Sindicância protocolar


Pouco se deve esperar da CPI da CPI, assim chamada a sindicância que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou para apurar as denúncias de ação combinada entre o Palácio do Planalto e parlamentares da base aliada para blindar os depoentes na comissão que investiga contratos da Petrobrás.

Por João Bosco Rabello

Ele próprio um dos articuladores da blindagem ao governo para inviabilizar as investigações, com a condução protelatória que deu à instalação da CPI do Senado, cumpre apenas o ritual imposto pelo cargo de mandar apurar a denúncia. O êxito no esvaziamento da CPI desautoriza otimismo quanto a resultados nessa investigação da investigação.

A postura da oposição em relação às CPIs do Senado e Mista, desde o início do processo, tem se caracterizado pelo ceticismo quanto ao seu êxito como instrumento investigativo, tais as dificuldades impostas pelo bloqueio do governo e pelo período de campanha eleitoral - um fator a conspirar contra a presença de parlamentares em Brasília.

Essa constatação indicou à oposição, como melhor caminho, expor a resistência do governo às CPIs, que o insere no contexto de "quem deve, teme", e fazer do Congresso caixa de ressonância para as revelações produzidas pelas investigações externas, da Polícia Federal e do Judiciário. De certa forma, sai melhor que a encomenda, porque dificulta o contraditório que o governo faria numa CPI.

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A nova denúncia, que une Petrobrás, governo e base aliada numa trama para que os depoentes tivessem acesso às perguntas que lhes seriam feitas na comissão, produz seus efeitos independentemente do que a sindicância determinada por Renan possa revelar. Estas, são de difícil comprovação, especialmente ante à falta de vontade política para obtê-la.

A linha de defesa exposta ontem pelo PT em pronunciamentos de suas lideranças, segue esse raciocínio, ao admitir uma articulação nos limites legítimos da proteção dos interesses do governo nas comissões. É uma estratégia que conta com uma certa dose de certeza quanto às dificuldades de comprovação do esquema, que conta também com a concentração dos políticos na campanha.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), deu o tom. E do que disse, sobra-lhe razão: o que há de errado em a base parlamentar do governo atuar em sua defesa, promovendo reuniões e treinamento para os diretores que vão depor? Dentro dessa fronteira, nada.

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Costa, no entanto, repete a estratégia recorrente no PT de responder ao que não foi perguntado e nem denunciado. Tangencia o fato objetivo - a formulação das perguntas para os depoentes e o conhecimento prévio que delas tiveram, formato que constitui a farsa.

Na mesma linha, o relator da CPI, José Pimentel (PT-CE), concentra sua defesa pessoal na afirmação de que jamais se reuniu com os depoentes e demais participantes da reunião, gravada em vídeo, que consolidou a operação. De resto, nada fora dito nessa direção.

 Nem Costa e nem Pimentel respondem à denúncia principal, mantendo a discussão no universo periférico. Mais surpreendente foi o ministro Gilberto Carvalho, para quem gravidade haveria se a oposição fosse impedida de fazer suas perguntas na CPI. Bem, nesse caso, teria que ser reeditado o AI-5, já quem em plena democracia seria impensável calar a oposição numa comissão parlamentar.

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 Mas a declaração de Carvalho tem o mérito de mostrar que o governo alarga os limites éticos para ampliar seu teatro de operações dentro de uma aparente naturalidade. Se o conceito de grave do ministro é a censura à oposição, então até esse ponto tudo é permitido e democrático.

Ele próprio um dos articuladores da blindagem ao governo para inviabilizar as investigações, com a condução protelatória que deu à instalação da CPI do Senado, cumpre apenas o ritual imposto pelo cargo de mandar apurar a denúncia. O êxito no esvaziamento da CPI desautoriza otimismo quanto a resultados nessa investigação da investigação.

A postura da oposição em relação às CPIs do Senado e Mista, desde o início do processo, tem se caracterizado pelo ceticismo quanto ao seu êxito como instrumento investigativo, tais as dificuldades impostas pelo bloqueio do governo e pelo período de campanha eleitoral - um fator a conspirar contra a presença de parlamentares em Brasília.

