Pedro Simon diz que pediu benfício porque está em fase difícil


Senador conhecido por discursos pela moralidade reivindicou aposentadoria de ex-governador 20 anos depois

Por Redação

PORTO ALEGRE - Conhecido pelos discursos contundentes em defesa da moralidade pública, o senador Pedro Simon (PMDB), 80 anos, renunciou a quase todos os benefícios extrassalariais ao longo de sua vida pública. Mas, em novembro, o parlamentar pediu o benefício da aposentadoria de ex-governador do Rio Grande do Sul, 20 anos depois de ter adquirido o direito, e passou a receber R$ 24,1 mil mensais, além do subsídio de senador. Em entrevista ao Estado, ele explica o motivo.

 

Essa decisão não contraria o discurso de moralidade pública que o sr. sempre fez?

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Eu poderia ter recebido todo esse tempo. Também teria direito à aposentadoria de deputado, que não recebo. E não retirei o equivalente a R$ 1,4 milhão de verbas de passagens ao longo de meus mandatos de senador. Recebia R$ 10 mil por mês. Estava em fase difícil e fiz o pedido. Aí, para a minha surpresa, os senadores deram o aumento. Mas eu não compareci (à votação) porque era contrário.

 

R$ 10 mil é pouco?

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Não posso ver minha mulher e filhos olhando os vizinhos viajando pelo mundo e nós não tendo como nos sustentar. Durante os 20 anos ninguém ligava para perguntar os motivos de eu não receber verba de ex-governador, de ex-deputado, de representação. Não mudei meus princípios.Eu até vivia com R$ 10 mil, mas mulher e filho?

 

O sr. teme que o episódio prejudique seu discurso?

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Acho que o povo vai ter algumas preocupações em entender. Não tenho nem casa própria, passei para os filhos (são três). Se dependesse só de mim, eu não recebia. Mas eu nunca quis ser símbolo. Reconheço que sou apontado como isso.

 

Depois do aumento, o sr. admite a hipótese de voltar a renunciar à aposentadoria?

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Vou analisar em março.

 

O que o sr. acha da ação da OAB, que quer cassar o benefício?

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Acho que a OAB vai ganhar. É porque agora estou entre os beneficiados. Sou pé-frio. Nasci para ser franciscano.

 

O sr. é franciscano?

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Sou da Ordem Terceira de São Francisco. Com quase 60 anos de vida pública eu não tenho nada. Vivo com o meu salário.

PORTO ALEGRE - Conhecido pelos discursos contundentes em defesa da moralidade pública, o senador Pedro Simon (PMDB), 80 anos, renunciou a quase todos os benefícios extrassalariais ao longo de sua vida pública. Mas, em novembro, o parlamentar pediu o benefício da aposentadoria de ex-governador do Rio Grande do Sul, 20 anos depois de ter adquirido o direito, e passou a receber R$ 24,1 mil mensais, além do subsídio de senador. Em entrevista ao Estado, ele explica o motivo.

 

Essa decisão não contraria o discurso de moralidade pública que o sr. sempre fez?

Eu poderia ter recebido todo esse tempo. Também teria direito à aposentadoria de deputado, que não recebo. E não retirei o equivalente a R$ 1,4 milhão de verbas de passagens ao longo de meus mandatos de senador. Recebia R$ 10 mil por mês. Estava em fase difícil e fiz o pedido. Aí, para a minha surpresa, os senadores deram o aumento. Mas eu não compareci (à votação) porque era contrário.

 

R$ 10 mil é pouco?

Não posso ver minha mulher e filhos olhando os vizinhos viajando pelo mundo e nós não tendo como nos sustentar. Durante os 20 anos ninguém ligava para perguntar os motivos de eu não receber verba de ex-governador, de ex-deputado, de representação. Não mudei meus princípios.Eu até vivia com R$ 10 mil, mas mulher e filho?

 

O sr. teme que o episódio prejudique seu discurso?

Acho que o povo vai ter algumas preocupações em entender. Não tenho nem casa própria, passei para os filhos (são três). Se dependesse só de mim, eu não recebia. Mas eu nunca quis ser símbolo. Reconheço que sou apontado como isso.

 

Depois do aumento, o sr. admite a hipótese de voltar a renunciar à aposentadoria?

Vou analisar em março.

 

O que o sr. acha da ação da OAB, que quer cassar o benefício?

Acho que a OAB vai ganhar. É porque agora estou entre os beneficiados. Sou pé-frio. Nasci para ser franciscano.

 

O sr. é franciscano?

