Governo cancela viagem de Damares a Palestina e Israel


'Missão Palestina' ocorreria às vésperas da guerra na Ucrânia, mas desgaste provocado por gastos com viagens de Mário Frias obrigou a revisão de planos

Por Felipe Frazão

BRASÍLIA - A ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) cancelou uma viagem oficial que faria à Palestina e a Israel, no Oriente Médio, às vésperas da guerra na Ucrânia. A viagem era conhecida no ministério como “Missão Palestina”. Damares visitaria um campo de refugiados na Cisjordânia, marcado por conflitos frequentes com militares israelenses.

Diplomatas envolvidos nos preparativos atribuíram o cancelamento a uma ordem do Palácio do Planalto. O penúltimo compromisso público do presidente Jair Bolsonaro antes de decolar para Moscou, onde visitou o presidente Vladimir Putin e manifestou “solidariedade” à Rússia, foi uma audiência com Damares. A data da viagem dela coincidiria com a do presidente.

Bolsonaro viajou para a Rússia e a Hungria entre 14 e 17 de fevereiro. Havia autorizado a viagem da ministra, entre 11 e 19 de fevereiro, com despesas cobertas pelo governo. Damares iria a Tel-Aviv, Jerusalém, em Israel, e a Ramala, na Palestina, para “prospectar oportunidades de cooperação internacional”.

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Ministra Damares Alves visitaria um campo de refugiados na Cisjordânia, marcado por conflitos frequentes com militares israelenses. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O cancelamento daquele roteiro ao epicentro de um conflito secular entre árabes e israelenses ocorreu depois que Bolsonaro sofreu desgaste com despesas de viagem do secretário especial da Cultura, Mário Frias, aos Estados Unidos. Frias e um assessor gastaram R$ 39 mil cada, para um encontro com o lutador bolsonarista Renzo Gracie.

Na mesma semana em que Damares cancelou a missão à Palestina e Israel, Bolsonaro determinou que Frias fosse excluído da visita à Rússia e das passagens posteriores por Hungria e Polônia.

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A “Missão Palestina” também envolveria assessores de Damares, como a secretária nacional de Políticas para Mulheres, Cristiane Britto, e o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício José Cunha. Outros quatro assessores embarcariam, todos com despesas custeadas pela União.

Damares mobilizou embaixadores do Itamaraty, em Brasília, Ramala e Tel-Aviv para preparar a viagem, além de sua equipe. O cancelamento repentino surpreendeu os diplomatas porque as passagens já estavam emitidas.

Para o governo, porém, a presença de Damares no Oriente Médio, a poucos meses da campanha eleitoral, também poderia reavivar uma promessa de 2018 nunca cumprida por  Bolsonaro: a transferência da embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém.

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A mudança, temida na diplomacia, é incentivada por evangélicos apoiadores do presidente. A ministra, por sua vez, é pastora da Igreja Batista da Lagoinha.

Protestos

Embora agrade aos israelenses, a ideia motivou protestos no mundo árabe. Jerusalém é uma cidade disputada pelos dois povos, com locais sagrados para judeus, muçulmanos e cristãos. A alteração implicaria num  reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. E a tradição do Brasil é apoiar a solução de dois Estados.

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O governo tem buscado se equilibrar na disputa entre palestinos e israelenses. Foi o que ocorreu na mais recente viagem do presidente a países árabes do Golfo Pérsico, em novembro de 2021, como mostrou o Estadão

Dois anos antes, quando Bolsonaro voltou de Israel e anunciou a abertura de um escritório comercial em Jerusalém, diplomatas do Itamaraty realizaram uma viagem para acalmar a situação e dar explicações aos países árabes. Passaram por Catar, Jordânia e Emirados Árabes. Todos os embaixadores brasileiros na região foram convocados para receber instruções, numa reunião em Dubai.

