SÃO PAULO - O futuro secretário de governo da gestão de João Doria (PSDB) na Prefeitura de São Paulo, Júlio Semeghini, afirmou que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não garantiu o congelamento das tarifas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em 2017.
Doria informou que tem conversado com o governador a fim de viabilizar este acordo. "Alckmin tem participado (dessa discussão), assim como o presidente Michel Temer, o diálogo é todo dia e vai permanecer", disse o prefeito eleito, que prometeu não aumentar o preço da passagem de ônibus na capital paulista. Se o governo do Estado não adotar a mesma medida, ônibus e metrô vão ter tarifas diferentes em 2017.
Semeghini reforçou que o município vai precisar bancar um subsídio de aproximadamente R$ 500 milhões para garantir o congelamento no ano que vem. Além disso, a Prefeitura terá de fechar 2016 bancando um subsídio adicional de quase R$ 750 milhões para cobrir os benefícios dados com a redução da idade mínima para gratuidade de 65 para 60 anos e do passe livre para estudante, além da implantação do bilhete único diário, semanal e mensal.
"Estamos discutindo com a equipe do prefeito Fernando Haddad como vamos resolver para não dar o aumento da inflação (em 2017) e como será a estratégia de recuperar essa perda com aumento dos subsídios (de 2016)", disse Semeghini, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira para o anúncio de oito novos secretários da gestão tucana.
O secretariado de João Doria
Secretarias. João Doria já anunciou os titulares de 12 secretarias, além da secretaria especial de Comunicação, que vai ser vinculada ao gabinete do prefeito. O tucano prometeu reduzir o número de pastas das atuais 27 para 22. Sete serão extintas e duas serão criadas: a de Tecnologia e Inovação e a Desestatização e Parcerias, anunciadas hoje. Faltam ser apresentados ainda os titulares de 10 pastas, além das fundações e prefeituras regionais. Os anúncios estão programados para os próximos dias 17 e 24.
Das já anunciadas, a de Negócios Jurídicos vai englobar a Controladoria, que perde o status de secretaria. A de Desenvolvimento Social vai integrar as atuais pastas de Direitos Humanos e Cidadania, Políticas para as Mulheres e Promoção da Igualdade Racial.