Taxa de reprovação do governo Dilma se iguala à do pior momento de Sarney


Após três meses de 2º mandato, gestão da presidente é considerada ruim ou péssima por 64% dos brasileiros, índice igual ao obtido em julho de 1989 por peemedebista, até então recordista isolado de rejeição na série histórica do instituto Ibope

Por Daniel Bramatti

Texto atualizado às 21h34

São Paulo - A taxa de reprovação ao governo federal chegou em março ao ponto mais alto dos últimos 26 anos, de acordo com pesquisa Ibope divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A gestão da presidente Dilma Rousseff é considerada ruim ou péssima por 64% dos brasileiros, índice igual ao obtido em julho de 1989 por José Sarney, até então recordista isolado de rejeição na série histórica do instituto.

No levantamento realizado entre 21 e 25 de março – ou seja, após quase três meses de governo no 2.º mandato da petista –, só 12% dos entrevistados disseram ver a gestão como boa ou ótima. Desde dezembro, quando o Ibope fez a pesquisa anterior, a taxa de aprovação ao governo caiu 28 pontos porcentuais. Já a de reprovação subiu 37 pontos.

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Além de avaliar o governo federal, o Ibope colheu opiniões sobre o desempenho pessoal da presidente. Nesse caso, 78% disseram desaprovar a maneira de governar de Dilma, e 19% afirmaram o contrário.

Resultado da pesquisa CNI/Ibope sobre governoDilma foi divulgado nesta quarta-feira, 1º de abril Foto: Reuters
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O desgaste acelerado de Dilma e de seu governo contrasta com o aumento de popularidade registrado durante a campanha eleitoral do ano passado. Na época, entre junho e setembro, as taxas de aprovação à presidente e ao governo subiram sete e oito pontos porcentuais. 

Resgate. A propaganda da campanha havia ajudado Dilma a recuperar parte da popularidade que havia perdido após os protestos de junho de 2013, marcados por manifestações de massa em grandes capitais.

Antes dos protestos, Dilma estava nas alturas: em março de 2013, segundo pesquisa CNI/Ibope, seu governo era aprovado por 63%, taxa superior à obtida, no mesmo período da gestão, por seus antecessores Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

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A explosão da impopularidade de Dilma no início de seu segundo mandato já havia sido revelada pelos institutos Datafolha e MDA, na segunda quinzena de março. As taxas de ruim e péssimo apontadas foram de 62% e 65%, respectivamente.

O apoio à presidente sofreu um processo de corrosão após a posse, com o anúncio de medidas de ajuste fiscal que contrariam o discurso de campanha. Somaram-se a isso a corrupção na Petrobrás e as denúncias de que parte do dinheiro desviado foi canalizada para o PT, em forma de doações oficiais ao partido. Em 15 de março, uma multidão foi às ruas mostrar sua insatisfação, na manifestação política mais volumosa em São Paulo desde a campanha das Diretas-Já, em 1984.

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Cinema. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, comparou ontem a pesquisa CNI/Ibope a uma fotografia “ruim” do atual momento do governo. Ele ressalvou, porém, que o “filme” do segundo mandato será “muito bom”. “O governo tem de ter humildade, trabalho, trabalho e trabalho. Nosso compromisso é com quatro anos – e três meses de governo é o início de um processo. A fotografia não é boa, mas o filme vai ser muito bom”, disse o ministro, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), avaliou a queda na popularidade da presidente como falta de “credibilidade” do governo. “O governo perdeu credibilidade porque mentiu para a população durante a eleição”, disse o tucano.

“Estamos num momento ruim. Não reconhecer isso seria dar uma de avestruz, enfiando a cabeça na areia até a tempestade passar”, disse o senador Paulo Paim (PT-RS). / COLABORARAM RAFAEL MORAES MOURA, LISANDRA PARAGUASSU e NIVALDO SOUZA

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São Paulo - A taxa de reprovação ao governo federal chegou em março ao ponto mais alto dos últimos 26 anos, de acordo com pesquisa Ibope divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A gestão da presidente Dilma Rousseff é considerada ruim ou péssima por 64% dos brasileiros, índice igual ao obtido em julho de 1989 por José Sarney, até então recordista isolado de rejeição na série histórica do instituto.

No levantamento realizado entre 21 e 25 de março – ou seja, após quase três meses de governo no 2.º mandato da petista –, só 12% dos entrevistados disseram ver a gestão como boa ou ótima. Desde dezembro, quando o Ibope fez a pesquisa anterior, a taxa de aprovação ao governo caiu 28 pontos porcentuais. Já a de reprovação subiu 37 pontos.

Além de avaliar o governo federal, o Ibope colheu opiniões sobre o desempenho pessoal da presidente. Nesse caso, 78% disseram desaprovar a maneira de governar de Dilma, e 19% afirmaram o contrário.

