'Pega bandido' dizem motoristas em frente ao apartamento de Lulinha


Residência de Fábio Luis Lula da Silva é alvo da Polícia Federal na 24ª fase da Lava Jato nesta sexta-feira

Por Luiz Fernando Toledo
Polícia Federal na sede do Instituto Lula Foto: Marcelo Gonçalves| Futura Press

A chegada da Polícia Federal no apartamento de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, em Moema, alterou a rotina do filho do ex-presidente Lula e de outros condôminos do edifício Hemisphere, na zona sul de São Paulo.

Lulinha não foi visto na academia interna do condomínio no início da manhã, onde costuma ir diariamente sozinho. "Ficou todo mundo cochichando, falando baixo. Queriam saber o que estava acontecendo, onde ele estava", contou o professor de educação física Leonardo Barbosa, de 35 anos, que dá expediente no local.

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Do lado de fora, dois seguranças do prédio fazem vista grossa a todos os veículos que entram, mesmo o de moradores, que precisam se identificar. Um prestador de serviços do prédio precisou esperar na portaria.

Vizinho do prédio, um servidor público de 56 anos que pediu para não ser identificado diz que o filho do ex-presidente Lula não é muito visto no bairro. Ele não sabia da chegada da Polícia Federal no edifício, mas diz que acompanha as investigações pela imprensa e "espera justiça".

Na rua, alguns motoristas buzinam e tentam tirar fotos da entrada do prédio. "Pega bandido!", gritou um deles.

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De acordo com moradores, a Polícia Federal foi ao apartamento e levou apenas alguns documentos.

Congonhas. Manifestantes favoráveis e contrários ao PT também participaram de atos na frente do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, durante o depoimento do ex-presidente Lula à Polícia Federal. Viaturas da Polícia Militar acompanharam o protesto e tentaram impedir que as vias de acesso ao aeroporto fossem fechadas, mas mesmo assim houve bloqueios temporários e confronto entre os grupos. Até ás 16h40 não havia c onfirmação de detidos. O número total de participantes dos protestos não foi divulgado.

Os atos se dividiram entre o saguão principal do aeroporto e o pavilhão de autoridades, com cerca de um quilômetro de distância. Às 10h um grupo de pelo menos 50 pessoas se concentrava na frente da sede da PF para protestar conta o ex-presidente. O ex-aeroviário André Colosimo, atualmente desempregado, foi o primeiro a chegar. Ele levou bonecos infláveis de Lula e da presidente Dilma Rousseff, e usava uma máscara do policial federal Newton Ishii. Lula foi chamado de “ladrão” em coro.

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O confronto teve início durante achegada dos favoráveis ao ex-presidente. Eles rasgaram cartazes e bonecos plásticos que representavam Lula, aos gritos de “Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” e “Olê Olê Olá, Lula, Lula”. Xingamentos partiram dos dois lados.

Quando o depoimento foi encerrado, os grupos se dirigiram ao pavilhão de autoridades do aeroporto para tentar encontrar o ex-presidente. Um repórter da TV Globo foi hostilizado e impedido de gravar, sob gritos de “golpista”. Com a briga, a maior parte dosopositores de Lula deixaram o local.

O fluxo de veículos foi interrompido pela primeira vez na Avenida Washington Luís com uma mobilização para disparar fogos no canteiro central da avenida. Manifestantes carregavam bandeiras no canteiro e chamavam a atenção dos motoristas, que buzinavam. O protesto também causou lentidão na Avenida Rubem Berta, que chegou a ficar bloqueada por alguns minutos.

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Com as vias bloqueadas, quem passava pelo avenida ficou sem saber o que fazer para ir embora. O motorista Marcos Azevedo, de 36 anos, por exemplo, esperou quase 30 minutos com o carro parado, aguardando a dispersão dos manifestantes. Trabalhou cedo e queria ir para a casa. "Vai atrasar muito", disse ele.

O atendimento no aeroporto, no entanto, não foi prejudicado. Até às 14h, segundo a Infraero, nenhum voo havia sido cancelado e só dois atrasaram, mas sem nenhuma relação com o protesto.

