Jobim diz que acidente com voo AF 447 não abala confiança do Brasil em tecnologia da França


Em Paris, ministro da Defesa afirmou que país quer aprofundar parceria estratégica com a França.

Por Daniela Fernandes

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou, nesta segunda-feira, em Paris, que o acidente com o voo AF 447 da Air France "não abalou em absolutamente nada" a confiança do Brasil em relação à capacidade técnica dos equipamentos e fabricantes franceses. Jobim, que se reuniu na tarde desta segunda-feira em Paris com o ministro francês da Defesa, Hervé Morin, e com outras autoridades do país, disse ter reiterado nesses encontros que o acidente aéreo "não abalou o pacto estratégico entre a França e o Brasil". Em dezembro de 2008, a França e o Brasil lançaram uma parceria estratégica que prevê transferências de tecnologias para a fabricação no Brasil de 50 helicópteros, que serão utilizados pela Força Aérea brasileira, e cinco submarinos, sendo um deles com propulsão nuclear. Segundo estimativas da imprensa francesa na época, o negócio seria estimado em 8,6 bilhões de euros (cerca de R$ 23 bilhões). "O Brasil tem interesse em aprofundar mais essa parceria estratégica", disse Jobim, durante entrevista na embaixada brasileira em Paris. Licitação Além dos contratos de helicópteros e submarinos, a França também disputa, juntamente com os Estados Unidos e a Suécia, a licitação do governo brasileiro para a compra de caças para a Força Aérea. Segundo Jobim, a Força Aérea brasileira deverá apresentar um parecer técnico no final de julho, indicando sua preferência. "O assunto será examinado depois pelo presidente (Lula). A decisão não é exclusivamente técnica. Ela faz parte também de um processo de entendimento político, dentro da parceria estratégica que nós estamos aprofundando mais com a França", disse Jobim. Confiança "Acidentes são coisas que lamentavelmente ocorrem", afirmou o ministro brasileiro ao comentar que a tragédia não abala a confiança do Brasil nas empresas francesas, como a Thales, do setor aeroespacial, fabricante dos tubos Pitot, os sensores que medem a velocidade dos aviões. "Nós conhecemos muito bem a competência da Thales, sucessora da Thomson. Eu conheço a Thales desde a época da licitação para o Sivam em 1995", disse Jobim, referindo-se ao Sistema de Vigilância da Amazônia, cujo contrato foi obtido por uma empresa americana. Problemas nos sensores de velocidade fabricados pela Thales para os aviões têm sido apontados como a possível causa do acidente com o avião Airbus A330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico enquanto seguia do Rio de Janeiro para Paris, no último dia 31 de maio. Jobim visita nesta terça-feira o Salão da Aviação do Bourget, o maior evento mundial do setor da aeronáutica, na periferia de Paris, mas não revelou se o Brasil teria interesse em comprar mais equipamentos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou, nesta segunda-feira, em Paris, que o acidente com o voo AF 447 da Air France "não abalou em absolutamente nada" a confiança do Brasil em relação à capacidade técnica dos equipamentos e fabricantes franceses. Jobim, que se reuniu na tarde desta segunda-feira em Paris com o ministro francês da Defesa, Hervé Morin, e com outras autoridades do país, disse ter reiterado nesses encontros que o acidente aéreo "não abalou o pacto estratégico entre a França e o Brasil". Em dezembro de 2008, a França e o Brasil lançaram uma parceria estratégica que prevê transferências de tecnologias para a fabricação no Brasil de 50 helicópteros, que serão utilizados pela Força Aérea brasileira, e cinco submarinos, sendo um deles com propulsão nuclear. Segundo estimativas da imprensa francesa na época, o negócio seria estimado em 8,6 bilhões de euros (cerca de R$ 23 bilhões). "O Brasil tem interesse em aprofundar mais essa parceria estratégica", disse Jobim, durante entrevista na embaixada brasileira em Paris. Licitação Além dos contratos de helicópteros e submarinos, a França também disputa, juntamente com os Estados Unidos e a Suécia, a licitação do governo brasileiro para a compra de caças para a Força Aérea. Segundo Jobim, a Força Aérea brasileira deverá apresentar um parecer técnico no final de julho, indicando sua preferência. "O assunto será examinado depois pelo presidente (Lula). A decisão não é exclusivamente técnica. Ela faz parte também de um processo de entendimento político, dentro da parceria estratégica que nós estamos aprofundando mais com a França", disse Jobim. Confiança "Acidentes são coisas que lamentavelmente ocorrem", afirmou o ministro brasileiro ao comentar que a tragédia não abala a confiança do Brasil nas empresas francesas, como a Thales, do setor aeroespacial, fabricante dos tubos Pitot, os sensores que medem a velocidade dos aviões. "Nós conhecemos muito bem a competência da Thales, sucessora da Thomson. Eu conheço a Thales desde a época da licitação para o Sivam em 1995", disse Jobim, referindo-se ao Sistema de Vigilância da Amazônia, cujo contrato foi obtido por uma empresa americana. Problemas nos sensores de velocidade fabricados pela Thales para os aviões têm sido apontados como a possível causa do acidente com o avião Airbus A330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico enquanto seguia do Rio de Janeiro para Paris, no último dia 31 de maio. Jobim visita nesta terça-feira o Salão da Aviação do Bourget, o maior evento mundial do setor da aeronáutica, na periferia de Paris, mas não revelou