Só 5% das leis dos deputados estaduais de SP têm relevância para os cidadãos


Nos últimos 4 anos, maioria dos projetos deu nome a logradouros ou criou datas comemorativas; 274 normas foram vetadas pelo Executivo

Por Redação

Os deputados estaduais de São Paulo eleitos no ano passado assumirão suas cadeiras na Assembleia no dia 15 de março próximo em substituição a uma legislatura ofuscada pelo poder político do Executivo e pela produção de um grande número de projetos sem relevância para o cotidiano da população. De 2007 a 2010, a Casa aprovou e o governador sancionou 1.786 novas leis - 85% delas (ou 1535 normas) tratavam de temas como nomeação de espaços públicos e criação de datas comemorativas. Só 90 projetos (5% do total) que se tornaram lei são de autoria de parlamentares e regulam áreas como defesa do consumidor, gestão pública e meio ambiente.

 

O levantamento feito pelo Estado levou em consideração todas as normas sancionadas desde 15 de março de 2007, quando os deputados tomaram posse. O critério para a classificação do impacto das leis no cotidiano da população foi o mesmo usado pela ONG Voto Consciente, que acompanha o desempenho dos parlamentares na Assembleia.

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Um dos fatores que contribuíram para reduzir o impacto do Legislativo estadual na vida dos paulistas é o poder de veto do Executivo. Durante a gestão José Serra/Alberto Goldman (PSDB), 274 normas foram totalmente vetadas pelo governo e não entraram em vigor - a maior parte delas, sob o argumento de que seriam inconstitucionais.

 

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De acordo com a Constituição, apenas o Executivo tem a prerrogativa de apresentar leis que aumentem os gastos públicos. Partiu do governador em exercício, nos últimos quatro anos, a iniciativa de 156 leis - 9% do total aprovado.

 

O presidente da Casa, Barros Munhoz (PSDB), no entanto, avalia que a atual legislatura teve bom desempenho e defende o poder de veto do governador. Mas, para o deputado Antônio Mentor, líder do PT na Assembleia, as poucas atribuições do Legislativo são exacerbadas pela falta de diálogo com o Executivo. "Alguns projetos até resvalam na questão da inconstitucionalidade, mas não há espaço para discussão com o governador. Às vezes, se um projeto é de interesse do Estado, ele poderia ser reformulado e enviado pelo próprio Executivo", diz.

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Ele admite, porém, que há um excesso de normas com pouca relevância: "Há um número grande de projetos que não atendem a dimensão do Estado". Entre as 90 leis de maior impacto de autoria dos parlamentares, foram aprovadas normas como a regulamentação dos sistemas de telemarketing no Estado, a criação da Virada Cultural e a consolidação das leis em defesa do idoso. Por duas vezes, no fim de 2007 e de 2010-, foi votado e aprovado o aumento dos salários dos parlamentares e do governador.

 

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O ano eleitoral de 2010 foi proporcionalmente o período de menor atividade. Entraram em vigor 419 leis no ano passado; dessas, 383 (91%) deram nomes a espaços públicos, criaram datas comemorativas ou declararam entidades como "de interesse público". Apenas 12 (menos de 3%) abordavam temas como defesa do consumidor, gestão ambiental ou finanças públicas.

 

Produtividade. Qualitativamente, 2007 foi o melhor ano da atual legislatura _das 240 novas leis, 11% tratam de temas com impacto direto na vida do eleitor. Para Sônia de Barros, diretora da Voto Consciente, a baixa produtividade dos parlamentares é "um absurdo". "Se dividirmos o orçamento da Assembleia pelo número de leis com algum mérito, encontraremos um valor altíssimo por norma", diz. Ela afirma que o grande número de projetos vetados deve-se à quantidade de propostas inconstitucionais apresentadas. "A Comissão de Constituição e Justiça aprova, por corporativismo, projetos inconstitucionais."

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A cientista política Maria do Socorro Souza Braga, da USP, diz que o tamanho da bancada governista no legislativo também diminui a produtividade da Casa. "Como o governo tem uma superbancada, a base de apoio fica dependente das iniciativas do Executivo." Para Carlos Mello, do Insper, o eleitor não consegue acompanhar o trabalho dos deputados estaduais. "Se o eleitor se esquece em quem votou para senador e deputado federal, quem dirá para estadual", ressalta. "Já se tornou um clichê, mas não tem jeito: precisamos de uma reforma política."

 

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Na atual legislatura, a Assembleia custou ao Estado R$ 2,4 bilhões (valor corrigido pelo IPC). No fim de 2010, na esteira do Congresso, os deputados estaduais elevaram seus salários em 61% e passaram a receber R$ 20 mil reais mensais. Somando-se a verba indenizatória e aos salários extras, cada parlamentar custa anualmente R$ 547 mil. Hoje, a Assembleia emprega 3.306 funcionários, dois terços deles em cargos comissionados.

