Estratégia de Obama vira modelo


Marqueteiros e políticos buscam ajuda de assessores do americano

Por Julia Duailibi

As estratégias de campanha usadas pelo presidente americano Barack Obama na eleição presidencial de 2008 deflagraram um processo de "obamização" nos preparativos para a corrida presidencial brasileira do ano que vem. Marqueteiros e políticos querem importar o know how desenvolvido por estrategistas que trabalharam com o americano e que ajudaram a criar um novo paradigma eleitoral com a mobilização por meio de redes sociais e a arrecadação recorde via internet. O resultado é a procura por nomes que trabalharam na campanha de Barack Obama para prestar "consultoria" aos brasileiros. No mercado, estima-se que esses contatos, geralmente conversas e sugestões feitas por intermédio de marqueteiros, custem cerca de US$ 30 mil por consultoria prestada. O americano Ben Self, sócio da Blue State Digital, que implementou a plataforma online de arrecadação e mobilização da campanha de Obama, é uma das figuras cortejadas atualmente. Ele deve desembarcar no Brasil em outubro para mais um encontro com João Santana, marqueteiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e provável responsável pela campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). A empresa de Self ajudou a arrecadar US$ 500 milhões via internet - 6,5 milhões de doações online. Outro que vem ao Brasil é o cientista político Peter Giangreco, que criou o marketing direto de Obama. Trata-se de estratégia de contato via mala direta, ida à casa do eleitor, etc. Giangreco trabalhou com o ex-presidente Bill Clinton e é sócio da empresa The Strategy Group. Self, Giangreco e outros dois americanos, especialistas em comunicação e no contato com eleitor via celular - e que, obviamente, também trabalharam com Obama -, participarão de encontro em outubro, em São Paulo, chamado O Efeito Obama, 1 º seminário organizado pela George Washington University no Brasil, do qual participarão marqueteiros do PSDB e o sociólogo Antonio Lavareda. "Vem muita gente perguntar como é que foi a campanha de Obama" disse Bernardo Guimarães, idealizador do seminário e mestrando da George Washington University, que presta consultoria política e de imagem em países da América Latina. "As pessoas querem fazer como a campanha de Obama. No Brasil, os marqueteiros ainda estão focados muito no rádio e na televisão", completou. A peregrinação de estrategistas estrangeiros no Brasil não é nova. Aliás, o Brasil mesmo exporta marqueteiros. Santana, por exemplo, atuou na última campanha presidencial em El Salvador, que elegeu Mauricio Funes neste ano. A diferença agora é que a eleição de Obama explorou novas ferramentas inspiradas na internet. E é isso que chama a atenção no Brasil. Durante as campanhas de 1994 e 1998, que elegeram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o consultor James Carville, que trabalhou com Clinton, era figura presente entre os tucanos. É dele a célebre frase "It´s the economy, stupid" (é a economia, estúpido). A expressão é usada como um mantra por políticos brasileiros. "Todo mundo acha que foram redes sociais, uso da internet, etc. Obama ganhou porque era o Obama. Teria vencido mesmo se tivesse feito uma campanha arroz com feijão", disse o marqueteiro Nelson Biondi. O cientista político David Fleischer, professor da Universidade de Brasília, questiona a eficácia de estratégias usadas nos Estados Unidos na campanha brasileira. A principal razão disso é a diferença entre os dois pleitos. Nos EUA, é colégio eleitoral (sistema em que a vitória em cada Estado dá uma quantidade de votos ao candidato proporcional à população); no Brasil, eleição direta. "Tem muito merchandising nisso. Mas vivemos num País capitalista. A propaganda é a alma do negócio", ironizou Fleisher. INTERNET NO BRASIL As críticas apontam para o limitado alcance da internet no País, apesar de os números mostrarem crescimento. Segundo o IAB (Interactive Advertising Bureau) no Brasil, a internet chegou a cerca de 60 milhões de pessoas em 2008. Na eleição presidencial de 2002, apenas 19 milhões acessaram a rede. A favor dos que defendem maior atenção à rede está o crescimento do acesso à web na classe C. Estima-se que, entre 2007 e 2009, cresça 12 pontos porcentuais nessa classe, contra nove pontos na AB. Nas campanhas de 2006 e 2008, o PSDB tentou sem êxito autorização do Tribunal Superior Eleitoral para fazer a arrecadação de doações via internet. A Câmara aprovou projeto que regula o uso da internet em campanha. O texto, criticado por especialista, ainda será analisado pelo Senado.

