‘Eu não sei lhe dizer o trabalho dela’, diz Kassio Marques sobre emprego da mulher no Senado


Tema veio à tona durante sabatina do magistrado, indicado para uma vaga no STF; Maria do Socorro é funcionária do senador Elmano Férrer (PP-PI)

Por Vinícius Valfré e Daniel Weterman

BRASÍLIA – O desembargador federal Kassio Nunes Marques afirmou nesta quarta-feira, 21, não ter informações sobre quais são as atribuições de sua mulher, Maria do Socorro Mendonça de Carvalho Marques, que é funcionária do Senado. O tema veio à tona na sabatina do magistrado, indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), após o senador que a emprega, Elmano Férrer (Progressistas-PI), dizer ao Estadão que desconhece as atividades desempenhadas por ela, com salário de R$ 11,4 mil.

“Agora, o trabalho que ela desempenha, eu sabia, não sei lhe dizer... É alteração de gabinete toda hora... Mas o que eu sabia que fazia é exatamente… Essas respostas... Porque é vindo de lideranças, de questionamentos ao gabinete. Eu não sei se é o que ela desempenha, absolutamente”, disse ele, em frases sem sequência, ao responder à pergunta do líder do Cidadania, Alessandro Vieira (SE).

Logo em seguida, o desembargador admitiu não ter como responder à pergunta. “Eu realmente não tenho essa informação para lhe dar. Mas, muito provavelmente, eu também não sou a pessoa certa para lhe responder, que é um problema, uma dificuldade de todos os parlamentares egressos de Estados com certa dificuldade econômica”, afirmou. 

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O desembargador Kassio Marques durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Foto: Gabriela Biló/Estadão

Natural do Piauí, Marques não respondeu se exerceu influência para a contratação de Maria do Socorro pelo senador Férrer, seu conterrâneo. O desembargador disse acreditar que ela foi admitida porque parlamentares de Estados pequenos têm dificuldades para levar mão de obra a Brasília, por conta do alto custo de vida na cidade. 

Como exemplo, Marques mencionou que um salário de R$ 10 mil é pouco para a vida na capital federal. “É muito difícil para um parlamentar importar toda força de trabalho do seu Estado. O custo de vida em Brasília é muito alto. No Piauí, com uma remuneração de R$ 10 mil é possível que se viva com muita dignidade sem faltar nada para filhos, em escolas particulares. Em Brasília, pagando aluguel e colocando dois filhos na escola, não sobra absolutamente nada”, disse. 

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Maria do Socorro seria alguém com vínculo com o Piauí e disposta a viver em Brasília. “Então, as pessoas que detêm algum tipo de experiência e que já moram em Brasília têm um facilitador para serem contratadas. Foi o que aconteceu, provavelmente. E não consigo, já peço perdão à Vossa Excelência, com exatidão, dizer. Mas ela já possuía uma experiência nessa Casa. Então, muito provavelmente, quando o senador Elmano vislumbrou essa possibilidade, a contratou”, comentou o indicado. 

Economista, a mulher de Marques atua no Senado desde 2012, contratada pelos ex-senadores petistas Wellington Dias e Regina Sousa. Nesses gabinetes, segundo auxiliares dos ex-parlamentares – hoje, Wellington é governador do Piauí e Regina, vice–, ela desempenhou tarefas como a de “cuidar de correspondências e ofícios” e “preparar minutas de projetos”. 

Na terça-feira, o senador Férrer afirmou, em entrevista ao Estadão, desconhecer as atividades desempenhadas por Maria do Socorro em seu gabinete. Ele também não quis revelar porque contratou a funcionária, no ano passado, embora tenha admitido que houve mudanças na equipe após ele ter saído do Podemos, em setembro, para se filiar ao Progressistas, partido comandado pelo senador Ciro Nogueira (PI).

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O desembargador Kassio Marques, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Foto: Gabriela Biló/Estadão

“Eu tenho mais de 30 (funcionários) lá. Não sei o que... Ela é economista, trabalha lá”, afirmou Férrer ao Estadão. “Vocês estão querendo especular umas coisas. Eu não trato dessas questões administrativas de servidores, de o que fazem”.

Ao longo da manhã desta quarta, 21, até o início da tarde, o gabinete de Férrer, no anexo 2 do Senado, permanecia fechado. O senador tem 78 anos e é do grupo de risco da covid-19. Desde março, seus funcionários estão em trabalho remoto e ele tem evitado viajar para Brasília.

