Com clima de pessimismo, governo já admite derrota


O baixo nível de ausências, somente dois dos 513 deputados não compareceram, foi a principal surpresa negativa do Planalto

Por Tania Monteiro, Isadora Peron, Daiene Cardoso, Julia Lindner, Isabela Bonfim e Valmar Hupsel Filho

Brasília - O clima no Palácio do Planalto é muito ruim. Segundo fontes ouvidas pelo Estado, o governo já considera que será derrotado na Câmara e considera o resultado irreversível. O baixo nível de ausências (somente dois dos 513 deputados não compareceram) foi a principal surpresa negativa do Planalto que contava com essa estratégia para evitar a aprovação do impeachment em plenário. Dilma assiste à votação ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros da sua confiança, como o advogado-geral da união, José Eduardo Cardozo, e Jaques Wagner (Gabinete Pessoal).

Para auxiliares de Dilma, não há mais como reverter o placar. Às 21h, o resultado da votação era 237 votos a favor do impeachment e 78 contra, além de 4 abstenções e 1 ausência.

Interlocutores da presidente já falam em “decepção” com alguns deputados, que mudaram o voto na última hora e “traíram” o governo. Também surpreendeu o Planalto o elevado quórum no plenário. O governo contava com, no mínimo, 20 ausências, mas 511 dos 513 deputados compareceram à votação.  O ministro José Eduardo Cardozo deve falar em nome do governo após a votação. A presidente Dilma Rousseff deve divulgar nota na qual se mostrará disposta a manter o seu mandato, contando com a rejeição do impeachment pelo Senado.

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Câmara dos Deputados vota processo de impeachment

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Foto: Andre Dusek/Estadão
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Pouco depois de o "sim" ao impeachment da presidente Dilma Roussef passar dos 200 votos favoráveis, o vice-líder do governo, Orlando Silva (PC do B-SP), procurou os jornalistas que acompanham a votação na Câmara para anunciar que, numericamente, seria difícil reverter a votação sobre a abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Este resultado sinaliza que a oposição vencerá. PP, PR e PMDB do Paraná não cumpriram a palavra. Dificilmente haverá reversão", disse Silva.

Ao ser informado do comentário de Orlando, outro vice-líder, deputado Silvio Costa (PT do B - PE), se irritou e disse que o colega estava errado e não sabia fazer contas. "Nós estamos no jogo, sim. Se o deputado Orlando admite a derrota, ele não sabe fazer contas", disse, aos gritos. 

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O vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PT do B-PE), diz que ainda "está no jogo" após o deputado Orlando Silva (PC do B-SP) admitir derrota quando o placar estava com 208 a favor do impeachment.

Desânimo. Com pouco mais da metade dos votos declarados na sessão que decide sobre a autorização do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, governistas em plenário já demonstram desânimo. Em número menor, aqueles que estão declaradamente ao lado da presidente agora estão sentados e em silêncio. A cena contrasta com a efusão do grupo pró-impeachment.

Alguns deputados mais animados, como Paulo Pimenta (PT-RS) e Maria do Rosário (PT-RS), que acompanhavam os votantes em pé e próximo ao único microfone usado para declarar o voto, também já demonstram menos entusiasmo. São poucos os que usam alegorias em cor vermelha, sinalizando apoio à presidente, e reagem apenas com poucas palmas aos votos contrários ao impeachment.

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Veja manifestações pró e contra impeachment em Brasília

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Tristeza

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Manifestantes acompanham votação

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Manifestante chora em frente a Esplanada

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Manifestante se emociona ao acompanhar votação

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Manifestante contra impeachment

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Manifestantes fazem projeções nos prédios

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Manifestantes contra impeachment

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Manifestantes contra impeachment

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Muro separa manifestantes pró e contra impeachment

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Manifestantes contra o Impeachment na Esplanada dos Ministérios

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Manifestantes favoráveis ao impeachmente se dirigem à Esplanada dos Ministérios

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Manifestantes estendem faixas contra Impeachment

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Manifestante favorável ao impeachment

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Mensagens nas proximidades do muro que divide os manifestantes

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Descanso

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Os votos do Estado de Goiás, do Distrito Federal e São Paulo abriram vantagem para os pró-impeachment, estagnando os votos do governo na casa dos 50, o que fez com que os governistas ficassem em silêncio. Entretanto, os deputados da região Nordeste ainda não haviam começado a votar. O governistas esperam alcançar mais votos com a apuração de Ceará e Bahia.