As estratégias de campanha usadas pelo presidente americano Barack Obama na eleição presidencial de 2008 deflagraram um processo de "obamização" nos preparativos para a corrida presidencial brasileira do ano que vem. Marqueteiros e políticos querem importar o know how desenvolvido por estrategistas que trabalharam com o americano e que ajudaram a criar um novo paradigma eleitoral com a mobilização por meio de redes sociais e a arrecadação recorde via internet. O resultado é a procura por nomes que trabalharam na campanha de Barack Obama para prestar "consultoria" aos brasileiros. No mercado, estima-se que esses contatos, geralmente conversas e sugestões feitas por intermédio de marqueteiros, custem cerca de US$ 30 mil por consultoria prestada. O americano Ben Self, sócio da Blue State Digital, que implementou a plataforma online de arrecadação e mobilização da campanha de Obama, é uma das figuras cortejadas atualmente. Ele deve desembarcar no Brasil em outubro para mais um encontro com João Santana, marqueteiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e provável responsável pela campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). A empresa de Self ajudou a arrecadar US$ 500 milhões via internet - 6,5 milhões de doações online. Outro que vem ao Brasil é o cientista político Peter Giangreco, que criou o marketing direto de Obama. Trata-se de estratégia de contato via mala direta, ida à casa do eleitor, etc. Giangreco trabalhou com o ex-presidente Bill Clinton e é sócio da empresa The Strategy Group. Self, Giangreco e outros dois americanos, especialistas em comunicação e no contato com eleitor via celular - e que, obviamente, também trabalharam com Obama -, participarão de encontro em outubro, em São Paulo, chamado O Efeito Obama, 1 º seminário organizado pela George Washington University no Brasil, do qual participarão marqueteiros do PSDB e o sociólogo Antonio Lavareda. "Vem muita gente perguntar como é que foi a campanha de Obama" disse Bernardo Guimarães, idealizador do seminário e mestrando da George Washington University, que presta consultoria política e de imagem em países da América Latina. "As pessoas querem fazer como a campanha de Obama. No Brasil, os marqueteiros ainda estão focados muito no rádio e na televisão", completou. A peregrinação de estrategistas estrangeiros no Brasil não é nova. Aliás, o Brasil mesmo exporta marqueteiros. Santana, por exemplo, atuou na última campanha presidencial em El Salvador, que elegeu Mauricio Funes neste ano. A diferença agora é que a eleição de Obama explorou novas ferramentas inspiradas na internet. E é isso que chama a atenção no Brasil. Durante as campanhas de 1994 e 1998, que elegeram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o consultor James Carville, que trabalhou com Clinton, era figura presente entre os tucanos. É dele a célebre frase "It´s the economy, stupid" (é a economia, estúpido). A expressão é usada como um mantra por políticos brasileiros. "Todo mundo acha que foram redes sociais, uso da internet, etc. Obama ganhou porque era o Obama. Teria vencido mesmo se tivesse feito uma campanha arroz com feijão", disse o marqueteiro Nelson Biondi. O cientista político David Fleischer, professor da Universidade de Brasília, questiona a eficácia de estratégias usadas nos Estados Unidos na campanha brasileira. A principal razão disso é a diferença entre os dois pleitos. Nos EUA, é colégio eleitoral (sistema em que a vitória em cada Estado dá uma quantidade de votos ao candidato proporcional à população); no Brasil, eleição direta. "Tem muito merchandising nisso. Mas vivemos num País capitalista. A propaganda é a alma do negócio", ironizou Fleisher. INTERNET NO BRASIL As críticas apontam para o limitado alcance da internet no País, apesar de os números mostrarem crescimento. Segundo o IAB (Interactive Advertising Bureau) no Brasil, a internet chegou a cerca de 60 milhões de pessoas em 2008. Na eleição presidencial de 2002, apenas 19 milhões acessaram a rede. A favor dos que defendem maior atenção à rede está o crescimento do acesso à web na classe C. Estima-se que, entre 2007 e 2009, cresça 12 pontos porcentuais nessa classe, contra nove pontos na AB. Nas campanhas de 2006 e 2008, o PSDB tentou sem êxito autorização do Tribunal Superior Eleitoral para fazer a arrecadação de doações via internet. A Câmara aprovou projeto que regula o uso da internet em campanha. O texto, criticado por especialista, ainda será analisado pelo Senado.

