Tasso encontra Lula um dia após pedido de CPI ir ao Senado


Segundo o presidente do PSDB, o tema do encontro seria a prorrogação da CPMF, que precisa de maioria para ser aprovada. O DEM (ex-PFL) foi pego de surpresa

Por Agencia Estado

O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissatti (CE), foi chamado ao Palácio do Planalto para uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite desta quinta-feira, 19, menos de 24 horas depois que o PSDB e o DEM (ex-PFL) entregaram à Mesa Diretora do Senado um requerimento pedindo a abertura da CPI do Apagão Aéreo. "Não faz parte da cultura do PSDB radicalizar e não dialogar", justificou Tasso, ao aceitar o convite. "Necessidade de ir ao Planalto eu não diria que tem, mas se era desejo do presidente conversar pessoalmente, não vejo nenhum impedimento", ponderou o senador. Ele entende que aceitar o convite não significa vontade de aproximação política nem qualquer tipo de acordo para discutir eleição. "Mas que fique claro que nossa postura é definitiva: seremos oposição ao governo do primeiro ao último dia", destacou antes de entrar no Planalto. O encontro foi articulado pela líder do governo no Congresso, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), que transmitiu o convite presidencial ao senador esta manhã. No telefonema ao senador, a líder adiantou que um dos assuntos que Lula gostaria de tratar era a prorrogação da CPMF, o imposto do cheque que rende ao Tesouro cerca de R$ 38 bilhões anuais. Outros três assuntos estarão em pauta no encontro: colaboração ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), instituição das zonas de proteção à exportação (ZPEs), projeto cuja relatoria no Senado é de Jereissatti, e uma demanda local do senador oposicionista por incentivos da Petrobras à Siderúrgica do Ceará. "Roseana me disse que este é um assunto prioritário para o presidente porque ele precisa de maioria para aprová-la", resumiu Tasso, referindo-se à emenda constitucional que exige o voto favorável de pelo menos 357 deputados e 49 senadores, em dois turnos de votação. O presidente do PSDB considerou o convite um bom sinal: "Se ele (Lula) está chamando para conversar, é porque tem margem de negociação". ´Tomar um café´ Na verdade, Roseana já vinha insistindo com Tasso, há mais de 15 dias, para que ele aceitasse tomar um café no Planalto e ter uma audiência informal com o presidente Lula. O senador, no entanto, recusou-se a ter qualquer tipo de conversa pessoal com o presidente. Avisou que só aceitaria um convite institucional, para discutir questões nacionais de interesse do País, na condição de presidente do PSDB. Assim foi feito. Mesmo sabendo que a agenda do encontro seria feita pelo anfitrião, Tasso chegou ao Planalto decidido a conversar não só sobre CPMF, mas também sobre o veto presidencial aos projetos que recriam a Sudene e a Sudam (superintendências de desenvolvimento do nordeste e da Amazônia, respectivamente). No que se refere à CPMF, o PSDB sugere que a alíquota de 0,38% que incide hoje sobre as transações financeiras, comece a ser gradualmente reduzida a partir do ano que vem, até o patamar de 0,08%, quando seria transformada em imposto permanente. "Mas não há visita presidencial que mude a minha posição contra os vetos à Sudene nem que faça o PSDB votar a Medida Provisória criando R$ 7 bilhões em crédito extra com três meses de governo", antecipou Tasso. Surpresa A presença do tucano no gabinete presidencial surpreendeu os Democratas, que não admitem subir a rampa do Planalto, mas foi bem aceito pelos governadores, líderes e os 27 presidentes dos diretórios estaduais que se reuniram com Tasso, na sede do partido em Brasília. "Dentro do partido não há a menor preocupação com cooptação, porque não existe espaço para fazer qualquer coisa que não seja oposição ao governo", afirmou o senador depois da reunião. "Para nós, foi surpresa total. No PFL, uma visita dessas é inadmissível", disse o senador Heráclito Fortes (PI), salientando que, como presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, limita seus encontros com o presidente Lula às missões institucionais que o cargo lhe impõe. Não é o que pensa o líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP). O tucano entende que o diálogo entre governo e oposição, em um País democrático, é tão comum quanto necessário. "Espero que, nesses encontros, o presidente saiba escutar os líderes da oposição, que não têm compromisso nem cumplicidade com seu projeto de governo." (Com Reuters)

