Greve do metrô vira campo de batalha para eleição de 2024 com debate entre Tarcísio, Nunes e Boulos


Pré-candidato do PSOL se tornou alvo de adversários porque um dos sindicatos que convocou a paralisação é presidido por integrante do partido

Por Pedro Augusto Figueiredo
Atualização:

Motivo de transtorno para os paulistanos ao longo desta terça-feira, as greves nas linhas de metrô administradas pelo poder público, na CPTM e na Sabesp se transformaram rapidamente na mais nova arena de disputa eleitoral entre pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo em 2024. Os grevistas protestam contra a proposta do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que desde a campanha eleitoral no ano passado defende conceder a gestão de parte do sistema metroviário à iniciativa privada e privatizar a Sabesp sob o argumento de atrair mais investimentos e melhorar os serviços prestados à população.

Líder nas pesquisas até o momento, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se tornou alvo de ataques dos adversários, entre eles o atual prefeito e adversário, Ricardo Nunes (MDB), porque o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, um dos responsáveis por convocar a paralisação, é presidido por Camila Lisboa, filiada ao PSOL. Os sindicatos querem um plebiscito sobre o tema e os metroviários decidem, em assembleia a partir das 18h, os rumos da greve nos próximos dias. Na CPTM e a na Sabesp, não estão previstas novas assembleias e a paralisação deve se restringir a esta terça-feira.

Ao Estadão, Tarcísio disse que não pensa em eleição municipal. “Estou pensando em investimento e dando andamento a estudos que me comprometi na campanha a fazer”, afirmou. “[É] Natural estudar o ingresso de capital privado para aumentar a capacidade de investimento do Estado”, acrescentou. Ele tem sustentado que a greve é política, já que não se trata de reivindicações por melhores condições de trabalho para os servidores.

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Prováveis adversários em 2024, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos usaram a greve do metrô para trocarem farpas Foto: Taba Benedicto/Estadão

Em diversas ocasiões nas últimas semanas, o governador elogiou Nunes e disse que é fundamental o alinhamento entre o Palácio dos Bandeirantes e a prefeitura da capital, em sinalização de que pode apoiar a reeleição do chefe do Executivo da capital. Mais cedo nesta terça-feira, questionou como São Paulo pode ser governada por alguém “que não vai querer dialogar com o governo”, em referência a Boulos.

Como resposta, Boulos, disparou contra Nunes e Tarcísio e disse que a greve é responsabilidade da administração do governador devido à “intransigência” de não ter aceitado liberar as catracas em vez de paralisar os serviços. Essa proposta foi apresentada pelos sindicatos e rejeitada pela Justiça do Trabalho.

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“É lamentável que o governador queira fugir de sua responsabilidade ao atribuir aos outros um problema gerado por ele mesmo e ao tentar partidarizar o debate. Pior ainda é ver um prefeito que abandonou a cidade querer fazer disso (a paralisação) palanque eleitoral”, declarou o deputado ao Estadão.

Boulos e PSOL sob ataque em razão da greve

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Com São Paulo e a região Metropolitana com o transporte público prejudicado e o trânsito parado, o pré-candidato do PSOL se tornou o principal destinatário das críticas dos adversários que se colocam à direita no campo político. O prefeito Ricardo Nunes disse que a população perdeu exames e consultas médicas e que os sindicatos “manipulam trabalhadores do transporte público com intuito político-partidário”.

“Estou indignado com o que estão fazendo com milhões de pessoas por conta de uma greve de caráter ideológico, vítimas de uma política extremista. O que vimos hoje foi um vale tudo para colocar em prática o radicalismo, inclusive descumprindo decisão judicial que determinou a manutenção das linhas nos horários de pico. E eles não cumpriram. Esse é o PSOL, o partido do caos”, afirmou o prefeito ao Estadão. Devido ao descumprimento da decisão inicial, a Justiça do Trabalho elevou o valor da multa aplicada aos sindicatos.

Na visão do deputado federal Kim Kataguiri (União), que também pretende disputar a eleição para prefeito, há outros espaços, como manifestações nas ruas e em audiências públicas, para os sindicatos se posicionarem contra as privatizações. “Paralisar serviço essencial é prejudicar a cidade em nome de uma agenda eleitoral, o que demonstra falta de pudor do PSOL e do Boulos em utilizar os instrumentos que têm para fins eleitorais”, disse ao Estadão.