As estratégias de campanha usadas pelo presidente americano Barack Obama na eleição presidencial de 2008 deflagraram um processo de "obamização" nos preparativos para a corrida presidencial brasileira do ano que vem. Marqueteiros e políticos querem importar o know how desenvolvido por estrategistas que trabalharam com o americano e que ajudaram a criar um novo paradigma eleitoral com a mobilização por meio de redes sociais e a arrecadação recorde via internet. O resultado é a procura por nomes que trabalharam na campanha de Barack Obama para prestar "consultoria" aos brasileiros. No mercado, estima-se que esses contatos, geralmente conversas e sugestões feitas por intermédio de marqueteiros, custem cerca de US$ 30 mil por consultoria prestada. O americano Ben Self, sócio da Blue State Digital, que implementou a plataforma online de arrecadação e mobilização da campanha de Obama, é uma das figuras cortejadas atualmente. Ele deve desembarcar no Brasil em outubro para mais um encontro com João Santana, marqueteiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e provável responsável pela campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). A empresa de Self ajudou a arrecadar US$ 500 milhões via internet - 6,5 milhões de doações online. Outro que vem ao Brasil é o cientista político Peter Giangreco, que criou o marketing direto de Obama. Trata-se de estratégia de contato via mala direta, ida à casa do eleitor, etc. Giangreco trabalhou com o ex-presidente Bill Clinton e é sócio da empresa The Strategy Group. Self, Giangreco e outros dois americanos, especialistas em comunicação e no contato com eleitor via celular - e que, obviamente, também trabalharam com Obama -, participarão de encontro em outubro, em São Paulo, chamado O Efeito Obama, 1 º seminário organizado pela George Washington University no Brasil, do qual participarão marqueteiros do PSDB e o sociólogo Antonio Lavareda. "Vem muita gente perguntar como é que foi a campanha de Obama" disse Bernardo Guimarães, idealizador do seminário e mestrando da George Washington University, que presta consultoria política e de imagem em países da América Latina. "As pessoas querem fazer como a campanha de Obama. No Brasil, os marqueteiros ainda estão focados muito no rádio e na televisão", completou. A peregrinação de estrategistas estrangeiros no Brasil não é nova. Aliás, o Brasil mesmo exporta marqueteiros. Santana, por exemplo, atuou na última campanha presidencial em El Salvador, que elegeu Mauricio Funes neste ano. A diferença agora é que a eleição de Obama explorou novas ferramentas inspiradas na internet. E é isso que chama a atenção no Brasil. Durante as campanhas de 1994 e 1998, que elegeram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o consultor James Carville, que trabalhou com Clinton, era figura presente entre os tucanos. É dele a célebre frase "It´s the economy, stupid" (é a economia, estúpido). A expressão é usada como um mantra por políticos brasileiros. "Todo mundo acha que foram redes sociais, uso da internet, etc. Obama ganhou porque era o Obama. Teria vencido mesmo se tivesse feito uma campanha arroz com feijão", disse o marqueteiro Nelson Biondi. O cientista político David Fleischer, professor da Universidade de Brasília, questiona a eficácia de estratégias usadas nos Estados Unidos na campanha brasileira. A principal razão disso é a diferença entre os dois pleitos. Nos EUA, é colégio eleitoral (sistema em que a vitória em cada Estado dá uma quantidade de votos ao candidato proporcional à população); no Brasil, eleição direta. "Tem muito merchandising nisso. Mas vivemos num País capitalista. A propaganda é a alma do negócio", ironizou Fleisher. INTERNET NO BRASIL As críticas apontam para o limitado alcance da internet no País, apesar de os números mostrarem crescimento. Segundo o IAB (Interactive Advertising Bureau) no Brasil, a internet chegou a cerca de 60 milhões de pessoas em 2008. Na eleição presidencial de 2002, apenas 19 milhões acessaram a rede. A favor dos que defendem maior atenção à rede está o crescimento do acesso à web na classe C. Estima-se que, entre 2007 e 2009, cresça 12 pontos porcentuais nessa classe, contra nove pontos na AB. Nas campanhas de 2006 e 2008, o PSDB tentou sem êxito autorização do Tribunal Superior Eleitoral para fazer a arrecadação de doações via internet. A Câmara aprovou projeto que regula o uso da internet em campanha. O texto, criticado por especialista, ainda será analisado pelo Senado.