Dispersão. Os grupos só foram embora totalmente depois de o deputado federal Orlando Silva (PC do B) alertar que o ex-presidente já tinha saído, por volta das 12h20. Ele e outras autoridades políticas apoiadoras de Lula, como o deputado petista Paulo Teixeira, proferiram discursos em que consideraram “absurda” a ação da Polícia Federal a mando da Justiça do Paraná. Atrás deles, manifestantes traziam cartazes como"Lembrei do Mandela", "Golpe Nunca mais" e "chega de antipetismo no Ministério Público e na Polícia Federal".

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Entre eles estava o cobrador de ônibus Antonio Pedro Souza, de 46 anos. "O que se está fazendo é uma conspiração, uma tentativa de golpe. Um ataque à democracia. O ex-presidente Lula mudou o Brasil para melhor, minha vida melhorou e agora temos acesso ao emprego, à educação", disse.

Já no saguão principal do aeroporto, restaram ainda pelo menos 10 manifestantes de diversos grupos antipetistas, como o Movimento Brasil Livre e o Vem pra Rua. Eles faziam selfies e gravavam vídeos levantando bandeiras do Brasil.

A aposentada Carmen Lucci, de 65 anos, diz que chegou ao aeroporto às 8h. "Viemos para apoiar a ação da polícia. A Lava Jato só existe poque tem apoio da população", disse ela, que afirma não ser de nenhum movimento político específico, mas de “todos”."Sou uma cidadã independente indignada".

Polícia Federal na sede do Instituto Lula Foto: Marcelo Gonçalves| Futura Press

A chegada da Polícia Federal no apartamento de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, em Moema, alterou a rotina do filho do ex-presidente Lula e de outros condôminos do edifício Hemisphere, na zona sul de São Paulo.

Lulinha não foi visto na academia interna do condomínio no início da manhã, onde costuma ir diariamente sozinho. "Ficou todo mundo cochichando, falando baixo. Queriam saber o que estava acontecendo, onde ele estava", contou o professor de educação física Leonardo Barbosa, de 35 anos, que dá expediente no local.

Do lado de fora, dois seguranças do prédio fazem vista grossa a todos os veículos que entram, mesmo o de moradores, que precisam se identificar. Um prestador de serviços do prédio precisou esperar na portaria.

Vizinho do prédio, um servidor público de 56 anos que pediu para não ser identificado diz que o filho do ex-presidente Lula não é muito visto no bairro. Ele não sabia da chegada da Polícia Federal no edifício, mas diz que acompanha as investigações pela imprensa e "espera justiça".

Na rua, alguns motoristas buzinam e tentam tirar fotos da entrada do prédio. "Pega bandido!", gritou um deles.

De acordo com moradores, a Polícia Federal foi ao apartamento e levou apenas alguns documentos.

Congonhas. Manifestantes favoráveis e contrários ao PT também participaram de atos na frente do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, durante o depoimento do ex-presidente Lula à Polícia Federal. Viaturas da Polícia Militar acompanharam o protesto e tentaram impedir que as vias de acesso ao aeroporto fossem fechadas, mas mesmo assim houve bloqueios temporários e confronto entre os grupos. Até ás 16h40 não havia c onfirmação de detidos. O número total de participantes dos protestos não foi divulgado.

Os atos se dividiram entre o saguão principal do aeroporto e o pavilhão de autoridades, com cerca de um quilômetro de distância. Às 10h um grupo de pelo menos 50 pessoas se concentrava na frente da sede da PF para protestar conta o ex-presidente. O ex-aeroviário André Colosimo, atualmente desempregado, foi o primeiro a chegar. Ele levou bonecos infláveis de Lula e da presidente Dilma Rousseff, e usava uma máscara do policial federal Newton Ishii. Lula foi chamado de “ladrão” em coro.

O confronto teve início durante achegada dos favoráveis ao ex-presidente. Eles rasgaram cartazes e bonecos plásticos que representavam Lula, aos gritos de “Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” e “Olê Olê Olá, Lula, Lula”. Xingamentos partiram dos dois lados.

Quando o depoimento foi encerrado, os grupos se dirigiram ao pavilhão de autoridades do aeroporto para tentar encontrar o ex-presidente. Um repórter da TV Globo foi hostilizado e impedido de gravar, sob gritos de “golpista”. Com a briga, a maior parte dosopositores de Lula deixaram o local.

