Análise: A qualidade das estatísticas criminais em SP


'Regra que deveria ser adotada é contar mortos em confronto com a polícia como homicídio, e não como letalidade policial'

Por Camila Nunes Dias
Atualização:
Chacina com 19 mortes, como a do ano passado, é contabilizada como um caso de homicídio Foto: Rafael Arbex / ESTADAO

Há um problema sério na qualidade dos dados apresentados nas estatísticas criminais da Secretaria da Segurança Pública. Uma regra que deveria ser adotada é contar pessoas mortas em confronto com a polícia como homicídio, e não como letalidade policial. Afinal, embora existam tipificações diferentes, há um assassinato.

Outro item importante é dar ênfase aos números de casos de homicídios, e não aos de vítimas. Uma chacina com 19 mortes, como a do ano passado, é contabilizada como um caso de homicídio com 19 mortes. Logo, o número de casos será sempre menor que o de vítimas.

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E o “fatiamento” na divulgação das estatísticas evidencia uma preocupação com a manchete dos jornais. Primeiro são divulgados os índices que estão em queda, os números favoráveis. Mais tarde, os índices de crimes em alta. O interesse político fica evidente ao ressaltar os números positivos.

CAMILA NUNES DIAS É PROFESSORA DA UFABC E INTEGRA O FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA

Chacina com 19 mortes, como a do ano passado, é contabilizada como um caso de homicídio Foto: Rafael Arbex / ESTADAO

Há um problema sério na qualidade dos dados apresentados nas estatísticas criminais da Secretaria da Segurança Pública. Uma regra que deveria ser adotada é contar pessoas mortas em confronto com a polícia como homicídio, e não como letalidade policial. Afinal, embora existam tipificações diferentes, há um assassinato.

Outro item importante é dar ênfase aos números de casos de homicídios, e não aos de vítimas. Uma chacina com 19 mortes, como a do ano passado, é contabilizada como um caso de homicídio com 19 mortes. Logo, o número de casos será sempre menor que o de vítimas.

E o “fatiamento” na divulgação das estatísticas evidencia uma preocupação com a manchete dos jornais. Primeiro são divulgados os índices que estão em queda, os números favoráveis. Mais tarde, os índices de crimes em alta. O interesse político fica evidente ao ressaltar os números positivos.

CAMILA NUNES DIAS É PROFESSORA DA UFABC E INTEGRA O FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA

Chacina com 19 mortes, como a do ano passado, é contabilizada como um caso de homicídio Foto: Rafael Arbex / ESTADAO

Há um problema sério na qualidade dos dados apresentados nas estatísticas criminais da Secretaria da Segurança Pública. Uma regra que deveria ser adotada é contar pessoas mortas em confronto com a polícia como homicídio, e não como letalidade policial. Afinal, embora existam tipificações diferentes, há um assassinato.

Outro item importante é dar ênfase aos números de casos de homicídios, e não aos de vítimas. Uma chacina com 19 mortes, como a do ano passado, é contabilizada como um caso de homicídio com 19 mortes. Logo, o número de casos será sempre menor que o de vítimas.

E o “fatiamento” na divulgação das estatísticas evidencia uma preocupação com a manchete dos jornais. Primeiro são divulgados os índices que estão em queda, os números favoráveis. Mais tarde, os índices de crimes em alta. O interesse político fica evidente ao ressaltar os números positivos.

CAMILA NUNES DIAS É PROFESSORA DA UFABC E INTEGRA O FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA

Chacina com 19 mortes, como a do ano passado, é contabilizada como um caso de homicídio Foto: Rafael Arbex / ESTADAO

Há um problema sério na qualidade dos dados apresentados nas estatísticas criminais da Secretaria da Segurança Pública. Uma regra que deveria ser adotada é contar pessoas mortas em confronto com a polícia como homicídio, e não como letalidade policial. Afinal, embora existam tipificações diferentes, há um assassinato.

Outro item importante é dar ênfase aos números de casos de homicídios, e não aos de vítimas. Uma chacina com 19 mortes, como a do ano passado, é contabilizada como um caso de homicídio com 19 mortes. Logo, o número de casos será sempre menor que o de vítimas.

E o “fatiamento” na divulgação das estatísticas evidencia uma preocupação com a manchete dos jornais. Primeiro são divulgados os índices que estão em queda, os números favoráveis. Mais tarde, os índices de crimes em alta. O interesse político fica evidente ao ressaltar os números positivos.

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