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Deputado federal Kim Kataguiri busca viabilizar candidatura a prefeitura da capital pelo União Brasil FOTO Vinicius Loures/AGENCIA CAMARA Foto: ViniLoures/Agência Câmara

Assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro e cotado para vice de Ricardo Nunes caso o PL apoie o prefeito, Fabio Wajngarten projeta que a greve terá consequências nas próximas eleições, tanto municipais, como estaduais e federais. “A população está mais informada, sabe quem está ao lado dela e quem está dificultando o seu já complexo dia a dia”, opinou na rede social X (antigo Twitter).

Entre os principais candidatos, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) afirmou que as greves são legítimas, mas não podem ser levadas para o lado da disputa eleitoral. “As greves são legítimas, mas usá-las por motivos politiqueiros diminui a força das lutas dos trabalhadores; esse é um instrumento muito importante para ser banalizado. Nossa luta precisa ser pela qualidade do transporte, é isso que de fato importa para a população. Hoje há linhas de metrô bem geridas pela iniciativa privada, como a Amarela, e linhas de trem mal geridas, como as linhas Diamante e Esmeralda; precisamos ir além de ser contra ou a favor das concessões. É preciso que o governo enfrente os problemas que temos hoje e apresente soluções pra isso, mas só poderemos debater com qualidade, e, inclusive, lutar pelos direitos dos trabalhadores, quando tivermos projetos na mesa”, afirmou a parlamentar.

Motivo de transtorno para os paulistanos ao longo desta terça-feira, as greves nas linhas de metrô administradas pelo poder público, na CPTM e na Sabesp se transformaram rapidamente na mais nova arena de disputa eleitoral entre pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo em 2024. Os grevistas protestam contra a proposta do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que desde a campanha eleitoral no ano passado defende conceder a gestão de parte do sistema metroviário à iniciativa privada e privatizar a Sabesp sob o argumento de atrair mais investimentos e melhorar os serviços prestados à população.

Líder nas pesquisas até o momento, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se tornou alvo de ataques dos adversários, entre eles o atual prefeito e adversário, Ricardo Nunes (MDB), porque o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, um dos responsáveis por convocar a paralisação, é presidido por Camila Lisboa, filiada ao PSOL. Os sindicatos querem um plebiscito sobre o tema e os metroviários decidem, em assembleia a partir das 18h, os rumos da greve nos próximos dias. Na CPTM e a na Sabesp, não estão previstas novas assembleias e a paralisação deve se restringir a esta terça-feira.

Ao Estadão, Tarcísio disse que não pensa em eleição municipal. “Estou pensando em investimento e dando andamento a estudos que me comprometi na campanha a fazer”, afirmou. “[É] Natural estudar o ingresso de capital privado para aumentar a capacidade de investimento do Estado”, acrescentou. Ele tem sustentado que a greve é política, já que não se trata de reivindicações por melhores condições de trabalho para os servidores.

Prováveis adversários em 2024, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos usaram a greve do metrô para trocarem farpas Foto: Taba Benedicto/Estadão

Em diversas ocasiões nas últimas semanas, o governador elogiou Nunes e disse que é fundamental o alinhamento entre o Palácio dos Bandeirantes e a prefeitura da capital, em sinalização de que pode apoiar a reeleição do chefe do Executivo da capital. Mais cedo nesta terça-feira, questionou como São Paulo pode ser governada por alguém “que não vai querer dialogar com o governo”, em referência a Boulos.

Como resposta, Boulos, disparou contra Nunes e Tarcísio e disse que a greve é responsabilidade da administração do governador devido à “intransigência” de não ter aceitado liberar as catracas em vez de paralisar os serviços. Essa proposta foi apresentada pelos sindicatos e rejeitada pela Justiça do Trabalho.

“É lamentável que o governador queira fugir de sua responsabilidade ao atribuir aos outros um problema gerado por ele mesmo e ao tentar partidarizar o debate. Pior ainda é ver um prefeito que abandonou a cidade querer fazer disso (a paralisação) palanque eleitoral”, declarou o deputado ao Estadão.

Boulos e PSOL sob ataque em razão da greve

Com São Paulo e a região Metropolitana com o transporte público prejudicado e o trânsito parado, o pré-candidato do PSOL se tornou o principal destinatário das críticas dos adversários que se colocam à direita no campo político. O prefeito Ricardo Nunes disse que a população perdeu exames e consultas médicas e que os sindicatos “manipulam trabalhadores do transporte público com intuito político-partidário”.