Resultado da pesquisa CNI/Ibope sobre governoDilma foi divulgado nesta quarta-feira, 1º de abril Foto: Reuters

O desgaste acelerado de Dilma e de seu governo contrasta com o aumento de popularidade registrado durante a campanha eleitoral do ano passado. Na época, entre junho e setembro, as taxas de aprovação à presidente e ao governo subiram sete e oito pontos porcentuais. 

Resgate. A propaganda da campanha havia ajudado Dilma a recuperar parte da popularidade que havia perdido após os protestos de junho de 2013, marcados por manifestações de massa em grandes capitais.

Antes dos protestos, Dilma estava nas alturas: em março de 2013, segundo pesquisa CNI/Ibope, seu governo era aprovado por 63%, taxa superior à obtida, no mesmo período da gestão, por seus antecessores Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

A explosão da impopularidade de Dilma no início de seu segundo mandato já havia sido revelada pelos institutos Datafolha e MDA, na segunda quinzena de março. As taxas de ruim e péssimo apontadas foram de 62% e 65%, respectivamente.

O apoio à presidente sofreu um processo de corrosão após a posse, com o anúncio de medidas de ajuste fiscal que contrariam o discurso de campanha. Somaram-se a isso a corrupção na Petrobrás e as denúncias de que parte do dinheiro desviado foi canalizada para o PT, em forma de doações oficiais ao partido. Em 15 de março, uma multidão foi às ruas mostrar sua insatisfação, na manifestação política mais volumosa em São Paulo desde a campanha das Diretas-Já, em 1984.

Cinema. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, comparou ontem a pesquisa CNI/Ibope a uma fotografia “ruim” do atual momento do governo. Ele ressalvou, porém, que o “filme” do segundo mandato será “muito bom”. “O governo tem de ter humildade, trabalho, trabalho e trabalho. Nosso compromisso é com quatro anos – e três meses de governo é o início de um processo. A fotografia não é boa, mas o filme vai ser muito bom”, disse o ministro, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), avaliou a queda na popularidade da presidente como falta de “credibilidade” do governo. “O governo perdeu credibilidade porque mentiu para a população durante a eleição”, disse o tucano.

“Estamos num momento ruim. Não reconhecer isso seria dar uma de avestruz, enfiando a cabeça na areia até a tempestade passar”, disse o senador Paulo Paim (PT-RS). / COLABORARAM RAFAEL MORAES MOURA, LISANDRA PARAGUASSU e NIVALDO SOUZA

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São Paulo - A taxa de reprovação ao governo federal chegou em março ao ponto mais alto dos últimos 26 anos, de acordo com pesquisa Ibope divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A gestão da presidente Dilma Rousseff é considerada ruim ou péssima por 64% dos brasileiros, índice igual ao obtido em julho de 1989 por José Sarney, até então recordista isolado de rejeição na série histórica do instituto.

No levantamento realizado entre 21 e 25 de março – ou seja, após quase três meses de governo no 2.º mandato da petista –, só 12% dos entrevistados disseram ver a gestão como boa ou ótima. Desde dezembro, quando o Ibope fez a pesquisa anterior, a taxa de aprovação ao governo caiu 28 pontos porcentuais. Já a de reprovação subiu 37 pontos.

Além de avaliar o governo federal, o Ibope colheu opiniões sobre o desempenho pessoal da presidente. Nesse caso, 78% disseram desaprovar a maneira de governar de Dilma, e 19% afirmaram o contrário.

Resultado da pesquisa CNI/Ibope sobre governoDilma foi divulgado nesta quarta-feira, 1º de abril Foto: Reuters

O desgaste acelerado de Dilma e de seu governo contrasta com o aumento de popularidade registrado durante a campanha eleitoral do ano passado. Na época, entre junho e setembro, as taxas de aprovação à presidente e ao governo subiram sete e oito pontos porcentuais. 

Resgate. A propaganda da campanha havia ajudado Dilma a recuperar parte da popularidade que havia perdido após os protestos de junho de 2013, marcados por manifestações de massa em grandes capitais.

Antes dos protestos, Dilma estava nas alturas: em março de 2013, segundo pesquisa CNI/Ibope, seu governo era aprovado por 63%, taxa superior à obtida, no mesmo período da gestão, por seus antecessores Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

A explosão da impopularidade de Dilma no início de seu segundo mandato já havia sido revelada pelos institutos Datafolha e MDA, na segunda quinzena de março. As taxas de ruim e péssimo apontadas foram de 62% e 65%, respectivamente.