Os deputados estaduais de São Paulo eleitos no ano passado assumirão suas cadeiras na Assembleia no dia 15 de março próximo em substituição a uma legislatura ofuscada pelo poder político do Executivo e pela produção de um grande número de projetos sem relevância para o cotidiano da população. De 2007 a 2010, a Casa aprovou e o governador sancionou 1.786 novas leis - 85% delas (ou 1535 normas) tratavam de temas como nomeação de espaços públicos e criação de datas comemorativas. Só 90 projetos (5% do total) que se tornaram lei são de autoria de parlamentares e regulam áreas como defesa do consumidor, gestão pública e meio ambiente.

 

O levantamento feito pelo Estado levou em consideração todas as normas sancionadas desde 15 de março de 2007, quando os deputados tomaram posse. O critério para a classificação do impacto das leis no cotidiano da população foi o mesmo usado pela ONG Voto Consciente, que acompanha o desempenho dos parlamentares na Assembleia.

 

Um dos fatores que contribuíram para reduzir o impacto do Legislativo estadual na vida dos paulistas é o poder de veto do Executivo. Durante a gestão José Serra/Alberto Goldman (PSDB), 274 normas foram totalmente vetadas pelo governo e não entraram em vigor - a maior parte delas, sob o argumento de que seriam inconstitucionais.

 

De acordo com a Constituição, apenas o Executivo tem a prerrogativa de apresentar leis que aumentem os gastos públicos. Partiu do governador em exercício, nos últimos quatro anos, a iniciativa de 156 leis - 9% do total aprovado.

 

O presidente da Casa, Barros Munhoz (PSDB), no entanto, avalia que a atual legislatura teve bom desempenho e defende o poder de veto do governador. Mas, para o deputado Antônio Mentor, líder do PT na Assembleia, as poucas atribuições do Legislativo são exacerbadas pela falta de diálogo com o Executivo. "Alguns projetos até resvalam na questão da inconstitucionalidade, mas não há espaço para discussão com o governador. Às vezes, se um projeto é de interesse do Estado, ele poderia ser reformulado e enviado pelo próprio Executivo", diz.

 

Ele admite, porém, que há um excesso de normas com pouca relevância: "Há um número grande de projetos que não atendem a dimensão do Estado". Entre as 90 leis de maior impacto de autoria dos parlamentares, foram aprovadas normas como a regulamentação dos sistemas de telemarketing no Estado, a criação da Virada Cultural e a consolidação das leis em defesa do idoso. Por duas vezes, no fim de 2007 e de 2010-, foi votado e aprovado o aumento dos salários dos parlamentares e do governador.

 

O ano eleitoral de 2010 foi proporcionalmente o período de menor atividade. Entraram em vigor 419 leis no ano passado; dessas, 383 (91%) deram nomes a espaços públicos, criaram datas comemorativas ou declararam entidades como "de interesse público". Apenas 12 (menos de 3%) abordavam temas como defesa do consumidor, gestão ambiental ou finanças públicas.

 

Produtividade. Qualitativamente, 2007 foi o melhor ano da atual legislatura _das 240 novas leis, 11% tratam de temas com impacto direto na vida do eleitor. Para Sônia de Barros, diretora da Voto Consciente, a baixa produtividade dos parlamentares é "um absurdo". "Se dividirmos o orçamento da Assembleia pelo número de leis com algum mérito, encontraremos um valor altíssimo por norma", diz. Ela afirma que o grande número de projetos vetados deve-se à quantidade de propostas inconstitucionais apresentadas. "A Comissão de Constituição e Justiça aprova, por corporativismo, projetos inconstitucionais."

 

A cientista política Maria do Socorro Souza Braga, da USP, diz que o tamanho da bancada governista no legislativo também diminui a produtividade da Casa. "Como o governo tem uma superbancada, a base de apoio fica dependente das iniciativas do Executivo." Para Carlos Mello, do Insper, o eleitor não consegue acompanhar o trabalho dos deputados estaduais. "Se o eleitor se esquece em quem votou para senador e deputado federal, quem dirá para estadual", ressalta. "Já se tornou um clichê, mas não tem jeito: precisamos de uma reforma política."

 

Na atual legislatura, a Assembleia custou ao Estado R$ 2,4 bilhões (valor corrigido pelo IPC). No fim de 2010, na esteira do Congresso, os deputados estaduais elevaram seus salários em 61% e passaram a receber R$ 20 mil reais mensais. Somando-se a verba indenizatória e aos salários extras, cada parlamentar custa anualmente R$ 547 mil. Hoje, a Assembleia emprega 3.306 funcionários, dois terços deles em cargos comissionados.

