteúdo do documento se dirigiam aos parlamentares do partido. No encontro, porém, estavam presentes senadores de outros partidos, inclusive do PT Veja a seguir a íntegra da primeira nota: "AGRADECIMENTO AOS SENADORES DO PMDB

Prezados senadores

Obrigado pela oportunidade de ouvir o sentimento e avaliação de cada um ontem à noite, e especialmente a receptividade com que fui brindado.

O compromisso com o Brasil e o espírito de cooperação entre a mais alta liderança do país na busca de soluções nesse momento de tantas incógnitas foram as principais impressões que levei daqueles momentos.

Muito além da análise técnica dos determinantes externos e domésticos da atual situação econômica, gostaria de reiterar a visão de que temos hoje a oportunidade de construir um país com instituições mais fortes e uma economia onde a juventude tenha confiança no resultado do trabalho.

Nessa estratégia, a segurança fiscal, que diminui os temores das pessoas e dá visibilidade ao futuro, é a base das outras ações para o desenvolvimento. 

A partir da fala de muitos, fica evidente que essa segurança só será alcançada pela combinação de ações do lado do gasto e, ouso dizer, a garantia no curto prazo das receitas necessárias para o equilíbrio das contas públicas.

A política econômica que queremos conduzir entende que o Brasil tem que apresentar opções para a moderação da carga tributária, sem prejuízo do equilíbrio fiscal e respeitando os objetivos de proteção social e estímulo ao trabalho e ao investimento. Esse é o novo contrato social em gestação no Brasil, típico de um país que, vencendo a pobreza e sendo cada vez mais de classe média, quer sempre crescer, o que poderá nos colocar em novo patamar de desenvolvimento.

A proposta de permanente avaliação, priorização e disciplina do gasto público e um orçamento com receitas sólidas é a manifestação imediata desse entendimento, e permitirá a iniciativa privada e a população ter confiança e levar avante seus planos e sonhos, traduzindo-se na retomada econômica.

Como observei, os instrumentos mais habituais de estímulo à economia já foram usados à exaustão. Portanto, teremos que trabalhar para enfrentar questões estruturais, de forma a dar competitividade ao país em um período em que não poderemos contar com os mesmos preços favoráveis para nossas matérias primas. 

Enfrentar a burocracia, as dificuldades de pagar impostos e a incerteza nas regras de negócios é o imperativo para voltarmos a crescer e a espinha de nossa estratégia econômica. Junto com o equilíbrio fiscal, esse enfrentamento é o que permitirá encontrar novas condições para o financiamento da economia, inclusive pela modicidade de juros de mercado e não apenas através dos escaninhos tradicionais.

Nossa estratégia é abrir oportunidades para novas empresas e empreendedores, dando chance para o país vencer em um mundo ainda com baixo crescimento, mas onde ocorrem extraordinárias mudanças tecnológicas que impactam os modos de produção e de consumo em todos os países.

O Brasil já enfrentou muitas crises e conseguiu sair mais forte delas. Temos vantagens que poucos países têm, inclusive áreas de excelência no conhecimento e nos negócios comparáveis às de muitos países desenvolvidos, além da independência energética e alimentar, e uma demografia jovem e cada vez mais qualificada. 

Portanto, os desafios de curto prazo serão superados, se enfrentados com clareza no diagnóstico e decisão nas medidas necessárias, validando assim a democracia e unidade que nos fazem um país admirado pelo mundo. 

Mais uma vez, muito obrigado pela oportunidade de conversarmos. 

JOAQUIM LEVY"  

BRASÍLIA- Em gesto de aproximação com o PMDB em meio ao aumento da pressão do PT, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, divulgou nota nesta quarta-feira, 11, em que elogia os senadores do PMDB e os classifica de "mais alta liderança do País". No texto, Levy agradece aos senadores peemedebistas pelo diálogo em jantar ontem à noite. O ministro se diz ainda "brindado" por ter tido a oportunidade de ouvir o sentimento e a avaliação da cada um deles. O encontro ocorreu a residência do senador Eunício Oliveira (CE), na capital federal. Em comunicado posterior, o Ministério da Fazenda informou que a nota não se dirigia apenas aos senadores do PMDB. 

"O compromisso com o Brasil e o espírito de cooperação entre a mais alta liderança do país na busca de soluções nesse momento de tantas incógnitas foram as principais impressões que levei daqueles momentos", afirma o ministro.

O ministro da Fazenda Joaquim Levy em evento da CNI Foto: ANDRESSA ANHOLETE/ESTADAO

Sob bombardeio contínuo do PT e de ministros do governo que querem tirá-lo do cargo, Levy aproveitou a oportunidade para reiterar sua estratégia de reforço do ajuste fiscal. Segundo o ministro, a segurança fiscal, que diminui os temores das pessoas e dá visibilidade ao futuro, é a base das outras ações para o desenvolvimento.

