General vai à comissão mas evita falar sobre Riocentro


A exemplo de Nilton de Albuquerque Cerqueira, militar reformado Wilson Luiz Chaves Machado fica em silêncio diante de integrantes da CNV e não responde perguntas sobre atentado ocorrido em 1981

Por Thaise Constancio

RIO - O general reformado do Exército Wilson Luiz Chaves Machado, de 66 anos, compareceu à sessão da Comissão Nacional da Verdade (CNV) na manhã desta quinta-feira, 31, mas, por orientação de seu advogado, Rodrigo Roca, optou por não responder às perguntas. Ele prestaria depoimento sobre o atentado à bomba no Riocentro (30 de abril de 1981), que o feriu e matou o sargento Guilherme Pereira do Rosário. Machado, que era capitão na época, disse que prestou três depoimentos para a Justiça Militar e dois para o Ministério Público Federal e não faria novas declarações. "Inclusive já fui julgado pelo Superior Tribunal Militar. Não tenho mais nada a declarar. A verdade está nos depoimentos. A história está lá (nos cinco depoimentos)." Ele acrescentou que esteve lotado no Destacamento de Operações de Informações (DOI) do Rio de agosto de 1980 a abril de 1981.

"Não tenho mais nada a declarar. A verdade está nos depoimentos", declarou Machado Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Houve uma discussão entre o advogado e o coordenador da CNV, Pedro Dallari, que, na presença de jornalistas, perguntou se Machado responderia às 13 perguntas elaboradas pela comissão. "Você (Pedro) deu sua palavra de homem e não cumpriu comigo", disse Roca. Antes, Roca afirmara que nenhum de seus clientes "declarará mais nada sobre o período de exceção". "Tenho certeza que ele (Roca) voltará a nos ajudar", disse Dallari à imprensa. O ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, membro da CNV, afirmou não haver motivo para recusa de Machado em depor porque ele não responderia a nenhum processo criminal pelo teor do que viesse a falar. Na saída, o coronel não respondeu às perguntas da imprensa. Questionado se o Puma que explodiu no Riocentro era dele, se foi ele quem saiu ferido quando a bomba explodiu e que 20 mil pessoas poderiam ter morrido, o militar apenas riu. À tarde, o juiz Nelson Silva Machado Guimarães, que durante a ditadura militar brasileira esteve lotado na 2ª Auditoria da Justiça Militar Federal de São Paulo, comparecerá à Comissão. O depoimento estava marcado para terça-feira passada, 29, mas foi reagendado porque a CNV rejeitou seu pedido para depor por escrito. Ele, então, compareceu na data marcada, mas os membros da comissão disseram não estar preparados para interrogá-lo e remarcaram a audiência. Ao longo desta semana, outros agentes compareceram à comissão e optaram por ficar em silêncio. O general reformado Nilton de Albuquerque Cerqueira, de 84 anos, também seria questionado sobre o Riocentro, mas aos integrantes apenas disse achar absurdo investigar fatos ocorridos há 30 anos. Nessa quarta, os brigadeiros reformados Jorge José de Carvalho e Antonio da Motta Paes Junior disseram desconhecer crimes de tortura na Base Aérea do Galeão, que comandaram entre 1971 e 1974.

RIO - O general reformado do Exército Wilson Luiz Chaves Machado, de 66 anos, compareceu à sessão da Comissão Nacional da Verdade (CNV) na manhã desta quinta-feira, 31, mas, por orientação de seu advogado, Rodrigo Roca, optou por não responder às perguntas. Ele prestaria depoimento sobre o atentado à bomba no Riocentro (30 de abril de 1981), que o feriu e matou o sargento Guilherme Pereira do Rosário. Machado, que era capitão na época, disse que prestou três depoimentos para a Justiça Militar e dois para o Ministério Público Federal e não faria novas declarações. "Inclusive já fui julgado pelo Superior Tribunal Militar. Não tenho mais nada a declarar. A verdade está nos depoimentos. A história está lá (nos cinco depoimentos)." Ele acrescentou que esteve lotado no Destacamento de Operações de Informações (DOI) do Rio de agosto de 1980 a abril de 1981.