O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissatti (CE), foi chamado ao Palácio do Planalto para uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite desta quinta-feira, 19, menos de 24 horas depois que o PSDB e o DEM (ex-PFL) entregaram à Mesa Diretora do Senado um requerimento pedindo a abertura da CPI do Apagão Aéreo. "Não faz parte da cultura do PSDB radicalizar e não dialogar", justificou Tasso, ao aceitar o convite. "Necessidade de ir ao Planalto eu não diria que tem, mas se era desejo do presidente conversar pessoalmente, não vejo nenhum impedimento", ponderou o senador. Ele entende que aceitar o convite não significa vontade de aproximação política nem qualquer tipo de acordo para discutir eleição. "Mas que fique claro que nossa postura é definitiva: seremos oposição ao governo do primeiro ao último dia", destacou antes de entrar no Planalto. O encontro foi articulado pela líder do governo no Congresso, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), que transmitiu o convite presidencial ao senador esta manhã. No telefonema ao senador, a líder adiantou que um dos assuntos que Lula gostaria de tratar era a prorrogação da CPMF, o imposto do cheque que rende ao Tesouro cerca de R$ 38 bilhões anuais. Outros três assuntos estarão em pauta no encontro: colaboração ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), instituição das zonas de proteção à exportação (ZPEs), projeto cuja relatoria no Senado é de Jereissatti, e uma demanda local do senador oposicionista por incentivos da Petrobras à Siderúrgica do Ceará. "Roseana me disse que este é um assunto prioritário para o presidente porque ele precisa de maioria para aprová-la", resumiu Tasso, referindo-se à emenda constitucional que exige o voto favorável de pelo menos 357 deputados e 49 senadores, em dois turnos de votação. O presidente do PSDB considerou o convite um bom sinal: "Se ele (Lula) está chamando para conversar, é porque tem margem de negociação". ´Tomar um café´ Na verdade, Roseana já vinha insistindo com Tasso, há mais de 15 dias, para que ele aceitasse tomar um café no Planalto e ter uma audiência informal com o presidente Lula. O senador, no entanto, recusou-se a ter qualquer tipo de conversa pessoal com o presidente. Avisou que só aceitaria um convite institucional, para discutir questões nacionais de interesse do País, na condição de presidente do PSDB. Assim foi feito. Mesmo sabendo que a agenda do encontro seria feita pelo anfitrião, Tasso chegou ao Planalto decidido a conversar não só sobre CPMF, mas também sobre o veto presidencial aos projetos que recriam a Sudene e a Sudam (superintendências de desenvolvimento do nordeste e da Amazônia, respectivamente). No que se refere à CPMF, o PSDB sugere que a alíquota de 0,38% que incide hoje sobre as transações financeiras, comece a ser gradualmente reduzida a partir do ano que vem, até o patamar de 0,08%, quando seria transformada em imposto permanente. "Mas não há visita presidencial que mude a minha posição contra os vetos à Sudene nem que faça o PSDB votar a Medida Provisória criando R$ 7 bilhões em crédito extra com três meses de governo", antecipou Tasso. Surpresa A presença do tucano no gabinete presidencial surpreendeu os Democratas, que não admitem subir a rampa do Planalto, mas foi bem aceito pelos governadores, líderes e os 27 presidentes dos diretórios estaduais que se reuniram com Tasso, na sede do partido em Brasília. "Dentro do partido não há a menor preocupação com cooptação, porque não existe espaço para fazer qualquer coisa que não seja oposição ao governo", afirmou o senador depois da reunião. "Para nós, foi surpresa total. No PFL, uma visita dessas é inadmissível", disse o senador Heráclito Fortes (PI), salientando que, como presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, limita seus encontros com o presidente Lula às missões institucionais que o cargo lhe impõe. Não é o que pensa o líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP). O tucano entende que o diálogo entre governo e oposição, em um País democrático, é tão comum quanto necessário. "Espero que, nesses encontros, o presidente saiba escutar os líderes da oposição, que não têm compromisso nem cumplicidade com seu projeto de governo." (Com Reuters)