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Procurada, Maria do Socorro atendeu a ligação, mas desligou em seguida quando a reportagem se apresentou. Um familiar dela também foi procurado, disse que daria retorno e não mais se manifestou.

BRASÍLIA – O desembargador federal Kassio Nunes Marques afirmou nesta quarta-feira, 21, não ter informações sobre quais são as atribuições de sua mulher, Maria do Socorro Mendonça de Carvalho Marques, que é funcionária do Senado. O tema veio à tona na sabatina do magistrado, indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), após o senador que a emprega, Elmano Férrer (Progressistas-PI), dizer ao Estadão que desconhece as atividades desempenhadas por ela, com salário de R$ 11,4 mil.

“Agora, o trabalho que ela desempenha, eu sabia, não sei lhe dizer... É alteração de gabinete toda hora... Mas o que eu sabia que fazia é exatamente… Essas respostas... Porque é vindo de lideranças, de questionamentos ao gabinete. Eu não sei se é o que ela desempenha, absolutamente”, disse ele, em frases sem sequência, ao responder à pergunta do líder do Cidadania, Alessandro Vieira (SE).

Logo em seguida, o desembargador admitiu não ter como responder à pergunta. “Eu realmente não tenho essa informação para lhe dar. Mas, muito provavelmente, eu também não sou a pessoa certa para lhe responder, que é um problema, uma dificuldade de todos os parlamentares egressos de Estados com certa dificuldade econômica”, afirmou. 

O desembargador Kassio Marques durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Foto: Gabriela Biló/Estadão

Natural do Piauí, Marques não respondeu se exerceu influência para a contratação de Maria do Socorro pelo senador Férrer, seu conterrâneo. O desembargador disse acreditar que ela foi admitida porque parlamentares de Estados pequenos têm dificuldades para levar mão de obra a Brasília, por conta do alto custo de vida na cidade. 

Como exemplo, Marques mencionou que um salário de R$ 10 mil é pouco para a vida na capital federal. “É muito difícil para um parlamentar importar toda força de trabalho do seu Estado. O custo de vida em Brasília é muito alto. No Piauí, com uma remuneração de R$ 10 mil é possível que se viva com muita dignidade sem faltar nada para filhos, em escolas particulares. Em Brasília, pagando aluguel e colocando dois filhos na escola, não sobra absolutamente nada”, disse. 

Maria do Socorro seria alguém com vínculo com o Piauí e disposta a viver em Brasília. “Então, as pessoas que detêm algum tipo de experiência e que já moram em Brasília têm um facilitador para serem contratadas. Foi o que aconteceu, provavelmente. E não consigo, já peço perdão à Vossa Excelência, com exatidão, dizer. Mas ela já possuía uma experiência nessa Casa. Então, muito provavelmente, quando o senador Elmano vislumbrou essa possibilidade, a contratou”, comentou o indicado. 

Economista, a mulher de Marques atua no Senado desde 2012, contratada pelos ex-senadores petistas Wellington Dias e Regina Sousa. Nesses gabinetes, segundo auxiliares dos ex-parlamentares – hoje, Wellington é governador do Piauí e Regina, vice–, ela desempenhou tarefas como a de “cuidar de correspondências e ofícios” e “preparar minutas de projetos”. 

Na terça-feira, o senador Férrer afirmou, em entrevista ao Estadão, desconhecer as atividades desempenhadas por Maria do Socorro em seu gabinete. Ele também não quis revelar porque contratou a funcionária, no ano passado, embora tenha admitido que houve mudanças na equipe após ele ter saído do Podemos, em setembro, para se filiar ao Progressistas, partido comandado pelo senador Ciro Nogueira (PI).

O desembargador Kassio Marques, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Foto: Gabriela Biló/Estadão

“Eu tenho mais de 30 (funcionários) lá. Não sei o que... Ela é economista, trabalha lá”, afirmou Férrer ao Estadão. “Vocês estão querendo especular umas coisas. Eu não trato dessas questões administrativas de servidores, de o que fazem”.

Ao longo da manhã desta quarta, 21, até o início da tarde, o gabinete de Férrer, no anexo 2 do Senado, permanecia fechado. O senador tem 78 anos e é do grupo de risco da covid-19. Desde março, seus funcionários estão em trabalho remoto e ele tem evitado viajar para Brasília.

