Em encontro no México no último final de semana, políticos latinoamericanos de esquerda formaram um grupo intitulado "Progresivamente". Dentre os manifestos que lançaram, um critica o caso do ex-presidente Lula, preso e condenado na Lava Jato, e diz que a prisão do petista não condiz com o respeito que merece alguém que "derrotou a pobreza".
Subscrevem o texto Fernando Haddad e Aloizio Mercadante, ex-ministros da gestão petista, além do ex-presidente colombiano Ernesto Samper Pizan, ex-governadores e senadores da região.
"As condições de isolamento em que se encontra Lula neste momento não são compatíveis com a dignidade e o respeito que se merece uma pessoa que derrotou a pobreza do seu país, encaminhou a economia para o caminho da competitividade, e colocou o Brasil no cenário regional e global de maior importância estratégica", diz o texto.
O Progresivamente decidiu criar um Comitê Latinoamericano pela Defesa da Justiça e Democracia, que vai observar casos como o do ex-presidente Lula, considerados por eles como injustos.
Citando as supostas conversas entre integrantes da força-tarefa da Lava Jato e o ex-juiz e atual ministro Sergio Moro, o documento diz que havia "delituosa conivência" e que "violaram sistematicamente as garantias do ex-presidente a um devido processo legal".