"Não tenho mais nada a declarar. A verdade está nos depoimentos", declarou Machado Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Houve uma discussão entre o advogado e o coordenador da CNV, Pedro Dallari, que, na presença de jornalistas, perguntou se Machado responderia às 13 perguntas elaboradas pela comissão. "Você (Pedro) deu sua palavra de homem e não cumpriu comigo", disse Roca. Antes, Roca afirmara que nenhum de seus clientes "declarará mais nada sobre o período de exceção". "Tenho certeza que ele (Roca) voltará a nos ajudar", disse Dallari à imprensa. O ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, membro da CNV, afirmou não haver motivo para recusa de Machado em depor porque ele não responderia a nenhum processo criminal pelo teor do que viesse a falar. Na saída, o coronel não respondeu às perguntas da imprensa. Questionado se o Puma que explodiu no Riocentro era dele, se foi ele quem saiu ferido quando a bomba explodiu e que 20 mil pessoas poderiam ter morrido, o militar apenas riu. À tarde, o juiz Nelson Silva Machado Guimarães, que durante a ditadura militar brasileira esteve lotado na 2ª Auditoria da Justiça Militar Federal de São Paulo, comparecerá à Comissão. O depoimento estava marcado para terça-feira passada, 29, mas foi reagendado porque a CNV rejeitou seu pedido para depor por escrito. Ele, então, compareceu na data marcada, mas os membros da comissão disseram não estar preparados para interrogá-lo e remarcaram a audiência. Ao longo desta semana, outros agentes compareceram à comissão e optaram por ficar em silêncio. O general reformado Nilton de Albuquerque Cerqueira, de 84 anos, também seria questionado sobre o Riocentro, mas aos integrantes apenas disse achar absurdo investigar fatos ocorridos há 30 anos. Nessa quarta, os brigadeiros reformados Jorge José de Carvalho e Antonio da Motta Paes Junior disseram desconhecer crimes de tortura na Base Aérea do Galeão, que comandaram entre 1971 e 1974.

RIO - O general reformado do Exército Wilson Luiz Chaves Machado, de 66 anos, compareceu à sessão da Comissão Nacional da Verdade (CNV) na manhã desta quinta-feira, 31, mas, por orientação de seu advogado, Rodrigo Roca, optou por não responder às perguntas. Ele prestaria depoimento sobre o atentado à bomba no Riocentro (30 de abril de 1981), que o feriu e matou o sargento Guilherme Pereira do Rosário. Machado, que era capitão na época, disse que prestou três depoimentos para a Justiça Militar e dois para o Ministério Público Federal e não faria novas declarações. "Inclusive já fui julgado pelo Superior Tribunal Militar. Não tenho mais nada a declarar. A verdade está nos depoimentos. A história está lá (nos cinco depoimentos)." Ele acrescentou que esteve lotado no Destacamento de Operações de Informações (DOI) do Rio de agosto de 1980 a abril de 1981.

