Seis jornalistas são agredidos em São Bernardo na cobertura da prisão de Lula, diz Abraji


Casos de agressão e hostilidade contra imprensa são registrados pela Abraji

Por Alessandra Monnerat, Marcelo Godoy e Igor Moraes

Pelo menos seis repórteres foram agredidos ou ameaçados neste sábado, 7, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, de acordo com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Na sexta-feira, 6, outros três casos de agressão e hostilidade contra a imprensa foram registrados pela associação no local, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, estava desde a quinta-feira. O petista se entregou à PF às 18h41 deste sábado. 

+ Lula, enfim, preso

Repórter é agredido no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde Lula está Foto: Ricardo Galhardo/Estadão
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Às 15h36, a repórter da TV Band Joana Treptow levou um tapa na mão durante uma transmissão ao vivo. Pelo Twitter, a jornalista contou que foi ameaçada e hostilizada diversas vezes ao longo do dia. No início da noite, ela relatou que teve que deixar o local. "Fui obrigada a tal. Tentamos e conseguimos trabalhamos apesar dos pesares. Ficaríamos mais se não estivéssemos expostos e em perigo. Grupos de baderneiros. Grupos isolados, digo de novo", escreveu a repórter.

Cerca de uma hora depois, a repórter Gabriela Mayer, da rádio BandNews, foi cercada e levou um tapa na barriga. Segundo a Abraji, uma mulher tentou tirar o celular da jornalista à força.

+ Lula desafia procuradores e ‘asseclas

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Uma equipe da RedeTV News também foi agredida e acossada enquanto fazia uma passagem para a cobertura sobre a prisão do ex-presidente. O repórter Igor Duarte, o cinegrafista Ricardo Luiz e o assistente Everaldo Guimalhães tiveram que interromper a reportagem ao serem xingados de "golpistas". Em seguida, os militantes atiraram copos, latas de cerveja e água contra os profissionais. A equipe conseguiu sair do local e ninguém se feriu.

O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), delegado Albano David Fernandes, afirmou que os jornalistas agredidos pelos petistas devem procurar a Delegacia Seccional de São Bernardo do Campo, para que possam fazer o exame de corpo de delito a fim de constatar lesões e identificar os agressores. “É nosso dever investigar esse tipo de agressão e nós faremos”, afirmou

+ Rojões são disparados por todo o Brasil após prisão de Lula

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Outros dois profissionais da imprensa reportaram hostilidades no fim da tarde. A rádio Jovem Pan reportou que o repórter Caio Rocha foi intimidado e impedido de continuar uma transmissão ao vivo por manifestantes. Bruna Barboza, da Bandeirantes, relatou ter sido cercada e xingada de “fascista”, “elite branca” e “mídia golpista”. "Difícil trabalhar com medo", publicou a jornalista no Twitter.

Equipe da Globo foi expulsa do Aeroporto de Congonhas por militantes pró-Lula. Na foto, o repórter Roberto Kovalick. Foto: Foto GABRIELA BILO / ESTADAO

Pela manhã, o repórter Pedro Duran, da rádio CBN, foi hostilizado por militantes que atiraram garrafas d'água e grades na direção do jornalista. Ele foi protegido pelo deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) e pelos seguranças do parlamentar.

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Em Congonhas, o repórter da Globo Roberto Kovalick foi hostilizado por manifestantes pró-Lula e precisou deixar o local. A informação é da Folha de S. Paulo.

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Tensão entre apoaidores e imprensa dentro do sindicato dos metalurgicos

Agressões a jornalistas Curitiba

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Equipes de reportagem também foram hostilizadas em frente à Polícia Federal em Curitiba neste sábado. Os maiores alvos são as equipes de televisão, como Globo e SBT. Gritos de ordem contra a imprensa são feitos nos momentos em que os repórteres fazem passagens ao vivo ou gravam falas diante das câmeras. Não há informação sobre casos de agressão físicas.

+ BR18: A incrível bagunça na prisão de Lula

Os grupos contrários e favoráveis a Lula estão em áreas separadas. A polícia pediu que as pessoas que protestam não usem caixas de som, embora os dois lados já tenham ligado equipamentos de som. O PT promete fazer uma "vigília permanente" na região. O partido tenta alugar um terreno próximo à PF para montar um acampamento.

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+ MBL e Vem Pra Rua se reúnem para limpar prédio de Cármen Lúcia

Clima anti-imprensa

Repórteres do Estado que estavam no sindicato relataram que o clima na manifestação pró-Lula é muito pesado. Pela manhã, o ex-presidente desferiu ataques à imprensa durante seu discurso. Ele chegou a dizer que os veículos de comunicação e o Ministério Público "adiantaram a morte" da ex-primeira-dama Marisa Letícia.

“Um sonho de consumo deles é que eu não seja candidato. O outro é a foto da minha prisão. Imagino a tesão da Veja. Eles vão ter orgasmos múltiplos”, disse.