“Estou indignado com o que estão fazendo com milhões de pessoas por conta de uma greve de caráter ideológico, vítimas de uma política extremista. O que vimos hoje foi um vale tudo para colocar em prática o radicalismo, inclusive descumprindo decisão judicial que determinou a manutenção das linhas nos horários de pico. E eles não cumpriram. Esse é o PSOL, o partido do caos”, afirmou o prefeito ao Estadão. Devido ao descumprimento da decisão inicial, a Justiça do Trabalho elevou o valor da multa aplicada aos sindicatos.

Na visão do deputado federal Kim Kataguiri (União), que também pretende disputar a eleição para prefeito, há outros espaços, como manifestações nas ruas e em audiências públicas, para os sindicatos se posicionarem contra as privatizações. “Paralisar serviço essencial é prejudicar a cidade em nome de uma agenda eleitoral, o que demonstra falta de pudor do PSOL e do Boulos em utilizar os instrumentos que têm para fins eleitorais”, disse ao Estadão.

Deputado federal Kim Kataguiri busca viabilizar candidatura a prefeitura da capital pelo União Brasil FOTO Vinicius Loures/AGENCIA CAMARA Foto: ViniLoures/Agência Câmara

Assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro e cotado para vice de Ricardo Nunes caso o PL apoie o prefeito, Fabio Wajngarten projeta que a greve terá consequências nas próximas eleições, tanto municipais, como estaduais e federais. “A população está mais informada, sabe quem está ao lado dela e quem está dificultando o seu já complexo dia a dia”, opinou na rede social X (antigo Twitter).

Entre os principais candidatos, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) afirmou que as greves são legítimas, mas não podem ser levadas para o lado da disputa eleitoral. “As greves são legítimas, mas usá-las por motivos politiqueiros diminui a força das lutas dos trabalhadores; esse é um instrumento muito importante para ser banalizado. Nossa luta precisa ser pela qualidade do transporte, é isso que de fato importa para a população. Hoje há linhas de metrô bem geridas pela iniciativa privada, como a Amarela, e linhas de trem mal geridas, como as linhas Diamante e Esmeralda; precisamos ir além de ser contra ou a favor das concessões. É preciso que o governo enfrente os problemas que temos hoje e apresente soluções pra isso, mas só poderemos debater com qualidade, e, inclusive, lutar pelos direitos dos trabalhadores, quando tivermos projetos na mesa”, afirmou a parlamentar.

Motivo de transtorno para os paulistanos ao longo desta terça-feira, as greves nas linhas de metrô administradas pelo poder público, na CPTM e na Sabesp se transformaram rapidamente na mais nova arena de disputa eleitoral entre pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo em 2024. Os grevistas protestam contra a proposta do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que desde a campanha eleitoral no ano passado defende conceder a gestão de parte do sistema metroviário à iniciativa privada e privatizar a Sabesp sob o argumento de atrair mais investimentos e melhorar os serviços prestados à população.

Líder nas pesquisas até o momento, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se tornou alvo de ataques dos adversários, entre eles o atual prefeito e adversário, Ricardo Nunes (MDB), porque o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, um dos responsáveis por convocar a paralisação, é presidido por Camila Lisboa, filiada ao PSOL. Os sindicatos querem um plebiscito sobre o tema e os metroviários decidem, em assembleia a partir das 18h, os rumos da greve nos próximos dias. Na CPTM e a na Sabesp, não estão previstas novas assembleias e a paralisação deve se restringir a esta terça-feira.

Ao Estadão, Tarcísio disse que não pensa em eleição municipal. “Estou pensando em investimento e dando andamento a estudos que me comprometi na campanha a fazer”, afirmou. “[É] Natural estudar o ingresso de capital privado para aumentar a capacidade de investimento do Estado”, acrescentou. Ele tem sustentado que a greve é política, já que não se trata de reivindicações por melhores condições de trabalho para os servidores.

Prováveis adversários em 2024, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos usaram a greve do metrô para trocarem farpas Foto: Taba Benedicto/Estadão

Em diversas ocasiões nas últimas semanas, o governador elogiou Nunes e disse que é fundamental o alinhamento entre o Palácio dos Bandeirantes e a prefeitura da capital, em sinalização de que pode apoiar a reeleição do chefe do Executivo da capital. Mais cedo nesta terça-feira, questionou como São Paulo pode ser governada por alguém “que não vai querer dialogar com o governo”, em referência a Boulos.

