Ministros do STF se dizem perplexos com áudios e evitam exposição


Conversas obtidas pela Lava Jato indicam que nomeação de Lula a Ministério foi para evitar investigações da força-tarefa sobre ele; ex-presidente disse ainda que País tem 'uma Suprema Corte totalmente acovardada'

Por Beatriz Bulla e Isadora Peron

BRASÍLIA - A divulgação de áudio em que a presidente Dilma Rousseff conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e combina de enviar a ele seu termo de posse, antes da nomeação oficial, gerou perplexidade entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os integrantes da Corte foram pegos de surpresa com a notícia ao deixarem a sessão plenária desta quarta-feira, 16. Abordados por jornalistas com a informação, os ministros ouviram o áudio na saída do plenário, se mostraram espantados e preferiram reserva.

A conversa gravada e obtida pela Lava Jato indica que nomeação foi para evitar que as investigações avançassem sobre o ex-presidente. Antes de os áudios se tornarem públicos, o ministro Gilmar Mendes, do STF, defendeu que a Corte analise se há desvio de finalidade na nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil.

Plenário do Supremo Tirbunal Federal Foto: Divulgação
continua após a publicidade

O ex-presidente disse ainda em conversa com Dilma que o País tem “uma Suprema Corte totalmente acovardada, um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado”. Em uma das conversas, Lula fez referência a influência junto à ministra do STF, Rosa Weber. O petista pediu ao ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para falar com Dilma sobre o “negócio da Rosa Weber”. A ministra foi relatora do pedido da defesa de Lula para tirar das mãos do juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato no Paraná, a investigação sobre ele.

Um ministro ouvido reservadamente pelo Estado considerou um “absurdo” o conteúdo das gravações. O ministro Marco Aurélio Mello pediu cautela na análise das informações. “Temos que esperar, não podemos incendiar o País”, disse Marco Aurélio.

Atos pelo País após a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil

1 | 20

São Paulo (SP)

Foto: JF Diório/Estadão
2 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
3 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
4 | 20

Rio de Janeiro (RJ)

Foto: Ricardo Moraes/Reuters
5 | 20

São Bernardo do Campo (SP)

Foto: José Patrício/Estadão
6 | 20

Brasília (DF)

Foto: Evaristo Sá/AFP
7 | 20

São Pauio (SP)

Foto: Rafael Arbex/Estadão
8 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
9 | 20

São Bernardo do Campo (SP)

Foto: José Patrício/Estadão
10 | 20

São Paulo (SP)

Foto: Divulgação
11 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
12 | 20

São Paulo (SP)

Foto: Ricardo Nogueira/EFE
13 | 20

Brasília (DF)

Foto: Andre Dusek/Estadão
14 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
15 | 20

São Paulo (SP)

Foto: JF Diório/Estadão
16 | 20

São Bernardo do Campo (SP)

Foto: José Patrício/Estadão
17 | 20

Brasília (DF)

Foto: Adriano Machado/Reuters
18 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
19 | 20

São Paulo (SP)

Foto: Gabriela Caesar/Estadão
20 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
continua após a publicidade

Com a nomeação de Lula para ministro, a investigação será encaminhada para o Supremo Tribunal Federal, onde deve ficar sob relatoria do ministro Teori Zavascki. Até o início desta noite, o gabinete de Teori não recebeu nenhuma documentação relativa ao caso. O juiz Sérgio Moro afirmou que remeteu o conteúdo referente a Lula para o STF após ele ser nomeado ministro da Casa Civil e que “a interceptação foi interrompida.”

A ministra Rosa Weber já deixou o Tribunal, sem manifestações sobre o caso. A presidência do Supremo e o gabinete de Teori disseram que não irão se manifestar sobre as gravações.

BRASÍLIA - A divulgação de áudio em que a presidente Dilma Rousseff conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e combina de enviar a ele seu termo de posse, antes da nomeação oficial, gerou perplexidade entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os integrantes da Corte foram pegos de surpresa com a notícia ao deixarem a sessão plenária desta quarta-feira, 16. Abordados por jornalistas com a informação, os ministros ouviram o áudio na saída do plenário, se mostraram espantados e preferiram reserva.

A conversa gravada e obtida pela Lava Jato indica que nomeação foi para evitar que as investigações avançassem sobre o ex-presidente. Antes de os áudios se tornarem públicos, o ministro Gilmar Mendes, do STF, defendeu que a Corte analise se há desvio de finalidade na nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil.