"A partir da fala de muitos, fica evidente que essa segurança só será alcançada pela combinação de ações do lado do gasto e, ouso dizer, a garantia no curto prazo das receitas necessárias para o equilíbrio das contas públicas", afirma Levy.

O ministro ressalta que a política econômica que ele quer conduzir "entende" que o Brasil tem que apresentar opções para a moderação da carga tributária, sem prejuízo do equilíbrio fiscal e respeitando os objetivos de proteção social e estímulo ao trabalho e ao investimento. 

"Esse é o novo contrato social em gestação no Brasil, típico de um país que, vencendo a pobreza e sendo cada vez mais de classe média, quer sempre crescer, o que poderá nos colocar em novo patamar de desenvolvimento", afirma.

Criticado pelos petistas por ter foco apenas no ajuste fiscal, o ministro da Fazenda reforçou na nota aos senadores do PMDB o discurso de permanente avaliação, priorização e disciplina do gasto público.

"Um orçamento com receitas sólidas é a manifestação imediata desse entendimento, e permitirá a iniciativa privada e a população ter confiança e levar avante seus planos e sonhos, traduzindo-se na retomada econômica", diz ele.

Estímulos. Em meio a pressão para adotar medidas de liberação do crédito para a retomada da economia, inclusive do BNDES, o ministro responde aos críticos ao afirmar que os instrumentos mais habituais de estímulo à economia já foram usados à exaustão.

"Teremos que trabalhar para enfrentar questões estruturais, de forma a dar competitividade ao país em um período em que não poderemos contar com os mesmos preços favoráveis para nossas matérias-primas", rebate ele.

Levy diz que sua estratégia é abrir oportunidades para novas empresas e empreendedores, dando chance para o país vencer em um mundo ainda com baixo crescimento, mas onde ocorrem extraordinárias mudanças tecnológicas que impactam os modos de produção e de consumo em todos os países.

Na avaliação do ministro, o Brasil já enfrentou muitas crises e conseguiu sair mais forte delas. Ele disse que os desafios de curto prazo serão superados se enfrentados com clareza no diagnóstico e decisão nas medidas necessárias e unidade. 

Retificação.O Ministério da Fazenda informou que errou ao divulgar nota do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de agradecimento pela receptividade em jantar com senadores ontem à noite. Diferentemente do que foi informado antes pela assessoria de comunicação, a nota não se dirige apenas a senadores do PMDB e sim a todos os senadores, de diversos partidos, que estiveram presentes ao evento. A assessoria do ministro pediu desculpas pelo equívoco e reenviou uma segunda nota, com conteúdo mais reduzido do que a primeira. 

A primeira nota continha o título equivocado de “agradecimento aos senadores do PMDB”, o que deu a entender que todos os elogios do ministro no conteúdo do documento se dirigiam aos parlamentares do partido. No encontro, porém, estavam presentes senadores de outros partidos, inclusive do PT Veja a seguir a íntegra da primeira nota: "AGRADECIMENTO AOS SENADORES DO PMDB

Prezados senadores

Obrigado pela oportunidade de ouvir o sentimento e avaliação de cada um ontem à noite, e especialmente a receptividade com que fui brindado.

O compromisso com o Brasil e o espírito de cooperação entre a mais alta liderança do país na busca de soluções nesse momento de tantas incógnitas foram as principais impressões que levei daqueles momentos.

Muito além da análise técnica dos determinantes externos e domésticos da atual situação econômica, gostaria de reiterar a visão de que temos hoje a oportunidade de construir um país com instituições mais fortes e uma economia onde a juventude tenha confiança no resultado do trabalho.

Nessa estratégia, a segurança fiscal, que diminui os temores das pessoas e dá visibilidade ao futuro, é a base das outras ações para o desenvolvimento. 

A partir da fala de muitos, fica evidente que essa segurança só será alcançada pela combinação de ações do lado do gasto e, ouso dizer, a garantia no curto prazo das receitas necessárias para o equilíbrio das contas públicas.

A política econômica que queremos conduzir entende que o Brasil tem que apresentar opções para a moderação da carga tributária, sem prejuízo do equilíbrio fiscal e respeitando os objetivos de proteção social e estímulo ao trabalho e ao investimento. Esse é o novo contrato social em gestação no Brasil, típico de um país que, vencendo a pobreza e sendo cada vez mais de classe média, quer sempre crescer, o que poderá nos colocar em novo patamar de desenvolvimento.