Já enfrentando algumas traições, alguns deputados que representam o governo estão receosos se será possível alcançar os 172 votos para barrar o impeachment. Outra desvantagem é no número de ausentes. O governo contava com pelo menos 20 ausentes, o que favoreceria a ala contra o afastamento da presidente. No momento, entretanto, apenas 2 deputados constam como ausentes no plenário.  

Brasília - O clima no Palácio do Planalto é muito ruim. Segundo fontes ouvidas pelo Estado, o governo já considera que será derrotado na Câmara e considera o resultado irreversível. O baixo nível de ausências (somente dois dos 513 deputados não compareceram) foi a principal surpresa negativa do Planalto que contava com essa estratégia para evitar a aprovação do impeachment em plenário. Dilma assiste à votação ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros da sua confiança, como o advogado-geral da união, José Eduardo Cardozo, e Jaques Wagner (Gabinete Pessoal).

Para auxiliares de Dilma, não há mais como reverter o placar. Às 21h, o resultado da votação era 237 votos a favor do impeachment e 78 contra, além de 4 abstenções e 1 ausência.

Interlocutores da presidente já falam em “decepção” com alguns deputados, que mudaram o voto na última hora e “traíram” o governo. Também surpreendeu o Planalto o elevado quórum no plenário. O governo contava com, no mínimo, 20 ausências, mas 511 dos 513 deputados compareceram à votação.  O ministro José Eduardo Cardozo deve falar em nome do governo após a votação. A presidente Dilma Rousseff deve divulgar nota na qual se mostrará disposta a manter o seu mandato, contando com a rejeição do impeachment pelo Senado.

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Pouco depois de o "sim" ao impeachment da presidente Dilma Roussef passar dos 200 votos favoráveis, o vice-líder do governo, Orlando Silva (PC do B-SP), procurou os jornalistas que acompanham a votação na Câmara para anunciar que, numericamente, seria difícil reverter a votação sobre a abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Este resultado sinaliza que a oposição vencerá. PP, PR e PMDB do Paraná não cumpriram a palavra. Dificilmente haverá reversão", disse Silva.

Ao ser informado do comentário de Orlando, outro vice-líder, deputado Silvio Costa (PT do B - PE), se irritou e disse que o colega estava errado e não sabia fazer contas. "Nós estamos no jogo, sim. Se o deputado Orlando admite a derrota, ele não sabe fazer contas", disse, aos gritos. 

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O vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PT do B-PE), diz que ainda "está no jogo" após o deputado Orlando Silva (PC do B-SP) admitir derrota quando o placar estava com 208 a favor do impeachment.

Desânimo. Com pouco mais da metade dos votos declarados na sessão que decide sobre a autorização do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, governistas em plenário já demonstram desânimo. Em número menor, aqueles que estão declaradamente ao lado da presidente agora estão sentados e em silêncio. A cena contrasta com a efusão do grupo pró-impeachment.

Alguns deputados mais animados, como Paulo Pimenta (PT-RS) e Maria do Rosário (PT-RS), que acompanhavam os votantes em pé e próximo ao único microfone usado para declarar o voto, também já demonstram menos entusiasmo. São poucos os que usam alegorias em cor vermelha, sinalizando apoio à presidente, e reagem apenas com poucas palmas aos votos contrários ao impeachment.

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1 | 24

Tristeza

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Manifestantes contra impeachment

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Manifestantes a favor do impeachment

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Manifestantes contra impeachment

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Muro separa manifestantes pró e contra impeachment

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Manifestantes contra o Impeachment na Esplanada dos Ministérios

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Manifestantes favoráveis ao impeachmente em frente à Esplanada dos Ministérios

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Manifestantes contra o Impeachment na Esplanada dos Ministérios

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Manifestantes favoráveis ao impeachmente se dirigem à Esplanada dos Ministérios

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Manifestantes favoráveis ao impeachmente em frente à Esplanada dos Ministérios

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Manifestantes estendem faixas contra Impeachment

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Manifestante favorável ao impeachment

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Bonecos usados por manifestantes favoráveis ao impeachment

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Presença infantil

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Descanso

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Descanso

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Os votos do Estado de Goiás, do Distrito Federal e São Paulo abriram vantagem para os pró-impeachment, estagnando os votos do governo na casa dos 50, o que fez com que os governistas ficassem em silêncio. Entretanto, os deputados da região Nordeste ainda não haviam começado a votar. O governistas esperam alcançar mais votos com a apuração de Ceará e Bahia.

Já enfrentando algumas traições, alguns deputados que representam o governo estão receosos se será possível alcançar os 172 votos para barrar o impeachment. Outra desvantagem é no número de ausentes. O governo contava com pelo menos 20 ausentes, o que favoreceria a ala contra o afastamento da presidente. No momento, entretanto, apenas 2 deputados constam como ausentes no plenário.  