Plenário do Supremo Tirbunal Federal Foto: Divulgação

O ex-presidente disse ainda em conversa com Dilma que o País tem “uma Suprema Corte totalmente acovardada, um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado”. Em uma das conversas, Lula fez referência a influência junto à ministra do STF, Rosa Weber. O petista pediu ao ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para falar com Dilma sobre o “negócio da Rosa Weber”. A ministra foi relatora do pedido da defesa de Lula para tirar das mãos do juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato no Paraná, a investigação sobre ele.

Um ministro ouvido reservadamente pelo Estado considerou um “absurdo” o conteúdo das gravações. O ministro Marco Aurélio Mello pediu cautela na análise das informações. “Temos que esperar, não podemos incendiar o País”, disse Marco Aurélio.

Atos pelo País após a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil

1 | 20

São Paulo (SP)

Foto: JF Diório/Estadão
2 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
3 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
4 | 20

Rio de Janeiro (RJ)

Foto: Ricardo Moraes/Reuters
5 | 20

São Bernardo do Campo (SP)

Foto: José Patrício/Estadão
6 | 20

Brasília (DF)

Foto: Evaristo Sá/AFP
7 | 20

São Pauio (SP)

Foto: Rafael Arbex/Estadão
8 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
9 | 20

São Bernardo do Campo (SP)

Foto: José Patrício/Estadão
10 | 20

São Paulo (SP)

Foto: Divulgação
11 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
12 | 20

São Paulo (SP)

Foto: Ricardo Nogueira/EFE
13 | 20

Brasília (DF)

Foto: Andre Dusek/Estadão
14 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
15 | 20

São Paulo (SP)

Foto: JF Diório/Estadão
16 | 20

São Bernardo do Campo (SP)

Foto: José Patrício/Estadão
17 | 20

Brasília (DF)

Foto: Adriano Machado/Reuters
18 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
19 | 20

São Paulo (SP)

Foto: Gabriela Caesar/Estadão
20 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão

Com a nomeação de Lula para ministro, a investigação será encaminhada para o Supremo Tribunal Federal, onde deve ficar sob relatoria do ministro Teori Zavascki. Até o início desta noite, o gabinete de Teori não recebeu nenhuma documentação relativa ao caso. O juiz Sérgio Moro afirmou que remeteu o conteúdo referente a Lula para o STF após ele ser nomeado ministro da Casa Civil e que “a interceptação foi interrompida.”

A ministra Rosa Weber já deixou o Tribunal, sem manifestações sobre o caso. A presidência do Supremo e o gabinete de Teori disseram que não irão se manifestar sobre as gravações.

BRASÍLIA - A divulgação de áudio em que a presidente Dilma Rousseff conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e combina de enviar a ele seu termo de posse, antes da nomeação oficial, gerou perplexidade entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os integrantes da Corte foram pegos de surpresa com a notícia ao deixarem a sessão plenária desta quarta-feira, 16. Abordados por jornalistas com a informação, os ministros ouviram o áudio na saída do plenário, se mostraram espantados e preferiram reserva.

A conversa gravada e obtida pela Lava Jato indica que nomeação foi para evitar que as investigações avançassem sobre o ex-presidente. Antes de os áudios se tornarem públicos, o ministro Gilmar Mendes, do STF, defendeu que a Corte analise se há desvio de finalidade na nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil.

Plenário do Supremo Tirbunal Federal Foto: Divulgação

O ex-presidente disse ainda em conversa com Dilma que o País tem “uma Suprema Corte totalmente acovardada, um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado”. Em uma das conversas, Lula fez referência a influência junto à ministra do STF, Rosa Weber. O petista pediu ao ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para falar com Dilma sobre o “negócio da Rosa Weber”. A ministra foi relatora do pedido da defesa de Lula para tirar das mãos do juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato no Paraná, a investigação sobre ele.

Um ministro ouvido reservadamente pelo Estado considerou um “absurdo” o conteúdo das gravações. O ministro Marco Aurélio Mello pediu cautela na análise das informações. “Temos que esperar, não podemos incendiar o País”, disse Marco Aurélio.

