Lewandowski determina que 1ª testemunha de acusação seja ouvida como informante


Presidente do STF aceitou pedido da defesa de Dilma, que alegou que Júlio Marcelo de Oliveira atuara como 'militante político' da causa; informações prestadas por ele não valerão como provas para a instrução do processo

Por Ricardo Brito, Igor Gadelha, Isadora Peron e Fabio Fabrini

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, aceitou pedido feito pela defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, para declarar impedido de participar como testemunha de acusação o procurador do Ministério Público junto Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira. Lewandowski decidiu, contudo, garantir que o procurador do TCU participe do julgamento do processo de impeachment como informante.

Na prática, isso significa que todas as informações que Oliveira prestar durante o depoimento desta quinta não valerão como provas para a instrução do processo.

O procurador do Ministério Público junto Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira Foto: André Dusek|Estadão
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O advogado José Eduardo Cardozo, defensor de Dilma, havia pedido a suspeição de Oliveira ao dizer que ele atuara como “militante político” da causa ao ter convocado, por meio de uma página pessoal em uma rede social, um ato em favor do processo de impeachment. O advogado de Dilma acusou-o de ter se reunido com “denunciantes” do processo.

Uma das autoras do pedido de impeachment, a advogada Janaina Paschoal reclamou de Cardozo ao chamar de “infâmia” essa suposta reunião entre os denunciantes. E reclamou da acusação “muito grave” que fora feita. “O senhor tenha mais cuidado”, disse Janaina.

Em rápida fala antes de começar seu depoimento, o procurador negou que tenha se reunido com parlamentares ou autores do pedido de impeachment. Segundo ele, sua participação no processo aconteceu apenas nas vezes em que foi convidado ou intimado a comparecer ao Senado. “Minha atuação profissional é restrita ao TCU”, disse.

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Oliveira afirmou ainda que suas declarações públicas sobre a “legalidade” do processo de impeachment são “adequadas” dentro do regime democrático. “Para que não tenhamos uma sociedade e que apenas os advogados possam falar e defender suas teses”, afirmou. Segundo ele, é importante para a sociedade que o MP explique seus posicionamentos.

Em sua decisão, Lewandowski acolheu o pedido de dispensar Oliveira como testemunha ao argumentar que ele participou de atos em favor do impeachment. Mas ele usou a legislação processual para permitir que ele participasse do processo como informante.

Saiba quem são as testemunhas de defesa e acusação do impeachment de Dilma

1 | 8

Acusação - Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU

Foto: André Dusek|Estadão
2 | 8

Acusação - Antonio Carlos Costa D'Ávila Carvalho Junior, auditor federal de Controle Externo do TCU

Foto: André Dusek/Estadão
3 | 8

Defesa - Luiz Gonzaga Belluzzo, economista

Foto: Alex Silva
4 | 8

Defesa - Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda

Foto: Dida Sampaio|Estadão
5 | 8

Defsa - Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
6 | 8

Defesa - Ricardo Lodi, advogado

Foto: Beto Barata|AFP
7 | 8

Defesa - Luiz Cláudio Costa, ex-secretário executivo do Ministério da Educação no governo de Dilma Rousseff

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO
8 | 8

Defesa - Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, consultor jurídico

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, aceitou pedido feito pela defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, para declarar impedido de participar como testemunha de acusação o procurador do Ministério Público junto Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira. Lewandowski decidiu, contudo, garantir que o procurador do TCU participe do julgamento do processo de impeachment como informante.

Na prática, isso significa que todas as informações que Oliveira prestar durante o depoimento desta quinta não valerão como provas para a instrução do processo.

O procurador do Ministério Público junto Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira Foto: André Dusek|Estadão

O advogado José Eduardo Cardozo, defensor de Dilma, havia pedido a suspeição de Oliveira ao dizer que ele atuara como “militante político” da causa ao ter convocado, por meio de uma página pessoal em uma rede social, um ato em favor do processo de impeachment. O advogado de Dilma acusou-o de ter se reunido com “denunciantes” do processo.

Uma das autoras do pedido de impeachment, a advogada Janaina Paschoal reclamou de Cardozo ao chamar de “infâmia” essa suposta reunião entre os denunciantes. E reclamou da acusação “muito grave” que fora feita. “O senhor tenha mais cuidado”, disse Janaina.

Em rápida fala antes de começar seu depoimento, o procurador negou que tenha se reunido com parlamentares ou autores do pedido de impeachment. Segundo ele, sua participação no processo aconteceu apenas nas vezes em que foi convidado ou intimado a comparecer ao Senado. “Minha atuação profissional é restrita ao TCU”, disse.

Oliveira afirmou ainda que suas declarações públicas sobre a “legalidade” do processo de impeachment são “adequadas” dentro do regime democrático. “Para que não tenhamos uma sociedade e que apenas os advogados possam falar e defender suas teses”, afirmou. Segundo ele, é importante para a sociedade que o MP explique seus posicionamentos.

Em sua decisão, Lewandowski acolheu o pedido de dispensar Oliveira como testemunha ao argumentar que ele participou de atos em favor do impeachment. Mas ele usou a legislação processual para permitir que ele participasse do processo como informante.