Brasília - O clima no Palácio do Planalto é muito ruim. Segundo fontes ouvidas pelo Estado, o governo já considera que será derrotado na Câmara e considera o resultado irreversível. O baixo nível de ausências (somente dois dos 513 deputados não compareceram) foi a principal surpresa negativa do Planalto que contava com essa estratégia para evitar a aprovação do impeachment em plenário. Dilma assiste à votação ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros da sua confiança, como o advogado-geral da união, José Eduardo Cardozo, e Jaques Wagner (Gabinete Pessoal).

Para auxiliares de Dilma, não há mais como reverter o placar. Às 21h, o resultado da votação era 237 votos a favor do impeachment e 78 contra, além de 4 abstenções e 1 ausência.

Interlocutores da presidente já falam em “decepção” com alguns deputados, que mudaram o voto na última hora e “traíram” o governo. Também surpreendeu o Planalto o elevado quórum no plenário. O governo contava com, no mínimo, 20 ausências, mas 511 dos 513 deputados compareceram à votação.  O ministro José Eduardo Cardozo deve falar em nome do governo após a votação. A presidente Dilma Rousseff deve divulgar nota na qual se mostrará disposta a manter o seu mandato, contando com a rejeição do impeachment pelo Senado.

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Pouco depois de o "sim" ao impeachment da presidente Dilma Roussef passar dos 200 votos favoráveis, o vice-líder do governo, Orlando Silva (PC do B-SP), procurou os jornalistas que acompanham a votação na Câmara para anunciar que, numericamente, seria difícil reverter a votação sobre a abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Este resultado sinaliza que a oposição vencerá. PP, PR e PMDB do Paraná não cumpriram a palavra. Dificilmente haverá reversão", disse Silva.

Ao ser informado do comentário de Orlando, outro vice-líder, deputado Silvio Costa (PT do B - PE), se irritou e disse que o colega estava errado e não sabia fazer contas. "Nós estamos no jogo, sim. Se o deputado Orlando admite a derrota, ele não sabe fazer contas", disse, aos gritos. 

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O vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PT do B-PE), diz que ainda "está no jogo" após o deputado Orlando Silva (PC do B-SP) admitir derrota quando o placar estava com 208 a favor do impeachment.

Desânimo. Com pouco mais da metade dos votos declarados na sessão que decide sobre a autorização do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, governistas em plenário já demonstram desânimo. Em número menor, aqueles que estão declaradamente ao lado da presidente agora estão sentados e em silêncio. A cena contrasta com a efusão do grupo pró-impeachment.

Alguns deputados mais animados, como Paulo Pimenta (PT-RS) e Maria do Rosário (PT-RS), que acompanhavam os votantes em pé e próximo ao único microfone usado para declarar o voto, também já demonstram menos entusiasmo. São poucos os que usam alegorias em cor vermelha, sinalizando apoio à presidente, e reagem apenas com poucas palmas aos votos contrários ao impeachment.

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Tristeza

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Manifestante se emociona ao acompanhar votação

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Manifestantes contra impeachment

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Manifestantes a favor do impeachment

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Manifestantes contra impeachment

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Descanso

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Os votos do Estado de Goiás, do Distrito Federal e São Paulo abriram vantagem para os pró-impeachment, estagnando os votos do governo na casa dos 50, o que fez com que os governistas ficassem em silêncio. Entretanto, os deputados da região Nordeste ainda não haviam começado a votar. O governistas esperam alcançar mais votos com a apuração de Ceará e Bahia.

Já enfrentando algumas traições, alguns deputados que representam o governo estão receosos se será possível alcançar os 172 votos para barrar o impeachment. Outra desvantagem é no número de ausentes. O governo contava com pelo menos 20 ausentes, o que favoreceria a ala contra o afastamento da presidente. No momento, entretanto, apenas 2 deputados constam como ausentes no plenário.  

Brasília - O clima no Palácio do Planalto é muito ruim. Segundo fontes ouvidas pelo Estado, o governo já considera que será derrotado na Câmara e considera o resultado irreversível. O baixo nível de ausências (somente dois dos 513 deputados não compareceram) foi a principal surpresa negativa do Planalto que contava com essa estratégia para evitar a aprovação do impeachment em plenário. Dilma assiste à votação ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros da sua confiança, como o advogado-geral da união, José Eduardo Cardozo, e Jaques Wagner (Gabinete Pessoal).

