Ministra de Direitos Humanos defende investigação de massacre


Luislinda Valois critica postura de peritos que retiraram os dez corpos das vítimas do local da chacina

Por Leonencio Nossa e Carla Araujo

BRASÍLIA - A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, cobrou nesta sexta-feira, 26, "empenho e dedicação" dos investigadores do massacre de dez sem-terra, em Pau D´Arco, no sudeste paraense, ocorrido na quarta-feira, 24. Em entrevista ao Estado, ela demonstrou preocupação com a perícia do local da chacina. Os peritos de Marabá, cidade a 426 quilômetros de distância que concentra delegacias especializadas em assassinatos no campo, e Parauapebas só chegaram à área do crime depois que policiais do município de Pau D´Arco tinham retirado os corpos. "Não podemos deixar que a coisa transcorra de qualquer maneira", afirmou a ministra. "A perícia tem de ser feita com muito empenho e dedicação."

A agora ex-ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O massacre dos sem-terra ocorreu na manhã de quarta-feira, 24, durante uma reintegração de posse da Fazenda Santa Lúcia. Entidades de direitos humanos reclamaram que a ação foi pedida pela Justiça à Polícia Militar lotada no município, sem experiência em despejos. Famílias dos sem-terra mortos disseram que os agentes chegaram atirando, negando versão de que houve confronto. Uma equipe do Ministério dos Direitos Humanos foi enviada ao Pará para acompanhar as primeiras informações e levantamentos sobre o massacre. "A situação é vexatória, constrangedora e inadmissível. Em pleno século XXI, essa situação não pode ocorrer", disse Luislinda Valois. "Como ministra, como cidadã e como ser humano não posso aceitar o que ocorreu. Ninguém pode aceitar", disse. A ministra ressaltou que confia no trabalho de juízes e procuradores na elucidação e punição dos culpados pelo massacre. A preocupação de Luislinda com a perícia e as investigações em Pau D´Arco, no entanto, é embasada com levantamentos apresentados por entidades da área de direitos humanos. Raros casos de assassinatos de sem-terra, especialmente no sudeste paraense, se transformaram em denúncia do Ministério Público ou os autores dos crimes foram julgados e condenados pela Justiça. Na região ocorreu, em abril de 1996, um dos casos mais emblemáticos da violência no campo. A Polícia Militar executou de 19 sem-terra na Curva do S, em Eldorado do Carajás. Ao comentar sobre a onda de violência no campo, Luislinda disse que é preciso desencadear ações concretas em todos os níveis de governo. Também avalia a necessidade e buscar entendimento com segmentos empresariais do setor rural. "Não podemos abrir mão de conversar com nenhum segmento da sociedade", afirmou. Ainda nesta sexta, ela deve se encontrar com o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, para avaliar a situação das vítimas da chacina do Pará.

BRASÍLIA - A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, cobrou nesta sexta-feira, 26, "empenho e dedicação" dos investigadores do massacre de dez sem-terra, em Pau D´Arco, no sudeste paraense, ocorrido na quarta-feira, 24. Em entrevista ao Estado, ela demonstrou preocupação com a perícia do local da chacina. Os peritos de Marabá, cidade a 426 quilômetros de distância que concentra delegacias especializadas em assassinatos no campo, e Parauapebas só chegaram à área do crime depois que policiais do município de Pau D´Arco tinham retirado os corpos. "Não podemos deixar que a coisa transcorra de qualquer maneira", afirmou a ministra. "A perícia tem de ser feita com muito empenho e dedicação."

A agora ex-ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O massacre dos sem-terra ocorreu na manhã de quarta-feira, 24, durante uma reintegração de posse da Fazenda Santa Lúcia. Entidades de direitos humanos reclamaram que a ação foi pedida pela Justiça à Polícia Militar lotada no município, sem experiência em despejos. Famílias dos sem-terra mortos disseram que os agentes chegaram atirando, negando versão de que houve confronto. Uma equipe do Ministério dos Direitos Humanos foi enviada ao Pará para acompanhar as primeiras informações e levantamentos sobre o massacre. "A situação é vexatória, constrangedora e inadmissível. Em pleno século XXI, essa situação não pode ocorrer", disse Luislinda Valois. "Como ministra, como cidadã e como ser humano não posso aceitar o que ocorreu. Ninguém pode aceitar", disse. A ministra ressaltou que confia no trabalho de juízes e procuradores na elucidação e punição dos culpados pelo massacre. A preocupação de Luislinda com a perícia e as investigações em Pau D´Arco, no entanto, é embasada com levantamentos apresentados por entidades da área de direitos humanos. Raros casos de assassinatos de sem-terra, especialmente no sudeste paraense, se transformaram em denúncia do Ministério Público ou os autores dos crimes foram julgados e condenados pela Justiça. Na região ocorreu, em abril de 1996, um dos casos mais emblemáticos da violência no campo. A Polícia Militar executou de 19 sem-terra na Curva do S, em Eldorado do Carajás. Ao comentar sobre a onda de violência no campo, Luislinda disse que é preciso desencadear ações concretas em todos os níveis de governo. Também avalia a necessidade e buscar entendimento com segmentos empresariais do setor rural. "Não podemos abrir mão de conversar com nenhum segmento da sociedade", afirmou. Ainda nesta sexta, ela deve se encontrar com o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, para avaliar a situação das vítimas da chacina do Pará.

