Brasília - O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, evitou comentar o fato de que grupos contra e a favor do PT entraram em confronto por conta do depoimento que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestaria em São Paulo. A central foi uma das entidades que apoiou a manifestação a favor de Lula nesta quarta-feira, 17.
O líder sindicalista afirmou que, por estar em Brasília para participar de um fórum sobre a reforma da Previdência, não acompanhou o desdobramento do caso, que acabou em confusão e com pessoas feridas."Eu espero que não tenha tido nenhuma violência, que a gente tenha ficado na democracia, cada um tem a sua opinião e o poder público tem que garantir a manifestação de todo o mundo", disse.
Embora o depoimento, que faz parte de uma investigação sobre o tríplex no Guarujá que supostamente pertenceria a Lula, tenha sido suspenso pelo Conselho Nacional do Ministério Público, manifestantes dos dois lados mantiveram os protestos na porta de um fórum na capital paulista.
Grupos pró e contra Lula entram em confronto em frente ao Fórum da Barra Funda
Em maior número, os defensores do ex-presidente avisaram que não tolerariam o uso do boneco Pixuleco, que retrata Lula como presidiário. A PM tentou argumentar com os grupos anti-PT, mas os manifestantes decidiram encher o boneco por volta do meio dia.
Defensores do ex-presidente tentaram rasgar o Pixuleco à força, o que iniciou a confusão. A PM reagiu com bombas de gás e cassetetes, manifestantes responderam com pedradas e a frente do Fórum Criminal da Barra Funda virou uma praça de guerra. A confusão só terminou quando um grupo pequeno pró-Lula conseguiu furar o bloqueio e rasgar o boneco.