A proposta de permanente avaliação, priorização e disciplina do gasto público e um orçamento com receitas sólidas é a manifestação imediata desse entendimento, e permitirá a iniciativa privada e a população ter confiança e levar avante seus planos e sonhos, traduzindo-se na retomada econômica.

Como observei, os instrumentos mais habituais de estímulo à economia já foram usados à exaustão. Portanto, teremos que trabalhar para enfrentar questões estruturais, de forma a dar competitividade ao país em um período em que não poderemos contar com os mesmos preços favoráveis para nossas matérias primas. 

Enfrentar a burocracia, as dificuldades de pagar impostos e a incerteza nas regras de negócios é o imperativo para voltarmos a crescer e a espinha de nossa estratégia econômica. Junto com o equilíbrio fiscal, esse enfrentamento é o que permitirá encontrar novas condições para o financiamento da economia, inclusive pela modicidade de juros de mercado e não apenas através dos escaninhos tradicionais.

Nossa estratégia é abrir oportunidades para novas empresas e empreendedores, dando chance para o país vencer em um mundo ainda com baixo crescimento, mas onde ocorrem extraordinárias mudanças tecnológicas que impactam os modos de produção e de consumo em todos os países.

O Brasil já enfrentou muitas crises e conseguiu sair mais forte delas. Temos vantagens que poucos países têm, inclusive áreas de excelência no conhecimento e nos negócios comparáveis às de muitos países desenvolvidos, além da independência energética e alimentar, e uma demografia jovem e cada vez mais qualificada. 

Portanto, os desafios de curto prazo serão superados, se enfrentados com clareza no diagnóstico e decisão nas medidas necessárias, validando assim a democracia e unidade que nos fazem um país admirado pelo mundo. 

Mais uma vez, muito obrigado pela oportunidade de conversarmos. 

JOAQUIM LEVY"  

BRASÍLIA- Em gesto de aproximação com o PMDB em meio ao aumento da pressão do PT, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, divulgou nota nesta quarta-feira, 11, em que elogia os senadores do PMDB e os classifica de "mais alta liderança do País". No texto, Levy agradece aos senadores peemedebistas pelo diálogo em jantar ontem à noite. O ministro se diz ainda "brindado" por ter tido a oportunidade de ouvir o sentimento e a avaliação da cada um deles. O encontro ocorreu a residência do senador Eunício Oliveira (CE), na capital federal. Em comunicado posterior, o Ministério da Fazenda informou que a nota não se dirigia apenas aos senadores do PMDB. 

"O compromisso com o Brasil e o espírito de cooperação entre a mais alta liderança do país na busca de soluções nesse momento de tantas incógnitas foram as principais impressões que levei daqueles momentos", afirma o ministro.

O ministro da Fazenda Joaquim Levy em evento da CNI Foto: ANDRESSA ANHOLETE/ESTADAO

Sob bombardeio contínuo do PT e de ministros do governo que querem tirá-lo do cargo, Levy aproveitou a oportunidade para reiterar sua estratégia de reforço do ajuste fiscal. Segundo o ministro, a segurança fiscal, que diminui os temores das pessoas e dá visibilidade ao futuro, é a base das outras ações para o desenvolvimento.

"A partir da fala de muitos, fica evidente que essa segurança só será alcançada pela combinação de ações do lado do gasto e, ouso dizer, a garantia no curto prazo das receitas necessárias para o equilíbrio das contas públicas", afirma Levy.

O ministro ressalta que a política econômica que ele quer conduzir "entende" que o Brasil tem que apresentar opções para a moderação da carga tributária, sem prejuízo do equilíbrio fiscal e respeitando os objetivos de proteção social e estímulo ao trabalho e ao investimento. 

"Esse é o novo contrato social em gestação no Brasil, típico de um país que, vencendo a pobreza e sendo cada vez mais de classe média, quer sempre crescer, o que poderá nos colocar em novo patamar de desenvolvimento", afirma.

Criticado pelos petistas por ter foco apenas no ajuste fiscal, o ministro da Fazenda reforçou na nota aos senadores do PMDB o discurso de permanente avaliação, priorização e disciplina do gasto público.

"Um orçamento com receitas sólidas é a manifestação imediata desse entendimento, e permitirá a iniciativa privada e a população ter confiança e levar avante seus planos e sonhos, traduzindo-se na retomada econômica", diz ele.

Estímulos. Em meio a pressão para adotar medidas de liberação do crédito para a retomada da economia, inclusive do BNDES, o ministro responde aos críticos ao afirmar que os instrumentos mais habituais de estímulo à economia já foram usados à exaustão.

"Teremos que trabalhar para enfrentar questões estruturais, de forma a dar competitividade ao país em um período em que não poderemos contar com os mesmos preços favoráveis para nossas matérias-primas", rebate ele.