As agressões a jornalistas têm sido recorrentes nas manifestações contra a prisão de Lula. Houve registros em São Bernardo e em Brasília. Um carro do Correio Braziliense foi apedrejado na capital federal e um fotógrafo do Estado foi atingido por ovos na cidade do ABC paulista na sexta.

Entidades criticam atos de violência contra jornalistas

Entidades de defesa à liberdade de imprensa repudiaram as agressões contra jornalistas. A Abraji voltou a manifestar preocupação e pediu que políticos e líderes de movimentos colaborem para garantir a integridade física dos profissionais de imprensa.

"A Abraji está atenta aos casos de agressão e intimidação de jornalistas hoje, registrando-as e buscando informações. Com tal violência, perdemos todos. Fragiliza-se um dos pilares da democracia: a liberdade de expressão", comunicou a associação, em nota.

Prisão de Lula: veja a repercussão

1 | 52

Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Leo Correa/AP
2 | 52

Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
3 | 52

Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Denis Ferreira/AP
4 | 52

Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Denis Ferreira/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Denis Ferreira/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
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Lula

Foto: Sebastiao Moreira/ EFE
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Lula

Foto: Nelson Antoine/ AP
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Lula

Foto: Sebastião Moreira/EFE
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Lula

Foto: Leonardo Benassatto/REUTERS
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Lula

Foto: Nelson Antoine/AP
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Lula

Foto: Nelson Antoine/AP
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Lula

Foto: Nelson Antoine/AP
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Prisão de Lula

Foto: Nelson Almeida/AFP
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São Bernardo do Campo

Foto: Gabriela Biló/Estadão
17 | 52

São Bernardo do Campo

Foto: Gabriela Biló/Estadão
18 | 52

Curitiba

Foto: Douglas Gravas/Estadão
19 | 52

Aldo Rebelo e Vanderlei Luxemburgo

Foto: Ricardo Galhardo / Estadão
20 | 52

Osmar Prado

Foto: Igor Moraes/Estadão
21 | 52

Ato de apoio a Lula em São Bernardo do Campo

22 | 52

Manifestação na sede da Polícia Federal

23 | 52

Ato de apoio a Lula em São Bernardo do Campo

24 | 52

Manifestação na sede da Polícia Federal

25 | 52

Polícia Militar fortalece presença na PF

26 | 52

Manifestante exibe faixa em apoio a Lula

27 | 52

Manifestantes favoráveis à prisão do ex-presidente mostram 'pixuleco'

28 | 52

Manifestantes aguardam acontecimentos em Curitiba

29 | 52

Rodovia é bloqueada na Bahia

30 | 52

Manifestantes se concentram em São Bernardo do Campo

31 | 52

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32 | 52

Agentes da PF aguardam a chegada de Lula em Curitiba

33 | 52

Agentes da PF aguardam a chegada de Lula em Curitiba

34 | 52

Apoiadores de Lula abrem faixa em frente à sede do PT em Curitiba

35 | 52

Militantes do MST bloqueiam rodovia que liga São Paulo a Belo Horizonte

36 | 52

Publicação de Lula no Instagram

37 | 52

MST iniciou o bloqueio de rodovias

38 | 52

Manifestantes do MST fecham rodovias

39 | 52

Manifestantes amanhecem na porta do sindicato

Foto: ESTADÃO/GABRIELA BILO
40 | 52

São Bernardo do Campo

Foto: AFP/MIGUEL SCHINCARIOL
41 | 52

Lula aparece na janela do Sindicato

Foto: AP Photo/Nelson Antoine
42 | 52

Vigília dos movimentos populares

Foto: FOTO AMANDA PEROBELLI/ESTADAO
43 | 52

Ex-presidente Dilma Rousseff também participou da vigília

Foto: AFP PHOTO / Miguel SCHINCARIOL
44 | 52

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, discursa durante ato

Foto: NILTON FUKUDA / ESTADÃO
45 | 52

Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência pelo PSOL, também compareceu ao ato

Foto: NILTON FUKUDA / ESTAD?O
46 | 52

Metalúrgicos e militantes simpatizantes a Lula se reuniram na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.
47 | 52

Apoiador de Lula joga ovo em fotógrafo

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADAO
48 | 52

Manifestantes contra a prisão de Lula

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
49 | 52

Homem é agredido por apoiadores do ex-presidente Lula

Foto: EFE/Sebastiao Moreira
50 | 52

Caminhada de apoio a Lula no centro de São Bernardo do Campo

Foto: AFP PHOTO / Nelson Almeida
51 | 52

'Lula Livre' e 'Não à prisão de Lula' são alguns dos cartazes dos manifestantes

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.
52 | 52

Apoiadores de Lula protestam no Sindicato de Metalúrgicos

Foto: AFP PHOTO / Marcelo CHELLO

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) publicaram nota conjunta na sexta contra os ataques à imprensa na cobertura da prisão de Lula.