O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissatti (CE), foi chamado ao Palácio do Planalto para uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite desta quinta-feira, 19, menos de 24 horas depois que o PSDB e o DEM (ex-PFL) entregaram à Mesa Diretora do Senado um requerimento pedindo a abertura da CPI do Apagão Aéreo. "Não faz parte da cultura do PSDB radicalizar e não dialogar", justificou Tasso, ao aceitar o convite. "Necessidade de ir ao Planalto eu não diria que tem, mas se era desejo do presidente conversar pessoalmente, não vejo nenhum impedimento", ponderou o senador. Ele entende que aceitar o convite não significa vontade de aproximação política nem qualquer tipo de acordo para discutir eleição. "Mas que fique claro que nossa postura é definitiva: seremos oposição ao governo do primeiro ao último dia", destacou antes de entrar no Planalto. O encontro foi articulado pela líder do governo no Congresso, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), que transmitiu o convite presidencial ao senador esta manhã. No telefonema ao senador, a líder adiantou que um dos assuntos que Lula gostaria de tratar era a prorrogação da CPMF, o imposto do cheque que rende ao Tesouro cerca de R$ 38 bilhões anuais. Outros três assuntos estarão em pauta no encontro: colaboração ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), instituição das zonas de proteção à exportação (ZPEs), projeto cuja relatoria no Senado é de Jereissatti, e uma demanda local do senador oposicionista por incentivos da Petrobras à Siderúrgica do Ceará. "Roseana me disse que este é um assunto prioritário para o presidente porque ele precisa de maioria para aprová-la", resumiu Tasso, referindo-se à emenda constitucional que exige o voto favorável de pelo menos 357 deputados e 49 senadores, em dois turnos de votação. O presidente do PSDB considerou o convite um bom sinal: "Se ele (Lula) está chamando para conversar, é porque tem margem de negociação". ´Tomar um café´ Na verdade, Roseana já vinha insistindo com Tasso, há mais de 15 dias, para que ele aceitasse tomar um café no Planalto e ter uma audiência informal com o presidente Lula. O senador, no entanto, recusou-se a ter qualquer tipo de conversa pessoal com o presidente. Avisou que só aceitaria um convite institucional, para discutir questões nacionais de interesse do País, na condição de presidente do PSDB. Assim foi feito. Mesmo sabendo que a agenda do encontro seria feita pelo anfitrião, Tasso chegou ao Planalto decidido a conversar não só sobre CPMF, mas também sobre o veto presidencial aos projetos que recriam a Sudene e a Sudam (superintendências de desenvolvimento do nordeste e da Amazônia, respectivamente). No que se refere à CPMF, o PSDB sugere que a alíquota de 0,38% que incide hoje sobre as transações financeiras, comece a ser gradualmente reduzida a partir do ano que vem, até o patamar de 0,08%, quando seria transformada em imposto permanente. "Mas não há visita presidencial que mude a minha posição contra os vetos à Sudene nem que faça o PSDB votar a Medida Provisória criando R$ 7 bilhões em crédito extra com três meses de governo", antecipou Tasso. Surpresa A presença do tucano no gabinete presidencial surpreendeu os Democratas, que não admitem subir a rampa do Planalto, mas foi bem aceito pelos governadores, líderes e os 27 presidentes dos diretórios estaduais que se reuniram com Tasso, na sede do partido em Brasília. "Dentro do partido não há a menor preocupação com cooptação, porque não existe espaço para fazer qualquer coisa que não seja oposição ao governo", afirmou o senador depois da reunião. "Para nós, foi surpresa total. No PFL, uma visita dessas é inadmissível", disse o senador Heráclito Fortes (PI), salientando que, como presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, limita seus encontros com o presidente Lula às missões institucionais que o cargo lhe impõe. Não é o que pensa o líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP). O tucano entende que o diálogo entre governo e oposição, em um País democrático, é tão comum quanto necessário. "Espero que, nesses encontros, o presidente saiba escutar os líderes da oposição, que não têm compromisso nem cumplicidade com seu projeto de governo." (Com Reuters)

