A gênese do bloco


Por FERNANDO PAULINO NETO

Sábado de carnaval, há dez anos. Seu Vienez estava em casa com os amigos em São Pedro da Aldeia, pequena cidade litorânea, vizinha de Cabo Frio e Araruama, a 141 quilômetros do Rio, quando os convidados resolveram fazer uma batucada. Como não havia instrumentos, cada um pegou uma panela e saiu batendo. No ano seguinte, a mesma turma voltou a abrir os armários da cozinha, mas, em vez de fazer o barulhinho dentro de casa, foi até a praia, distante dois quarteirões, já castigando os utensílios domésticos.No terceiro ano, com a reclamação das "patroas", o pessoal resolveu comprar alguns instrumentos de percussão. Tamborim, surdo, chocalho. E voltou a fazer o mesmo percurso de duas quadras, da casa de seu Vienez até a praia. Na volta, perceberam que tinham criado um bloco de carnaval. E se deram conta da necessidade de batizar a agremiação. Por votação dos fundadores, resolveu-se que o nome homenagearia um dos coirmãos do carnaval carioca. Ganhou um tradicional bloco do bairro de Laranjeiras. E assim, no quarto ano de encontros, desfilou pela primeira vez o "Chupa mas não baba" de São Pedro da Aldeia - autointitulado "um bloco familiar" - cantando e tocando antigas marchinhas de carnaval.O bloco cresceu, passou a ter diretoria e, mais recentemente, feijoada. Os baluartes do bloco decidiram então que era hora de passar a ter um enredo e um samba próprio. Para inaugurar esta nova fase, saíram no sábado de carnaval com o tema De Santana do Matos ao Engenho da Rainha - José Vienez Trindade um exemplo de vida a ser seguido. Conta a saga de seu fundador, vindo do Rio Grande do Norte para o Rio, onde conheceu, no bairro do Jardim América, "uma pequena notável" por quem se apaixonou.O que une o modesto grupo familiar de São Pedro da Aldeia à festa monumental em que se transformou o carnaval de rua do Rio com seus superblocos de rua S/A (com pedido de licença poética a Beto sem Braço e Aloizio Machado), levando centenas de milhares - e até milhões, como no Cordão da Bola Preta, no centro do Rio - é a gênese. Seja que ritmo tenham (marchinhas, samba-enredo, sambas de terreiro ou os que homenageiam o brega, o sertanejo, Beatles ou Raul Seixas), os blocos do Rio nasceram com a mesma espontaneidade, com exceção dos recentes "blocos comerciais".Um grupo de amigos em um bar tendo a ideia mirabolante. Os que efetivamente desfilam são os que sobreviveram à preguiça da ressaca.

Sábado de carnaval, há dez anos. Seu Vienez estava em casa com os amigos em São Pedro da Aldeia, pequena cidade litorânea, vizinha de Cabo Frio e Araruama, a 141 quilômetros do Rio, quando os convidados resolveram fazer uma batucada. Como não havia instrumentos, cada um pegou uma panela e saiu batendo. No ano seguinte, a mesma turma voltou a abrir os armários da cozinha, mas, em vez de fazer o barulhinho dentro de casa, foi até a praia, distante dois quarteirões, já castigando os utensílios domésticos.No terceiro ano, com a reclamação das "patroas", o pessoal resolveu comprar alguns instrumentos de percussão. Tamborim, surdo, chocalho. E voltou a fazer o mesmo percurso de duas quadras, da casa de seu Vienez até a praia. Na volta, perceberam que tinham criado um bloco de carnaval. E se deram conta da necessidade de batizar a agremiação. Por votação dos fundadores, resolveu-se que o nome homenagearia um dos coirmãos do carnaval carioca. Ganhou um tradicional bloco do bairro de Laranjeiras. E assim, no quarto ano de encontros, desfilou pela primeira vez o "Chupa mas não baba" de São Pedro da Aldeia - autointitulado "um bloco familiar" - cantando e tocando antigas marchinhas de carnaval.O bloco cresceu, passou a ter diretoria e, mais recentemente, feijoada. Os baluartes do bloco decidiram então que era hora de passar a ter um enredo e um samba próprio. Para inaugurar esta nova fase, saíram no sábado de carnaval com o tema De Santana do Matos ao Engenho da Rainha - José Vienez Trindade um exemplo de vida a ser seguido. Conta a saga de seu fundador, vindo do Rio Grande do Norte para o Rio, onde conheceu, no bairro do Jardim América, "uma pequena notável" por quem se apaixonou.O que une o modesto grupo familiar de São Pedro da Aldeia à festa monumental em que se transformou o carnaval de rua do Rio com seus superblocos de rua S/A (com pedido de licença poética a Beto sem Braço e Aloizio Machado), levando centenas de milhares - e até milhões, como no Cordão da Bola Preta, no centro do Rio - é a gênese. Seja que ritmo tenham (marchinhas, samba-enredo, sambas de terreiro ou os que homenageiam o brega, o sertanejo, Beatles ou Raul Seixas), os blocos do Rio nasceram com a mesma espontaneidade, com exceção dos recentes "blocos comerciais".Um grupo de amigos em um bar tendo a ideia mirabolante. Os que efetivamente desfilam são os que sobreviveram à preguiça da ressaca.