"Toda essa violência injustificável e covarde decorre da intolerância e da incapacidade de compreender a atividade jornalística, que é a de levar informação para os cidadãos. Além de atentar contra a integridade física dos jornalistas, os agressores atacam o direito da sociedade de ser livremente informada", comunicaram as entidades.

A Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão (Fenaert) também emitiu nota de repúdio. “A liberdade de expressão, protegida pela Constituição, carrega a responsabilidade de respeitar a dignidade da pessoa humana, a honra e a imagem do indivíduo. Sendo o direito de informar um dos pilares da liberdade de informação”, destaca a Fenaert, que exige identificação e punição dos agressores pelas autoridades. / COLABOROU FERNANDA GUIMARÃES

Pelo menos seis repórteres foram agredidos ou ameaçados neste sábado, 7, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, de acordo com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Na sexta-feira, 6, outros três casos de agressão e hostilidade contra a imprensa foram registrados pela associação no local, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, estava desde a quinta-feira. O petista se entregou à PF às 18h41 deste sábado. 

+ Lula, enfim, preso

Repórter é agredido no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde Lula está Foto: Ricardo Galhardo/Estadão

Às 15h36, a repórter da TV Band Joana Treptow levou um tapa na mão durante uma transmissão ao vivo. Pelo Twitter, a jornalista contou que foi ameaçada e hostilizada diversas vezes ao longo do dia. No início da noite, ela relatou que teve que deixar o local. "Fui obrigada a tal. Tentamos e conseguimos trabalhamos apesar dos pesares. Ficaríamos mais se não estivéssemos expostos e em perigo. Grupos de baderneiros. Grupos isolados, digo de novo", escreveu a repórter.

Cerca de uma hora depois, a repórter Gabriela Mayer, da rádio BandNews, foi cercada e levou um tapa na barriga. Segundo a Abraji, uma mulher tentou tirar o celular da jornalista à força.

+ Lula desafia procuradores e ‘asseclas

Uma equipe da RedeTV News também foi agredida e acossada enquanto fazia uma passagem para a cobertura sobre a prisão do ex-presidente. O repórter Igor Duarte, o cinegrafista Ricardo Luiz e o assistente Everaldo Guimalhães tiveram que interromper a reportagem ao serem xingados de "golpistas". Em seguida, os militantes atiraram copos, latas de cerveja e água contra os profissionais. A equipe conseguiu sair do local e ninguém se feriu.

O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), delegado Albano David Fernandes, afirmou que os jornalistas agredidos pelos petistas devem procurar a Delegacia Seccional de São Bernardo do Campo, para que possam fazer o exame de corpo de delito a fim de constatar lesões e identificar os agressores. “É nosso dever investigar esse tipo de agressão e nós faremos”, afirmou

+ Rojões são disparados por todo o Brasil após prisão de Lula

Outros dois profissionais da imprensa reportaram hostilidades no fim da tarde. A rádio Jovem Pan reportou que o repórter Caio Rocha foi intimidado e impedido de continuar uma transmissão ao vivo por manifestantes. Bruna Barboza, da Bandeirantes, relatou ter sido cercada e xingada de “fascista”, “elite branca” e “mídia golpista”. "Difícil trabalhar com medo", publicou a jornalista no Twitter.

Equipe da Globo foi expulsa do Aeroporto de Congonhas por militantes pró-Lula. Na foto, o repórter Roberto Kovalick. Foto: Foto GABRIELA BILO / ESTADAO

Pela manhã, o repórter Pedro Duran, da rádio CBN, foi hostilizado por militantes que atiraram garrafas d'água e grades na direção do jornalista. Ele foi protegido pelo deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) e pelos seguranças do parlamentar.

Em Congonhas, o repórter da Globo Roberto Kovalick foi hostilizado por manifestantes pró-Lula e precisou deixar o local. A informação é da Folha de S. Paulo.

Seu navegador não suporta esse video.

Tensão entre apoaidores e imprensa dentro do sindicato dos metalurgicos

Agressões a jornalistas Curitiba

Equipes de reportagem também foram hostilizadas em frente à Polícia Federal em Curitiba neste sábado. Os maiores alvos são as equipes de televisão, como Globo e SBT. Gritos de ordem contra a imprensa são feitos nos momentos em que os repórteres fazem passagens ao vivo ou gravam falas diante das câmeras. Não há informação sobre casos de agressão físicas.

+ BR18: A incrível bagunça na prisão de Lula

Os grupos contrários e favoráveis a Lula estão em áreas separadas. A polícia pediu que as pessoas que protestam não usem caixas de som, embora os dois lados já tenham ligado equipamentos de som. O PT promete fazer uma "vigília permanente" na região. O partido tenta alugar um terreno próximo à PF para montar um acampamento.

