Manifestantes anti-Dilma são retirados de acampamento em frente ao Congresso


Manifestantes contrários e a favor do governo Dilma se agrediram e a Polícia Militar usou spray de pimenta para conter a briga

Por BERNARDO CARAM E LÍGIA FORMENTI

(Atualizado às 20h40) BRASÍLIA - Com uma briga entre manifestantes contrários e a favor do governo Dilma Rousseff, defensores do impeachment da presidente e entusiastas da intervenção militar foram retirados, na noite deste sábado, do gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente do Congresso Nacional.

Tudo estava correndo de forma pacífica, com a retirada dos acampados sendo feita por parte das polícias Militar e Legislativa, até que um grupo com cerca de vinte pessoas, acompanhado do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), chegou ao local. Com gritos de "não vai ter golpe", o grupo despertou a atenção dos manifestantes. Um tumulto se iniciou em seguida, com gritaria e agressões. A Polícia Militar usou spray de pimenta para conter a briga.

Manifestantes brigam em frente ao Congresso Foto: André Dusek/Estadão
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O deputado negou ter ido ao local para fazer provocação. "Viemos exercer a democracia", argumentou o petista. Antes dos socos, pontapés e empurrões, os manifestantes cantaram o Hino Nacional.

Ao longo do dia, o clima diante do Congresso foi de impasse. De um lado, integrantes dos movimentos Avança Brasil, Brasil Livre e Revoltados Online desmontaram pouco a pouco as barracas, instaladas há pelo menos um mês como forma de pressão para que o Congresso votasse o impeachment de Dilma. De outro, o grupo dos "intervencionistas" indicava que iria oferecer maior resistência.

"Só saímos com ordem judicial. A única coisa que recebemos até agora foi uma recomendação, feita oralmente", disse um dos líderes do Movimento Patriota Nacional, Daniel Barbosa.

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Segundo o secretário-adjunto da Casa Civil do Distrito Federal, Igor Tokarski, não é permitida qualquer edificação na área sem a autorização do governo.

Por precaução, as visitas ao Congresso foram canceladas neste fim de semana. O trânsito na via que dá acesso às Casas Legislativas também foi bloqueado.

Manifestantes receberam, na noite de quinta-feira, o aviso de que teriam de deixar o local em 48 horas. A decisão foi tomada num acordo entre o governo do Distrito Federal, a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, logo após um confronto entre integrantes da CUT, do Movimento de Mulheres Negras e partidários do movimento pró-impeachment.

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Ao todo, cerca de 50 pessoas estavam acampadas no local ocupado pelos "intervencionistas". "Estamos aqui desde março. É um direito nosso protestar", disse Barbosa, que chegou a Brasília há uma semana, depois de passar uma temporada em seu Estado, o Rio Grande do Sul.

Entre os integrantes do movimento pró-impeachment, o clima era de pragmatismo. "Teríamos de sair mais cedo ou mais tarde. Em dezembro os trabalhos no Congresso terminam e não faria sentido ficarmos", afirmou a cabeleireira Charlo Ferreson, que chegou do Rio há 15 dias para participar do protesto.

Ao final da operação, foram retiradas do gramado todas as barracas que abrigavam os manifestantes e um boneco inflável com a figura de um militar usando a faixa presidencial. Jovens chegaram a resistir nas barracas, mas foram carregados pelos policiais.

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Marcelo Reis, fundador do Revoltados Online, disse que entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida de desocupação.

Protestos em Brasília acabam em confusão

1 | 10

Acampamento do MBL

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
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Acampamento do MBL

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
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Acampamento do MBL

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
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Acampamento do MBL

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
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Confusão no Congresso

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
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Deputado Paulo Pimenta é atingido por spray da polícia

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
7 | 10

Confronto entre manifestantes

Foto: Andrpe Dusek/Estadão
8 | 10

Deputado cai no chão após ser atingido por spray de pimenta

Foto: EVARISTO SÁ/AFP PHOTO
9 | 10

Marcha das Mulheres Negras

Foto: NDRE DUSEK/ESTADÃO
10 | 10

Enfrentamento de manifestante treminou em tiros e prisões

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO

(Atualizado às 20h40) BRASÍLIA - Com uma briga entre manifestantes contrários e a favor do governo Dilma Rousseff, defensores do impeachment da presidente e entusiastas da intervenção militar foram retirados, na noite deste sábado, do gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente do Congresso Nacional.

Tudo estava correndo de forma pacífica, com a retirada dos acampados sendo feita por parte das polícias Militar e Legislativa, até que um grupo com cerca de vinte pessoas, acompanhado do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), chegou ao local. Com gritos de "não vai ter golpe", o grupo despertou a atenção dos manifestantes. Um tumulto se iniciou em seguida, com gritaria e agressões. A Polícia Militar usou spray de pimenta para conter a briga.