Atos pelo País após a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil

1 | 20

São Paulo (SP)

Foto: JF Diório/Estadão
2 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
3 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
4 | 20

Rio de Janeiro (RJ)

Foto: Ricardo Moraes/Reuters
5 | 20

São Bernardo do Campo (SP)

Foto: José Patrício/Estadão
6 | 20

Brasília (DF)

Foto: Evaristo Sá/AFP
7 | 20

São Pauio (SP)

Foto: Rafael Arbex/Estadão
8 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
9 | 20

São Bernardo do Campo (SP)

Foto: José Patrício/Estadão
10 | 20

São Paulo (SP)

Foto: Divulgação
11 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
12 | 20

São Paulo (SP)

Foto: Ricardo Nogueira/EFE
13 | 20

Brasília (DF)

Foto: Andre Dusek/Estadão
14 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
15 | 20

São Paulo (SP)

Foto: JF Diório/Estadão
16 | 20

São Bernardo do Campo (SP)

Foto: José Patrício/Estadão
17 | 20

Brasília (DF)

Foto: Adriano Machado/Reuters
18 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
19 | 20

São Paulo (SP)

Foto: Gabriela Caesar/Estadão
20 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão

Com a nomeação de Lula para ministro, a investigação será encaminhada para o Supremo Tribunal Federal, onde deve ficar sob relatoria do ministro Teori Zavascki. Até o início desta noite, o gabinete de Teori não recebeu nenhuma documentação relativa ao caso. O juiz Sérgio Moro afirmou que remeteu o conteúdo referente a Lula para o STF após ele ser nomeado ministro da Casa Civil e que “a interceptação foi interrompida.”

A ministra Rosa Weber já deixou o Tribunal, sem manifestações sobre o caso. A presidência do Supremo e o gabinete de Teori disseram que não irão se manifestar sobre as gravações.

BRASÍLIA - A divulgação de áudio em que a presidente Dilma Rousseff conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e combina de enviar a ele seu termo de posse, antes da nomeação oficial, gerou perplexidade entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os integrantes da Corte foram pegos de surpresa com a notícia ao deixarem a sessão plenária desta quarta-feira, 16. Abordados por jornalistas com a informação, os ministros ouviram o áudio na saída do plenário, se mostraram espantados e preferiram reserva.

A conversa gravada e obtida pela Lava Jato indica que nomeação foi para evitar que as investigações avançassem sobre o ex-presidente. Antes de os áudios se tornarem públicos, o ministro Gilmar Mendes, do STF, defendeu que a Corte analise se há desvio de finalidade na nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil.

Plenário do Supremo Tirbunal Federal Foto: Divulgação

O ex-presidente disse ainda em conversa com Dilma que o País tem “uma Suprema Corte totalmente acovardada, um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado”. Em uma das conversas, Lula fez referência a influência junto à ministra do STF, Rosa Weber. O petista pediu ao ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para falar com Dilma sobre o “negócio da Rosa Weber”. A ministra foi relatora do pedido da defesa de Lula para tirar das mãos do juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato no Paraná, a investigação sobre ele.

Um ministro ouvido reservadamente pelo Estado considerou um “absurdo” o conteúdo das gravações. O ministro Marco Aurélio Mello pediu cautela na análise das informações. “Temos que esperar, não podemos incendiar o País”, disse Marco Aurélio.

Atos pelo País após a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil

1 | 20

São Paulo (SP)

Foto: JF Diório/Estadão
2 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
3 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
4 | 20

Rio de Janeiro (RJ)

Foto: Ricardo Moraes/Reuters
5 | 20

São Bernardo do Campo (SP)

Foto: José Patrício/Estadão
6 | 20

Brasília (DF)

Foto: Evaristo Sá/AFP
7 | 20

São Pauio (SP)

Foto: Rafael Arbex/Estadão
8 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
9 | 20

São Bernardo do Campo (SP)

Foto: José Patrício/Estadão
10 | 20

São Paulo (SP)

Foto: Divulgação
11 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
12 | 20

São Paulo (SP)

Foto: Ricardo Nogueira/EFE
13 | 20

Brasília (DF)

Foto: Andre Dusek/Estadão
14 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
15 | 20

São Paulo (SP)

Foto: JF Diório/Estadão
16 | 20

São Bernardo do Campo (SP)

Foto: José Patrício/Estadão
17 | 20

Brasília (DF)

Foto: Adriano Machado/Reuters
18 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão
19 | 20

São Paulo (SP)

Foto: Gabriela Caesar/Estadão
20 | 20

Brasília (DF)

Foto: Dida Sampaio/Estadão

Com a nomeação de Lula para ministro, a investigação será encaminhada para o Supremo Tribunal Federal, onde deve ficar sob relatoria do ministro Teori Zavascki. Até o início desta noite, o gabinete de Teori não recebeu nenhuma documentação relativa ao caso. O juiz Sérgio Moro afirmou que remeteu o conteúdo referente a Lula para o STF após ele ser nomeado ministro da Casa Civil e que “a interceptação foi interrompida.”

A ministra Rosa Weber já deixou o Tribunal, sem manifestações sobre o caso. A presidência do Supremo e o gabinete de Teori disseram que não irão se manifestar sobre as gravações.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.