Sistema Alto Tietê recebe menos água há 21 meses seguidos


De solução para ajudar o maior sistema da Grande São Paulo, ele passou a ter de ser socorrido em razão da situação crítica

Por Fabio Leite

SÃO PAULO - Utilizado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para socorrer bairros da capital paulista que eram atendidos pelo Sistema Cantareira no início da crise hídrica, em 2014, o Sistema Alto Tietê é hoje o principal manancial paulista a ser socorrido.

Represa do Sistema Alto Tietê, em Salesópolis, tem apenas 6% da capacidadeFOTO: JF Diório/Estadão Foto: JF Diório/Estadão

Desde dezembro de 2013, quando tinha 50% da capacidade, o sistema formado por cinco represas situadas entre as cidades de Suzano e Salesópolis, na Grande São Paulo, recebe um volume de água abaixo da média histórica. Um ano depois, em dezembro de 2014, ele chegou próximo ao colapso, com apenas 4% do estoque.

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Naquele momento, a Sabesp começou a recuar o que tinha avançado na distribuição de água do Alto Tietê sobre bairros da zona leste paulistana que eram atendidos pelo Cantareira, como Tatuapé, Penha e Cangaíba. A medida veio acompanhada da intensificação do racionamento de água feito pela companhia por meio da redução da pressão e do fechamento manual da rede. Hoje, o sistema atende cerca de 4,5 milhões de pessoas na porção leste da Grande São Paulo.

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Designer do Estadão mudou os hábitos para se adaptar um possível rodízio de água que São Paulo vai enfrentar

As chuvas acima da média entre fevereiro e maio ajudaram a salvar o segundo maior manancial da região do colapso, mas o agravamento da estiagem nos últimos meses acendeu o sinal de alerta novamente. A Represa Ponte Nova, em Salesópolis, ilustra o cenário crítico. Responsável por 57% da capacidade de todo o sistema, ele tem apenas 6% do estoque disponível. Vários de seus braços já desapareceram em meio à mata ou viraram pasto, a exemplo do que aconteceu na Represa Jaguari-Jacareí, em Joanópolis, que integra o Cantareira.

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Como outros países lidam com escassez de água

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Foto: Denis Cappellin/Flickr
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Foto: Leandro Neumann Ciuffo/Flickr
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Foto: Matt Barber/Flickr
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Foto: Nicki Mannix/Flickr
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Como outros países lidam com escassez de água

Foto: Leong Him Woh/Flickr

Simulações feitas pelo engenheiro José Roberto Kachel, ex-funcionário da Sabesp e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, mostram que, se a entrada de água no sistema continuar ruim, até 60% abaixo da mínima histórica, como foi em agosto, o manancial pode secar completamente em novembro deste ano.

Para tentar evitar o colapso desse sistema, que entrou em operação na década de 1990 e foi fundamental para acabar com o rodízio permanente de água na zona leste, a Sabesp promete concluir neste mês a obra de transposição de água do Sistema Rio Grande, um braço da Billings, no ABC, para a Represa Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento do Sistema Alto Tietê.

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A obra havia sido prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para maio deste ano, mês em que foi iniciada. Segundo a Sabesp, ela só deve entrar em operação para transferir até 4 mil litros por segundo entre as represas a partir do mês de outubro. 

SÃO PAULO - Utilizado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para socorrer bairros da capital paulista que eram atendidos pelo Sistema Cantareira no início da crise hídrica, em 2014, o Sistema Alto Tietê é hoje o principal manancial paulista a ser socorrido.

Represa do Sistema Alto Tietê, em Salesópolis, tem apenas 6% da capacidadeFOTO: JF Diório/Estadão Foto: JF Diório/Estadão

Desde dezembro de 2013, quando tinha 50% da capacidade, o sistema formado por cinco represas situadas entre as cidades de Suzano e Salesópolis, na Grande São Paulo, recebe um volume de água abaixo da média histórica. Um ano depois, em dezembro de 2014, ele chegou próximo ao colapso, com apenas 4% do estoque.

Naquele momento, a Sabesp começou a recuar o que tinha avançado na distribuição de água do Alto Tietê sobre bairros da zona leste paulistana que eram atendidos pelo Cantareira, como Tatuapé, Penha e Cangaíba. A medida veio acompanhada da intensificação do racionamento de água feito pela companhia por meio da redução da pressão e do fechamento manual da rede. Hoje, o sistema atende cerca de 4,5 milhões de pessoas na porção leste da Grande São Paulo.

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As chuvas acima da média entre fevereiro e maio ajudaram a salvar o segundo maior manancial da região do colapso, mas o agravamento da estiagem nos últimos meses acendeu o sinal de alerta novamente. A Represa Ponte Nova, em Salesópolis, ilustra o cenário crítico. Responsável por 57% da capacidade de todo o sistema, ele tem apenas 6% do estoque disponível. Vários de seus braços já desapareceram em meio à mata ou viraram pasto, a exemplo do que aconteceu na Represa Jaguari-Jacareí, em Joanópolis, que integra o Cantareira.

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Simulações feitas pelo engenheiro José Roberto Kachel, ex-funcionário da Sabesp e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, mostram que, se a entrada de água no sistema continuar ruim, até 60% abaixo da mínima histórica, como foi em agosto, o manancial pode secar completamente em novembro deste ano.

Para tentar evitar o colapso desse sistema, que entrou em operação na década de 1990 e foi fundamental para acabar com o rodízio permanente de água na zona leste, a Sabesp promete concluir neste mês a obra de transposição de água do Sistema Rio Grande, um braço da Billings, no ABC, para a Represa Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento do Sistema Alto Tietê.