Manifestantes brigam em frente ao Congresso Foto: André Dusek/Estadão

O deputado negou ter ido ao local para fazer provocação. "Viemos exercer a democracia", argumentou o petista. Antes dos socos, pontapés e empurrões, os manifestantes cantaram o Hino Nacional.

Ao longo do dia, o clima diante do Congresso foi de impasse. De um lado, integrantes dos movimentos Avança Brasil, Brasil Livre e Revoltados Online desmontaram pouco a pouco as barracas, instaladas há pelo menos um mês como forma de pressão para que o Congresso votasse o impeachment de Dilma. De outro, o grupo dos "intervencionistas" indicava que iria oferecer maior resistência.

"Só saímos com ordem judicial. A única coisa que recebemos até agora foi uma recomendação, feita oralmente", disse um dos líderes do Movimento Patriota Nacional, Daniel Barbosa.

Segundo o secretário-adjunto da Casa Civil do Distrito Federal, Igor Tokarski, não é permitida qualquer edificação na área sem a autorização do governo.

Por precaução, as visitas ao Congresso foram canceladas neste fim de semana. O trânsito na via que dá acesso às Casas Legislativas também foi bloqueado.

Manifestantes receberam, na noite de quinta-feira, o aviso de que teriam de deixar o local em 48 horas. A decisão foi tomada num acordo entre o governo do Distrito Federal, a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, logo após um confronto entre integrantes da CUT, do Movimento de Mulheres Negras e partidários do movimento pró-impeachment.

Ao todo, cerca de 50 pessoas estavam acampadas no local ocupado pelos "intervencionistas". "Estamos aqui desde março. É um direito nosso protestar", disse Barbosa, que chegou a Brasília há uma semana, depois de passar uma temporada em seu Estado, o Rio Grande do Sul.

Entre os integrantes do movimento pró-impeachment, o clima era de pragmatismo. "Teríamos de sair mais cedo ou mais tarde. Em dezembro os trabalhos no Congresso terminam e não faria sentido ficarmos", afirmou a cabeleireira Charlo Ferreson, que chegou do Rio há 15 dias para participar do protesto.

Ao final da operação, foram retiradas do gramado todas as barracas que abrigavam os manifestantes e um boneco inflável com a figura de um militar usando a faixa presidencial. Jovens chegaram a resistir nas barracas, mas foram carregados pelos policiais.

Marcelo Reis, fundador do Revoltados Online, disse que entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida de desocupação.

Protestos em Brasília acabam em confusão

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Deputado Paulo Pimenta é atingido por spray da polícia

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Confronto entre manifestantes

Foto: Andrpe Dusek/Estadão
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Deputado cai no chão após ser atingido por spray de pimenta

Foto: EVARISTO SÁ/AFP PHOTO
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Marcha das Mulheres Negras

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Enfrentamento de manifestante treminou em tiros e prisões

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO

(Atualizado às 20h40) BRASÍLIA - Com uma briga entre manifestantes contrários e a favor do governo Dilma Rousseff, defensores do impeachment da presidente e entusiastas da intervenção militar foram retirados, na noite deste sábado, do gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente do Congresso Nacional.

Tudo estava correndo de forma pacífica, com a retirada dos acampados sendo feita por parte das polícias Militar e Legislativa, até que um grupo com cerca de vinte pessoas, acompanhado do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), chegou ao local. Com gritos de "não vai ter golpe", o grupo despertou a atenção dos manifestantes. Um tumulto se iniciou em seguida, com gritaria e agressões. A Polícia Militar usou spray de pimenta para conter a briga.

Manifestantes brigam em frente ao Congresso Foto: André Dusek/Estadão

O deputado negou ter ido ao local para fazer provocação. "Viemos exercer a democracia", argumentou o petista. Antes dos socos, pontapés e empurrões, os manifestantes cantaram o Hino Nacional.

Ao longo do dia, o clima diante do Congresso foi de impasse. De um lado, integrantes dos movimentos Avança Brasil, Brasil Livre e Revoltados Online desmontaram pouco a pouco as barracas, instaladas há pelo menos um mês como forma de pressão para que o Congresso votasse o impeachment de Dilma. De outro, o grupo dos "intervencionistas" indicava que iria oferecer maior resistência.

"Só saímos com ordem judicial. A única coisa que recebemos até agora foi uma recomendação, feita oralmente", disse um dos líderes do Movimento Patriota Nacional, Daniel Barbosa.

Segundo o secretário-adjunto da Casa Civil do Distrito Federal, Igor Tokarski, não é permitida qualquer edificação na área sem a autorização do governo.

Por precaução, as visitas ao Congresso foram canceladas neste fim de semana. O trânsito na via que dá acesso às Casas Legislativas também foi bloqueado.

