Levantamento nos arquivos da Mossack Fonseca revela ao menos 14 brasileiros ligados a meios de comunicação que aparecem como diretores, sócios ou procuradores de empresas offshore. Procurados, negaram irregularidades. A propriedade de offshores não é ilegal, desde que declarada à Receita Federal.
Entre os nomes ligados à mídia estão os do presidente do Conselho de Administração do Grupo Estado, Walter Fontana Filho, e de Ruy Mesquista Filho, ex-diretor do Jornal da Tarde e acionista sem funções executivas no Grupo Estado.
Nos documentos da Mossack Fonseca, Fontana Filho e seu primo Romano Ancelmo Fontana figuram como diretores e acionistas da Hartley Consulting Corporation, offshore criada em 2002.
Em nota, ambos disseram que, “pelo que se recordam, foram procuradores de uma empresa, encerrada no ano de 2005, que apoiava ação de internacionalização de empresa na qual eram executivos à época”.
Ruy Mesquita Filho aparece como procurador da empresa Chapman Equities, incorporada em 2013.
Segundo nota do Grupo Estado, “o acionista Ruy Mesquita Filho foi apenas procurador, durante curto espaço de tempo, de offshore da qual não é dono, proprietário ou beneficiário de quaisquer valores a qualquer título”.