A obra havia sido prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para maio deste ano, mês em que foi iniciada. Segundo a Sabesp, ela só deve entrar em operação para transferir até 4 mil litros por segundo entre as represas a partir do mês de outubro. 

SÃO PAULO - Utilizado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para socorrer bairros da capital paulista que eram atendidos pelo Sistema Cantareira no início da crise hídrica, em 2014, o Sistema Alto Tietê é hoje o principal manancial paulista a ser socorrido.

Represa do Sistema Alto Tietê, em Salesópolis, tem apenas 6% da capacidadeFOTO: JF Diório/Estadão Foto: JF Diório/Estadão

Desde dezembro de 2013, quando tinha 50% da capacidade, o sistema formado por cinco represas situadas entre as cidades de Suzano e Salesópolis, na Grande São Paulo, recebe um volume de água abaixo da média histórica. Um ano depois, em dezembro de 2014, ele chegou próximo ao colapso, com apenas 4% do estoque.

Naquele momento, a Sabesp começou a recuar o que tinha avançado na distribuição de água do Alto Tietê sobre bairros da zona leste paulistana que eram atendidos pelo Cantareira, como Tatuapé, Penha e Cangaíba. A medida veio acompanhada da intensificação do racionamento de água feito pela companhia por meio da redução da pressão e do fechamento manual da rede. Hoje, o sistema atende cerca de 4,5 milhões de pessoas na porção leste da Grande São Paulo.

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As chuvas acima da média entre fevereiro e maio ajudaram a salvar o segundo maior manancial da região do colapso, mas o agravamento da estiagem nos últimos meses acendeu o sinal de alerta novamente. A Represa Ponte Nova, em Salesópolis, ilustra o cenário crítico. Responsável por 57% da capacidade de todo o sistema, ele tem apenas 6% do estoque disponível. Vários de seus braços já desapareceram em meio à mata ou viraram pasto, a exemplo do que aconteceu na Represa Jaguari-Jacareí, em Joanópolis, que integra o Cantareira.

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Simulações feitas pelo engenheiro José Roberto Kachel, ex-funcionário da Sabesp e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, mostram que, se a entrada de água no sistema continuar ruim, até 60% abaixo da mínima histórica, como foi em agosto, o manancial pode secar completamente em novembro deste ano.

Para tentar evitar o colapso desse sistema, que entrou em operação na década de 1990 e foi fundamental para acabar com o rodízio permanente de água na zona leste, a Sabesp promete concluir neste mês a obra de transposição de água do Sistema Rio Grande, um braço da Billings, no ABC, para a Represa Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento do Sistema Alto Tietê.

A obra havia sido prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para maio deste ano, mês em que foi iniciada. Segundo a Sabesp, ela só deve entrar em operação para transferir até 4 mil litros por segundo entre as represas a partir do mês de outubro. 

SÃO PAULO - Utilizado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para socorrer bairros da capital paulista que eram atendidos pelo Sistema Cantareira no início da crise hídrica, em 2014, o Sistema Alto Tietê é hoje o principal manancial paulista a ser socorrido.

Represa do Sistema Alto Tietê, em Salesópolis, tem apenas 6% da capacidadeFOTO: JF Diório/Estadão Foto: JF Diório/Estadão

Desde dezembro de 2013, quando tinha 50% da capacidade, o sistema formado por cinco represas situadas entre as cidades de Suzano e Salesópolis, na Grande São Paulo, recebe um volume de água abaixo da média histórica. Um ano depois, em dezembro de 2014, ele chegou próximo ao colapso, com apenas 4% do estoque.

Naquele momento, a Sabesp começou a recuar o que tinha avançado na distribuição de água do Alto Tietê sobre bairros da zona leste paulistana que eram atendidos pelo Cantareira, como Tatuapé, Penha e Cangaíba. A medida veio acompanhada da intensificação do racionamento de água feito pela companhia por meio da redução da pressão e do fechamento manual da rede. Hoje, o sistema atende cerca de 4,5 milhões de pessoas na porção leste da Grande São Paulo.

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As chuvas acima da média entre fevereiro e maio ajudaram a salvar o segundo maior manancial da região do colapso, mas o agravamento da estiagem nos últimos meses acendeu o sinal de alerta novamente. A Represa Ponte Nova, em Salesópolis, ilustra o cenário crítico. Responsável por 57% da capacidade de todo o sistema, ele tem apenas 6% do estoque disponível. Vários de seus braços já desapareceram em meio à mata ou viraram pasto, a exemplo do que aconteceu na Represa Jaguari-Jacareí, em Joanópolis, que integra o Cantareira.

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Simulações feitas pelo engenheiro José Roberto Kachel, ex-funcionário da Sabesp e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, mostram que, se a entrada de água no sistema continuar ruim, até 60% abaixo da mínima histórica, como foi em agosto, o manancial pode secar completamente em novembro deste ano.

Para tentar evitar o colapso desse sistema, que entrou em operação na década de 1990 e foi fundamental para acabar com o rodízio permanente de água na zona leste, a Sabesp promete concluir neste mês a obra de transposição de água do Sistema Rio Grande, um braço da Billings, no ABC, para a Represa Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento do Sistema Alto Tietê.

A obra havia sido prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para maio deste ano, mês em que foi iniciada. Segundo a Sabesp, ela só deve entrar em operação para transferir até 4 mil litros por segundo entre as represas a partir do mês de outubro. 

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