Manifestantes receberam, na noite de quinta-feira, o aviso de que teriam de deixar o local em 48 horas. A decisão foi tomada num acordo entre o governo do Distrito Federal, a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, logo após um confronto entre integrantes da CUT, do Movimento de Mulheres Negras e partidários do movimento pró-impeachment.

Ao todo, cerca de 50 pessoas estavam acampadas no local ocupado pelos "intervencionistas". "Estamos aqui desde março. É um direito nosso protestar", disse Barbosa, que chegou a Brasília há uma semana, depois de passar uma temporada em seu Estado, o Rio Grande do Sul.

Entre os integrantes do movimento pró-impeachment, o clima era de pragmatismo. "Teríamos de sair mais cedo ou mais tarde. Em dezembro os trabalhos no Congresso terminam e não faria sentido ficarmos", afirmou a cabeleireira Charlo Ferreson, que chegou do Rio há 15 dias para participar do protesto.

Ao final da operação, foram retiradas do gramado todas as barracas que abrigavam os manifestantes e um boneco inflável com a figura de um militar usando a faixa presidencial. Jovens chegaram a resistir nas barracas, mas foram carregados pelos policiais.

Marcelo Reis, fundador do Revoltados Online, disse que entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida de desocupação.

Protestos em Brasília acabam em confusão

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Acampamento do MBL

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Deputado Paulo Pimenta é atingido por spray da polícia

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Deputado cai no chão após ser atingido por spray de pimenta

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Marcha das Mulheres Negras

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Enfrentamento de manifestante treminou em tiros e prisões

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(Atualizado às 20h40) BRASÍLIA - Com uma briga entre manifestantes contrários e a favor do governo Dilma Rousseff, defensores do impeachment da presidente e entusiastas da intervenção militar foram retirados, na noite deste sábado, do gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente do Congresso Nacional.

Tudo estava correndo de forma pacífica, com a retirada dos acampados sendo feita por parte das polícias Militar e Legislativa, até que um grupo com cerca de vinte pessoas, acompanhado do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), chegou ao local. Com gritos de "não vai ter golpe", o grupo despertou a atenção dos manifestantes. Um tumulto se iniciou em seguida, com gritaria e agressões. A Polícia Militar usou spray de pimenta para conter a briga.

Manifestantes brigam em frente ao Congresso Foto: André Dusek/Estadão

O deputado negou ter ido ao local para fazer provocação. "Viemos exercer a democracia", argumentou o petista. Antes dos socos, pontapés e empurrões, os manifestantes cantaram o Hino Nacional.

Ao longo do dia, o clima diante do Congresso foi de impasse. De um lado, integrantes dos movimentos Avança Brasil, Brasil Livre e Revoltados Online desmontaram pouco a pouco as barracas, instaladas há pelo menos um mês como forma de pressão para que o Congresso votasse o impeachment de Dilma. De outro, o grupo dos "intervencionistas" indicava que iria oferecer maior resistência.

"Só saímos com ordem judicial. A única coisa que recebemos até agora foi uma recomendação, feita oralmente", disse um dos líderes do Movimento Patriota Nacional, Daniel Barbosa.

Segundo o secretário-adjunto da Casa Civil do Distrito Federal, Igor Tokarski, não é permitida qualquer edificação na área sem a autorização do governo.

Por precaução, as visitas ao Congresso foram canceladas neste fim de semana. O trânsito na via que dá acesso às Casas Legislativas também foi bloqueado.

Manifestantes receberam, na noite de quinta-feira, o aviso de que teriam de deixar o local em 48 horas. A decisão foi tomada num acordo entre o governo do Distrito Federal, a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, logo após um confronto entre integrantes da CUT, do Movimento de Mulheres Negras e partidários do movimento pró-impeachment.

Ao todo, cerca de 50 pessoas estavam acampadas no local ocupado pelos "intervencionistas". "Estamos aqui desde março. É um direito nosso protestar", disse Barbosa, que chegou a Brasília há uma semana, depois de passar uma temporada em seu Estado, o Rio Grande do Sul.

Entre os integrantes do movimento pró-impeachment, o clima era de pragmatismo. "Teríamos de sair mais cedo ou mais tarde. Em dezembro os trabalhos no Congresso terminam e não faria sentido ficarmos", afirmou a cabeleireira Charlo Ferreson, que chegou do Rio há 15 dias para participar do protesto.

Ao final da operação, foram retiradas do gramado todas as barracas que abrigavam os manifestantes e um boneco inflável com a figura de um militar usando a faixa presidencial. Jovens chegaram a resistir nas barracas, mas foram carregados pelos policiais.

Marcelo Reis, fundador do Revoltados Online, disse que entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida de desocupação.

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Deputado Paulo Pimenta é atingido por spray da polícia

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Confronto entre manifestantes

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Deputado cai no chão após ser atingido por spray de pimenta

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