Os deputados estaduais de São Paulo eleitos no ano passado assumirão suas cadeiras na Assembleia no dia 15 de março próximo em substituição a uma legislatura ofuscada pelo poder político do Executivo e pela produção de um grande número de projetos sem relevância para o cotidiano da população. De 2007 a 2010, a Casa aprovou e o governador sancionou 1.786 novas leis - 85% delas (ou 1535 normas) tratavam de temas como nomeação de espaços públicos e criação de datas comemorativas. Só 90 projetos (5% do total) que se tornaram lei são de autoria de parlamentares e regulam áreas como defesa do consumidor, gestão pública e meio ambiente.

 

O levantamento feito pelo Estado levou em consideração todas as normas sancionadas desde 15 de março de 2007, quando os deputados tomaram posse. O critério para a classificação do impacto das leis no cotidiano da população foi o mesmo usado pela ONG Voto Consciente, que acompanha o desempenho dos parlamentares na Assembleia.

 

Um dos fatores que contribuíram para reduzir o impacto do Legislativo estadual na vida dos paulistas é o poder de veto do Executivo. Durante a gestão José Serra/Alberto Goldman (PSDB), 274 normas foram totalmente vetadas pelo governo e não entraram em vigor - a maior parte delas, sob o argumento de que seriam inconstitucionais.

 

De acordo com a Constituição, apenas o Executivo tem a prerrogativa de apresentar leis que aumentem os gastos públicos. Partiu do governador em exercício, nos últimos quatro anos, a iniciativa de 156 leis - 9% do total aprovado.

 

O presidente da Casa, Barros Munhoz (PSDB), no entanto, avalia que a atual legislatura teve bom desempenho e defende o poder de veto do governador. Mas, para o deputado Antônio Mentor, líder do PT na Assembleia, as poucas atribuições do Legislativo são exacerbadas pela falta de diálogo com o Executivo. "Alguns projetos até resvalam na questão da inconstitucionalidade, mas não há espaço para discussão com o governador. Às vezes, se um projeto é de interesse do Estado, ele poderia ser reformulado e enviado pelo próprio Executivo", diz.

 

Ele admite, porém, que há um excesso de normas com pouca relevância: "Há um número grande de projetos que não atendem a dimensão do Estado". Entre as 90 leis de maior impacto de autoria dos parlamentares, foram aprovadas normas como a regulamentação dos sistemas de telemarketing no Estado, a criação da Virada Cultural e a consolidação das leis em defesa do idoso. Por duas vezes, no fim de 2007 e de 2010-, foi votado e aprovado o aumento dos salários dos parlamentares e do governador.

 

O ano eleitoral de 2010 foi proporcionalmente o período de menor atividade. Entraram em vigor 419 leis no ano passado; dessas, 383 (91%) deram nomes a espaços públicos, criaram datas comemorativas ou declararam entidades como "de interesse público". Apenas 12 (menos de 3%) abordavam temas como defesa do consumidor, gestão ambiental ou finanças públicas.

 

Produtividade. Qualitativamente, 2007 foi o melhor ano da atual legislatura _das 240 novas leis, 11% tratam de temas com impacto direto na vida do eleitor. Para Sônia de Barros, diretora da Voto Consciente, a baixa produtividade dos parlamentares é "um absurdo". "Se dividirmos o orçamento da Assembleia pelo número de leis com algum mérito, encontraremos um valor altíssimo por norma", diz. Ela afirma que o grande número de projetos vetados deve-se à quantidade de propostas inconstitucionais apresentadas. "A Comissão de Constituição e Justiça aprova, por corporativismo, projetos inconstitucionais."

 

A cientista política Maria do Socorro Souza Braga, da USP, diz que o tamanho da bancada governista no legislativo também diminui a produtividade da Casa. "Como o governo tem uma superbancada, a base de apoio fica dependente das iniciativas do Executivo." Para Carlos Mello, do Insper, o eleitor não consegue acompanhar o trabalho dos deputados estaduais. "Se o eleitor se esquece em quem votou para senador e deputado federal, quem dirá para estadual", ressalta. "Já se tornou um clichê, mas não tem jeito: precisamos de uma reforma política."

 

Na atual legislatura, a Assembleia custou ao Estado R$ 2,4 bilhões (valor corrigido pelo IPC). No fim de 2010, na esteira do Congresso, os deputados estaduais elevaram seus salários em 61% e passaram a receber R$ 20 mil reais mensais. Somando-se a verba indenizatória e aos salários extras, cada parlamentar custa anualmente R$ 547 mil. Hoje, a Assembleia emprega 3.306 funcionários, dois terços deles em cargos comissionados.