Essa constatação indicou à oposição, como melhor caminho, expor a resistência do governo às CPIs, que o insere no contexto de "quem deve, teme", e fazer do Congresso caixa de ressonância para as revelações produzidas pelas investigações externas, da Polícia Federal e do Judiciário. De certa forma, sai melhor que a encomenda, porque dificulta o contraditório que o governo faria numa CPI.

A nova denúncia, que une Petrobrás, governo e base aliada numa trama para que os depoentes tivessem acesso às perguntas que lhes seriam feitas na comissão, produz seus efeitos independentemente do que a sindicância determinada por Renan possa revelar. Estas, são de difícil comprovação, especialmente ante à falta de vontade política para obtê-la.

A linha de defesa exposta ontem pelo PT em pronunciamentos de suas lideranças, segue esse raciocínio, ao admitir uma articulação nos limites legítimos da proteção dos interesses do governo nas comissões. É uma estratégia que conta com uma certa dose de certeza quanto às dificuldades de comprovação do esquema, que conta também com a concentração dos políticos na campanha.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), deu o tom. E do que disse, sobra-lhe razão: o que há de errado em a base parlamentar do governo atuar em sua defesa, promovendo reuniões e treinamento para os diretores que vão depor? Dentro dessa fronteira, nada.

Costa, no entanto, repete a estratégia recorrente no PT de responder ao que não foi perguntado e nem denunciado. Tangencia o fato objetivo - a formulação das perguntas para os depoentes e o conhecimento prévio que delas tiveram, formato que constitui a farsa.

Na mesma linha, o relator da CPI, José Pimentel (PT-CE), concentra sua defesa pessoal na afirmação de que jamais se reuniu com os depoentes e demais participantes da reunião, gravada em vídeo, que consolidou a operação. De resto, nada fora dito nessa direção.

 Nem Costa e nem Pimentel respondem à denúncia principal, mantendo a discussão no universo periférico. Mais surpreendente foi o ministro Gilberto Carvalho, para quem gravidade haveria se a oposição fosse impedida de fazer suas perguntas na CPI. Bem, nesse caso, teria que ser reeditado o AI-5, já quem em plena democracia seria impensável calar a oposição numa comissão parlamentar.

 Mas a declaração de Carvalho tem o mérito de mostrar que o governo alarga os limites éticos para ampliar seu teatro de operações dentro de uma aparente naturalidade. Se o conceito de grave do ministro é a censura à oposição, então até esse ponto tudo é permitido e democrático.

Ele próprio um dos articuladores da blindagem ao governo para inviabilizar as investigações, com a condução protelatória que deu à instalação da CPI do Senado, cumpre apenas o ritual imposto pelo cargo de mandar apurar a denúncia. O êxito no esvaziamento da CPI desautoriza otimismo quanto a resultados nessa investigação da investigação.

A postura da oposição em relação às CPIs do Senado e Mista, desde o início do processo, tem se caracterizado pelo ceticismo quanto ao seu êxito como instrumento investigativo, tais as dificuldades impostas pelo bloqueio do governo e pelo período de campanha eleitoral - um fator a conspirar contra a presença de parlamentares em Brasília.

Essa constatação indicou à oposição, como melhor caminho, expor a resistência do governo às CPIs, que o insere no contexto de "quem deve, teme", e fazer do Congresso caixa de ressonância para as revelações produzidas pelas investigações externas, da Polícia Federal e do Judiciário. De certa forma, sai melhor que a encomenda, porque dificulta o contraditório que o governo faria numa CPI.

A nova denúncia, que une Petrobrás, governo e base aliada numa trama para que os depoentes tivessem acesso às perguntas que lhes seriam feitas na comissão, produz seus efeitos independentemente do que a sindicância determinada por Renan possa revelar. Estas, são de difícil comprovação, especialmente ante à falta de vontade política para obtê-la.

A linha de defesa exposta ontem pelo PT em pronunciamentos de suas lideranças, segue esse raciocínio, ao admitir uma articulação nos limites legítimos da proteção dos interesses do governo nas comissões. É uma estratégia que conta com uma certa dose de certeza quanto às dificuldades de comprovação do esquema, que conta também com a concentração dos políticos na campanha.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), deu o tom. E do que disse, sobra-lhe razão: o que há de errado em a base parlamentar do governo atuar em sua defesa, promovendo reuniões e treinamento para os diretores que vão depor? Dentro dessa fronteira, nada.