Procurada, Maria do Socorro atendeu a ligação, mas desligou em seguida quando a reportagem se apresentou. Um familiar dela também foi procurado, disse que daria retorno e não mais se manifestou.

BRASÍLIA – O desembargador federal Kassio Nunes Marques afirmou nesta quarta-feira, 21, não ter informações sobre quais são as atribuições de sua mulher, Maria do Socorro Mendonça de Carvalho Marques, que é funcionária do Senado. O tema veio à tona na sabatina do magistrado, indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), após o senador que a emprega, Elmano Férrer (Progressistas-PI), dizer ao Estadão que desconhece as atividades desempenhadas por ela, com salário de R$ 11,4 mil.

“Agora, o trabalho que ela desempenha, eu sabia, não sei lhe dizer... É alteração de gabinete toda hora... Mas o que eu sabia que fazia é exatamente… Essas respostas... Porque é vindo de lideranças, de questionamentos ao gabinete. Eu não sei se é o que ela desempenha, absolutamente”, disse ele, em frases sem sequência, ao responder à pergunta do líder do Cidadania, Alessandro Vieira (SE).

Logo em seguida, o desembargador admitiu não ter como responder à pergunta. “Eu realmente não tenho essa informação para lhe dar. Mas, muito provavelmente, eu também não sou a pessoa certa para lhe responder, que é um problema, uma dificuldade de todos os parlamentares egressos de Estados com certa dificuldade econômica”, afirmou. 

O desembargador Kassio Marques durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Foto: Gabriela Biló/Estadão

Natural do Piauí, Marques não respondeu se exerceu influência para a contratação de Maria do Socorro pelo senador Férrer, seu conterrâneo. O desembargador disse acreditar que ela foi admitida porque parlamentares de Estados pequenos têm dificuldades para levar mão de obra a Brasília, por conta do alto custo de vida na cidade. 

Como exemplo, Marques mencionou que um salário de R$ 10 mil é pouco para a vida na capital federal. “É muito difícil para um parlamentar importar toda força de trabalho do seu Estado. O custo de vida em Brasília é muito alto. No Piauí, com uma remuneração de R$ 10 mil é possível que se viva com muita dignidade sem faltar nada para filhos, em escolas particulares. Em Brasília, pagando aluguel e colocando dois filhos na escola, não sobra absolutamente nada”, disse. 

Maria do Socorro seria alguém com vínculo com o Piauí e disposta a viver em Brasília. “Então, as pessoas que detêm algum tipo de experiência e que já moram em Brasília têm um facilitador para serem contratadas. Foi o que aconteceu, provavelmente. E não consigo, já peço perdão à Vossa Excelência, com exatidão, dizer. Mas ela já possuía uma experiência nessa Casa. Então, muito provavelmente, quando o senador Elmano vislumbrou essa possibilidade, a contratou”, comentou o indicado. 

Economista, a mulher de Marques atua no Senado desde 2012, contratada pelos ex-senadores petistas Wellington Dias e Regina Sousa. Nesses gabinetes, segundo auxiliares dos ex-parlamentares – hoje, Wellington é governador do Piauí e Regina, vice–, ela desempenhou tarefas como a de “cuidar de correspondências e ofícios” e “preparar minutas de projetos”. 

Na terça-feira, o senador Férrer afirmou, em entrevista ao Estadão, desconhecer as atividades desempenhadas por Maria do Socorro em seu gabinete. Ele também não quis revelar porque contratou a funcionária, no ano passado, embora tenha admitido que houve mudanças na equipe após ele ter saído do Podemos, em setembro, para se filiar ao Progressistas, partido comandado pelo senador Ciro Nogueira (PI).

O desembargador Kassio Marques, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Foto: Gabriela Biló/Estadão

“Eu tenho mais de 30 (funcionários) lá. Não sei o que... Ela é economista, trabalha lá”, afirmou Férrer ao Estadão. “Vocês estão querendo especular umas coisas. Eu não trato dessas questões administrativas de servidores, de o que fazem”.

Ao longo da manhã desta quarta, 21, até o início da tarde, o gabinete de Férrer, no anexo 2 do Senado, permanecia fechado. O senador tem 78 anos e é do grupo de risco da covid-19. Desde março, seus funcionários estão em trabalho remoto e ele tem evitado viajar para Brasília.

Procurada, Maria do Socorro atendeu a ligação, mas desligou em seguida quando a reportagem se apresentou. Um familiar dela também foi procurado, disse que daria retorno e não mais se manifestou.

