Ipec indica migração para voto útil ‘adicional’ em Lula; leia análise


Oscilação positiva do petista – de 47% para 48% – ocorreu, desta vez, sobre Ciro Gomes, que passou de 7% para 6%

Por João Villaverde

A violência política tende a aumentar, especialmente a partir do campo bolsonarista. Mesmo depois de driblar o teto de gastos e a lei eleitoral para ampliar gastos públicos, Bolsonaro segue estagnado com os mesmos 31% que marcava há um mês no Ipec. A chance de perder já no domingo, sem sequer chegar ao segundo turno, aumentou. Bolsonaro não tem mais como virar a intenção de voto de dezenas de milhões de pessoas: só resta apelar para a violência.

O ex-presidente Lula oscilou positivamente na última semana, subindo de 47% para 48% no Ipec, algo como 51-53% dos votos válidos (que excluem brancos e nulos). Para vencer no 1º turno, Lula precisa assegurar alto comparecimento dos eleitores no domingo, em especial os homens e mulheres que recebem até dois salários-mínimos – universo em que, de acordo com as pesquisas, Lula desponta como franco favorito.

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A tendência indicada pela pesquisa Ipec é de encontro das curvas de Ciro e de Tebet, dado o esvaziamento do primeiro e a estabilidade da segunda. Foto: Alex Silva/Estadão

Quanto menor for o comparecimento dessa parcela do eleitorado, maiores serão as chances de Bolsonaro chegar a um segundo turno. Episódios de agressões de bolsonaristas a pesquisadores e de violência armada contra eleitores anti-bolsonaristas circulam no noticiário e podem desincentivar, a partir do medo, o comparecimento.

Em condições normais, essa carta da violência jamais estaria a disposição de qualquer candidato ou candidata. Não é o caso de Bolsonaro, que jamais fez posicionamentos por paz e tranquilidade: não fez em momento algum de seu mandato, não faz agora.

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Bolsonaro será o primeiro presidente a perder uma reeleição na história brasileira. A forma como ele lidou com a pandemia está quente na mente do eleitorado. Além disso, os indicadores atuais de insegurança alimentar e inflação no país sinalizam troca de governo. É um cenário clássico em qualquer democracia no mundo.

A oscilação positiva de Lula ocorreu, desta vez, sobre Ciro Gomes, que caiu de 7% para 6%. Isso pode indicar o início de uma migração adicional de voto útil. Digo “adicional” porque é plausível supor que um contingente elevado de eleitores que normalmente escolheriam Ciro e Simone já tenha se posicionado por Lula há muito tempo. A sinalização ao centro que Lula fez ao ter como vice o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pode ter sido chave neste sentido. Dado que a intenção de voto útil ocorreu com muita antecedência, o que se fala agora é de “voto útil adicional”.

A tendência indicada pela pesquisa Ipec é de encontro das curvas de Ciro (6%) e de Simone (5%), dado o esvaziamento do primeiro e a estabilidade da segunda. Caso a senadora confirme este patamar, ela terá obtido o melhor resultado da história do MDB em campanhas presidenciais: superando os 4,7% de Ulysses Guimarães em 1989.

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João Villaverde é professor e doutorando em Administração Pública e Governo pela FGV-SP.

A violência política tende a aumentar, especialmente a partir do campo bolsonarista. Mesmo depois de driblar o teto de gastos e a lei eleitoral para ampliar gastos públicos, Bolsonaro segue estagnado com os mesmos 31% que marcava há um mês no Ipec. A chance de perder já no domingo, sem sequer chegar ao segundo turno, aumentou. Bolsonaro não tem mais como virar a intenção de voto de dezenas de milhões de pessoas: só resta apelar para a violência.

O ex-presidente Lula oscilou positivamente na última semana, subindo de 47% para 48% no Ipec, algo como 51-53% dos votos válidos (que excluem brancos e nulos). Para vencer no 1º turno, Lula precisa assegurar alto comparecimento dos eleitores no domingo, em especial os homens e mulheres que recebem até dois salários-mínimos – universo em que, de acordo com as pesquisas, Lula desponta como franco favorito.