Ao Estadão, a assessoria da ministra disse que ela cancelou a viagem por motivos de saúde. E que, se Damares não deixar o cargo no fim deste mês para disputar o Senado, como deseja o presidente, poderá retomar a missão no fim de abril ou início de maio.

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A ministra disse a diplomatas estrangeiros que a razão do adiamento da viagem era uma restrição de ordem médica a deslocamentos longos, pois havia passado por atendimento de emergência. Damares cumpriu agenda normalmente em Brasília, nos últimos dias, e em 28 de fevereiro foi a Genebra, na Suíça, a fim de participar da sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

A viagem de Damares começaria por Israel. Ela iria a convite da embaixada daquele país em Brasília e já havia se reunido com o embaixador Daniel Zonshine. Um mês antes, recebera no ministério o embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben.

Na segunda etapa da viagem ao Oriente Médio, Damares se reuniria com o Conselho de Cidadãos Brasileiros na Palestina, iria a Belém e ao campo de refugiados Arroub, onde um adolescente palestino de 17 anos foi morto no ano passado. Além disso, visitaria os ministérios da Mulher, a convite da ministra Amal Hamad, em Ramala. No ano passado, Damares participou de um webinário sobre empreendedorismo feminino para brasileiras na Palestina.

BRASÍLIA - A ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) cancelou uma viagem oficial que faria à Palestina e a Israel, no Oriente Médio, às vésperas da guerra na Ucrânia. A viagem era conhecida no ministério como “Missão Palestina”. Damares visitaria um campo de refugiados na Cisjordânia, marcado por conflitos frequentes com militares israelenses.

Diplomatas envolvidos nos preparativos atribuíram o cancelamento a uma ordem do Palácio do Planalto. O penúltimo compromisso público do presidente Jair Bolsonaro antes de decolar para Moscou, onde visitou o presidente Vladimir Putin e manifestou “solidariedade” à Rússia, foi uma audiência com Damares. A data da viagem dela coincidiria com a do presidente.

Bolsonaro viajou para a Rússia e a Hungria entre 14 e 17 de fevereiro. Havia autorizado a viagem da ministra, entre 11 e 19 de fevereiro, com despesas cobertas pelo governo. Damares iria a Tel-Aviv, Jerusalém, em Israel, e a Ramala, na Palestina, para “prospectar oportunidades de cooperação internacional”.

Ministra Damares Alves visitaria um campo de refugiados na Cisjordânia, marcado por conflitos frequentes com militares israelenses. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O cancelamento daquele roteiro ao epicentro de um conflito secular entre árabes e israelenses ocorreu depois que Bolsonaro sofreu desgaste com despesas de viagem do secretário especial da Cultura, Mário Frias, aos Estados Unidos. Frias e um assessor gastaram R$ 39 mil cada, para um encontro com o lutador bolsonarista Renzo Gracie.

Na mesma semana em que Damares cancelou a missão à Palestina e Israel, Bolsonaro determinou que Frias fosse excluído da visita à Rússia e das passagens posteriores por Hungria e Polônia.

A “Missão Palestina” também envolveria assessores de Damares, como a secretária nacional de Políticas para Mulheres, Cristiane Britto, e o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício José Cunha. Outros quatro assessores embarcariam, todos com despesas custeadas pela União.

Damares mobilizou embaixadores do Itamaraty, em Brasília, Ramala e Tel-Aviv para preparar a viagem, além de sua equipe. O cancelamento repentino surpreendeu os diplomatas porque as passagens já estavam emitidas.

Para o governo, porém, a presença de Damares no Oriente Médio, a poucos meses da campanha eleitoral, também poderia reavivar uma promessa de 2018 nunca cumprida por  Bolsonaro: a transferência da embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém.

A mudança, temida na diplomacia, é incentivada por evangélicos apoiadores do presidente. A ministra, por sua vez, é pastora da Igreja Batista da Lagoinha.