BRASÍLIA – O desembargador federal Kassio Nunes Marques afirmou nesta quarta-feira, 21, não ter informações sobre quais são as atribuições de sua mulher, Maria do Socorro Mendonça de Carvalho Marques, que é funcionária do Senado. O tema veio à tona na sabatina do magistrado, indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), após o senador que a emprega, Elmano Férrer (Progressistas-PI), dizer ao Estadão que desconhece as atividades desempenhadas por ela, com salário de R$ 11,4 mil.

“Agora, o trabalho que ela desempenha, eu sabia, não sei lhe dizer... É alteração de gabinete toda hora... Mas o que eu sabia que fazia é exatamente… Essas respostas... Porque é vindo de lideranças, de questionamentos ao gabinete. Eu não sei se é o que ela desempenha, absolutamente”, disse ele, em frases sem sequência, ao responder à pergunta do líder do Cidadania, Alessandro Vieira (SE).

Logo em seguida, o desembargador admitiu não ter como responder à pergunta. “Eu realmente não tenho essa informação para lhe dar. Mas, muito provavelmente, eu também não sou a pessoa certa para lhe responder, que é um problema, uma dificuldade de todos os parlamentares egressos de Estados com certa dificuldade econômica”, afirmou. 

O desembargador Kassio Marques durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Foto: Gabriela Biló/Estadão

Natural do Piauí, Marques não respondeu se exerceu influência para a contratação de Maria do Socorro pelo senador Férrer, seu conterrâneo. O desembargador disse acreditar que ela foi admitida porque parlamentares de Estados pequenos têm dificuldades para levar mão de obra a Brasília, por conta do alto custo de vida na cidade. 

Como exemplo, Marques mencionou que um salário de R$ 10 mil é pouco para a vida na capital federal. “É muito difícil para um parlamentar importar toda força de trabalho do seu Estado. O custo de vida em Brasília é muito alto. No Piauí, com uma remuneração de R$ 10 mil é possível que se viva com muita dignidade sem faltar nada para filhos, em escolas particulares. Em Brasília, pagando aluguel e colocando dois filhos na escola, não sobra absolutamente nada”, disse. 

Maria do Socorro seria alguém com vínculo com o Piauí e disposta a viver em Brasília. “Então, as pessoas que detêm algum tipo de experiência e que já moram em Brasília têm um facilitador para serem contratadas. Foi o que aconteceu, provavelmente. E não consigo, já peço perdão à Vossa Excelência, com exatidão, dizer. Mas ela já possuía uma experiência nessa Casa. Então, muito provavelmente, quando o senador Elmano vislumbrou essa possibilidade, a contratou”, comentou o indicado. 

Economista, a mulher de Marques atua no Senado desde 2012, contratada pelos ex-senadores petistas Wellington Dias e Regina Sousa. Nesses gabinetes, segundo auxiliares dos ex-parlamentares – hoje, Wellington é governador do Piauí e Regina, vice–, ela desempenhou tarefas como a de “cuidar de correspondências e ofícios” e “preparar minutas de projetos”. 

Na terça-feira, o senador Férrer afirmou, em entrevista ao Estadão, desconhecer as atividades desempenhadas por Maria do Socorro em seu gabinete. Ele também não quis revelar porque contratou a funcionária, no ano passado, embora tenha admitido que houve mudanças na equipe após ele ter saído do Podemos, em setembro, para se filiar ao Progressistas, partido comandado pelo senador Ciro Nogueira (PI).

O desembargador Kassio Marques, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Foto: Gabriela Biló/Estadão

“Eu tenho mais de 30 (funcionários) lá. Não sei o que... Ela é economista, trabalha lá”, afirmou Férrer ao Estadão. “Vocês estão querendo especular umas coisas. Eu não trato dessas questões administrativas de servidores, de o que fazem”.

Ao longo da manhã desta quarta, 21, até o início da tarde, o gabinete de Férrer, no anexo 2 do Senado, permanecia fechado. O senador tem 78 anos e é do grupo de risco da covid-19. Desde março, seus funcionários estão em trabalho remoto e ele tem evitado viajar para Brasília.

Procurada, Maria do Socorro atendeu a ligação, mas desligou em seguida quando a reportagem se apresentou. Um familiar dela também foi procurado, disse que daria retorno e não mais se manifestou.

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