A tendência indicada pela pesquisa Ipec é de encontro das curvas de Ciro e de Tebet, dado o esvaziamento do primeiro e a estabilidade da segunda. Foto: Alex Silva/Estadão

Quanto menor for o comparecimento dessa parcela do eleitorado, maiores serão as chances de Bolsonaro chegar a um segundo turno. Episódios de agressões de bolsonaristas a pesquisadores e de violência armada contra eleitores anti-bolsonaristas circulam no noticiário e podem desincentivar, a partir do medo, o comparecimento.

Em condições normais, essa carta da violência jamais estaria a disposição de qualquer candidato ou candidata. Não é o caso de Bolsonaro, que jamais fez posicionamentos por paz e tranquilidade: não fez em momento algum de seu mandato, não faz agora.

Bolsonaro será o primeiro presidente a perder uma reeleição na história brasileira. A forma como ele lidou com a pandemia está quente na mente do eleitorado. Além disso, os indicadores atuais de insegurança alimentar e inflação no país sinalizam troca de governo. É um cenário clássico em qualquer democracia no mundo.

A oscilação positiva de Lula ocorreu, desta vez, sobre Ciro Gomes, que caiu de 7% para 6%. Isso pode indicar o início de uma migração adicional de voto útil. Digo “adicional” porque é plausível supor que um contingente elevado de eleitores que normalmente escolheriam Ciro e Simone já tenha se posicionado por Lula há muito tempo. A sinalização ao centro que Lula fez ao ter como vice o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pode ter sido chave neste sentido. Dado que a intenção de voto útil ocorreu com muita antecedência, o que se fala agora é de “voto útil adicional”.

A tendência indicada pela pesquisa Ipec é de encontro das curvas de Ciro (6%) e de Simone (5%), dado o esvaziamento do primeiro e a estabilidade da segunda. Caso a senadora confirme este patamar, ela terá obtido o melhor resultado da história do MDB em campanhas presidenciais: superando os 4,7% de Ulysses Guimarães em 1989.

João Villaverde é professor e doutorando em Administração Pública e Governo pela FGV-SP.

A violência política tende a aumentar, especialmente a partir do campo bolsonarista. Mesmo depois de driblar o teto de gastos e a lei eleitoral para ampliar gastos públicos, Bolsonaro segue estagnado com os mesmos 31% que marcava há um mês no Ipec. A chance de perder já no domingo, sem sequer chegar ao segundo turno, aumentou. Bolsonaro não tem mais como virar a intenção de voto de dezenas de milhões de pessoas: só resta apelar para a violência.

O ex-presidente Lula oscilou positivamente na última semana, subindo de 47% para 48% no Ipec, algo como 51-53% dos votos válidos (que excluem brancos e nulos). Para vencer no 1º turno, Lula precisa assegurar alto comparecimento dos eleitores no domingo, em especial os homens e mulheres que recebem até dois salários-mínimos – universo em que, de acordo com as pesquisas, Lula desponta como franco favorito.

A tendência indicada pela pesquisa Ipec é de encontro das curvas de Ciro e de Tebet, dado o esvaziamento do primeiro e a estabilidade da segunda. Foto: Alex Silva/Estadão

Quanto menor for o comparecimento dessa parcela do eleitorado, maiores serão as chances de Bolsonaro chegar a um segundo turno. Episódios de agressões de bolsonaristas a pesquisadores e de violência armada contra eleitores anti-bolsonaristas circulam no noticiário e podem desincentivar, a partir do medo, o comparecimento.

Em condições normais, essa carta da violência jamais estaria a disposição de qualquer candidato ou candidata. Não é o caso de Bolsonaro, que jamais fez posicionamentos por paz e tranquilidade: não fez em momento algum de seu mandato, não faz agora.

Bolsonaro será o primeiro presidente a perder uma reeleição na história brasileira. A forma como ele lidou com a pandemia está quente na mente do eleitorado. Além disso, os indicadores atuais de insegurança alimentar e inflação no país sinalizam troca de governo. É um cenário clássico em qualquer democracia no mundo.

