O que está em jogo na política

As chances das oposições em 2014


Por José Álvaro Moisés

Os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais produziram duas importantes novidades na política brasileira. Em primeiro lugar, a votação obtida por Aécio Neves e por Marina Silva sinaliza, pela primeira vez nos últimos doze anos, que as oposições têm uma chance real de derrotar o PT e mudar a política do país. Em segundo lugar, tão importante quanto isso, é o fato de Marina - que tende a apoiar o senador Aécio no 2º. turno - estar propondo que a unidade das oposições seja definida pela natureza dos entendimentos entre o seu grupo, o candidato e o PSDB em torno de pontos programáticos. Em muitos anos, esta também é a primeira vez que a sociedade brasileira verá uma aliança política estratégica colocar, na frente da discussão legítima sobre a ocupação de posições de governo, temas e propostas de interesse público. Algo nisso ecoa o que pediram as vozes das ruas em 2013. A decisão de Marina Silva resulta de uma mudança importante na sua postura política. Em 2010, depois de surpreender o país e obter a aprovação de quase 20 milhões de votos para as suas posições, ela permaneceu em uma posição de neutralidade no 2º. turno, ficando vulnerável por vezes a críticas em face do que poderiam ser suas responsabilidades para influenciar os resultados finais do processo eleitoral daquele ano. Desta vez, no entanto, ela está indo mais longe, e está chamando a atenção para o que deveria definir o sentido dos próximos passos: o Brasil quer mudanças, os eleitores mostraram isso, e nem ela ou Aécio podem virar as costas para esse clamor. Não é improvável que as agressões sofridas de parte da campanha de Dilma Rousseff tenham influenciado, em parte ao menos, a decisão dela, pois apontou para um modo brutal de fazer política que ela rechaça. Mas o sentido dos novos passos vão além disso e mostram que, como ocorre em outras culturas políticas, a experiência e o processo políticos duros e contraditórios também servem para moldar a emergência de novas lideranças democráticas. Aécio também sinalizou nessa direção ao se dispor a abrir o seu programa e examinar os pontos de convergência que os aproximam do que o país espera dessa nova fase. Há algo de novo nisso, além de puro calculo racional. Que pontos estarão em jogo na negociação? Em primeiro lugar, a necessidade de o país voltar a crescer para reduzir as desigualdades de forma efetiva, mas sem omitir o exame crítico das implicações do crescimento para o desenvolvimento sustentável. Ambos também sustentaram a necessidade de se dar um basta à conivência com a corrupção e aos retrocessos que marcam a ação do governo do PT nos últimos anos: a confusão entre partido e Estado e a cooptação de organizações da sociedade civil. Também estará no centro do debate a necessidade de o país superar a ineficiência e as distorções dos serviços públicos, os déficits de acesso a direitos fundamentais, e as exigências que isso traz para as políticas de educação, saúde e segurança pública. A janela de oportunidades está aberta, cabe a ambos saber aproveitá-la.

Os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais produziram duas importantes novidades na política brasileira. Em primeiro lugar, a votação obtida por Aécio Neves e por Marina Silva sinaliza, pela primeira vez nos últimos doze anos, que as oposições têm uma chance real de derrotar o PT e mudar a política do país. Em segundo lugar, tão importante quanto isso, é o fato de Marina - que tende a apoiar o senador Aécio no 2º. turno - estar propondo que a unidade das oposições seja definida pela natureza dos entendimentos entre o seu grupo, o candidato e o PSDB em torno de pontos programáticos. Em muitos anos, esta também é a primeira vez que a sociedade brasileira verá uma aliança política estratégica colocar, na frente da discussão legítima sobre a ocupação de posições de governo, temas e propostas de interesse público. Algo nisso ecoa o que pediram as vozes das ruas em 2013. A decisão de Marina Silva resulta de uma mudança importante na sua postura política. Em 2010, depois de surpreender o país e obter a aprovação de quase 20 milhões de votos para as suas posições, ela permaneceu em uma posição de neutralidade no 2º. turno, ficando vulnerável por vezes a críticas em face do que poderiam ser suas responsabilidades para influenciar os resultados finais do processo eleitoral daquele ano. Desta vez, no entanto, ela está indo mais longe, e está chamando a atenção para o que deveria definir o sentido dos próximos passos: o Brasil quer mudanças, os eleitores mostraram isso, e nem ela ou Aécio podem virar as costas para esse clamor. Não é improvável que as agressões sofridas de parte da campanha de Dilma Rousseff tenham influenciado, em parte ao menos, a decisão dela, pois apontou para um modo brutal de fazer política que ela rechaça. Mas o sentido dos novos passos vão além disso e mostram que, como ocorre em outras culturas políticas, a experiência e o processo políticos duros e contraditórios também servem para moldar a emergência de novas lideranças democráticas. Aécio também sinalizou nessa direção ao se dispor a abrir o seu programa e examinar os pontos de convergência que os aproximam do que o país espera dessa nova fase. Há algo de novo nisso, além de puro calculo racional. Que pontos estarão em jogo na negociação? Em primeiro lugar, a necessidade de o país voltar a crescer para reduzir as desigualdades de forma efetiva, mas sem omitir o exame crítico das implicações do crescimento para o desenvolvimento sustentável. Ambos também sustentaram a necessidade de se dar um basta à conivência com a corrupção e aos retrocessos que marcam a ação do governo do PT nos últimos anos: a confusão entre partido e Estado e a cooptação de organizações da sociedade civil. Também estará no centro do debate a necessidade de o país superar a ineficiência e as distorções dos serviços públicos, os déficits de acesso a direitos fundamentais, e as exigências que isso traz para as políticas de educação, saúde e segurança pública. A janela de oportunidades está aberta, cabe a ambos saber aproveitá-la.