+ MBL e Vem Pra Rua se reúnem para limpar prédio de Cármen Lúcia

Clima anti-imprensa

Repórteres do Estado que estavam no sindicato relataram que o clima na manifestação pró-Lula é muito pesado. Pela manhã, o ex-presidente desferiu ataques à imprensa durante seu discurso. Ele chegou a dizer que os veículos de comunicação e o Ministério Público "adiantaram a morte" da ex-primeira-dama Marisa Letícia.

“Um sonho de consumo deles é que eu não seja candidato. O outro é a foto da minha prisão. Imagino a tesão da Veja. Eles vão ter orgasmos múltiplos”, disse.

As agressões a jornalistas têm sido recorrentes nas manifestações contra a prisão de Lula. Houve registros em São Bernardo e em Brasília. Um carro do Correio Braziliense foi apedrejado na capital federal e um fotógrafo do Estado foi atingido por ovos na cidade do ABC paulista na sexta.

Entidades criticam atos de violência contra jornalistas

Entidades de defesa à liberdade de imprensa repudiaram as agressões contra jornalistas. A Abraji voltou a manifestar preocupação e pediu que políticos e líderes de movimentos colaborem para garantir a integridade física dos profissionais de imprensa.

"A Abraji está atenta aos casos de agressão e intimidação de jornalistas hoje, registrando-as e buscando informações. Com tal violência, perdemos todos. Fragiliza-se um dos pilares da democracia: a liberdade de expressão", comunicou a associação, em nota.

Prisão de Lula: veja a repercussão

1 | 52

Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Leo Correa/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Denis Ferreira/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Denis Ferreira/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Denis Ferreira/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
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Lula

Foto: Sebastiao Moreira/ EFE
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Lula

Foto: Nelson Antoine/ AP
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Lula

Foto: Sebastião Moreira/EFE
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Lula

Foto: Leonardo Benassatto/REUTERS
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Lula

Foto: Nelson Antoine/AP
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Lula

Foto: Nelson Antoine/AP
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Lula

Foto: Nelson Antoine/AP
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Prisão de Lula

Foto: Nelson Almeida/AFP
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São Bernardo do Campo

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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São Bernardo do Campo

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Curitiba

Foto: Douglas Gravas/Estadão
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Aldo Rebelo e Vanderlei Luxemburgo

Foto: Ricardo Galhardo / Estadão
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Osmar Prado

Foto: Igor Moraes/Estadão
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Ato de apoio a Lula em São Bernardo do Campo

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Manifestação na sede da Polícia Federal

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Ato de apoio a Lula em São Bernardo do Campo

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Manifestação na sede da Polícia Federal

25 | 52

Polícia Militar fortalece presença na PF

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Manifestante exibe faixa em apoio a Lula

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Manifestantes favoráveis à prisão do ex-presidente mostram 'pixuleco'

28 | 52

Manifestantes aguardam acontecimentos em Curitiba

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Rodovia é bloqueada na Bahia

30 | 52

Manifestantes se concentram em São Bernardo do Campo

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ctv-i7i-lula-pf-curitiba-afp-photo--mauro-pimentel

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Agentes da PF aguardam a chegada de Lula em Curitiba

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Agentes da PF aguardam a chegada de Lula em Curitiba

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Apoiadores de Lula abrem faixa em frente à sede do PT em Curitiba

35 | 52

Militantes do MST bloqueiam rodovia que liga São Paulo a Belo Horizonte

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Publicação de Lula no Instagram

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MST iniciou o bloqueio de rodovias

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Manifestantes do MST fecham rodovias

39 | 52

Manifestantes amanhecem na porta do sindicato

Foto: ESTADÃO/GABRIELA BILO
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São Bernardo do Campo

Foto: AFP/MIGUEL SCHINCARIOL
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Lula aparece na janela do Sindicato

Foto: AP Photo/Nelson Antoine
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Vigília dos movimentos populares

Foto: FOTO AMANDA PEROBELLI/ESTADAO
43 | 52

Ex-presidente Dilma Rousseff também participou da vigília

Foto: AFP PHOTO / Miguel SCHINCARIOL
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Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, discursa durante ato

Foto: NILTON FUKUDA / ESTADÃO
45 | 52

Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência pelo PSOL, também compareceu ao ato

Foto: NILTON FUKUDA / ESTAD?O
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Metalúrgicos e militantes simpatizantes a Lula se reuniram na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.
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Apoiador de Lula joga ovo em fotógrafo

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADAO
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Manifestantes contra a prisão de Lula

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
49 | 52

Homem é agredido por apoiadores do ex-presidente Lula

Foto: EFE/Sebastiao Moreira
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Caminhada de apoio a Lula no centro de São Bernardo do Campo

Foto: AFP PHOTO / Nelson Almeida
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'Lula Livre' e 'Não à prisão de Lula' são alguns dos cartazes dos manifestantes

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.
52 | 52

Apoiadores de Lula protestam no Sindicato de Metalúrgicos

Foto: AFP PHOTO / Marcelo CHELLO

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) publicaram nota conjunta na sexta contra os ataques à imprensa na cobertura da prisão de Lula.