se o Brasil teria interesse em comprar mais equipamentos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou, nesta segunda-feira, em Paris, que o acidente com o voo AF 447 da Air France "não abalou em absolutamente nada" a confiança do Brasil em relação à capacidade técnica dos equipamentos e fabricantes franceses. Jobim, que se reuniu na tarde desta segunda-feira em Paris com o ministro francês da Defesa, Hervé Morin, e com outras autoridades do país, disse ter reiterado nesses encontros que o acidente aéreo "não abalou o pacto estratégico entre a França e o Brasil". Em dezembro de 2008, a França e o Brasil lançaram uma parceria estratégica que prevê transferências de tecnologias para a fabricação no Brasil de 50 helicópteros, que serão utilizados pela Força Aérea brasileira, e cinco submarinos, sendo um deles com propulsão nuclear. Segundo estimativas da imprensa francesa na época, o negócio seria estimado em 8,6 bilhões de euros (cerca de R$ 23 bilhões). "O Brasil tem interesse em aprofundar mais essa parceria estratégica", disse Jobim, durante entrevista na embaixada brasileira em Paris. Licitação Além dos contratos de helicópteros e submarinos, a França também disputa, juntamente com os Estados Unidos e a Suécia, a licitação do governo brasileiro para a compra de caças para a Força Aérea. Segundo Jobim, a Força Aérea brasileira deverá apresentar um parecer técnico no final de julho, indicando sua preferência. "O assunto será examinado depois pelo presidente (Lula). A decisão não é exclusivamente técnica. Ela faz parte também de um processo de entendimento político, dentro da parceria estratégica que nós estamos aprofundando mais com a França", disse Jobim. Confiança "Acidentes são coisas que lamentavelmente ocorrem", afirmou o ministro brasileiro ao comentar que a tragédia não abala a confiança do Brasil nas empresas francesas, como a Thales, do setor aeroespacial, fabricante dos tubos Pitot, os sensores que medem a velocidade dos aviões. "Nós conhecemos muito bem a competência da Thales, sucessora da Thomson. Eu conheço a Thales desde a época da licitação para o Sivam em 1995", disse Jobim, referindo-se ao Sistema de Vigilância da Amazônia, cujo contrato foi obtido por uma empresa americana. Problemas nos sensores de velocidade fabricados pela Thales para os aviões têm sido apontados como a possível causa do acidente com o avião Airbus A330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico enquanto seguia do Rio de Janeiro para Paris, no último dia 31 de maio. Jobim visita nesta terça-feira o Salão da Aviação do Bourget, o maior evento mundial do setor da aeronáutica, na periferia de Paris, mas não revelou se o Brasil teria interesse em comprar mais equipamentos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou, nesta segunda-feira, em Paris, que o acidente com o voo AF 447 da Air France "não abalou em absolutamente nada" a confiança do Brasil em relação à capacidade técnica dos equipamentos e fabricantes franceses. Jobim, que se reuniu na tarde desta segunda-feira em Paris com o ministro francês da Defesa, Hervé Morin, e com outras autoridades do país, disse ter reiterado nesses encontros que o acidente aéreo "não abalou o pacto estratégico entre a França e o Brasil". Em dezembro de 2008, a França e o Brasil lançaram uma parceria estratégica que prevê transferências de tecnologias para a fabricação no Brasil de 50 helicópteros, que serão utilizados pela Força Aérea brasileira, e cinco submarinos, sendo um deles com propulsão nuclear. Segundo estimativas da imprensa francesa na época, o negócio seria estimado em 8,6 bilhões de euros (cerca de R$ 23 bilhões). "O Brasil tem interesse em aprofundar mais essa parceria estratégica", disse Jobim, durante entrevista na embaixada brasileira em Paris. Licitação Além dos contratos de helicópteros e submarinos, a França também disputa, juntamente com os Estados Unidos e a Suécia, a licitação do governo brasileiro para a compra de caças para a Força Aérea. Segundo Jobim, a Força Aérea brasileira deverá apresentar um parecer técnico no final de julho, indicando sua preferência. "O assunto será examinado depois pelo presidente (Lula). A decisão não é exclusivamente técnica. Ela faz parte também de um processo de entendimento político, dentro da parceria estratégica que nós estamos aprofundando mais com a França", disse Jobim. Confiança "Acidentes são coisas que lamentavelmente ocorrem", afirmou o ministro brasileiro ao comentar que a tragédia não abala a confiança do Brasil nas empresas francesas, como a Thales, do setor aeroespacial, fabricante dos tubos Pitot, os sensores que medem a velocidade dos aviões. "Nós conhecemos muito bem a competência da Thales, sucessora da Thomson. Eu conheço a Thales desde a época da licitação para o Sivam em 1995", disse Jobim, referindo-se ao Sistema de Vigilância da Amazônia, cujo contrato foi obtido por uma empresa americana. Problemas nos sensores de velocidade fabricados pela Thales para os aviões têm sido apontados como a possível causa do acidente com o avião Airbus A330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico enquanto seguia do Rio de Janeiro para Paris, no último dia 31 de maio. Jobim visita nesta terça-feira o Salão da Aviação do Bourget, o maior evento mundial do setor da aeronáutica, na periferia de Paris, mas não revelou se o Brasil teria interesse em comprar mais equipamentos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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