As estratégias de campanha usadas pelo presidente americano Barack Obama na eleição presidencial de 2008 deflagraram um processo de "obamização" nos preparativos para a corrida presidencial brasileira do ano que vem. Marqueteiros e políticos querem importar o know how desenvolvido por estrategistas que trabalharam com o americano e que ajudaram a criar um novo paradigma eleitoral com a mobilização por meio de redes sociais e a arrecadação recorde via internet. O resultado é a procura por nomes que trabalharam na campanha de Barack Obama para prestar "consultoria" aos brasileiros. No mercado, estima-se que esses contatos, geralmente conversas e sugestões feitas por intermédio de marqueteiros, custem cerca de US$ 30 mil por consultoria prestada. O americano Ben Self, sócio da Blue State Digital, que implementou a plataforma online de arrecadação e mobilização da campanha de Obama, é uma das figuras cortejadas atualmente. Ele deve desembarcar no Brasil em outubro para mais um encontro com João Santana, marqueteiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e provável responsável pela campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). A empresa de Self ajudou a arrecadar US$ 500 milhões via internet - 6,5 milhões de doações online. Outro que vem ao Brasil é o cientista político Peter Giangreco, que criou o marketing direto de Obama. Trata-se de estratégia de contato via mala direta, ida à casa do eleitor, etc. Giangreco trabalhou com o ex-presidente Bill Clinton e é sócio da empresa The Strategy Group. Self, Giangreco e outros dois americanos, especialistas em comunicação e no contato com eleitor via celular - e que, obviamente, também trabalharam com Obama -, participarão de encontro em outubro, em São Paulo, chamado O Efeito Obama, 1 º seminário organizado pela George Washington University no Brasil, do qual participarão marqueteiros do PSDB e o sociólogo Antonio Lavareda. "Vem muita gente perguntar como é que foi a campanha de Obama" disse Bernardo Guimarães, idealizador do seminário e mestrando da George Washington University, que presta consultoria política e de imagem em países da América Latina. "As pessoas querem fazer como a campanha de Obama. No Brasil, os marqueteiros ainda estão focados muito no rádio e na televisão", completou. A peregrinação de estrategistas estrangeiros no Brasil não é nova. Aliás, o Brasil mesmo exporta marqueteiros. Santana, por exemplo, atuou na última campanha presidencial em El Salvador, que elegeu Mauricio Funes neste ano. A diferença agora é que a eleição de Obama explorou novas ferramentas inspiradas na internet. E é isso que chama a atenção no Brasil. Durante as campanhas de 1994 e 1998, que elegeram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o consultor James Carville, que trabalhou com Clinton, era figura presente entre os tucanos. É dele a célebre frase "It´s the economy, stupid" (é a economia, estúpido). A expressão é usada como um mantra por políticos brasileiros. "Todo mundo acha que foram redes sociais, uso da internet, etc. Obama ganhou porque era o Obama. Teria vencido mesmo se tivesse feito uma campanha arroz com feijão", disse o marqueteiro Nelson Biondi. O cientista político David Fleischer, professor da Universidade de Brasília, questiona a eficácia de estratégias usadas nos Estados Unidos na campanha brasileira. A principal razão disso é a diferença entre os dois pleitos. Nos EUA, é colégio eleitoral (sistema em que a vitória em cada Estado dá uma quantidade de votos ao candidato proporcional à população); no Brasil, eleição direta. "Tem muito merchandising nisso. Mas vivemos num País capitalista. A propaganda é a alma do negócio", ironizou Fleisher. INTERNET NO BRASIL As críticas apontam para o limitado alcance da internet no País, apesar de os números mostrarem crescimento. Segundo o IAB (Interactive Advertising Bureau) no Brasil, a internet chegou a cerca de 60 milhões de pessoas em 2008. Na eleição presidencial de 2002, apenas 19 milhões acessaram a rede. A favor dos que defendem maior atenção à rede está o crescimento do acesso à web na classe C. Estima-se que, entre 2007 e 2009, cresça 12 pontos porcentuais nessa classe, contra nove pontos na AB. Nas campanhas de 2006 e 2008, o PSDB tentou sem êxito autorização do Tribunal Superior Eleitoral para fazer a arrecadação de doações via internet. A Câmara aprovou projeto que regula o uso da internet em campanha. O texto, criticado por especialista, ainda será analisado pelo Senado.

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