"Toda essa violência injustificável e covarde decorre da intolerância e da incapacidade de compreender a atividade jornalística, que é a de levar informação para os cidadãos. Além de atentar contra a integridade física dos jornalistas, os agressores atacam o direito da sociedade de ser livremente informada", comunicaram as entidades.

A Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão (Fenaert) também emitiu nota de repúdio. “A liberdade de expressão, protegida pela Constituição, carrega a responsabilidade de respeitar a dignidade da pessoa humana, a honra e a imagem do indivíduo. Sendo o direito de informar um dos pilares da liberdade de informação”, destaca a Fenaert, que exige identificação e punição dos agressores pelas autoridades. / COLABOROU FERNANDA GUIMARÃES

Pelo menos seis repórteres foram agredidos ou ameaçados neste sábado, 7, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, de acordo com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Na sexta-feira, 6, outros três casos de agressão e hostilidade contra a imprensa foram registrados pela associação no local, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, estava desde a quinta-feira. O petista se entregou à PF às 18h41 deste sábado. 

+ Lula, enfim, preso

Repórter é agredido no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde Lula está Foto: Ricardo Galhardo/Estadão

Às 15h36, a repórter da TV Band Joana Treptow levou um tapa na mão durante uma transmissão ao vivo. Pelo Twitter, a jornalista contou que foi ameaçada e hostilizada diversas vezes ao longo do dia. No início da noite, ela relatou que teve que deixar o local. "Fui obrigada a tal. Tentamos e conseguimos trabalhamos apesar dos pesares. Ficaríamos mais se não estivéssemos expostos e em perigo. Grupos de baderneiros. Grupos isolados, digo de novo", escreveu a repórter.

Cerca de uma hora depois, a repórter Gabriela Mayer, da rádio BandNews, foi cercada e levou um tapa na barriga. Segundo a Abraji, uma mulher tentou tirar o celular da jornalista à força.

+ Lula desafia procuradores e ‘asseclas

Uma equipe da RedeTV News também foi agredida e acossada enquanto fazia uma passagem para a cobertura sobre a prisão do ex-presidente. O repórter Igor Duarte, o cinegrafista Ricardo Luiz e o assistente Everaldo Guimalhães tiveram que interromper a reportagem ao serem xingados de "golpistas". Em seguida, os militantes atiraram copos, latas de cerveja e água contra os profissionais. A equipe conseguiu sair do local e ninguém se feriu.

O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), delegado Albano David Fernandes, afirmou que os jornalistas agredidos pelos petistas devem procurar a Delegacia Seccional de São Bernardo do Campo, para que possam fazer o exame de corpo de delito a fim de constatar lesões e identificar os agressores. “É nosso dever investigar esse tipo de agressão e nós faremos”, afirmou

+ Rojões são disparados por todo o Brasil após prisão de Lula

Outros dois profissionais da imprensa reportaram hostilidades no fim da tarde. A rádio Jovem Pan reportou que o repórter Caio Rocha foi intimidado e impedido de continuar uma transmissão ao vivo por manifestantes. Bruna Barboza, da Bandeirantes, relatou ter sido cercada e xingada de “fascista”, “elite branca” e “mídia golpista”. "Difícil trabalhar com medo", publicou a jornalista no Twitter.

Equipe da Globo foi expulsa do Aeroporto de Congonhas por militantes pró-Lula. Na foto, o repórter Roberto Kovalick. Foto: Foto GABRIELA BILO / ESTADAO

Pela manhã, o repórter Pedro Duran, da rádio CBN, foi hostilizado por militantes que atiraram garrafas d'água e grades na direção do jornalista. Ele foi protegido pelo deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) e pelos seguranças do parlamentar.

Em Congonhas, o repórter da Globo Roberto Kovalick foi hostilizado por manifestantes pró-Lula e precisou deixar o local. A informação é da Folha de S. Paulo.

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Agressões a jornalistas Curitiba

Equipes de reportagem também foram hostilizadas em frente à Polícia Federal em Curitiba neste sábado. Os maiores alvos são as equipes de televisão, como Globo e SBT. Gritos de ordem contra a imprensa são feitos nos momentos em que os repórteres fazem passagens ao vivo ou gravam falas diante das câmeras. Não há informação sobre casos de agressão físicas.

+ BR18: A incrível bagunça na prisão de Lula

Os grupos contrários e favoráveis a Lula estão em áreas separadas. A polícia pediu que as pessoas que protestam não usem caixas de som, embora os dois lados já tenham ligado equipamentos de som. O PT promete fazer uma "vigília permanente" na região. O partido tenta alugar um terreno próximo à PF para montar um acampamento.