BRASÍLIA - A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, cobrou nesta sexta-feira, 26, "empenho e dedicação" dos investigadores do massacre de dez sem-terra, em Pau D´Arco, no sudeste paraense, ocorrido na quarta-feira, 24. Em entrevista ao Estado, ela demonstrou preocupação com a perícia do local da chacina. Os peritos de Marabá, cidade a 426 quilômetros de distância que concentra delegacias especializadas em assassinatos no campo, e Parauapebas só chegaram à área do crime depois que policiais do município de Pau D´Arco tinham retirado os corpos. "Não podemos deixar que a coisa transcorra de qualquer maneira", afirmou a ministra. "A perícia tem de ser feita com muito empenho e dedicação."

A agora ex-ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O massacre dos sem-terra ocorreu na manhã de quarta-feira, 24, durante uma reintegração de posse da Fazenda Santa Lúcia. Entidades de direitos humanos reclamaram que a ação foi pedida pela Justiça à Polícia Militar lotada no município, sem experiência em despejos. Famílias dos sem-terra mortos disseram que os agentes chegaram atirando, negando versão de que houve confronto. Uma equipe do Ministério dos Direitos Humanos foi enviada ao Pará para acompanhar as primeiras informações e levantamentos sobre o massacre. "A situação é vexatória, constrangedora e inadmissível. Em pleno século XXI, essa situação não pode ocorrer", disse Luislinda Valois. "Como ministra, como cidadã e como ser humano não posso aceitar o que ocorreu. Ninguém pode aceitar", disse. A ministra ressaltou que confia no trabalho de juízes e procuradores na elucidação e punição dos culpados pelo massacre. A preocupação de Luislinda com a perícia e as investigações em Pau D´Arco, no entanto, é embasada com levantamentos apresentados por entidades da área de direitos humanos. Raros casos de assassinatos de sem-terra, especialmente no sudeste paraense, se transformaram em denúncia do Ministério Público ou os autores dos crimes foram julgados e condenados pela Justiça. Na região ocorreu, em abril de 1996, um dos casos mais emblemáticos da violência no campo. A Polícia Militar executou de 19 sem-terra na Curva do S, em Eldorado do Carajás. Ao comentar sobre a onda de violência no campo, Luislinda disse que é preciso desencadear ações concretas em todos os níveis de governo. Também avalia a necessidade e buscar entendimento com segmentos empresariais do setor rural. "Não podemos abrir mão de conversar com nenhum segmento da sociedade", afirmou. Ainda nesta sexta, ela deve se encontrar com o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, para avaliar a situação das vítimas da chacina do Pará.

BRASÍLIA - A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, cobrou nesta sexta-feira, 26, "empenho e dedicação" dos investigadores do massacre de dez sem-terra, em Pau D´Arco, no sudeste paraense, ocorrido na quarta-feira, 24. Em entrevista ao Estado, ela demonstrou preocupação com a perícia do local da chacina. Os peritos de Marabá, cidade a 426 quilômetros de distância que concentra delegacias especializadas em assassinatos no campo, e Parauapebas só chegaram à área do crime depois que policiais do município de Pau D´Arco tinham retirado os corpos. "Não podemos deixar que a coisa transcorra de qualquer maneira", afirmou a ministra. "A perícia tem de ser feita com muito empenho e dedicação."

A agora ex-ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O massacre dos sem-terra ocorreu na manhã de quarta-feira, 24, durante uma reintegração de posse da Fazenda Santa Lúcia. Entidades de direitos humanos reclamaram que a ação foi pedida pela Justiça à Polícia Militar lotada no município, sem experiência em despejos. Famílias dos sem-terra mortos disseram que os agentes chegaram atirando, negando versão de que houve confronto. Uma equipe do Ministério dos Direitos Humanos foi enviada ao Pará para acompanhar as primeiras informações e levantamentos sobre o massacre. "A situação é vexatória, constrangedora e inadmissível. Em pleno século XXI, essa situação não pode ocorrer", disse Luislinda Valois. "Como ministra, como cidadã e como ser humano não posso aceitar o que ocorreu. Ninguém pode aceitar", disse. A ministra ressaltou que confia no trabalho de juízes e procuradores na elucidação e punição dos culpados pelo massacre. A preocupação de Luislinda com a perícia e as investigações em Pau D´Arco, no entanto, é embasada com levantamentos apresentados por entidades da área de direitos humanos. Raros casos de assassinatos de sem-terra, especialmente no sudeste paraense, se transformaram em denúncia do Ministério Público ou os autores dos crimes foram julgados e condenados pela Justiça. Na região ocorreu, em abril de 1996, um dos casos mais emblemáticos da violência no campo. A Polícia Militar executou de 19 sem-terra na Curva do S, em Eldorado do Carajás. Ao comentar sobre a onda de violência no campo, Luislinda disse que é preciso desencadear ações concretas em todos os níveis de governo. Também avalia a necessidade e buscar entendimento com segmentos empresariais do setor rural. "Não podemos abrir mão de conversar com nenhum segmento da sociedade", afirmou. Ainda nesta sexta, ela deve se encontrar com o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, para avaliar a situação das vítimas da chacina do Pará.

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