Sou da Ordem Terceira de São Francisco. Com quase 60 anos de vida pública eu não tenho nada. Vivo com o meu salário.

PORTO ALEGRE - Conhecido pelos discursos contundentes em defesa da moralidade pública, o senador Pedro Simon (PMDB), 80 anos, renunciou a quase todos os benefícios extrassalariais ao longo de sua vida pública. Mas, em novembro, o parlamentar pediu o benefício da aposentadoria de ex-governador do Rio Grande do Sul, 20 anos depois de ter adquirido o direito, e passou a receber R$ 24,1 mil mensais, além do subsídio de senador. Em entrevista ao Estado, ele explica o motivo.

 

Essa decisão não contraria o discurso de moralidade pública que o sr. sempre fez?

Eu poderia ter recebido todo esse tempo. Também teria direito à aposentadoria de deputado, que não recebo. E não retirei o equivalente a R$ 1,4 milhão de verbas de passagens ao longo de meus mandatos de senador. Recebia R$ 10 mil por mês. Estava em fase difícil e fiz o pedido. Aí, para a minha surpresa, os senadores deram o aumento. Mas eu não compareci (à votação) porque era contrário.

 

R$ 10 mil é pouco?

Não posso ver minha mulher e filhos olhando os vizinhos viajando pelo mundo e nós não tendo como nos sustentar. Durante os 20 anos ninguém ligava para perguntar os motivos de eu não receber verba de ex-governador, de ex-deputado, de representação. Não mudei meus princípios.Eu até vivia com R$ 10 mil, mas mulher e filho?

 

O sr. teme que o episódio prejudique seu discurso?

Acho que o povo vai ter algumas preocupações em entender. Não tenho nem casa própria, passei para os filhos (são três). Se dependesse só de mim, eu não recebia. Mas eu nunca quis ser símbolo. Reconheço que sou apontado como isso.

 

Depois do aumento, o sr. admite a hipótese de voltar a renunciar à aposentadoria?

Vou analisar em março.

 

O que o sr. acha da ação da OAB, que quer cassar o benefício?

Acho que a OAB vai ganhar. É porque agora estou entre os beneficiados. Sou pé-frio. Nasci para ser franciscano.

 

O sr. é franciscano?

Sou da Ordem Terceira de São Francisco. Com quase 60 anos de vida pública eu não tenho nada. Vivo com o meu salário.

PORTO ALEGRE - Conhecido pelos discursos contundentes em defesa da moralidade pública, o senador Pedro Simon (PMDB), 80 anos, renunciou a quase todos os benefícios extrassalariais ao longo de sua vida pública. Mas, em novembro, o parlamentar pediu o benefício da aposentadoria de ex-governador do Rio Grande do Sul, 20 anos depois de ter adquirido o direito, e passou a receber R$ 24,1 mil mensais, além do subsídio de senador. Em entrevista ao Estado, ele explica o motivo.

 

Essa decisão não contraria o discurso de moralidade pública que o sr. sempre fez?

Eu poderia ter recebido todo esse tempo. Também teria direito à aposentadoria de deputado, que não recebo. E não retirei o equivalente a R$ 1,4 milhão de verbas de passagens ao longo de meus mandatos de senador. Recebia R$ 10 mil por mês. Estava em fase difícil e fiz o pedido. Aí, para a minha surpresa, os senadores deram o aumento. Mas eu não compareci (à votação) porque era contrário.

 

R$ 10 mil é pouco?

Não posso ver minha mulher e filhos olhando os vizinhos viajando pelo mundo e nós não tendo como nos sustentar. Durante os 20 anos ninguém ligava para perguntar os motivos de eu não receber verba de ex-governador, de ex-deputado, de representação. Não mudei meus princípios.Eu até vivia com R$ 10 mil, mas mulher e filho?

 

O sr. teme que o episódio prejudique seu discurso?

Acho que o povo vai ter algumas preocupações em entender. Não tenho nem casa própria, passei para os filhos (são três). Se dependesse só de mim, eu não recebia. Mas eu nunca quis ser símbolo. Reconheço que sou apontado como isso.

 

Depois do aumento, o sr. admite a hipótese de voltar a renunciar à aposentadoria?

Vou analisar em março.

 

O que o sr. acha da ação da OAB, que quer cassar o benefício?

Acho que a OAB vai ganhar. É porque agora estou entre os beneficiados. Sou pé-frio. Nasci para ser franciscano.

 

O sr. é franciscano?

Sou da Ordem Terceira de São Francisco. Com quase 60 anos de vida pública eu não tenho nada. Vivo com o meu salário.

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