Sábado de carnaval, há dez anos. Seu Vienez estava em casa com os amigos em São Pedro da Aldeia, pequena cidade litorânea, vizinha de Cabo Frio e Araruama, a 141 quilômetros do Rio, quando os convidados resolveram fazer uma batucada. Como não havia instrumentos, cada um pegou uma panela e saiu batendo. No ano seguinte, a mesma turma voltou a abrir os armários da cozinha, mas, em vez de fazer o barulhinho dentro de casa, foi até a praia, distante dois quarteirões, já castigando os utensílios domésticos.No terceiro ano, com a reclamação das "patroas", o pessoal resolveu comprar alguns instrumentos de percussão. Tamborim, surdo, chocalho. E voltou a fazer o mesmo percurso de duas quadras, da casa de seu Vienez até a praia. Na volta, perceberam que tinham criado um bloco de carnaval. E se deram conta da necessidade de batizar a agremiação. Por votação dos fundadores, resolveu-se que o nome homenagearia um dos coirmãos do carnaval carioca. Ganhou um tradicional bloco do bairro de Laranjeiras. E assim, no quarto ano de encontros, desfilou pela primeira vez o "Chupa mas não baba" de São Pedro da Aldeia - autointitulado "um bloco familiar" - cantando e tocando antigas marchinhas de carnaval.O bloco cresceu, passou a ter diretoria e, mais recentemente, feijoada. Os baluartes do bloco decidiram então que era hora de passar a ter um enredo e um samba próprio. Para inaugurar esta nova fase, saíram no sábado de carnaval com o tema De Santana do Matos ao Engenho da Rainha - José Vienez Trindade um exemplo de vida a ser seguido. Conta a saga de seu fundador, vindo do Rio Grande do Norte para o Rio, onde conheceu, no bairro do Jardim América, "uma pequena notável" por quem se apaixonou.O que une o modesto grupo familiar de São Pedro da Aldeia à festa monumental em que se transformou o carnaval de rua do Rio com seus superblocos de rua S/A (com pedido de licença poética a Beto sem Braço e Aloizio Machado), levando centenas de milhares - e até milhões, como no Cordão da Bola Preta, no centro do Rio - é a gênese. Seja que ritmo tenham (marchinhas, samba-enredo, sambas de terreiro ou os que homenageiam o brega, o sertanejo, Beatles ou Raul Seixas), os blocos do Rio nasceram com a mesma espontaneidade, com exceção dos recentes "blocos comerciais".Um grupo de amigos em um bar tendo a ideia mirabolante. Os que efetivamente desfilam são os que sobreviveram à preguiça da ressaca.

Sábado de carnaval, há dez anos. Seu Vienez estava em casa com os amigos em São Pedro da Aldeia, pequena cidade litorânea, vizinha de Cabo Frio e Araruama, a 141 quilômetros do Rio, quando os convidados resolveram fazer uma batucada. Como não havia instrumentos, cada um pegou uma panela e saiu batendo. No ano seguinte, a mesma turma voltou a abrir os armários da cozinha, mas, em vez de fazer o barulhinho dentro de casa, foi até a praia, distante dois quarteirões, já castigando os utensílios domésticos.No terceiro ano, com a reclamação das "patroas", o pessoal resolveu comprar alguns instrumentos de percussão. Tamborim, surdo, chocalho. E voltou a fazer o mesmo percurso de duas quadras, da casa de seu Vienez até a praia. Na volta, perceberam que tinham criado um bloco de carnaval. E se deram conta da necessidade de batizar a agremiação. Por votação dos fundadores, resolveu-se que o nome homenagearia um dos coirmãos do carnaval carioca. Ganhou um tradicional bloco do bairro de Laranjeiras. E assim, no quarto ano de encontros, desfilou pela primeira vez o "Chupa mas não baba" de São Pedro da Aldeia - autointitulado "um bloco familiar" - cantando e tocando antigas marchinhas de carnaval.O bloco cresceu, passou a ter diretoria e, mais recentemente, feijoada. Os baluartes do bloco decidiram então que era hora de passar a ter um enredo e um samba próprio. Para inaugurar esta nova fase, saíram no sábado de carnaval com o tema De Santana do Matos ao Engenho da Rainha - José Vienez Trindade um exemplo de vida a ser seguido. Conta a saga de seu fundador, vindo do Rio Grande do Norte para o Rio, onde conheceu, no bairro do Jardim América, "uma pequena notável" por quem se apaixonou.O que une o modesto grupo familiar de São Pedro da Aldeia à festa monumental em que se transformou o carnaval de rua do Rio com seus superblocos de rua S/A (com pedido de licença poética a Beto sem Braço e Aloizio Machado), levando centenas de milhares - e até milhões, como no Cordão da Bola Preta, no centro do Rio - é a gênese. Seja que ritmo tenham (marchinhas, samba-enredo, sambas de terreiro ou os que homenageiam o brega, o sertanejo, Beatles ou Raul Seixas), os blocos do Rio nasceram com a mesma espontaneidade, com exceção dos recentes "blocos comerciais".Um grupo de amigos em um bar tendo a ideia mirabolante. Os que efetivamente desfilam são os que sobreviveram à preguiça da ressaca.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.