Saudade dos malufistas


Por Estadão

Eu costumava me irritar com taxistas malufistas em São Paulo. Hoje tenho saudades.

Não que tenha me convertido aos ensinamentos do dr Paulo. Mas percebi que malufismo é a menor das insalubridades que se pode enfrentar dentro de um táxi.

Na semana passada, em Nova York, fui literalmente enxotada de um taxi pelo motorista, um oriental com parcos conhecimentos de inglês.

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Assim que ele chegou ao meu hotel, começou a gritar: Go!Go!Go!

Excuse me?

E ele: go!go! go!

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Tipo incêndio dentro do cinema, sabe? Fiquei tão atordoada que tirei o dinheiro correndo da carteira e abri a porta bem em cima de um ciclista, que xingou minha família inteira. Corri para pegar minha mala no porta mala - ajuda para carregar, hã, o que é isso - com medo de o motorista arrancar com a minha bagagem. Enfiei o pé e a mala na poça d'água e senti uma súbita pena de mim.

O que não posso dizer do colega de turbante aqui em Washington.Clemência definitivamente não fazia parte de sua personalidade.

Ia eu de mala e cuia pegar um trem na estação. Ele parou. Pus a bagagem no porta-mala. Entrei.

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"Para qual aeroporto?"

"Ah, não, eu vou para a Union Station"

"O que? Para lá não vou. Pode descer."

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"Excuse me?"

"Achei que você ia para o aeroporto. Para estação não vou, é fora do meu caminho."

Comecei a espumar. Queria dizer alguma coisa - mas sou daquelas que só acha a resposta perfeita dois dias depois de levar um desaforo.

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Desci do taxi e continuei espumando. Lembrei com carinho dos malufistas.

2 - Quase esqueci. Há concentrações de nacionalidades nos taxis daqui - em DC, há muitos motoristas etíopes e nigerianos, em Miami, muitos são do Haiti e em Minnesota, a maioria é somali.

Bom, são somalis e muçulmanos, e decretaram que seus táxis, além de serem não-fumantes como todo o resto, são também Alcohol-free.

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Eles se recusam a transportar passageiros que levam bebidas - gente com sacola do free-shop, por exemplo. A pessoa fica esperando na fila até surgir um motorista que tope levar o passageiro e sua garrafinha de uísque do free-shop.

Já comentei que estou com saudades dos queridos taxistas malufistas, que sabem os caminhos, ajudam a carregar as malas, batem papo?

Eu costumava me irritar com taxistas malufistas em São Paulo. Hoje tenho saudades.

Não que tenha me convertido aos ensinamentos do dr Paulo. Mas percebi que malufismo é a menor das insalubridades que se pode enfrentar dentro de um táxi.

Na semana passada, em Nova York, fui literalmente enxotada de um taxi pelo motorista, um oriental com parcos conhecimentos de inglês.

Assim que ele chegou ao meu hotel, começou a gritar: Go!Go!Go!

Excuse me?

E ele: go!go! go!

Tipo incêndio dentro do cinema, sabe? Fiquei tão atordoada que tirei o dinheiro correndo da carteira e abri a porta bem em cima de um ciclista, que xingou minha família inteira. Corri para pegar minha mala no porta mala - ajuda para carregar, hã, o que é isso - com medo de o motorista arrancar com a minha bagagem. Enfiei o pé e a mala na poça d'água e senti uma súbita pena de mim.

O que não posso dizer do colega de turbante aqui em Washington.Clemência definitivamente não fazia parte de sua personalidade.

Ia eu de mala e cuia pegar um trem na estação. Ele parou. Pus a bagagem no porta-mala. Entrei.

"Para qual aeroporto?"

"Ah, não, eu vou para a Union Station"

"O que? Para lá não vou. Pode descer."

"Excuse me?"

"Achei que você ia para o aeroporto. Para estação não vou, é fora do meu caminho."

Comecei a espumar. Queria dizer alguma coisa - mas sou daquelas que só acha a resposta perfeita dois dias depois de levar um desaforo.

Desci do taxi e continuei espumando. Lembrei com carinho dos malufistas.

2 - Quase esqueci. Há concentrações de nacionalidades nos taxis daqui - em DC, há muitos motoristas etíopes e nigerianos, em Miami, muitos são do Haiti e em Minnesota, a maioria é somali.

Bom, são somalis e muçulmanos, e decretaram que seus táxis, além de serem não-fumantes como todo o resto, são também Alcohol-free.

Eles se recusam a transportar passageiros que levam bebidas - gente com sacola do free-shop, por exemplo. A pessoa fica esperando na fila até surgir um motorista que tope levar o passageiro e sua garrafinha de uísque do free-shop.

Já comentei que estou com saudades dos queridos taxistas malufistas, que sabem os caminhos, ajudam a carregar as malas, batem papo?