+ MBL e Vem Pra Rua se reúnem para limpar prédio de Cármen Lúcia

Clima anti-imprensa

Repórteres do Estado que estavam no sindicato relataram que o clima na manifestação pró-Lula é muito pesado. Pela manhã, o ex-presidente desferiu ataques à imprensa durante seu discurso. Ele chegou a dizer que os veículos de comunicação e o Ministério Público "adiantaram a morte" da ex-primeira-dama Marisa Letícia.

“Um sonho de consumo deles é que eu não seja candidato. O outro é a foto da minha prisão. Imagino a tesão da Veja. Eles vão ter orgasmos múltiplos”, disse.

As agressões a jornalistas têm sido recorrentes nas manifestações contra a prisão de Lula. Houve registros em São Bernardo e em Brasília. Um carro do Correio Braziliense foi apedrejado na capital federal e um fotógrafo do Estado foi atingido por ovos na cidade do ABC paulista na sexta.

Entidades criticam atos de violência contra jornalistas

Entidades de defesa à liberdade de imprensa repudiaram as agressões contra jornalistas. A Abraji voltou a manifestar preocupação e pediu que políticos e líderes de movimentos colaborem para garantir a integridade física dos profissionais de imprensa.

"A Abraji está atenta aos casos de agressão e intimidação de jornalistas hoje, registrando-as e buscando informações. Com tal violência, perdemos todos. Fragiliza-se um dos pilares da democracia: a liberdade de expressão", comunicou a associação, em nota.

Prisão de Lula: veja a repercussão

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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Leo Correa/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
3 | 52

Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Denis Ferreira/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Denis Ferreira/AP
5 | 52

Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Denis Ferreira/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
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Lula

Foto: Sebastiao Moreira/ EFE
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Lula

Foto: Nelson Antoine/ AP
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Lula

Foto: Sebastião Moreira/EFE
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Lula

Foto: Leonardo Benassatto/REUTERS
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Lula

Foto: Nelson Antoine/AP
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Foto: Nelson Antoine/AP
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Prisão de Lula

Foto: Nelson Almeida/AFP
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São Bernardo do Campo

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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São Bernardo do Campo

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Curitiba

Foto: Douglas Gravas/Estadão
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Aldo Rebelo e Vanderlei Luxemburgo

Foto: Ricardo Galhardo / Estadão
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Osmar Prado

Foto: Igor Moraes/Estadão
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Ato de apoio a Lula em São Bernardo do Campo

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Manifestação na sede da Polícia Federal

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Ato de apoio a Lula em São Bernardo do Campo

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Manifestação na sede da Polícia Federal

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Polícia Militar fortalece presença na PF

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Manifestante exibe faixa em apoio a Lula

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Manifestantes favoráveis à prisão do ex-presidente mostram 'pixuleco'

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Manifestantes aguardam acontecimentos em Curitiba

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Rodovia é bloqueada na Bahia

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Manifestantes se concentram em São Bernardo do Campo

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Agentes da PF aguardam a chegada de Lula em Curitiba

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Agentes da PF aguardam a chegada de Lula em Curitiba

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Apoiadores de Lula abrem faixa em frente à sede do PT em Curitiba

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Militantes do MST bloqueiam rodovia que liga São Paulo a Belo Horizonte

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Publicação de Lula no Instagram

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MST iniciou o bloqueio de rodovias

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Manifestantes do MST fecham rodovias

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Manifestantes amanhecem na porta do sindicato

Foto: ESTADÃO/GABRIELA BILO
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São Bernardo do Campo

Foto: AFP/MIGUEL SCHINCARIOL
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Lula aparece na janela do Sindicato

Foto: AP Photo/Nelson Antoine
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Vigília dos movimentos populares

Foto: FOTO AMANDA PEROBELLI/ESTADAO
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Ex-presidente Dilma Rousseff também participou da vigília

Foto: AFP PHOTO / Miguel SCHINCARIOL
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Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, discursa durante ato

Foto: NILTON FUKUDA / ESTADÃO
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Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência pelo PSOL, também compareceu ao ato

Foto: NILTON FUKUDA / ESTAD?O
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Metalúrgicos e militantes simpatizantes a Lula se reuniram na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.
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Apoiador de Lula joga ovo em fotógrafo

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADAO
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Manifestantes contra a prisão de Lula

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Homem é agredido por apoiadores do ex-presidente Lula

Foto: EFE/Sebastiao Moreira
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Caminhada de apoio a Lula no centro de São Bernardo do Campo

Foto: AFP PHOTO / Nelson Almeida
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'Lula Livre' e 'Não à prisão de Lula' são alguns dos cartazes dos manifestantes

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.
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Apoiadores de Lula protestam no Sindicato de Metalúrgicos

Foto: AFP PHOTO / Marcelo CHELLO

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) publicaram nota conjunta na sexta contra os ataques à imprensa na cobertura da prisão de Lula.

"Toda essa violência injustificável e covarde decorre da intolerância e da incapacidade de compreender a atividade jornalística, que é a de levar informação para os cidadãos. Além de atentar contra a integridade física dos jornalistas, os agressores atacam o direito da sociedade de ser livremente informada", comunicaram as entidades.

A Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão (Fenaert) também emitiu nota de repúdio. “A liberdade de expressão, protegida pela Constituição, carrega a responsabilidade de respeitar a dignidade da pessoa humana, a honra e a imagem do indivíduo. Sendo o direito de informar um dos pilares da liberdade de informação”, destaca a Fenaert, que exige identificação e punição dos agressores pelas autoridades. / COLABOROU FERNANDA GUIMARÃES

Pelo menos seis repórteres foram agredidos ou ameaçados neste sábado, 7, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, de acordo com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Na sexta-feira, 6, outros três casos de agressão e hostilidade contra a imprensa foram registrados pela associação no local, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, estava desde a quinta-feira. O petista se entregou à PF às 18h41 deste sábado. 

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Repórter é agredido no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde Lula está Foto: Ricardo Galhardo/Estadão

Às 15h36, a repórter da TV Band Joana Treptow levou um tapa na mão durante uma transmissão ao vivo. Pelo Twitter, a jornalista contou que foi ameaçada e hostilizada diversas vezes ao longo do dia. No início da noite, ela relatou que teve que deixar o local. "Fui obrigada a tal. Tentamos e conseguimos trabalhamos apesar dos pesares. Ficaríamos mais se não estivéssemos expostos e em perigo. Grupos de baderneiros. Grupos isolados, digo de novo", escreveu a repórter.

Cerca de uma hora depois, a repórter Gabriela Mayer, da rádio BandNews, foi cercada e levou um tapa na barriga. Segundo a Abraji, uma mulher tentou tirar o celular da jornalista à força.

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Uma equipe da RedeTV News também foi agredida e acossada enquanto fazia uma passagem para a cobertura sobre a prisão do ex-presidente. O repórter Igor Duarte, o cinegrafista Ricardo Luiz e o assistente Everaldo Guimalhães tiveram que interromper a reportagem ao serem xingados de "golpistas". Em seguida, os militantes atiraram copos, latas de cerveja e água contra os profissionais. A equipe conseguiu sair do local e ninguém se feriu.

O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), delegado Albano David Fernandes, afirmou que os jornalistas agredidos pelos petistas devem procurar a Delegacia Seccional de São Bernardo do Campo, para que possam fazer o exame de corpo de delito a fim de constatar lesões e identificar os agressores. “É nosso dever investigar esse tipo de agressão e nós faremos”, afirmou

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Outros dois profissionais da imprensa reportaram hostilidades no fim da tarde. A rádio Jovem Pan reportou que o repórter Caio Rocha foi intimidado e impedido de continuar uma transmissão ao vivo por manifestantes. Bruna Barboza, da Bandeirantes, relatou ter sido cercada e xingada de “fascista”, “elite branca” e “mídia golpista”. "Difícil trabalhar com medo", publicou a jornalista no Twitter.

Equipe da Globo foi expulsa do Aeroporto de Congonhas por militantes pró-Lula. Na foto, o repórter Roberto Kovalick. Foto: Foto GABRIELA BILO / ESTADAO

Pela manhã, o repórter Pedro Duran, da rádio CBN, foi hostilizado por militantes que atiraram garrafas d'água e grades na direção do jornalista. Ele foi protegido pelo deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) e pelos seguranças do parlamentar.

Em Congonhas, o repórter da Globo Roberto Kovalick foi hostilizado por manifestantes pró-Lula e precisou deixar o local. A informação é da Folha de S. Paulo.

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Tensão entre apoaidores e imprensa dentro do sindicato dos metalurgicos

Agressões a jornalistas Curitiba

Equipes de reportagem também foram hostilizadas em frente à Polícia Federal em Curitiba neste sábado. Os maiores alvos são as equipes de televisão, como Globo e SBT. Gritos de ordem contra a imprensa são feitos nos momentos em que os repórteres fazem passagens ao vivo ou gravam falas diante das câmeras. Não há informação sobre casos de agressão físicas.

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Os grupos contrários e favoráveis a Lula estão em áreas separadas. A polícia pediu que as pessoas que protestam não usem caixas de som, embora os dois lados já tenham ligado equipamentos de som. O PT promete fazer uma "vigília permanente" na região. O partido tenta alugar um terreno próximo à PF para montar um acampamento.

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Clima anti-imprensa

Repórteres do Estado que estavam no sindicato relataram que o clima na manifestação pró-Lula é muito pesado. Pela manhã, o ex-presidente desferiu ataques à imprensa durante seu discurso. Ele chegou a dizer que os veículos de comunicação e o Ministério Público "adiantaram a morte" da ex-primeira-dama Marisa Letícia.

“Um sonho de consumo deles é que eu não seja candidato. O outro é a foto da minha prisão. Imagino a tesão da Veja. Eles vão ter orgasmos múltiplos”, disse.

