Um dos fatores que parecem pesar na guinada americana é a China. Pequim é hoje o maior investidor externo no Afeganistão, e suas relações na região estão cada vez mais fora do controle e da capacidade de compreensão de Washington. Para os americanos, cuja diplomacia sofreu durante anos da cegueira moralista da era Bush, trata-se de uma frenética corrida contra o tempo, para tentar entender as articulações entre chineses, paquistaneses, afegãos e iranianos, além dos sauditas, que parecem se aproximar do Taleban.
Há quem diga, porém, que a China, com sua impressionante máquina de oportunidades econômicas e seu pragmatismo geopolítico, talvez esteja mais bem aparelhada para trazer a paz à região.