Dois dias antes de Fernando Henrique sinalizar ser contra a eleição de Jair Bolsonaro (PL), Geraldo Alckmin, vice da chapa de Lula, esteve com tucanos históricos. Pedro Malan, José Pio Borges e David Zylbersztajn, membros do governo FHC, estiveram com Alckmin na terça (20) em reunião no Cebri, no Rio. Eles ouviram longa explicação do hoje ex-tucano sobre por que aderiu a Lula e como ele vê PSDB e PT com mais semelhanças do que diferenças contra Bolsonaro. Nesta quinta (22), após a nota de FHC, Rubens Ricupero e Sérgio Amaral, que também participaram da conversa, declararam apoio a Lula. Embora o comando do PSDB rejeite a aproximação com o PT, não passou em branco o apoio de tucanos de Goiás a Alckmin na quarta (21).
HORA EXTRA. No Rio, Alckmin sugeriu que alguns dos presentes, como Décio Oddone, preparassem sugestões para um eventual governo Lula na área de petróleo e energia.
DISTÂNCIA. Apesar de a velha-guarda do PSDB se aproximar de Lula, algumas das atuais lideranças do partido, como Rodrigo Garcia (SP), Eduardo Leite (RS) e Eduardo Riedel (MS), têm eleitores antipetistas e qualquer proximidade com Lula poderia ser tóxica à sua campanha. Aliados de Garcia viram o apoio de tucanos a Alckmin em Goiás como um movimento isolado.
CENTRO. "Respeito a opinião do ex-presidente e sua história, mas a nota não reflete a realidade atual do PSDB. Nós temos uma aliança e uma candidata. E os afiliados que declararem voto em Lula ou Bolsonaro serão encaminhados ao conselho de ética", diz Fernando Alfredo, presidente do PSDB paulistano.
Sinais Particulares, por Kleber Sales. Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República (PSDB)
PRONTO, FALEI! Rui Falcão, deputado federal (PT-SP)
"Falam em eleger entre 70 e 80 deputados do PT. Eu acredito mais em eleger entre 60 e 70", disse, sobre tamanho da bancada do PT na próxima legislatura.