As agressões a jornalistas têm sido recorrentes nas manifestações contra a prisão de Lula. Houve registros em São Bernardo e em Brasília. Um carro do Correio Braziliense foi apedrejado na capital federal e um fotógrafo do Estado foi atingido por ovos na cidade do ABC paulista na sexta.

Entidades criticam atos de violência contra jornalistas

Entidades de defesa à liberdade de imprensa repudiaram as agressões contra jornalistas. A Abraji voltou a manifestar preocupação e pediu que políticos e líderes de movimentos colaborem para garantir a integridade física dos profissionais de imprensa.

"A Abraji está atenta aos casos de agressão e intimidação de jornalistas hoje, registrando-as e buscando informações. Com tal violência, perdemos todos. Fragiliza-se um dos pilares da democracia: a liberdade de expressão", comunicou a associação, em nota.

Prisão de Lula: veja a repercussão

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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Leo Correa/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Denis Ferreira/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Denis Ferreira/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Denis Ferreira/AP
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Prisão de Lula: veja a repercussão

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
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Lula

Foto: Sebastiao Moreira/ EFE
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Lula

Foto: Nelson Antoine/ AP
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Lula

Foto: Sebastião Moreira/EFE
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Lula

Foto: Leonardo Benassatto/REUTERS
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Lula

Foto: Nelson Antoine/AP
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Lula

Foto: Nelson Antoine/AP
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Lula

Foto: Nelson Antoine/AP
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Prisão de Lula

Foto: Nelson Almeida/AFP
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São Bernardo do Campo

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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São Bernardo do Campo

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Curitiba

Foto: Douglas Gravas/Estadão
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Aldo Rebelo e Vanderlei Luxemburgo

Foto: Ricardo Galhardo / Estadão
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Osmar Prado

Foto: Igor Moraes/Estadão
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Ato de apoio a Lula em São Bernardo do Campo

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Manifestação na sede da Polícia Federal

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Ato de apoio a Lula em São Bernardo do Campo

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Manifestação na sede da Polícia Federal

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Polícia Militar fortalece presença na PF

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Manifestante exibe faixa em apoio a Lula

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Manifestantes favoráveis à prisão do ex-presidente mostram 'pixuleco'

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Manifestantes aguardam acontecimentos em Curitiba

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Rodovia é bloqueada na Bahia

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Manifestantes se concentram em São Bernardo do Campo

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Agentes da PF aguardam a chegada de Lula em Curitiba

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Agentes da PF aguardam a chegada de Lula em Curitiba

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Apoiadores de Lula abrem faixa em frente à sede do PT em Curitiba

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Militantes do MST bloqueiam rodovia que liga São Paulo a Belo Horizonte

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Publicação de Lula no Instagram

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MST iniciou o bloqueio de rodovias

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Manifestantes do MST fecham rodovias

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Manifestantes amanhecem na porta do sindicato

Foto: ESTADÃO/GABRIELA BILO
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São Bernardo do Campo

Foto: AFP/MIGUEL SCHINCARIOL
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Lula aparece na janela do Sindicato

Foto: AP Photo/Nelson Antoine
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Vigília dos movimentos populares

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Ex-presidente Dilma Rousseff também participou da vigília

Foto: AFP PHOTO / Miguel SCHINCARIOL
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Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, discursa durante ato

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Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência pelo PSOL, também compareceu ao ato

Foto: NILTON FUKUDA / ESTAD?O
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Metalúrgicos e militantes simpatizantes a Lula se reuniram na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.
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Apoiador de Lula joga ovo em fotógrafo

Foto: NILTON FUKUDA/ESTADAO
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Manifestantes contra a prisão de Lula

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Homem é agredido por apoiadores do ex-presidente Lula

Foto: EFE/Sebastiao Moreira
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Caminhada de apoio a Lula no centro de São Bernardo do Campo

Foto: AFP PHOTO / Nelson Almeida
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'Lula Livre' e 'Não à prisão de Lula' são alguns dos cartazes dos manifestantes

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.
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Apoiadores de Lula protestam no Sindicato de Metalúrgicos

Foto: AFP PHOTO / Marcelo CHELLO

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) publicaram nota conjunta na sexta contra os ataques à imprensa na cobertura da prisão de Lula.

"Toda essa violência injustificável e covarde decorre da intolerância e da incapacidade de compreender a atividade jornalística, que é a de levar informação para os cidadãos. Além de atentar contra a integridade física dos jornalistas, os agressores atacam o direito da sociedade de ser livremente informada", comunicaram as entidades.

A Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão (Fenaert) também emitiu nota de repúdio. “A liberdade de expressão, protegida pela Constituição, carrega a responsabilidade de respeitar a dignidade da pessoa humana, a honra e a imagem do indivíduo. Sendo o direito de informar um dos pilares da liberdade de informação”, destaca a Fenaert, que exige identificação e punição dos agressores pelas autoridades. / COLABOROU FERNANDA GUIMARÃES

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