Não há nada nos curtos nove meses da administração Obama que se possa qualificar como um feito diplomático definitivo. Há somente uma forte disposição de fazer a coisa certa, isto é, de oferecer o diálogo àqueles que, antes, no governo Bush, eram vistos como inimigos incontornáveis. Nenhuma dessas iniciativas resultou ainda em nada, embora as perspectivas sejam razoáveis em alguns casos, como em Cuba.
Sendo assim, o Nobel para Obama é mais um estorvo do que um prêmio. Pode ser que uma eventual guinada de Obama à Realpolitik - como o aumento do número de soldados americanos no Afeganistão ou uma eventual ação contra o Irã - seja vista como traição à confiança romântica depositada nele.