BRASÍLIA - O texto da resolução aprovado nesta quarta-feira, 16, pela Executiva Nacional do PMDB destaca que a decisão de restringir as filiações de deputados federais a uma análise prévia do comando do partido tem como objetivo “garantir a independência” da legenda em relação às administrações públicas.
O trecho deixa claro que a medida foi tomada para barrar a articulação do Palácio do Planalto para reconduzir Leonardo Picciani (RJ) à liderança do PMDB na Câmara. Considerado pró-governo, o parlamentar carioca foi destituído do cargo na semana passada pelo ala de deputados da sigla pró-impeachment.
O documento é assinado pelo vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer. Ele não esteve presente na reunião da Executiva, que por 15 votos a favor e 2 contra aprovou a decisão. Com sua ausência, o encontro foi conduzido pelo senador Valdir Raupp (RO), vice-presidente nacional da legenda.
Apesar de o grupo favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff ter destituído Piccani do cargo por meio de uma lista, no texto da resolução a cúpula do PMDB também considera como “prejudicais” a iniciativa utilizada com vista à mudança da liderança.
A critica tem como foco o fato de Picciani ainda ameaçar apresentar um novo documento com assinaturas suficientes para reconduzí-lo. O deputado carioca assegura que até o final desta semana terá apoio suficiente para voltar.