Protestos

Embora agrade aos israelenses, a ideia motivou protestos no mundo árabe. Jerusalém é uma cidade disputada pelos dois povos, com locais sagrados para judeus, muçulmanos e cristãos. A alteração implicaria num  reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. E a tradição do Brasil é apoiar a solução de dois Estados.

O governo tem buscado se equilibrar na disputa entre palestinos e israelenses. Foi o que ocorreu na mais recente viagem do presidente a países árabes do Golfo Pérsico, em novembro de 2021, como mostrou o Estadão

Dois anos antes, quando Bolsonaro voltou de Israel e anunciou a abertura de um escritório comercial em Jerusalém, diplomatas do Itamaraty realizaram uma viagem para acalmar a situação e dar explicações aos países árabes. Passaram por Catar, Jordânia e Emirados Árabes. Todos os embaixadores brasileiros na região foram convocados para receber instruções, numa reunião em Dubai.

Ao Estadão, a assessoria da ministra disse que ela cancelou a viagem por motivos de saúde. E que, se Damares não deixar o cargo no fim deste mês para disputar o Senado, como deseja o presidente, poderá retomar a missão no fim de abril ou início de maio.

A ministra disse a diplomatas estrangeiros que a razão do adiamento da viagem era uma restrição de ordem médica a deslocamentos longos, pois havia passado por atendimento de emergência. Damares cumpriu agenda normalmente em Brasília, nos últimos dias, e em 28 de fevereiro foi a Genebra, na Suíça, a fim de participar da sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

A viagem de Damares começaria por Israel. Ela iria a convite da embaixada daquele país em Brasília e já havia se reunido com o embaixador Daniel Zonshine. Um mês antes, recebera no ministério o embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben.

Na segunda etapa da viagem ao Oriente Médio, Damares se reuniria com o Conselho de Cidadãos Brasileiros na Palestina, iria a Belém e ao campo de refugiados Arroub, onde um adolescente palestino de 17 anos foi morto no ano passado. Além disso, visitaria os ministérios da Mulher, a convite da ministra Amal Hamad, em Ramala. No ano passado, Damares participou de um webinário sobre empreendedorismo feminino para brasileiras na Palestina.

BRASÍLIA - A ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) cancelou uma viagem oficial que faria à Palestina e a Israel, no Oriente Médio, às vésperas da guerra na Ucrânia. A viagem era conhecida no ministério como “Missão Palestina”. Damares visitaria um campo de refugiados na Cisjordânia, marcado por conflitos frequentes com militares israelenses.

Diplomatas envolvidos nos preparativos atribuíram o cancelamento a uma ordem do Palácio do Planalto. O penúltimo compromisso público do presidente Jair Bolsonaro antes de decolar para Moscou, onde visitou o presidente Vladimir Putin e manifestou “solidariedade” à Rússia, foi uma audiência com Damares. A data da viagem dela coincidiria com a do presidente.

Bolsonaro viajou para a Rússia e a Hungria entre 14 e 17 de fevereiro. Havia autorizado a viagem da ministra, entre 11 e 19 de fevereiro, com despesas cobertas pelo governo. Damares iria a Tel-Aviv, Jerusalém, em Israel, e a Ramala, na Palestina, para “prospectar oportunidades de cooperação internacional”.

Ministra Damares Alves visitaria um campo de refugiados na Cisjordânia, marcado por conflitos frequentes com militares israelenses. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O cancelamento daquele roteiro ao epicentro de um conflito secular entre árabes e israelenses ocorreu depois que Bolsonaro sofreu desgaste com despesas de viagem do secretário especial da Cultura, Mário Frias, aos Estados Unidos. Frias e um assessor gastaram R$ 39 mil cada, para um encontro com o lutador bolsonarista Renzo Gracie.

Na mesma semana em que Damares cancelou a missão à Palestina e Israel, Bolsonaro determinou que Frias fosse excluído da visita à Rússia e das passagens posteriores por Hungria e Polônia.