Levy diz que sua estratégia é abrir oportunidades para novas empresas e empreendedores, dando chance para o país vencer em um mundo ainda com baixo crescimento, mas onde ocorrem extraordinárias mudanças tecnológicas que impactam os modos de produção e de consumo em todos os países.

Na avaliação do ministro, o Brasil já enfrentou muitas crises e conseguiu sair mais forte delas. Ele disse que os desafios de curto prazo serão superados se enfrentados com clareza no diagnóstico e decisão nas medidas necessárias e unidade. 

Retificação.O Ministério da Fazenda informou que errou ao divulgar nota do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de agradecimento pela receptividade em jantar com senadores ontem à noite. Diferentemente do que foi informado antes pela assessoria de comunicação, a nota não se dirige apenas a senadores do PMDB e sim a todos os senadores, de diversos partidos, que estiveram presentes ao evento. A assessoria do ministro pediu desculpas pelo equívoco e reenviou uma segunda nota, com conteúdo mais reduzido do que a primeira. 

A primeira nota continha o título equivocado de “agradecimento aos senadores do PMDB”, o que deu a entender que todos os elogios do ministro no conteúdo do documento se dirigiam aos parlamentares do partido. No encontro, porém, estavam presentes senadores de outros partidos, inclusive do PT Veja a seguir a íntegra da primeira nota: "AGRADECIMENTO AOS SENADORES DO PMDB

Prezados senadores

Obrigado pela oportunidade de ouvir o sentimento e avaliação de cada um ontem à noite, e especialmente a receptividade com que fui brindado.

O compromisso com o Brasil e o espírito de cooperação entre a mais alta liderança do país na busca de soluções nesse momento de tantas incógnitas foram as principais impressões que levei daqueles momentos.

Muito além da análise técnica dos determinantes externos e domésticos da atual situação econômica, gostaria de reiterar a visão de que temos hoje a oportunidade de construir um país com instituições mais fortes e uma economia onde a juventude tenha confiança no resultado do trabalho.

Nessa estratégia, a segurança fiscal, que diminui os temores das pessoas e dá visibilidade ao futuro, é a base das outras ações para o desenvolvimento. 

A partir da fala de muitos, fica evidente que essa segurança só será alcançada pela combinação de ações do lado do gasto e, ouso dizer, a garantia no curto prazo das receitas necessárias para o equilíbrio das contas públicas.

A política econômica que queremos conduzir entende que o Brasil tem que apresentar opções para a moderação da carga tributária, sem prejuízo do equilíbrio fiscal e respeitando os objetivos de proteção social e estímulo ao trabalho e ao investimento. Esse é o novo contrato social em gestação no Brasil, típico de um país que, vencendo a pobreza e sendo cada vez mais de classe média, quer sempre crescer, o que poderá nos colocar em novo patamar de desenvolvimento.

A proposta de permanente avaliação, priorização e disciplina do gasto público e um orçamento com receitas sólidas é a manifestação imediata desse entendimento, e permitirá a iniciativa privada e a população ter confiança e levar avante seus planos e sonhos, traduzindo-se na retomada econômica.

Como observei, os instrumentos mais habituais de estímulo à economia já foram usados à exaustão. Portanto, teremos que trabalhar para enfrentar questões estruturais, de forma a dar competitividade ao país em um período em que não poderemos contar com os mesmos preços favoráveis para nossas matérias primas. 

Enfrentar a burocracia, as dificuldades de pagar impostos e a incerteza nas regras de negócios é o imperativo para voltarmos a crescer e a espinha de nossa estratégia econômica. Junto com o equilíbrio fiscal, esse enfrentamento é o que permitirá encontrar novas condições para o financiamento da economia, inclusive pela modicidade de juros de mercado e não apenas através dos escaninhos tradicionais.

Nossa estratégia é abrir oportunidades para novas empresas e empreendedores, dando chance para o país vencer em um mundo ainda com baixo crescimento, mas onde ocorrem extraordinárias mudanças tecnológicas que impactam os modos de produção e de consumo em todos os países.

O Brasil já enfrentou muitas crises e conseguiu sair mais forte delas. Temos vantagens que poucos países têm, inclusive áreas de excelência no conhecimento e nos negócios comparáveis às de muitos países desenvolvidos, além da independência energética e alimentar, e uma demografia jovem e cada vez mais qualificada. 

Portanto, os desafios de curto prazo serão superados, se enfrentados com clareza no diagnóstico e decisão nas medidas necessárias, validando assim a democracia e unidade que nos fazem um país admirado pelo mundo. 

Mais uma vez, muito obrigado pela oportunidade de conversarmos. 

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