Como resposta, Boulos, disparou contra Nunes e Tarcísio e disse que a greve é responsabilidade da administração do governador devido à “intransigência” de não ter aceitado liberar as catracas em vez de paralisar os serviços. Essa proposta foi apresentada pelos sindicatos e rejeitada pela Justiça do Trabalho.

“É lamentável que o governador queira fugir de sua responsabilidade ao atribuir aos outros um problema gerado por ele mesmo e ao tentar partidarizar o debate. Pior ainda é ver um prefeito que abandonou a cidade querer fazer disso (a paralisação) palanque eleitoral”, declarou o deputado ao Estadão.

Boulos e PSOL sob ataque em razão da greve

Com São Paulo e a região Metropolitana com o transporte público prejudicado e o trânsito parado, o pré-candidato do PSOL se tornou o principal destinatário das críticas dos adversários que se colocam à direita no campo político. O prefeito Ricardo Nunes disse que a população perdeu exames e consultas médicas e que os sindicatos “manipulam trabalhadores do transporte público com intuito político-partidário”.

“Estou indignado com o que estão fazendo com milhões de pessoas por conta de uma greve de caráter ideológico, vítimas de uma política extremista. O que vimos hoje foi um vale tudo para colocar em prática o radicalismo, inclusive descumprindo decisão judicial que determinou a manutenção das linhas nos horários de pico. E eles não cumpriram. Esse é o PSOL, o partido do caos”, afirmou o prefeito ao Estadão. Devido ao descumprimento da decisão inicial, a Justiça do Trabalho elevou o valor da multa aplicada aos sindicatos.

Na visão do deputado federal Kim Kataguiri (União), que também pretende disputar a eleição para prefeito, há outros espaços, como manifestações nas ruas e em audiências públicas, para os sindicatos se posicionarem contra as privatizações. “Paralisar serviço essencial é prejudicar a cidade em nome de uma agenda eleitoral, o que demonstra falta de pudor do PSOL e do Boulos em utilizar os instrumentos que têm para fins eleitorais”, disse ao Estadão.

Deputado federal Kim Kataguiri busca viabilizar candidatura a prefeitura da capital pelo União Brasil FOTO Vinicius Loures/AGENCIA CAMARA Foto: ViniLoures/Agência Câmara

Assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro e cotado para vice de Ricardo Nunes caso o PL apoie o prefeito, Fabio Wajngarten projeta que a greve terá consequências nas próximas eleições, tanto municipais, como estaduais e federais. “A população está mais informada, sabe quem está ao lado dela e quem está dificultando o seu já complexo dia a dia”, opinou na rede social X (antigo Twitter).

Entre os principais candidatos, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) afirmou que as greves são legítimas, mas não podem ser levadas para o lado da disputa eleitoral. “As greves são legítimas, mas usá-las por motivos politiqueiros diminui a força das lutas dos trabalhadores; esse é um instrumento muito importante para ser banalizado. Nossa luta precisa ser pela qualidade do transporte, é isso que de fato importa para a população. Hoje há linhas de metrô bem geridas pela iniciativa privada, como a Amarela, e linhas de trem mal geridas, como as linhas Diamante e Esmeralda; precisamos ir além de ser contra ou a favor das concessões. É preciso que o governo enfrente os problemas que temos hoje e apresente soluções pra isso, mas só poderemos debater com qualidade, e, inclusive, lutar pelos direitos dos trabalhadores, quando tivermos projetos na mesa”, afirmou a parlamentar.

Motivo de transtorno para os paulistanos ao longo desta terça-feira, as greves nas linhas de metrô administradas pelo poder público, na CPTM e na Sabesp se transformaram rapidamente na mais nova arena de disputa eleitoral entre pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo em 2024. Os grevistas protestam contra a proposta do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que desde a campanha eleitoral no ano passado defende conceder a gestão de parte do sistema metroviário à iniciativa privada e privatizar a Sabesp sob o argumento de atrair mais investimentos e melhorar os serviços prestados à população.

Líder nas pesquisas até o momento, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se tornou alvo de ataques dos adversários, entre eles o atual prefeito e adversário, Ricardo Nunes (MDB), porque o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, um dos responsáveis por convocar a paralisação, é presidido por Camila Lisboa, filiada ao PSOL. Os sindicatos querem um plebiscito sobre o tema e os metroviários decidem, em assembleia a partir das 18h, os rumos da greve nos próximos dias. Na CPTM e a na Sabesp, não estão previstas novas assembleias e a paralisação deve se restringir a esta terça-feira.

