Com três anos de atraso e a oito meses de deixar o cargo para disputar a Presidência da República, o governador Geraldo Alckmin inaugurou em clima de campanha nessa quarta-feira, 6, três das 25 estações do metrô que serão entregues até março de 2018.
A grande ausência no palanque montado na estação Brooklin, onde o tucano discursou, foi o prefeito João Doria, que também pleiteia a vaga de candidato do PSDB.
Quando questionado se Doria foi convidado, Alckmin disse que sim. “O nome do nosso prefeito está em todas as placas e ele é convidado para todas as nossas obras. Isso é automático”.
Já interlocutores de Doria dizem que o convite foi feito em cima de hora e enviado para um email que não existe. O “desencontro” causou desconforto entre aliados e secretários da prefeitura e do governo.
Entre as lideranças tucanas estavam no palanque ao lado de Alckmin estavam o ex-governador Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB, e José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, braço teórico do partido.
“O Brasil precisa de investimento público com austeridade e resultado. Precisa de gestor público e político que tenha competência e sensibilidade de atender as maiorias”, disse Aníbal.
Antes da fala de Alckmin, a ex-deputada Zulaiê Cobra pediu a palavra e fez um discurso ainda mais incisivo. “Teve um homem que amei muito na vida: o Mário Covas. Ele deixou o que tinha de melhor para o Alckmin. O Covas vive nesse homem. Covas ia ser presidente, mas morreu. Não deu tempo. Agora nós temos um presidente que é o Geraldo Alckmin. Não tem para ninguém. Dona Lu, você será a primeira dama do Brasil”.
Para amenizar a crise na relação, o prefeito e o governador devem participar de agendas juntos nos próximos dias. Nessa quinta-feira, eles estarão juntos no desfile de 7 de setembro.