O formato do debate de domingo, 17, deu um pouco mais de liberdade para os candidatos, sem a definição prévia de temas a serem discutidos. Mas o que mais esquentou o confronto foram as perguntas das jornalistas, direto no fígado de cada um.
José Serra saiu pela tangente ao ser questionado sobre o caso do ex-diretor da Dersa Paulo Souza, criticando o fato de o apelido "Paulo Preto" ser racista. E também não explicou direito as denúncias feitas na imprensa sobre a nomeação da filha do ex-diretor da Dersa. A pergunta foi bem forte. Questionada sobre a ex-ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra, Dilma enfrentou a pergunta, mas jogou o caso para a Polícia Federal. Não fugiu totalmente da raia.
Achei o debate morno, não houve ataques frontais entre os dois candidatos. Ambos morrem de medo de aumentar a taxa de rejeição e foram aconselhados pelos marqueteiros a não fazer ataques contundentes. A questão da privatização foi novamente levantada, mas requentou o debate, porque Lula já havia usado isso sobre Geraldo Alckmin em 2006.