Ao Estadão, Tarcísio disse que não pensa em eleição municipal. “Estou pensando em investimento e dando andamento a estudos que me comprometi na campanha a fazer”, afirmou. “[É] Natural estudar o ingresso de capital privado para aumentar a capacidade de investimento do Estado”, acrescentou. Ele tem sustentado que a greve é política, já que não se trata de reivindicações por melhores condições de trabalho para os servidores.

Prováveis adversários em 2024, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos usaram a greve do metrô para trocarem farpas Foto: Taba Benedicto/Estadão

Em diversas ocasiões nas últimas semanas, o governador elogiou Nunes e disse que é fundamental o alinhamento entre o Palácio dos Bandeirantes e a prefeitura da capital, em sinalização de que pode apoiar a reeleição do chefe do Executivo da capital. Mais cedo nesta terça-feira, questionou como São Paulo pode ser governada por alguém “que não vai querer dialogar com o governo”, em referência a Boulos.

Como resposta, Boulos, disparou contra Nunes e Tarcísio e disse que a greve é responsabilidade da administração do governador devido à “intransigência” de não ter aceitado liberar as catracas em vez de paralisar os serviços. Essa proposta foi apresentada pelos sindicatos e rejeitada pela Justiça do Trabalho.

“É lamentável que o governador queira fugir de sua responsabilidade ao atribuir aos outros um problema gerado por ele mesmo e ao tentar partidarizar o debate. Pior ainda é ver um prefeito que abandonou a cidade querer fazer disso (a paralisação) palanque eleitoral”, declarou o deputado ao Estadão.

Boulos e PSOL sob ataque em razão da greve

Com São Paulo e a região Metropolitana com o transporte público prejudicado e o trânsito parado, o pré-candidato do PSOL se tornou o principal destinatário das críticas dos adversários que se colocam à direita no campo político. O prefeito Ricardo Nunes disse que a população perdeu exames e consultas médicas e que os sindicatos “manipulam trabalhadores do transporte público com intuito político-partidário”.

“Estou indignado com o que estão fazendo com milhões de pessoas por conta de uma greve de caráter ideológico, vítimas de uma política extremista. O que vimos hoje foi um vale tudo para colocar em prática o radicalismo, inclusive descumprindo decisão judicial que determinou a manutenção das linhas nos horários de pico. E eles não cumpriram. Esse é o PSOL, o partido do caos”, afirmou o prefeito ao Estadão. Devido ao descumprimento da decisão inicial, a Justiça do Trabalho elevou o valor da multa aplicada aos sindicatos.

Na visão do deputado federal Kim Kataguiri (União), que também pretende disputar a eleição para prefeito, há outros espaços, como manifestações nas ruas e em audiências públicas, para os sindicatos se posicionarem contra as privatizações. “Paralisar serviço essencial é prejudicar a cidade em nome de uma agenda eleitoral, o que demonstra falta de pudor do PSOL e do Boulos em utilizar os instrumentos que têm para fins eleitorais”, disse ao Estadão.

Deputado federal Kim Kataguiri busca viabilizar candidatura a prefeitura da capital pelo União Brasil FOTO Vinicius Loures/AGENCIA CAMARA Foto: ViniLoures/Agência Câmara

Assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro e cotado para vice de Ricardo Nunes caso o PL apoie o prefeito, Fabio Wajngarten projeta que a greve terá consequências nas próximas eleições, tanto municipais, como estaduais e federais. “A população está mais informada, sabe quem está ao lado dela e quem está dificultando o seu já complexo dia a dia”, opinou na rede social X (antigo Twitter).

Entre os principais candidatos, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) afirmou que as greves são legítimas, mas não podem ser levadas para o lado da disputa eleitoral. “As greves são legítimas, mas usá-las por motivos politiqueiros diminui a força das lutas dos trabalhadores; esse é um instrumento muito importante para ser banalizado. Nossa luta precisa ser pela qualidade do transporte, é isso que de fato importa para a população. Hoje há linhas de metrô bem geridas pela iniciativa privada, como a Amarela, e linhas de trem mal geridas, como as linhas Diamante e Esmeralda; precisamos ir além de ser contra ou a favor das concessões. É preciso que o governo enfrente os problemas que temos hoje e apresente soluções pra isso, mas só poderemos debater com qualidade, e, inclusive, lutar pelos direitos dos trabalhadores, quando tivermos projetos na mesa”, afirmou a parlamentar.

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