Os deputados estaduais de São Paulo eleitos no ano passado assumirão suas cadeiras na Assembleia no dia 15 de março próximo em substituição a uma legislatura ofuscada pelo poder político do Executivo e pela produção de um grande número de projetos sem relevância para o cotidiano da população. De 2007 a 2010, a Casa aprovou e o governador sancionou 1.786 novas leis - 85% delas (ou 1535 normas) tratavam de temas como nomeação de espaços públicos e criação de datas comemorativas. Só 90 projetos (5% do total) que se tornaram lei são de autoria de parlamentares e regulam áreas como defesa do consumidor, gestão pública e meio ambiente.

 

O levantamento feito pelo Estado levou em consideração todas as normas sancionadas desde 15 de março de 2007, quando os deputados tomaram posse. O critério para a classificação do impacto das leis no cotidiano da população foi o mesmo usado pela ONG Voto Consciente, que acompanha o desempenho dos parlamentares na Assembleia.

 

Um dos fatores que contribuíram para reduzir o impacto do Legislativo estadual na vida dos paulistas é o poder de veto do Executivo. Durante a gestão José Serra/Alberto Goldman (PSDB), 274 normas foram totalmente vetadas pelo governo e não entraram em vigor - a maior parte delas, sob o argumento de que seriam inconstitucionais.

 

De acordo com a Constituição, apenas o Executivo tem a prerrogativa de apresentar leis que aumentem os gastos públicos. Partiu do governador em exercício, nos últimos quatro anos, a iniciativa de 156 leis - 9% do total aprovado.

 

O presidente da Casa, Barros Munhoz (PSDB), no entanto, avalia que a atual legislatura teve bom desempenho e defende o poder de veto do governador. Mas, para o deputado Antônio Mentor, líder do PT na Assembleia, as poucas atribuições do Legislativo são exacerbadas pela falta de diálogo com o Executivo. "Alguns projetos até resvalam na questão da inconstitucionalidade, mas não há espaço para discussão com o governador. Às vezes, se um projeto é de interesse do Estado, ele poderia ser reformulado e enviado pelo próprio Executivo", diz.

 

Ele admite, porém, que há um excesso de normas com pouca relevância: "Há um número grande de projetos que não atendem a dimensão do Estado". Entre as 90 leis de maior impacto de autoria dos parlamentares, foram aprovadas normas como a regulamentação dos sistemas de telemarketing no Estado, a criação da Virada Cultural e a consolidação das leis em defesa do idoso. Por duas vezes, no fim de 2007 e de 2010-, foi votado e aprovado o aumento dos salários dos parlamentares e do governador.

 

O ano eleitoral de 2010 foi proporcionalmente o período de menor atividade. Entraram em vigor 419 leis no ano passado; dessas, 383 (91%) deram nomes a espaços públicos, criaram datas comemorativas ou declararam entidades como "de interesse público". Apenas 12 (menos de 3%) abordavam temas como defesa do consumidor, gestão ambiental ou finanças públicas.

 

Produtividade. Qualitativamente, 2007 foi o melhor ano da atual legislatura _das 240 novas leis, 11% tratam de temas com impacto direto na vida do eleitor. Para Sônia de Barros, diretora da Voto Consciente, a baixa produtividade dos parlamentares é "um absurdo". "Se dividirmos o orçamento da Assembleia pelo número de leis com algum mérito, encontraremos um valor altíssimo por norma", diz. Ela afirma que o grande número de projetos vetados deve-se à quantidade de propostas inconstitucionais apresentadas. "A Comissão de Constituição e Justiça aprova, por corporativismo, projetos inconstitucionais."

 

A cientista política Maria do Socorro Souza Braga, da USP, diz que o tamanho da bancada governista no legislativo também diminui a produtividade da Casa. "Como o governo tem uma superbancada, a base de apoio fica dependente das iniciativas do Executivo." Para Carlos Mello, do Insper, o eleitor não consegue acompanhar o trabalho dos deputados estaduais. "Se o eleitor se esquece em quem votou para senador e deputado federal, quem dirá para estadual", ressalta. "Já se tornou um clichê, mas não tem jeito: precisamos de uma reforma política."

 

Na atual legislatura, a Assembleia custou ao Estado R$ 2,4 bilhões (valor corrigido pelo IPC). No fim de 2010, na esteira do Congresso, os deputados estaduais elevaram seus salários em 61% e passaram a receber R$ 20 mil reais mensais. Somando-se a verba indenizatória e aos salários extras, cada parlamentar custa anualmente R$ 547 mil. Hoje, a Assembleia emprega 3.306 funcionários, dois terços deles em cargos comissionados.

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