Um soldado americano na base de Bagram (Afeganistão) jogou fora alguns exemplares do Corão, e os livros quase foram incinerados junto com outros papeis - funcionários afegãos os salvaram das chamas.
O episódio deflagrou mais uma onda de violência contra os ocidentais no Afeganistão - nesta quinta-feira, um soldado afegão matou dois militares americanos como parte da reação.
Nem os veementes pedidos de desculpas do governo americano foram suficientes para acalmar a fúria religiosa. Para os fanáticos, é lícito matar pessoas que supostamente violaram a sacralidade de um livro.
Pode-se concordar com o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, para quem o soldado americano mostrou ignorância a respeito da importância do Corão para o islã.
No entanto, não é possível compreender que uns pedaços de papel em forma de livro possam ser considerados mais importantes que a vida de uma pessoa.