Nove ministros, além do vice-presidente, Michel Temer e os líderes do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, e no Senado, Romero Jucá, participaram da reunião de coordenação política, com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada. A reunião começou às 10h30 e durou cerca de duas horas. No encontro, o tema principal deve ser a saída de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho, que pediu demissão do cargo nesse domingo, 4. Na saída, ninguém falou com a imprensa
Participaram da reunião os ministros Guido Mantega (Fazenda); Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral); Ideli Salvatti (Relações Institucionais); Gleisi Hofmann (Casa Civil); Helena Chagas (Comunicação Social); Miriam Belchior (Planejamento); José Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior); Edison Lobão (Minas e Energia) e José Eduardo Cardozo (Justiça).
Também nessa segunda, a cúpula do PDT vai discutir como fica a situação do partido com a saída de Lupi. Até o momento, há quem defenda a saída do partido da base aliada. "Para mim, o PDT não deve ter nenhum cargo no governo Dilma", afirmou senador Cristovam Buarque (PDT-DF). "Nós vamos continuar no governo, mesmo não sendo nesse ministério", resumiu o deputado André Figueiredo (CE), presidente interino do PDT.
Reforma. Depois de demitir sete ministros, a presidente Dilma Rousseff planeja fazer uma reforma mais enxuta da equipe, no início de 2012. Por enquanto, ela pretende mexer em apenas 9 dos 38 ministérios e promover um rodízio de partidos no comando de algumas pastas. Mas Dilma ainda quer consultar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de bater o martelo.
A cadeira mais cobiçada é a do ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), que sairá do governo para disputar a Prefeitura de São Paulo. Correntes do PT também querem retomar antigos feudos, como os ministérios do Trabalho e das Cidades, duas pastas alvejadas por acusações de corrupção.
Além de mexer em Educação e Trabalho - que estava com o PDT -, Dilma deve trocar Mário Negromonte (Cidades), Ana de Hollanda (Cultura), Iriny Lopes (Mulheres) e Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário). Não é só: pretende fundir os ministérios de Agricultura e Pesca e pode substituir o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.
O vistoso orçamento do Ministério das Cidades, por outro lado, é considerado "muito grande" para um partido do tamanho do PP e abre o apetite do PT.
Atualizado às 13h30