A “Missão Palestina” também envolveria assessores de Damares, como a secretária nacional de Políticas para Mulheres, Cristiane Britto, e o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício José Cunha. Outros quatro assessores embarcariam, todos com despesas custeadas pela União.

Damares mobilizou embaixadores do Itamaraty, em Brasília, Ramala e Tel-Aviv para preparar a viagem, além de sua equipe. O cancelamento repentino surpreendeu os diplomatas porque as passagens já estavam emitidas.

Para o governo, porém, a presença de Damares no Oriente Médio, a poucos meses da campanha eleitoral, também poderia reavivar uma promessa de 2018 nunca cumprida por  Bolsonaro: a transferência da embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém.

A mudança, temida na diplomacia, é incentivada por evangélicos apoiadores do presidente. A ministra, por sua vez, é pastora da Igreja Batista da Lagoinha.

Protestos

Embora agrade aos israelenses, a ideia motivou protestos no mundo árabe. Jerusalém é uma cidade disputada pelos dois povos, com locais sagrados para judeus, muçulmanos e cristãos. A alteração implicaria num  reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. E a tradição do Brasil é apoiar a solução de dois Estados.

O governo tem buscado se equilibrar na disputa entre palestinos e israelenses. Foi o que ocorreu na mais recente viagem do presidente a países árabes do Golfo Pérsico, em novembro de 2021, como mostrou o Estadão

Dois anos antes, quando Bolsonaro voltou de Israel e anunciou a abertura de um escritório comercial em Jerusalém, diplomatas do Itamaraty realizaram uma viagem para acalmar a situação e dar explicações aos países árabes. Passaram por Catar, Jordânia e Emirados Árabes. Todos os embaixadores brasileiros na região foram convocados para receber instruções, numa reunião em Dubai.

Ao Estadão, a assessoria da ministra disse que ela cancelou a viagem por motivos de saúde. E que, se Damares não deixar o cargo no fim deste mês para disputar o Senado, como deseja o presidente, poderá retomar a missão no fim de abril ou início de maio.

A ministra disse a diplomatas estrangeiros que a razão do adiamento da viagem era uma restrição de ordem médica a deslocamentos longos, pois havia passado por atendimento de emergência. Damares cumpriu agenda normalmente em Brasília, nos últimos dias, e em 28 de fevereiro foi a Genebra, na Suíça, a fim de participar da sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

A viagem de Damares começaria por Israel. Ela iria a convite da embaixada daquele país em Brasília e já havia se reunido com o embaixador Daniel Zonshine. Um mês antes, recebera no ministério o embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben.

Na segunda etapa da viagem ao Oriente Médio, Damares se reuniria com o Conselho de Cidadãos Brasileiros na Palestina, iria a Belém e ao campo de refugiados Arroub, onde um adolescente palestino de 17 anos foi morto no ano passado. Além disso, visitaria os ministérios da Mulher, a convite da ministra Amal Hamad, em Ramala. No ano passado, Damares participou de um webinário sobre empreendedorismo feminino para brasileiras na Palestina.

BRASÍLIA - A ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) cancelou uma viagem oficial que faria à Palestina e a Israel, no Oriente Médio, às vésperas da guerra na Ucrânia. A viagem era conhecida no ministério como “Missão Palestina”. Damares visitaria um campo de refugiados na Cisjordânia, marcado por conflitos frequentes com militares israelenses.

Diplomatas envolvidos nos preparativos atribuíram o cancelamento a uma ordem do Palácio do Planalto. O penúltimo compromisso público do presidente Jair Bolsonaro antes de decolar para Moscou, onde visitou o presidente Vladimir Putin e manifestou “solidariedade” à Rússia, foi uma audiência com Damares. A data da viagem dela coincidiria com a do presidente.

Bolsonaro viajou para a Rússia e a Hungria entre 14 e 17 de fevereiro. Havia autorizado a viagem da ministra, entre 11 e 19 de fevereiro, com despesas cobertas pelo governo. Damares iria a Tel-Aviv, Jerusalém, em Israel, e a Ramala, na Palestina, para “prospectar oportunidades de cooperação internacional”.