Eu costumava me irritar com taxistas malufistas em São Paulo. Hoje tenho saudades.

Não que tenha me convertido aos ensinamentos do dr Paulo. Mas percebi que malufismo é a menor das insalubridades que se pode enfrentar dentro de um táxi.

Na semana passada, em Nova York, fui literalmente enxotada de um taxi pelo motorista, um oriental com parcos conhecimentos de inglês.

Assim que ele chegou ao meu hotel, começou a gritar: Go!Go!Go!

Excuse me?

E ele: go!go! go!

Tipo incêndio dentro do cinema, sabe? Fiquei tão atordoada que tirei o dinheiro correndo da carteira e abri a porta bem em cima de um ciclista, que xingou minha família inteira. Corri para pegar minha mala no porta mala - ajuda para carregar, hã, o que é isso - com medo de o motorista arrancar com a minha bagagem. Enfiei o pé e a mala na poça d'água e senti uma súbita pena de mim.

O que não posso dizer do colega de turbante aqui em Washington.Clemência definitivamente não fazia parte de sua personalidade.

Ia eu de mala e cuia pegar um trem na estação. Ele parou. Pus a bagagem no porta-mala. Entrei.

"Para qual aeroporto?"

"Ah, não, eu vou para a Union Station"

"O que? Para lá não vou. Pode descer."

"Excuse me?"

"Achei que você ia para o aeroporto. Para estação não vou, é fora do meu caminho."

Comecei a espumar. Queria dizer alguma coisa - mas sou daquelas que só acha a resposta perfeita dois dias depois de levar um desaforo.

Desci do taxi e continuei espumando. Lembrei com carinho dos malufistas.

2 - Quase esqueci. Há concentrações de nacionalidades nos taxis daqui - em DC, há muitos motoristas etíopes e nigerianos, em Miami, muitos são do Haiti e em Minnesota, a maioria é somali.

Bom, são somalis e muçulmanos, e decretaram que seus táxis, além de serem não-fumantes como todo o resto, são também Alcohol-free.

Eles se recusam a transportar passageiros que levam bebidas - gente com sacola do free-shop, por exemplo. A pessoa fica esperando na fila até surgir um motorista que tope levar o passageiro e sua garrafinha de uísque do free-shop.

Já comentei que estou com saudades dos queridos taxistas malufistas, que sabem os caminhos, ajudam a carregar as malas, batem papo?

Eu costumava me irritar com taxistas malufistas em São Paulo. Hoje tenho saudades.

Não que tenha me convertido aos ensinamentos do dr Paulo. Mas percebi que malufismo é a menor das insalubridades que se pode enfrentar dentro de um táxi.

Na semana passada, em Nova York, fui literalmente enxotada de um taxi pelo motorista, um oriental com parcos conhecimentos de inglês.

Assim que ele chegou ao meu hotel, começou a gritar: Go!Go!Go!

Excuse me?

E ele: go!go! go!

Tipo incêndio dentro do cinema, sabe? Fiquei tão atordoada que tirei o dinheiro correndo da carteira e abri a porta bem em cima de um ciclista, que xingou minha família inteira. Corri para pegar minha mala no porta mala - ajuda para carregar, hã, o que é isso - com medo de o motorista arrancar com a minha bagagem. Enfiei o pé e a mala na poça d'água e senti uma súbita pena de mim.

O que não posso dizer do colega de turbante aqui em Washington.Clemência definitivamente não fazia parte de sua personalidade.

Ia eu de mala e cuia pegar um trem na estação. Ele parou. Pus a bagagem no porta-mala. Entrei.

"Para qual aeroporto?"

"Ah, não, eu vou para a Union Station"

"O que? Para lá não vou. Pode descer."

"Excuse me?"

"Achei que você ia para o aeroporto. Para estação não vou, é fora do meu caminho."

Comecei a espumar. Queria dizer alguma coisa - mas sou daquelas que só acha a resposta perfeita dois dias depois de levar um desaforo.

Desci do taxi e continuei espumando. Lembrei com carinho dos malufistas.

2 - Quase esqueci. Há concentrações de nacionalidades nos taxis daqui - em DC, há muitos motoristas etíopes e nigerianos, em Miami, muitos são do Haiti e em Minnesota, a maioria é somali.

Bom, são somalis e muçulmanos, e decretaram que seus táxis, além de serem não-fumantes como todo o resto, são também Alcohol-free.

Eles se recusam a transportar passageiros que levam bebidas - gente com sacola do free-shop, por exemplo. A pessoa fica esperando na fila até surgir um motorista que tope levar o passageiro e sua garrafinha de uísque do free-shop.

Já comentei que estou com saudades dos queridos taxistas malufistas, que sabem os caminhos, ajudam a carregar as malas, batem papo?

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