O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissatti (CE), foi chamado ao Palácio do Planalto para uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite desta quinta-feira, 19, menos de 24 horas depois que o PSDB e o DEM (ex-PFL) entregaram à Mesa Diretora do Senado um requerimento pedindo a abertura da CPI do Apagão Aéreo. "Não faz parte da cultura do PSDB radicalizar e não dialogar", justificou Tasso, ao aceitar o convite. "Necessidade de ir ao Planalto eu não diria que tem, mas se era desejo do presidente conversar pessoalmente, não vejo nenhum impedimento", ponderou o senador. Ele entende que aceitar o convite não significa vontade de aproximação política nem qualquer tipo de acordo para discutir eleição. "Mas que fique claro que nossa postura é definitiva: seremos oposição ao governo do primeiro ao último dia", destacou antes de entrar no Planalto. O encontro foi articulado pela líder do governo no Congresso, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), que transmitiu o convite presidencial ao senador esta manhã. No telefonema ao senador, a líder adiantou que um dos assuntos que Lula gostaria de tratar era a prorrogação da CPMF, o imposto do cheque que rende ao Tesouro cerca de R$ 38 bilhões anuais. Outros três assuntos estarão em pauta no encontro: colaboração ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), instituição das zonas de proteção à exportação (ZPEs), projeto cuja relatoria no Senado é de Jereissatti, e uma demanda local do senador oposicionista por incentivos da Petrobras à Siderúrgica do Ceará. "Roseana me disse que este é um assunto prioritário para o presidente porque ele precisa de maioria para aprová-la", resumiu Tasso, referindo-se à emenda constitucional que exige o voto favorável de pelo menos 357 deputados e 49 senadores, em dois turnos de votação. O presidente do PSDB considerou o convite um bom sinal: "Se ele (Lula) está chamando para conversar, é porque tem margem de negociação". ´Tomar um café´ Na verdade, Roseana já vinha insistindo com Tasso, há mais de 15 dias, para que ele aceitasse tomar um café no Planalto e ter uma audiência informal com o presidente Lula. O senador, no entanto, recusou-se a ter qualquer tipo de conversa pessoal com o presidente. Avisou que só aceitaria um convite institucional, para discutir questões nacionais de interesse do País, na condição de presidente do PSDB. Assim foi feito. Mesmo sabendo que a agenda do encontro seria feita pelo anfitrião, Tasso chegou ao Planalto decidido a conversar não só sobre CPMF, mas também sobre o veto presidencial aos projetos que recriam a Sudene e a Sudam (superintendências de desenvolvimento do nordeste e da Amazônia, respectivamente). No que se refere à CPMF, o PSDB sugere que a alíquota de 0,38% que incide hoje sobre as transações financeiras, comece a ser gradualmente reduzida a partir do ano que vem, até o patamar de 0,08%, quando seria transformada em imposto permanente. "Mas não há visita presidencial que mude a minha posição contra os vetos à Sudene nem que faça o PSDB votar a Medida Provisória criando R$ 7 bilhões em crédito extra com três meses de governo", antecipou Tasso. Surpresa A presença do tucano no gabinete presidencial surpreendeu os Democratas, que não admitem subir a rampa do Planalto, mas foi bem aceito pelos governadores, líderes e os 27 presidentes dos diretórios estaduais que se reuniram com Tasso, na sede do partido em Brasília. "Dentro do partido não há a menor preocupação com cooptação, porque não existe espaço para fazer qualquer coisa que não seja oposição ao governo", afirmou o senador depois da reunião. "Para nós, foi surpresa total. No PFL, uma visita dessas é inadmissível", disse o senador Heráclito Fortes (PI), salientando que, como presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, limita seus encontros com o presidente Lula às missões institucionais que o cargo lhe impõe. Não é o que pensa o líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP). O tucano entende que o diálogo entre governo e oposição, em um País democrático, é tão comum quanto necessário. "Espero que, nesses encontros, o presidente saiba escutar os líderes da oposição, que não têm compromisso nem cumplicidade com seu projeto de governo." (Com Reuters)

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.