Os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais produziram duas importantes novidades na política brasileira. Em primeiro lugar, a votação obtida por Aécio Neves e por Marina Silva sinaliza, pela primeira vez nos últimos doze anos, que as oposições têm uma chance real de derrotar o PT e mudar a política do país. Em segundo lugar, tão importante quanto isso, é o fato de Marina - que tende a apoiar o senador Aécio no 2º. turno - estar propondo que a unidade das oposições seja definida pela natureza dos entendimentos entre o seu grupo, o candidato e o PSDB em torno de pontos programáticos. Em muitos anos, esta também é a primeira vez que a sociedade brasileira verá uma aliança política estratégica colocar, na frente da discussão legítima sobre a ocupação de posições de governo, temas e propostas de interesse público. Algo nisso ecoa o que pediram as vozes das ruas em 2013. A decisão de Marina Silva resulta de uma mudança importante na sua postura política. Em 2010, depois de surpreender o país e obter a aprovação de quase 20 milhões de votos para as suas posições, ela permaneceu em uma posição de neutralidade no 2º. turno, ficando vulnerável por vezes a críticas em face do que poderiam ser suas responsabilidades para influenciar os resultados finais do processo eleitoral daquele ano. Desta vez, no entanto, ela está indo mais longe, e está chamando a atenção para o que deveria definir o sentido dos próximos passos: o Brasil quer mudanças, os eleitores mostraram isso, e nem ela ou Aécio podem virar as costas para esse clamor. Não é improvável que as agressões sofridas de parte da campanha de Dilma Rousseff tenham influenciado, em parte ao menos, a decisão dela, pois apontou para um modo brutal de fazer política que ela rechaça. Mas o sentido dos novos passos vão além disso e mostram que, como ocorre em outras culturas políticas, a experiência e o processo políticos duros e contraditórios também servem para moldar a emergência de novas lideranças democráticas. Aécio também sinalizou nessa direção ao se dispor a abrir o seu programa e examinar os pontos de convergência que os aproximam do que o país espera dessa nova fase. Há algo de novo nisso, além de puro calculo racional. Que pontos estarão em jogo na negociação? Em primeiro lugar, a necessidade de o país voltar a crescer para reduzir as desigualdades de forma efetiva, mas sem omitir o exame crítico das implicações do crescimento para o desenvolvimento sustentável. Ambos também sustentaram a necessidade de se dar um basta à conivência com a corrupção e aos retrocessos que marcam a ação do governo do PT nos últimos anos: a confusão entre partido e Estado e a cooptação de organizações da sociedade civil. Também estará no centro do debate a necessidade de o país superar a ineficiência e as distorções dos serviços públicos, os déficits de acesso a direitos fundamentais, e as exigências que isso traz para as políticas de educação, saúde e segurança pública. A janela de oportunidades está aberta, cabe a ambos saber aproveitá-la.

Os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais produziram duas importantes novidades na política brasileira. Em primeiro lugar, a votação obtida por Aécio Neves e por Marina Silva sinaliza, pela primeira vez nos últimos doze anos, que as oposições têm uma chance real de derrotar o PT e mudar a política do país. Em segundo lugar, tão importante quanto isso, é o fato de Marina - que tende a apoiar o senador Aécio no 2º. turno - estar propondo que a unidade das oposições seja definida pela natureza dos entendimentos entre o seu grupo, o candidato e o PSDB em torno de pontos programáticos. Em muitos anos, esta também é a primeira vez que a sociedade brasileira verá uma aliança política estratégica colocar, na frente da discussão legítima sobre a ocupação de posições de governo, temas e propostas de interesse público. Algo nisso ecoa o que pediram as vozes das ruas em 2013. A decisão de Marina Silva resulta de uma mudança importante na sua postura política. Em 2010, depois de surpreender o país e obter a aprovação de quase 20 milhões de votos para as suas posições, ela permaneceu em uma posição de neutralidade no 2º. turno, ficando vulnerável por vezes a críticas em face do que poderiam ser suas responsabilidades para influenciar os resultados finais do processo eleitoral daquele ano. Desta vez, no entanto, ela está indo mais longe, e está chamando a atenção para o que deveria definir o sentido dos próximos passos: o Brasil quer mudanças, os eleitores mostraram isso, e nem ela ou Aécio podem virar as costas para esse clamor. Não é improvável que as agressões sofridas de parte da campanha de Dilma Rousseff tenham influenciado, em parte ao menos, a decisão dela, pois apontou para um modo brutal de fazer política que ela rechaça. Mas o sentido dos novos passos vão além disso e mostram que, como ocorre em outras culturas políticas, a experiência e o processo políticos duros e contraditórios também servem para moldar a emergência de novas lideranças democráticas. Aécio também sinalizou nessa direção ao se dispor a abrir o seu programa e examinar os pontos de convergência que os aproximam do que o país espera dessa nova fase. Há algo de novo nisso, além de puro calculo racional. Que pontos estarão em jogo na negociação? Em primeiro lugar, a necessidade de o país voltar a crescer para reduzir as desigualdades de forma efetiva, mas sem omitir o exame crítico das implicações do crescimento para o desenvolvimento sustentável. Ambos também sustentaram a necessidade de se dar um basta à conivência com a corrupção e aos retrocessos que marcam a ação do governo do PT nos últimos anos: a confusão entre partido e Estado e a cooptação de organizações da sociedade civil. Também estará no centro do debate a necessidade de o país superar a ineficiência e as distorções dos serviços públicos, os déficits de acesso a direitos fundamentais, e as exigências que isso traz para as políticas de educação, saúde e segurança pública. A janela de oportunidades está aberta, cabe a ambos saber aproveitá-la.

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