Análise: A longo prazo, vale mais a ação social na Cracolândia


Uma operação policial, sem comunicação entre as partes, quebra a relação de confiança da população nos agentes públicos

Por André Zanetic

A falta de articulação entre a polícia e a Prefeitura cria riscos para a eficiência do programa De Braços Abertos, de redução de danos para os usuários de droga na região da Cracolândia. É um projeto muito delicado, porque envolve a confiança daquela população nos agentes públicos: um vínculo difícil de construir. Uma operação policial, sem comunicação entre as partes, quebra essa relação.

Se por um lado a divulgação prévia pode fazer com que a operação policial não funcione, por outro há maneiras mais eficientes de organizá-la. Deveria haver um Centro de Comando e Controle, para reunir os diferentes atores do setor público, responsáveis por analisar as estratégias para reduzir os danos da ação. Eles definiriam horários, locais e quem poderia ser avisado da operação. 

A operação de hoje é enxugar gelo, ainda que tenha prendido alguns traficantes ou apreendido armas. A longo prazo, um trabalho social é mais fortuito.

continua após a publicidade

ANDRÉ ZANETIC É CIENTISTA POLÍTICO DO NÚCLEO DE ESTUDOS DA VIOLÊNCIA DA USP 

Megaoperação da Polícia Civil na Cracolândia e em antigo cinema

1 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
2 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
3 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
4 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
5 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
6 | 15

Operação Marrocos

Foto: Felipe Rau/Estadão
7 | 15

Operação Marrocos

Foto: Felipe Rau/Estadão
8 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
9 | 15

Operação Marrocos

Foto: Polícia Civil/Divulgação
10 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
11 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
12 | 15

Operação Marrocos

Foto: Polícia Civil/Divulgação
13 | 15

Operação Marrocos

Foto: Polícia Civil/Divulgação
14 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
15 | 15

Operação Marrocos

Foto: Felipe Rau/Estadão

A falta de articulação entre a polícia e a Prefeitura cria riscos para a eficiência do programa De Braços Abertos, de redução de danos para os usuários de droga na região da Cracolândia. É um projeto muito delicado, porque envolve a confiança daquela população nos agentes públicos: um vínculo difícil de construir. Uma operação policial, sem comunicação entre as partes, quebra essa relação.

Se por um lado a divulgação prévia pode fazer com que a operação policial não funcione, por outro há maneiras mais eficientes de organizá-la. Deveria haver um Centro de Comando e Controle, para reunir os diferentes atores do setor público, responsáveis por analisar as estratégias para reduzir os danos da ação. Eles definiriam horários, locais e quem poderia ser avisado da operação. 

A operação de hoje é enxugar gelo, ainda que tenha prendido alguns traficantes ou apreendido armas. A longo prazo, um trabalho social é mais fortuito.

ANDRÉ ZANETIC É CIENTISTA POLÍTICO DO NÚCLEO DE ESTUDOS DA VIOLÊNCIA DA USP 

Megaoperação da Polícia Civil na Cracolândia e em antigo cinema

1 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
2 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
3 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
4 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
5 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
6 | 15

Operação Marrocos

Foto: Felipe Rau/Estadão
7 | 15

Operação Marrocos

Foto: Felipe Rau/Estadão
8 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
9 | 15

Operação Marrocos

Foto: Polícia Civil/Divulgação
10 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
11 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
12 | 15

Operação Marrocos

Foto: Polícia Civil/Divulgação
13 | 15

Operação Marrocos

Foto: Polícia Civil/Divulgação
14 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
15 | 15

Operação Marrocos

Foto: Felipe Rau/Estadão

A falta de articulação entre a polícia e a Prefeitura cria riscos para a eficiência do programa De Braços Abertos, de redução de danos para os usuários de droga na região da Cracolândia. É um projeto muito delicado, porque envolve a confiança daquela população nos agentes públicos: um vínculo difícil de construir. Uma operação policial, sem comunicação entre as partes, quebra essa relação.

Se por um lado a divulgação prévia pode fazer com que a operação policial não funcione, por outro há maneiras mais eficientes de organizá-la. Deveria haver um Centro de Comando e Controle, para reunir os diferentes atores do setor público, responsáveis por analisar as estratégias para reduzir os danos da ação. Eles definiriam horários, locais e quem poderia ser avisado da operação. 

A operação de hoje é enxugar gelo, ainda que tenha prendido alguns traficantes ou apreendido armas. A longo prazo, um trabalho social é mais fortuito.

ANDRÉ ZANETIC É CIENTISTA POLÍTICO DO NÚCLEO DE ESTUDOS DA VIOLÊNCIA DA USP 

Megaoperação da Polícia Civil na Cracolândia e em antigo cinema

1 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
2 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
3 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
4 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
5 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
6 | 15

Operação Marrocos

Foto: Felipe Rau/Estadão
7 | 15

Operação Marrocos

Foto: Felipe Rau/Estadão
8 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
9 | 15

Operação Marrocos

Foto: Polícia Civil/Divulgação
10 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
11 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
12 | 15

Operação Marrocos

Foto: Polícia Civil/Divulgação
13 | 15

Operação Marrocos

Foto: Polícia Civil/Divulgação
14 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
15 | 15

Operação Marrocos

Foto: Felipe Rau/Estadão

A falta de articulação entre a polícia e a Prefeitura cria riscos para a eficiência do programa De Braços Abertos, de redução de danos para os usuários de droga na região da Cracolândia. É um projeto muito delicado, porque envolve a confiança daquela população nos agentes públicos: um vínculo difícil de construir. Uma operação policial, sem comunicação entre as partes, quebra essa relação.

Se por um lado a divulgação prévia pode fazer com que a operação policial não funcione, por outro há maneiras mais eficientes de organizá-la. Deveria haver um Centro de Comando e Controle, para reunir os diferentes atores do setor público, responsáveis por analisar as estratégias para reduzir os danos da ação. Eles definiriam horários, locais e quem poderia ser avisado da operação. 

A operação de hoje é enxugar gelo, ainda que tenha prendido alguns traficantes ou apreendido armas. A longo prazo, um trabalho social é mais fortuito.

ANDRÉ ZANETIC É CIENTISTA POLÍTICO DO NÚCLEO DE ESTUDOS DA VIOLÊNCIA DA USP 

Megaoperação da Polícia Civil na Cracolândia e em antigo cinema

1 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
2 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
3 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
4 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
5 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
6 | 15

Operação Marrocos

Foto: Felipe Rau/Estadão
7 | 15

Operação Marrocos

Foto: Felipe Rau/Estadão
8 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
9 | 15

Operação Marrocos

Foto: Polícia Civil/Divulgação
10 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
11 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
12 | 15

Operação Marrocos

Foto: Polícia Civil/Divulgação
13 | 15

Operação Marrocos

Foto: Polícia Civil/Divulgação
14 | 15

Operação Marrocos

Foto: Werther Santana/Estadão
15 | 15

Operação Marrocos

Foto: Felipe Rau/Estadão

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.