A campanha do presidente Jair Bolsonaro quer novos porta-vozes para falar com os diferentes setores por avaliar que Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem sido o único na função e está sobrecarregado. Aliados do presidente dizem que o PT, partido do rival Lula, tem representantes para falar com operadores do mercado financeiro e diferentes segmentos sociais. Já a campanha de Bolsonaro não vem conseguindo atender a convites de eventos, nem marcar posição. A intenção é abrir diálogo até com ONGs, que já foram criticadas pelo presidente. A proposta para dividir tarefas foi levada na última semana ao conselho que elabora a campanha do presidente, que pretende destacar pessoas de acordo com a sua área de atuação.
QUEM? Um dos nomes citados como exemplo é o de Tereza Cristina (PP-MS) com o agronegócio. A campanha de Bolsonaro tem sido errática até para indicar emissários para discutir debates eleitorais, e não necessariamente por falta de interesse, mas de representantes.
NÃO DECORATIVO. A desenvoltura do general Walter Braga Netto na política tem animado aliados a destacá-lo para missões não apenas nos bastidores. Dizem que um general quatro estrelas é um promotor qualificado do presidente e pode ajudar a convencer Bolsonaro a se manter longe de temas que "não agregam votos", como ataques às urnas eletrônicas.
CARNE. Bolsonaristas também querem que a campanha comece a mostrar o lado "mais humano" do presidente, explorando imagens dele com crianças nas viagens desta pré-campanha, além de discursos que possam conquistar também as eleitoras.
Sinais particulares, por Kleber Sales. Flávio Bolsonaro, senador (PL-RJ).
PRONTO, FALEI. Fausto Pinato, deputado federal (PP-SP).
"Não interessa mais se é esquerda, direita ou centro, está em jogo a democracia", diz, ao defender que observadores internacionais fiscalizem as eleições desde já."
CLICK. Fabiano Guimarães, pré-candidato à Câmara pelo DF.
Ex-intérprete de libras de Bolsonaro, lançou candidatura pelo Republicanos. Nas redes, define-se como cristão, conservador e contra o comunismo.