Concebido e anunciado pela prefeitura de Bertioga, na Baixada Santista, como o primeiro conjunto habitacional exclusivamente para policiais militares no País, o Vila Militar está com todas as 126 casas abandonadas desde 2004, ano em que deveriam ter sido entregues.
As obras, embargadas pela Justiça por causa da falência da empreiteira Aprojet, foram construídas em área alagadiça de 27,5 mil m². De iniciativa da prefeitura, o projeto foi executado por meio de programa habitacional da Caixa Econômica Federal (CEF). As casas, com 135 m² e 48m² de área construída, têm dois quartos, sala, cozinha, banheiro, área de serviço e 8 m² de recuo, que podem ser usados como garagem. Cada mutuário pagaria parcelas de R$ 210 por 15 anos.
Após o embargo, o conjunto foi abandonado. Chegou a ser invadido por 100 pessoas em 2005, mas os invasores foram retirados pela Polícia Militar. Um quinto da população de Bertioga, ou 4 mil moradores, vive em favelas.
Em março de 2011 o superintendente da CEF em Santos, José Paulo Amorim, anunciou que as obras seriam retomadas naquele ano e atenderiam a população em geral.
A Caixa informou recentemente que é possível recuperar as casas, mas o valor ultrapassa o teto dos programas habitacionais. Ainda segundo o banco, Caixa e prefeitura de Bertioga tentam sanar a demanda habitacional do município. A prefeitura diz que 3.896 famílias estão inscritas nos programas de habitação.