"Não tenho mais nada a declarar. A verdade está nos depoimentos", declarou Machado Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Houve uma discussão entre o advogado e o coordenador da CNV, Pedro Dallari, que, na presença de jornalistas, perguntou se Machado responderia às 13 perguntas elaboradas pela comissão. "Você (Pedro) deu sua palavra de homem e não cumpriu comigo", disse Roca. Antes, Roca afirmara que nenhum de seus clientes "declarará mais nada sobre o período de exceção". "Tenho certeza que ele (Roca) voltará a nos ajudar", disse Dallari à imprensa. O ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, membro da CNV, afirmou não haver motivo para recusa de Machado em depor porque ele não responderia a nenhum processo criminal pelo teor do que viesse a falar. Na saída, o coronel não respondeu às perguntas da imprensa. Questionado se o Puma que explodiu no Riocentro era dele, se foi ele quem saiu ferido quando a bomba explodiu e que 20 mil pessoas poderiam ter morrido, o militar apenas riu. À tarde, o juiz Nelson Silva Machado Guimarães, que durante a ditadura militar brasileira esteve lotado na 2ª Auditoria da Justiça Militar Federal de São Paulo, comparecerá à Comissão. O depoimento estava marcado para terça-feira passada, 29, mas foi reagendado porque a CNV rejeitou seu pedido para depor por escrito. Ele, então, compareceu na data marcada, mas os membros da comissão disseram não estar preparados para interrogá-lo e remarcaram a audiência. Ao longo desta semana, outros agentes compareceram à comissão e optaram por ficar em silêncio. O general reformado Nilton de Albuquerque Cerqueira, de 84 anos, também seria questionado sobre o Riocentro, mas aos integrantes apenas disse achar absurdo investigar fatos ocorridos há 30 anos. Nessa quarta, os brigadeiros reformados Jorge José de Carvalho e Antonio da Motta Paes Junior disseram desconhecer crimes de tortura na Base Aérea do Galeão, que comandaram entre 1971 e 1974.

RIO - O general reformado do Exército Wilson Luiz Chaves Machado, de 66 anos, compareceu à sessão da Comissão Nacional da Verdade (CNV) na manhã desta quinta-feira, 31, mas, por orientação de seu advogado, Rodrigo Roca, optou por não responder às perguntas. Ele prestaria depoimento sobre o atentado à bomba no Riocentro (30 de abril de 1981), que o feriu e matou o sargento Guilherme Pereira do Rosário. Machado, que era capitão na época, disse que prestou três depoimentos para a Justiça Militar e dois para o Ministério Público Federal e não faria novas declarações. "Inclusive já fui julgado pelo Superior Tribunal Militar. Não tenho mais nada a declarar. A verdade está nos depoimentos. A história está lá (nos cinco depoimentos)." Ele acrescentou que esteve lotado no Destacamento de Operações de Informações (DOI) do Rio de agosto de 1980 a abril de 1981.

"Não tenho mais nada a declarar. A verdade está nos depoimentos", declarou Machado Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Houve uma discussão entre o advogado e o coordenador da CNV, Pedro Dallari, que, na presença de jornalistas, perguntou se Machado responderia às 13 perguntas elaboradas pela comissão. "Você (Pedro) deu sua palavra de homem e não cumpriu comigo", disse Roca. Antes, Roca afirmara que nenhum de seus clientes "declarará mais nada sobre o período de exceção". "Tenho certeza que ele (Roca) voltará a nos ajudar", disse Dallari à imprensa. O ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, membro da CNV, afirmou não haver motivo para recusa de Machado em depor porque ele não responderia a nenhum processo criminal pelo teor do que viesse a falar. Na saída, o coronel não respondeu às perguntas da imprensa. Questionado se o Puma que explodiu no Riocentro era dele, se foi ele quem saiu ferido quando a bomba explodiu e que 20 mil pessoas poderiam ter morrido, o militar apenas riu. À tarde, o juiz Nelson Silva Machado Guimarães, que durante a ditadura militar brasileira esteve lotado na 2ª Auditoria da Justiça Militar Federal de São Paulo, comparecerá à Comissão. O depoimento estava marcado para terça-feira passada, 29, mas foi reagendado porque a CNV rejeitou seu pedido para depor por escrito. Ele, então, compareceu na data marcada, mas os membros da comissão disseram não estar preparados para interrogá-lo e remarcaram a audiência. Ao longo desta semana, outros agentes compareceram à comissão e optaram por ficar em silêncio. O general reformado Nilton de Albuquerque Cerqueira, de 84 anos, também seria questionado sobre o Riocentro, mas aos integrantes apenas disse achar absurdo investigar fatos ocorridos há 30 anos. Nessa quarta, os brigadeiros reformados Jorge José de Carvalho e Antonio da Motta Paes Junior disseram desconhecer crimes de tortura na Base Aérea do Galeão, que comandaram entre 1971 e 1974.

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