O fluxo de veículos foi interrompido pela primeira vez na Avenida Washington Luís com uma mobilização para disparar fogos no canteiro central da avenida. Manifestantes carregavam bandeiras no canteiro e chamavam a atenção dos motoristas, que buzinavam. O protesto também causou lentidão na Avenida Rubem Berta, que chegou a ficar bloqueada por alguns minutos.

Com as vias bloqueadas, quem passava pelo avenida ficou sem saber o que fazer para ir embora. O motorista Marcos Azevedo, de 36 anos, por exemplo, esperou quase 30 minutos com o carro parado, aguardando a dispersão dos manifestantes. Trabalhou cedo e queria ir para a casa. "Vai atrasar muito", disse ele.

O atendimento no aeroporto, no entanto, não foi prejudicado. Até às 14h, segundo a Infraero, nenhum voo havia sido cancelado e só dois atrasaram, mas sem nenhuma relação com o protesto.

Dispersão. Os grupos só foram embora totalmente depois de o deputado federal Orlando Silva (PC do B) alertar que o ex-presidente já tinha saído, por volta das 12h20. Ele e outras autoridades políticas apoiadoras de Lula, como o deputado petista Paulo Teixeira, proferiram discursos em que consideraram “absurda” a ação da Polícia Federal a mando da Justiça do Paraná. Atrás deles, manifestantes traziam cartazes como"Lembrei do Mandela", "Golpe Nunca mais" e "chega de antipetismo no Ministério Público e na Polícia Federal".

Entre eles estava o cobrador de ônibus Antonio Pedro Souza, de 46 anos. "O que se está fazendo é uma conspiração, uma tentativa de golpe. Um ataque à democracia. O ex-presidente Lula mudou o Brasil para melhor, minha vida melhorou e agora temos acesso ao emprego, à educação", disse.

Já no saguão principal do aeroporto, restaram ainda pelo menos 10 manifestantes de diversos grupos antipetistas, como o Movimento Brasil Livre e o Vem pra Rua. Eles faziam selfies e gravavam vídeos levantando bandeiras do Brasil.

A aposentada Carmen Lucci, de 65 anos, diz que chegou ao aeroporto às 8h. "Viemos para apoiar a ação da polícia. A Lava Jato só existe poque tem apoio da população", disse ela, que afirma não ser de nenhum movimento político específico, mas de “todos”."Sou uma cidadã independente indignada".

Polícia Federal na sede do Instituto Lula Foto: Marcelo Gonçalves| Futura Press

A chegada da Polícia Federal no apartamento de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, em Moema, alterou a rotina do filho do ex-presidente Lula e de outros condôminos do edifício Hemisphere, na zona sul de São Paulo.

Lulinha não foi visto na academia interna do condomínio no início da manhã, onde costuma ir diariamente sozinho. "Ficou todo mundo cochichando, falando baixo. Queriam saber o que estava acontecendo, onde ele estava", contou o professor de educação física Leonardo Barbosa, de 35 anos, que dá expediente no local.

Do lado de fora, dois seguranças do prédio fazem vista grossa a todos os veículos que entram, mesmo o de moradores, que precisam se identificar. Um prestador de serviços do prédio precisou esperar na portaria.

Vizinho do prédio, um servidor público de 56 anos que pediu para não ser identificado diz que o filho do ex-presidente Lula não é muito visto no bairro. Ele não sabia da chegada da Polícia Federal no edifício, mas diz que acompanha as investigações pela imprensa e "espera justiça".

Na rua, alguns motoristas buzinam e tentam tirar fotos da entrada do prédio. "Pega bandido!", gritou um deles.

De acordo com moradores, a Polícia Federal foi ao apartamento e levou apenas alguns documentos.

Congonhas. Manifestantes favoráveis e contrários ao PT também participaram de atos na frente do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, durante o depoimento do ex-presidente Lula à Polícia Federal. Viaturas da Polícia Militar acompanharam o protesto e tentaram impedir que as vias de acesso ao aeroporto fossem fechadas, mas mesmo assim houve bloqueios temporários e confronto entre os grupos. Até ás 16h40 não havia c onfirmação de detidos. O número total de participantes dos protestos não foi divulgado.