Saiba quem são as testemunhas de defesa e acusação do impeachment de Dilma

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Acusação - Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU

Foto: André Dusek|Estadão
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Acusação - Antonio Carlos Costa D'Ávila Carvalho Junior, auditor federal de Controle Externo do TCU

Foto: André Dusek/Estadão
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Defesa - Luiz Gonzaga Belluzzo, economista

Foto: Alex Silva
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Defesa - Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda

Foto: Dida Sampaio|Estadão
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Defsa - Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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Defesa - Ricardo Lodi, advogado

Foto: Beto Barata|AFP
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Defesa - Luiz Cláudio Costa, ex-secretário executivo do Ministério da Educação no governo de Dilma Rousseff

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO
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Defesa - Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, consultor jurídico

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, aceitou pedido feito pela defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, para declarar impedido de participar como testemunha de acusação o procurador do Ministério Público junto Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira. Lewandowski decidiu, contudo, garantir que o procurador do TCU participe do julgamento do processo de impeachment como informante.

Na prática, isso significa que todas as informações que Oliveira prestar durante o depoimento desta quinta não valerão como provas para a instrução do processo.

O procurador do Ministério Público junto Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira Foto: André Dusek|Estadão

O advogado José Eduardo Cardozo, defensor de Dilma, havia pedido a suspeição de Oliveira ao dizer que ele atuara como “militante político” da causa ao ter convocado, por meio de uma página pessoal em uma rede social, um ato em favor do processo de impeachment. O advogado de Dilma acusou-o de ter se reunido com “denunciantes” do processo.

Uma das autoras do pedido de impeachment, a advogada Janaina Paschoal reclamou de Cardozo ao chamar de “infâmia” essa suposta reunião entre os denunciantes. E reclamou da acusação “muito grave” que fora feita. “O senhor tenha mais cuidado”, disse Janaina.

Em rápida fala antes de começar seu depoimento, o procurador negou que tenha se reunido com parlamentares ou autores do pedido de impeachment. Segundo ele, sua participação no processo aconteceu apenas nas vezes em que foi convidado ou intimado a comparecer ao Senado. “Minha atuação profissional é restrita ao TCU”, disse.

Oliveira afirmou ainda que suas declarações públicas sobre a “legalidade” do processo de impeachment são “adequadas” dentro do regime democrático. “Para que não tenhamos uma sociedade e que apenas os advogados possam falar e defender suas teses”, afirmou. Segundo ele, é importante para a sociedade que o MP explique seus posicionamentos.

Em sua decisão, Lewandowski acolheu o pedido de dispensar Oliveira como testemunha ao argumentar que ele participou de atos em favor do impeachment. Mas ele usou a legislação processual para permitir que ele participasse do processo como informante.

Saiba quem são as testemunhas de defesa e acusação do impeachment de Dilma

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Acusação - Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU

Foto: André Dusek|Estadão
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Acusação - Antonio Carlos Costa D'Ávila Carvalho Junior, auditor federal de Controle Externo do TCU

Foto: André Dusek/Estadão
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Defesa - Luiz Gonzaga Belluzzo, economista

Foto: Alex Silva
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Defesa - Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda

Foto: Dida Sampaio|Estadão
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Defsa - Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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Defesa - Ricardo Lodi, advogado

Foto: Beto Barata|AFP
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Defesa - Luiz Cláudio Costa, ex-secretário executivo do Ministério da Educação no governo de Dilma Rousseff

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO
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Defesa - Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, consultor jurídico

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, aceitou pedido feito pela defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, para declarar impedido de participar como testemunha de acusação o procurador do Ministério Público junto Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira. Lewandowski decidiu, contudo, garantir que o procurador do TCU participe do julgamento do processo de impeachment como informante.

Na prática, isso significa que todas as informações que Oliveira prestar durante o depoimento desta quinta não valerão como provas para a instrução do processo.

O procurador do Ministério Público junto Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira Foto: André Dusek|Estadão

O advogado José Eduardo Cardozo, defensor de Dilma, havia pedido a suspeição de Oliveira ao dizer que ele atuara como “militante político” da causa ao ter convocado, por meio de uma página pessoal em uma rede social, um ato em favor do processo de impeachment. O advogado de Dilma acusou-o de ter se reunido com “denunciantes” do processo.

Uma das autoras do pedido de impeachment, a advogada Janaina Paschoal reclamou de Cardozo ao chamar de “infâmia” essa suposta reunião entre os denunciantes. E reclamou da acusação “muito grave” que fora feita. “O senhor tenha mais cuidado”, disse Janaina.

Em rápida fala antes de começar seu depoimento, o procurador negou que tenha se reunido com parlamentares ou autores do pedido de impeachment. Segundo ele, sua participação no processo aconteceu apenas nas vezes em que foi convidado ou intimado a comparecer ao Senado. “Minha atuação profissional é restrita ao TCU”, disse.

Oliveira afirmou ainda que suas declarações públicas sobre a “legalidade” do processo de impeachment são “adequadas” dentro do regime democrático. “Para que não tenhamos uma sociedade e que apenas os advogados possam falar e defender suas teses”, afirmou. Segundo ele, é importante para a sociedade que o MP explique seus posicionamentos.

Em sua decisão, Lewandowski acolheu o pedido de dispensar Oliveira como testemunha ao argumentar que ele participou de atos em favor do impeachment. Mas ele usou a legislação processual para permitir que ele participasse do processo como informante.

Saiba quem são as testemunhas de defesa e acusação do impeachment de Dilma

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Acusação - Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU

Foto: André Dusek|Estadão
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Acusação - Antonio Carlos Costa D'Ávila Carvalho Junior, auditor federal de Controle Externo do TCU

Foto: André Dusek/Estadão
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Defesa - Luiz Gonzaga Belluzzo, economista

Foto: Alex Silva
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Defesa - Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda

Foto: Dida Sampaio|Estadão
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Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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Defesa - Ricardo Lodi, advogado

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Defesa - Luiz Cláudio Costa, ex-secretário executivo do Ministério da Educação no governo de Dilma Rousseff

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO
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Defesa - Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, consultor jurídico

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

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