A oscilação positiva de Lula ocorreu, desta vez, sobre Ciro Gomes, que caiu de 7% para 6%. Isso pode indicar o início de uma migração adicional de voto útil. Digo “adicional” porque é plausível supor que um contingente elevado de eleitores que normalmente escolheriam Ciro e Simone já tenha se posicionado por Lula há muito tempo. A sinalização ao centro que Lula fez ao ter como vice o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pode ter sido chave neste sentido. Dado que a intenção de voto útil ocorreu com muita antecedência, o que se fala agora é de “voto útil adicional”.

A tendência indicada pela pesquisa Ipec é de encontro das curvas de Ciro (6%) e de Simone (5%), dado o esvaziamento do primeiro e a estabilidade da segunda. Caso a senadora confirme este patamar, ela terá obtido o melhor resultado da história do MDB em campanhas presidenciais: superando os 4,7% de Ulysses Guimarães em 1989.

João Villaverde é professor e doutorando em Administração Pública e Governo pela FGV-SP.

A violência política tende a aumentar, especialmente a partir do campo bolsonarista. Mesmo depois de driblar o teto de gastos e a lei eleitoral para ampliar gastos públicos, Bolsonaro segue estagnado com os mesmos 31% que marcava há um mês no Ipec. A chance de perder já no domingo, sem sequer chegar ao segundo turno, aumentou. Bolsonaro não tem mais como virar a intenção de voto de dezenas de milhões de pessoas: só resta apelar para a violência.

O ex-presidente Lula oscilou positivamente na última semana, subindo de 47% para 48% no Ipec, algo como 51-53% dos votos válidos (que excluem brancos e nulos). Para vencer no 1º turno, Lula precisa assegurar alto comparecimento dos eleitores no domingo, em especial os homens e mulheres que recebem até dois salários-mínimos – universo em que, de acordo com as pesquisas, Lula desponta como franco favorito.

A tendência indicada pela pesquisa Ipec é de encontro das curvas de Ciro e de Tebet, dado o esvaziamento do primeiro e a estabilidade da segunda. Foto: Alex Silva/Estadão

Quanto menor for o comparecimento dessa parcela do eleitorado, maiores serão as chances de Bolsonaro chegar a um segundo turno. Episódios de agressões de bolsonaristas a pesquisadores e de violência armada contra eleitores anti-bolsonaristas circulam no noticiário e podem desincentivar, a partir do medo, o comparecimento.

Em condições normais, essa carta da violência jamais estaria a disposição de qualquer candidato ou candidata. Não é o caso de Bolsonaro, que jamais fez posicionamentos por paz e tranquilidade: não fez em momento algum de seu mandato, não faz agora.

Bolsonaro será o primeiro presidente a perder uma reeleição na história brasileira. A forma como ele lidou com a pandemia está quente na mente do eleitorado. Além disso, os indicadores atuais de insegurança alimentar e inflação no país sinalizam troca de governo. É um cenário clássico em qualquer democracia no mundo.

A oscilação positiva de Lula ocorreu, desta vez, sobre Ciro Gomes, que caiu de 7% para 6%. Isso pode indicar o início de uma migração adicional de voto útil. Digo “adicional” porque é plausível supor que um contingente elevado de eleitores que normalmente escolheriam Ciro e Simone já tenha se posicionado por Lula há muito tempo. A sinalização ao centro que Lula fez ao ter como vice o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pode ter sido chave neste sentido. Dado que a intenção de voto útil ocorreu com muita antecedência, o que se fala agora é de “voto útil adicional”.

A tendência indicada pela pesquisa Ipec é de encontro das curvas de Ciro (6%) e de Simone (5%), dado o esvaziamento do primeiro e a estabilidade da segunda. Caso a senadora confirme este patamar, ela terá obtido o melhor resultado da história do MDB em campanhas presidenciais: superando os 4,7% de Ulysses Guimarães em 1989.

João Villaverde é professor e doutorando em Administração Pública e Governo pela FGV-SP.

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