O apoio à presidente sofreu um processo de corrosão após a posse, com o anúncio de medidas de ajuste fiscal que contrariam o discurso de campanha. Somaram-se a isso a corrupção na Petrobrás e as denúncias de que parte do dinheiro desviado foi canalizada para o PT, em forma de doações oficiais ao partido. Em 15 de março, uma multidão foi às ruas mostrar sua insatisfação, na manifestação política mais volumosa em São Paulo desde a campanha das Diretas-Já, em 1984.

Cinema. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, comparou ontem a pesquisa CNI/Ibope a uma fotografia “ruim” do atual momento do governo. Ele ressalvou, porém, que o “filme” do segundo mandato será “muito bom”. “O governo tem de ter humildade, trabalho, trabalho e trabalho. Nosso compromisso é com quatro anos – e três meses de governo é o início de um processo. A fotografia não é boa, mas o filme vai ser muito bom”, disse o ministro, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), avaliou a queda na popularidade da presidente como falta de “credibilidade” do governo. “O governo perdeu credibilidade porque mentiu para a população durante a eleição”, disse o tucano.

“Estamos num momento ruim. Não reconhecer isso seria dar uma de avestruz, enfiando a cabeça na areia até a tempestade passar”, disse o senador Paulo Paim (PT-RS). / COLABORARAM RAFAEL MORAES MOURA, LISANDRA PARAGUASSU e NIVALDO SOUZA

Texto atualizado às 21h34

São Paulo - A taxa de reprovação ao governo federal chegou em março ao ponto mais alto dos últimos 26 anos, de acordo com pesquisa Ibope divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A gestão da presidente Dilma Rousseff é considerada ruim ou péssima por 64% dos brasileiros, índice igual ao obtido em julho de 1989 por José Sarney, até então recordista isolado de rejeição na série histórica do instituto.

No levantamento realizado entre 21 e 25 de março – ou seja, após quase três meses de governo no 2.º mandato da petista –, só 12% dos entrevistados disseram ver a gestão como boa ou ótima. Desde dezembro, quando o Ibope fez a pesquisa anterior, a taxa de aprovação ao governo caiu 28 pontos porcentuais. Já a de reprovação subiu 37 pontos.

Além de avaliar o governo federal, o Ibope colheu opiniões sobre o desempenho pessoal da presidente. Nesse caso, 78% disseram desaprovar a maneira de governar de Dilma, e 19% afirmaram o contrário.

Resultado da pesquisa CNI/Ibope sobre governoDilma foi divulgado nesta quarta-feira, 1º de abril Foto: Reuters

O desgaste acelerado de Dilma e de seu governo contrasta com o aumento de popularidade registrado durante a campanha eleitoral do ano passado. Na época, entre junho e setembro, as taxas de aprovação à presidente e ao governo subiram sete e oito pontos porcentuais. 

Resgate. A propaganda da campanha havia ajudado Dilma a recuperar parte da popularidade que havia perdido após os protestos de junho de 2013, marcados por manifestações de massa em grandes capitais.

Antes dos protestos, Dilma estava nas alturas: em março de 2013, segundo pesquisa CNI/Ibope, seu governo era aprovado por 63%, taxa superior à obtida, no mesmo período da gestão, por seus antecessores Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

A explosão da impopularidade de Dilma no início de seu segundo mandato já havia sido revelada pelos institutos Datafolha e MDA, na segunda quinzena de março. As taxas de ruim e péssimo apontadas foram de 62% e 65%, respectivamente.

O apoio à presidente sofreu um processo de corrosão após a posse, com o anúncio de medidas de ajuste fiscal que contrariam o discurso de campanha. Somaram-se a isso a corrupção na Petrobrás e as denúncias de que parte do dinheiro desviado foi canalizada para o PT, em forma de doações oficiais ao partido. Em 15 de março, uma multidão foi às ruas mostrar sua insatisfação, na manifestação política mais volumosa em São Paulo desde a campanha das Diretas-Já, em 1984.

Cinema. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, comparou ontem a pesquisa CNI/Ibope a uma fotografia “ruim” do atual momento do governo. Ele ressalvou, porém, que o “filme” do segundo mandato será “muito bom”. “O governo tem de ter humildade, trabalho, trabalho e trabalho. Nosso compromisso é com quatro anos – e três meses de governo é o início de um processo. A fotografia não é boa, mas o filme vai ser muito bom”, disse o ministro, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), avaliou a queda na popularidade da presidente como falta de “credibilidade” do governo. “O governo perdeu credibilidade porque mentiu para a população durante a eleição”, disse o tucano.

“Estamos num momento ruim. Não reconhecer isso seria dar uma de avestruz, enfiando a cabeça na areia até a tempestade passar”, disse o senador Paulo Paim (PT-RS). / COLABORARAM RAFAEL MORAES MOURA, LISANDRA PARAGUASSU e NIVALDO SOUZA

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