Bem nos moldes de uma boa e velha ditadura. Na luta para desacelerar sua economia superaquecida, que cresceu 12% no primeiro semestre, o governo chinês resolveu punir três funcionários que permitiram a construção de uma usina de energia não autorizada.
Uma reportagem publicada no International Herald Tribune relata que o diretor da região autônoma da Mongólia e seus dois assessores foram obrigados a escrever auto-críticas (a medida padrão do Partido Comunista para punir os filiados, que se tornou horrorosamente popular durante a Revolução Cultural), por terem autorizado a construção da usina. Segundo o governo, os funcionários não entraram no esforço conjunto de evitar investimento excessivo.
Pequim vem tentando de tudo para desacelerar sua economia pujante: aumentou taxas de juros, proibiu investimentos em certos setores e agora, está censurando funcionários que descumprem as recomendações. O superaquecimento - com uma bolha de investimentos e conseqüente "hard landing" de resultados imprevisíveis - é uma grande preocupação do governo chinês.
Igualzinho ao Brasil, lutando para ultrapassar o medíocre crescimento de 3% do PIB.