Para auxiliares de Dilma, não há mais como reverter o placar. Às 21h, o resultado da votação era 237 votos a favor do impeachment e 78 contra, além de 4 abstenções e 1 ausência.

Interlocutores da presidente já falam em “decepção” com alguns deputados, que mudaram o voto na última hora e “traíram” o governo. Também surpreendeu o Planalto o elevado quórum no plenário. O governo contava com, no mínimo, 20 ausências, mas 511 dos 513 deputados compareceram à votação.  O ministro José Eduardo Cardozo deve falar em nome do governo após a votação. A presidente Dilma Rousseff deve divulgar nota na qual se mostrará disposta a manter o seu mandato, contando com a rejeição do impeachment pelo Senado.

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Câmara dos Deputados vota processo de impeachment

Foto: Andre Dusek/Estadão

Pouco depois de o "sim" ao impeachment da presidente Dilma Roussef passar dos 200 votos favoráveis, o vice-líder do governo, Orlando Silva (PC do B-SP), procurou os jornalistas que acompanham a votação na Câmara para anunciar que, numericamente, seria difícil reverter a votação sobre a abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Este resultado sinaliza que a oposição vencerá. PP, PR e PMDB do Paraná não cumpriram a palavra. Dificilmente haverá reversão", disse Silva.

Ao ser informado do comentário de Orlando, outro vice-líder, deputado Silvio Costa (PT do B - PE), se irritou e disse que o colega estava errado e não sabia fazer contas. "Nós estamos no jogo, sim. Se o deputado Orlando admite a derrota, ele não sabe fazer contas", disse, aos gritos. 

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O vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PT do B-PE), diz que ainda "está no jogo" após o deputado Orlando Silva (PC do B-SP) admitir derrota quando o placar estava com 208 a favor do impeachment.

Desânimo. Com pouco mais da metade dos votos declarados na sessão que decide sobre a autorização do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, governistas em plenário já demonstram desânimo. Em número menor, aqueles que estão declaradamente ao lado da presidente agora estão sentados e em silêncio. A cena contrasta com a efusão do grupo pró-impeachment.

Alguns deputados mais animados, como Paulo Pimenta (PT-RS) e Maria do Rosário (PT-RS), que acompanhavam os votantes em pé e próximo ao único microfone usado para declarar o voto, também já demonstram menos entusiasmo. São poucos os que usam alegorias em cor vermelha, sinalizando apoio à presidente, e reagem apenas com poucas palmas aos votos contrários ao impeachment.

Veja manifestações pró e contra impeachment em Brasília

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Tristeza

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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Gritos de ordem

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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Manifestantes acompanham votação

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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Manifestante chora em frente a Esplanada

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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Manifestante se emociona ao acompanhar votação

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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Manifestante contra impeachment

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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Manifestantes fazem projeções nos prédios

Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
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Manifestantes contra impeachment

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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Manifestantes a favor do impeachment

Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO
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Manifestantes contra impeachment

Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO
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Muro separa manifestantes pró e contra impeachment

Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
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Muro separa manifestantes pró e contra impeachment em Brasília

Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
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Manifestantes contra o Impeachment na Esplanada dos Ministérios

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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Manifestantes favoráveis ao impeachmente em frente à Esplanada dos Ministérios

Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
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Manifestantes contra o Impeachment na Esplanada dos Ministérios

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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Manifestantes favoráveis ao impeachmente se dirigem à Esplanada dos Ministérios

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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Manifestantes favoráveis ao impeachmente em frente à Esplanada dos Ministérios

Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
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Manifestantes estendem faixas contra Impeachment

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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Manifestante favorável ao impeachment

Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
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Mensagens nas proximidades do muro que divide os manifestantes

Foto: Adriana Fernandes/ESTADAO
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Bonecos usados por manifestantes favoráveis ao impeachment

Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
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Presença infantil

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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Descanso

Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
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Descanso

Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO

Os votos do Estado de Goiás, do Distrito Federal e São Paulo abriram vantagem para os pró-impeachment, estagnando os votos do governo na casa dos 50, o que fez com que os governistas ficassem em silêncio. Entretanto, os deputados da região Nordeste ainda não haviam começado a votar. O governistas esperam alcançar mais votos com a apuração de Ceará e Bahia.

Já enfrentando algumas traições, alguns deputados que representam o governo estão receosos se será possível alcançar os 172 votos para barrar o impeachment. Outra desvantagem é no número de ausentes. O governo contava com pelo menos 20 ausentes, o que favoreceria a ala contra o afastamento da presidente. No momento, entretanto, apenas 2 deputados constam como ausentes no plenário.  

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