Os atos se dividiram entre o saguão principal do aeroporto e o pavilhão de autoridades, com cerca de um quilômetro de distância. Às 10h um grupo de pelo menos 50 pessoas se concentrava na frente da sede da PF para protestar conta o ex-presidente. O ex-aeroviário André Colosimo, atualmente desempregado, foi o primeiro a chegar. Ele levou bonecos infláveis de Lula e da presidente Dilma Rousseff, e usava uma máscara do policial federal Newton Ishii. Lula foi chamado de “ladrão” em coro.

O confronto teve início durante achegada dos favoráveis ao ex-presidente. Eles rasgaram cartazes e bonecos plásticos que representavam Lula, aos gritos de “Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” e “Olê Olê Olá, Lula, Lula”. Xingamentos partiram dos dois lados.

Quando o depoimento foi encerrado, os grupos se dirigiram ao pavilhão de autoridades do aeroporto para tentar encontrar o ex-presidente. Um repórter da TV Globo foi hostilizado e impedido de gravar, sob gritos de “golpista”. Com a briga, a maior parte dosopositores de Lula deixaram o local.

O fluxo de veículos foi interrompido pela primeira vez na Avenida Washington Luís com uma mobilização para disparar fogos no canteiro central da avenida. Manifestantes carregavam bandeiras no canteiro e chamavam a atenção dos motoristas, que buzinavam. O protesto também causou lentidão na Avenida Rubem Berta, que chegou a ficar bloqueada por alguns minutos.

Com as vias bloqueadas, quem passava pelo avenida ficou sem saber o que fazer para ir embora. O motorista Marcos Azevedo, de 36 anos, por exemplo, esperou quase 30 minutos com o carro parado, aguardando a dispersão dos manifestantes. Trabalhou cedo e queria ir para a casa. "Vai atrasar muito", disse ele.

O atendimento no aeroporto, no entanto, não foi prejudicado. Até às 14h, segundo a Infraero, nenhum voo havia sido cancelado e só dois atrasaram, mas sem nenhuma relação com o protesto.

Dispersão. Os grupos só foram embora totalmente depois de o deputado federal Orlando Silva (PC do B) alertar que o ex-presidente já tinha saído, por volta das 12h20. Ele e outras autoridades políticas apoiadoras de Lula, como o deputado petista Paulo Teixeira, proferiram discursos em que consideraram “absurda” a ação da Polícia Federal a mando da Justiça do Paraná. Atrás deles, manifestantes traziam cartazes como"Lembrei do Mandela", "Golpe Nunca mais" e "chega de antipetismo no Ministério Público e na Polícia Federal".

Entre eles estava o cobrador de ônibus Antonio Pedro Souza, de 46 anos. "O que se está fazendo é uma conspiração, uma tentativa de golpe. Um ataque à democracia. O ex-presidente Lula mudou o Brasil para melhor, minha vida melhorou e agora temos acesso ao emprego, à educação", disse.

Já no saguão principal do aeroporto, restaram ainda pelo menos 10 manifestantes de diversos grupos antipetistas, como o Movimento Brasil Livre e o Vem pra Rua. Eles faziam selfies e gravavam vídeos levantando bandeiras do Brasil.

A aposentada Carmen Lucci, de 65 anos, diz que chegou ao aeroporto às 8h. "Viemos para apoiar a ação da polícia. A Lava Jato só existe poque tem apoio da população", disse ela, que afirma não ser de nenhum movimento político específico, mas de “todos”."Sou uma cidadã independente indignada".

Polícia Federal na sede do Instituto Lula Foto: Marcelo Gonçalves| Futura Press

A chegada da Polícia Federal no apartamento de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, em Moema, alterou a rotina do filho do ex-presidente Lula e de outros condôminos do edifício Hemisphere, na zona sul de São Paulo.

Lulinha não foi visto na academia interna do condomínio no início da manhã, onde costuma ir diariamente sozinho. "Ficou todo mundo cochichando, falando baixo. Queriam saber o que estava acontecendo, onde ele estava", contou o professor de educação física Leonardo Barbosa, de 35 anos, que dá expediente no local.

Do lado de fora, dois seguranças do prédio fazem vista grossa a todos os veículos que entram, mesmo o de moradores, que precisam se identificar. Um prestador de serviços do prédio precisou esperar na portaria.

Vizinho do prédio, um servidor público de 56 anos que pediu para não ser identificado diz que o filho do ex-presidente Lula não é muito visto no bairro. Ele não sabia da chegada da Polícia Federal no edifício, mas diz que acompanha as investigações pela imprensa e "espera justiça".