Costa, no entanto, repete a estratégia recorrente no PT de responder ao que não foi perguntado e nem denunciado. Tangencia o fato objetivo - a formulação das perguntas para os depoentes e o conhecimento prévio que delas tiveram, formato que constitui a farsa.

Na mesma linha, o relator da CPI, José Pimentel (PT-CE), concentra sua defesa pessoal na afirmação de que jamais se reuniu com os depoentes e demais participantes da reunião, gravada em vídeo, que consolidou a operação. De resto, nada fora dito nessa direção.

 Nem Costa e nem Pimentel respondem à denúncia principal, mantendo a discussão no universo periférico. Mais surpreendente foi o ministro Gilberto Carvalho, para quem gravidade haveria se a oposição fosse impedida de fazer suas perguntas na CPI. Bem, nesse caso, teria que ser reeditado o AI-5, já quem em plena democracia seria impensável calar a oposição numa comissão parlamentar.

 Mas a declaração de Carvalho tem o mérito de mostrar que o governo alarga os limites éticos para ampliar seu teatro de operações dentro de uma aparente naturalidade. Se o conceito de grave do ministro é a censura à oposição, então até esse ponto tudo é permitido e democrático.

Ele próprio um dos articuladores da blindagem ao governo para inviabilizar as investigações, com a condução protelatória que deu à instalação da CPI do Senado, cumpre apenas o ritual imposto pelo cargo de mandar apurar a denúncia. O êxito no esvaziamento da CPI desautoriza otimismo quanto a resultados nessa investigação da investigação.

A postura da oposição em relação às CPIs do Senado e Mista, desde o início do processo, tem se caracterizado pelo ceticismo quanto ao seu êxito como instrumento investigativo, tais as dificuldades impostas pelo bloqueio do governo e pelo período de campanha eleitoral - um fator a conspirar contra a presença de parlamentares em Brasília.

Essa constatação indicou à oposição, como melhor caminho, expor a resistência do governo às CPIs, que o insere no contexto de "quem deve, teme", e fazer do Congresso caixa de ressonância para as revelações produzidas pelas investigações externas, da Polícia Federal e do Judiciário. De certa forma, sai melhor que a encomenda, porque dificulta o contraditório que o governo faria numa CPI.

A nova denúncia, que une Petrobrás, governo e base aliada numa trama para que os depoentes tivessem acesso às perguntas que lhes seriam feitas na comissão, produz seus efeitos independentemente do que a sindicância determinada por Renan possa revelar. Estas, são de difícil comprovação, especialmente ante à falta de vontade política para obtê-la.

A linha de defesa exposta ontem pelo PT em pronunciamentos de suas lideranças, segue esse raciocínio, ao admitir uma articulação nos limites legítimos da proteção dos interesses do governo nas comissões. É uma estratégia que conta com uma certa dose de certeza quanto às dificuldades de comprovação do esquema, que conta também com a concentração dos políticos na campanha.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), deu o tom. E do que disse, sobra-lhe razão: o que há de errado em a base parlamentar do governo atuar em sua defesa, promovendo reuniões e treinamento para os diretores que vão depor? Dentro dessa fronteira, nada.

Costa, no entanto, repete a estratégia recorrente no PT de responder ao que não foi perguntado e nem denunciado. Tangencia o fato objetivo - a formulação das perguntas para os depoentes e o conhecimento prévio que delas tiveram, formato que constitui a farsa.

Na mesma linha, o relator da CPI, José Pimentel (PT-CE), concentra sua defesa pessoal na afirmação de que jamais se reuniu com os depoentes e demais participantes da reunião, gravada em vídeo, que consolidou a operação. De resto, nada fora dito nessa direção.

 Nem Costa e nem Pimentel respondem à denúncia principal, mantendo a discussão no universo periférico. Mais surpreendente foi o ministro Gilberto Carvalho, para quem gravidade haveria se a oposição fosse impedida de fazer suas perguntas na CPI. Bem, nesse caso, teria que ser reeditado o AI-5, já quem em plena democracia seria impensável calar a oposição numa comissão parlamentar.

 Mas a declaração de Carvalho tem o mérito de mostrar que o governo alarga os limites éticos para ampliar seu teatro de operações dentro de uma aparente naturalidade. Se o conceito de grave do ministro é a censura à oposição, então até esse ponto tudo é permitido e democrático.

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