Ministra Damares Alves visitaria um campo de refugiados na Cisjordânia, marcado por conflitos frequentes com militares israelenses. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O cancelamento daquele roteiro ao epicentro de um conflito secular entre árabes e israelenses ocorreu depois que Bolsonaro sofreu desgaste com despesas de viagem do secretário especial da Cultura, Mário Frias, aos Estados Unidos. Frias e um assessor gastaram R$ 39 mil cada, para um encontro com o lutador bolsonarista Renzo Gracie.

Na mesma semana em que Damares cancelou a missão à Palestina e Israel, Bolsonaro determinou que Frias fosse excluído da visita à Rússia e das passagens posteriores por Hungria e Polônia.

A “Missão Palestina” também envolveria assessores de Damares, como a secretária nacional de Políticas para Mulheres, Cristiane Britto, e o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício José Cunha. Outros quatro assessores embarcariam, todos com despesas custeadas pela União.

Damares mobilizou embaixadores do Itamaraty, em Brasília, Ramala e Tel-Aviv para preparar a viagem, além de sua equipe. O cancelamento repentino surpreendeu os diplomatas porque as passagens já estavam emitidas.

Para o governo, porém, a presença de Damares no Oriente Médio, a poucos meses da campanha eleitoral, também poderia reavivar uma promessa de 2018 nunca cumprida por  Bolsonaro: a transferência da embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém.

A mudança, temida na diplomacia, é incentivada por evangélicos apoiadores do presidente. A ministra, por sua vez, é pastora da Igreja Batista da Lagoinha.

Protestos

Embora agrade aos israelenses, a ideia motivou protestos no mundo árabe. Jerusalém é uma cidade disputada pelos dois povos, com locais sagrados para judeus, muçulmanos e cristãos. A alteração implicaria num  reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. E a tradição do Brasil é apoiar a solução de dois Estados.

O governo tem buscado se equilibrar na disputa entre palestinos e israelenses. Foi o que ocorreu na mais recente viagem do presidente a países árabes do Golfo Pérsico, em novembro de 2021, como mostrou o Estadão

Dois anos antes, quando Bolsonaro voltou de Israel e anunciou a abertura de um escritório comercial em Jerusalém, diplomatas do Itamaraty realizaram uma viagem para acalmar a situação e dar explicações aos países árabes. Passaram por Catar, Jordânia e Emirados Árabes. Todos os embaixadores brasileiros na região foram convocados para receber instruções, numa reunião em Dubai.

Ao Estadão, a assessoria da ministra disse que ela cancelou a viagem por motivos de saúde. E que, se Damares não deixar o cargo no fim deste mês para disputar o Senado, como deseja o presidente, poderá retomar a missão no fim de abril ou início de maio.

A ministra disse a diplomatas estrangeiros que a razão do adiamento da viagem era uma restrição de ordem médica a deslocamentos longos, pois havia passado por atendimento de emergência. Damares cumpriu agenda normalmente em Brasília, nos últimos dias, e em 28 de fevereiro foi a Genebra, na Suíça, a fim de participar da sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

A viagem de Damares começaria por Israel. Ela iria a convite da embaixada daquele país em Brasília e já havia se reunido com o embaixador Daniel Zonshine. Um mês antes, recebera no ministério o embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben.

Na segunda etapa da viagem ao Oriente Médio, Damares se reuniria com o Conselho de Cidadãos Brasileiros na Palestina, iria a Belém e ao campo de refugiados Arroub, onde um adolescente palestino de 17 anos foi morto no ano passado. Além disso, visitaria os ministérios da Mulher, a convite da ministra Amal Hamad, em Ramala. No ano passado, Damares participou de um webinário sobre empreendedorismo feminino para brasileiras na Palestina.

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