Na rua, alguns motoristas buzinam e tentam tirar fotos da entrada do prédio. "Pega bandido!", gritou um deles.

De acordo com moradores, a Polícia Federal foi ao apartamento e levou apenas alguns documentos.

Congonhas. Manifestantes favoráveis e contrários ao PT também participaram de atos na frente do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, durante o depoimento do ex-presidente Lula à Polícia Federal. Viaturas da Polícia Militar acompanharam o protesto e tentaram impedir que as vias de acesso ao aeroporto fossem fechadas, mas mesmo assim houve bloqueios temporários e confronto entre os grupos. Até ás 16h40 não havia c onfirmação de detidos. O número total de participantes dos protestos não foi divulgado.

Os atos se dividiram entre o saguão principal do aeroporto e o pavilhão de autoridades, com cerca de um quilômetro de distância. Às 10h um grupo de pelo menos 50 pessoas se concentrava na frente da sede da PF para protestar conta o ex-presidente. O ex-aeroviário André Colosimo, atualmente desempregado, foi o primeiro a chegar. Ele levou bonecos infláveis de Lula e da presidente Dilma Rousseff, e usava uma máscara do policial federal Newton Ishii. Lula foi chamado de “ladrão” em coro.

O confronto teve início durante achegada dos favoráveis ao ex-presidente. Eles rasgaram cartazes e bonecos plásticos que representavam Lula, aos gritos de “Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” e “Olê Olê Olá, Lula, Lula”. Xingamentos partiram dos dois lados.

Quando o depoimento foi encerrado, os grupos se dirigiram ao pavilhão de autoridades do aeroporto para tentar encontrar o ex-presidente. Um repórter da TV Globo foi hostilizado e impedido de gravar, sob gritos de “golpista”. Com a briga, a maior parte dosopositores de Lula deixaram o local.

O fluxo de veículos foi interrompido pela primeira vez na Avenida Washington Luís com uma mobilização para disparar fogos no canteiro central da avenida. Manifestantes carregavam bandeiras no canteiro e chamavam a atenção dos motoristas, que buzinavam. O protesto também causou lentidão na Avenida Rubem Berta, que chegou a ficar bloqueada por alguns minutos.

Com as vias bloqueadas, quem passava pelo avenida ficou sem saber o que fazer para ir embora. O motorista Marcos Azevedo, de 36 anos, por exemplo, esperou quase 30 minutos com o carro parado, aguardando a dispersão dos manifestantes. Trabalhou cedo e queria ir para a casa. "Vai atrasar muito", disse ele.

O atendimento no aeroporto, no entanto, não foi prejudicado. Até às 14h, segundo a Infraero, nenhum voo havia sido cancelado e só dois atrasaram, mas sem nenhuma relação com o protesto.

Dispersão. Os grupos só foram embora totalmente depois de o deputado federal Orlando Silva (PC do B) alertar que o ex-presidente já tinha saído, por volta das 12h20. Ele e outras autoridades políticas apoiadoras de Lula, como o deputado petista Paulo Teixeira, proferiram discursos em que consideraram “absurda” a ação da Polícia Federal a mando da Justiça do Paraná. Atrás deles, manifestantes traziam cartazes como"Lembrei do Mandela", "Golpe Nunca mais" e "chega de antipetismo no Ministério Público e na Polícia Federal".

Entre eles estava o cobrador de ônibus Antonio Pedro Souza, de 46 anos. "O que se está fazendo é uma conspiração, uma tentativa de golpe. Um ataque à democracia. O ex-presidente Lula mudou o Brasil para melhor, minha vida melhorou e agora temos acesso ao emprego, à educação", disse.

Já no saguão principal do aeroporto, restaram ainda pelo menos 10 manifestantes de diversos grupos antipetistas, como o Movimento Brasil Livre e o Vem pra Rua. Eles faziam selfies e gravavam vídeos levantando bandeiras do Brasil.

A aposentada Carmen Lucci, de 65 anos, diz que chegou ao aeroporto às 8h. "Viemos para apoiar a ação da polícia. A Lava Jato só existe poque tem apoio da população", disse ela, que afirma não ser de nenhum movimento político específico, mas de “todos”."Sou uma cidadã independente indignada".

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