Aplicativo para táxis fará preço ‘Uber’ na capital paulista


Uma das ideias do 99POP é aproveitar a possibilidade de usar corredor de ônibus; sindicato é contra e Prefeitura ainda vai estudar regulação da medida

Por Bruno Ribeiro
Congonhas. Taxista comum também poderá ser chamado e decidirá se aceita corrida Foto: MARCO AMBROSIO

SÃO PAULO - A empresa 99 vai oferecer, a partir do dia 31, corridas a preços similares aos do Uber, mas feitas por táxis - que podem andar nas faixas exclusivas para ônibus. A companhia anunciou nesta segunda-feira, 1º, o 99POP, serviço de transporte individual privado, liberado pela Prefeitura, a exemplo do que já fazem as empresas Cabify, Easy e Uber.

A princípio, segundo a empresa, as corridas de aplicativo serão feitas por 1 mil carros cadastrados, com placa cinza - em uma operação tipo Beta, em teste. Entretanto, se não houver nenhum desses carros perto do passageiro, e o tempo de espera foi superior a três minutos, a corrida será oferecida aos taxistas que já trabalham com a 99. Caberá ao motorista decidir se aceita fazer a corrida a “preço Uber” ou não. Estudos feitos pela empresa estimam que viagens feitas por corredor de ônibus chegam a ser de 30% a 46% mais rápidas do que aquelas que seguem pelo viário comum.

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Muitas pessoas em São Paulo, e em outras cidades do Brasil, viram no Uberuma chance de ganhar a vida. O problema é que a empresa resolveu reduzir em 15% os valores das corridas, o que tem provocado reclamação dos motoristas.

O modelo foi adotado após contatos com os principais concorrentes do Uber no mercado global - a chinesa Didi Chuxing e a americana Lyft. As empresas trabalham em uma parceria já chamada de “aliança antiuber”. Consiste em desenvolver formas de oferecer produtos muito mais adaptados a cada mercado regional - no caso de São Paulo, a iniciativa foi buscar formas de usar as faixas exclusivas de ônibus, tipo de viário que não existe em todas as cidades do mundo.

Segundo a 99, a experiência chinesa mostrou que oferecer as corridas mais baratas, “tipo Uber”, a taxistas comuns fez o número de viagens - e a renda - dos motoristas crescer. “Devemos também cobrar um porcentual menor para os parceiros do 99POP”, disse um dos dirigentes da empresa Peter Fernandez, “porque nosso modelo também precisa ser sustentável para o motorista”. 

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“Terra sem lei”. Os taxistas, por outro lado, têm um modo bem diferente de ver a situação. O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra, afirmou que “São Paulo virou uma terra sem lei” e destacou que os taxistas não poderiam cobrar tarifas abaixo dos valores da bandeirada. “A bandeirada é ou não é uma tarifa pública?”, indagou. Atualmente, pelas regras da administração municipal, o valor do taxímetro é a quantia máxima a ser cobrada, mas não há um limite de desconto.

Ainda na visão do representante sindical, a oferta de corridas a preços mais em conta para passageiros de táxi seria prejudicial para o consumidor porque, segundo Bezerra, “o passageiro ficaria em dúvida” sobre o serviço. A Prefeitura informou que o modelo da 99 não foi formalmente apresentado - mas será avaliado. Uma das dúvidas é se os táxis que oferecerem corrida mais barata terão de pagar a outorga de R$ 0,10 por km rodado que é exigida dos apps, conforme a regulamentação local. 

Uber começa a operar em Salvador; veja a situação da empresa nas cidades brasileiras

1 | 10

Salvador

Foto: REUTERS
2 | 10

Belo Horizonte

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
3 | 10

Goiânia

Foto: Divulgação
4 | 10

Recife

Foto: Prefeitura do Recife
5 | 10

Curitiba

Foto: Creative Commons
6 | 10

Campinas

Foto: Prefeitura de Campinas
7 | 10

São Paulo

Foto: REUTERS
8 | 10

Porto Alegre

Foto: Alfonso Abraaham/Divulgação
9 | 10

Brasília

Foto: DIVULGAÇÃO/PORTAL DA COPA
10 | 10

Rio de Janeiro

Foto: REUTERS
Congonhas. Taxista comum também poderá ser chamado e decidirá se aceita corrida Foto: MARCO AMBROSIO

SÃO PAULO - A empresa 99 vai oferecer, a partir do dia 31, corridas a preços similares aos do Uber, mas feitas por táxis - que podem andar nas faixas exclusivas para ônibus. A companhia anunciou nesta segunda-feira, 1º, o 99POP, serviço de transporte individual privado, liberado pela Prefeitura, a exemplo do que já fazem as empresas Cabify, Easy e Uber.

A princípio, segundo a empresa, as corridas de aplicativo serão feitas por 1 mil carros cadastrados, com placa cinza - em uma operação tipo Beta, em teste. Entretanto, se não houver nenhum desses carros perto do passageiro, e o tempo de espera foi superior a três minutos, a corrida será oferecida aos taxistas que já trabalham com a 99. Caberá ao motorista decidir se aceita fazer a corrida a “preço Uber” ou não. Estudos feitos pela empresa estimam que viagens feitas por corredor de ônibus chegam a ser de 30% a 46% mais rápidas do que aquelas que seguem pelo viário comum.

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Muitas pessoas em São Paulo, e em outras cidades do Brasil, viram no Uberuma chance de ganhar a vida. O problema é que a empresa resolveu reduzir em 15% os valores das corridas, o que tem provocado reclamação dos motoristas.

O modelo foi adotado após contatos com os principais concorrentes do Uber no mercado global - a chinesa Didi Chuxing e a americana Lyft. As empresas trabalham em uma parceria já chamada de “aliança antiuber”. Consiste em desenvolver formas de oferecer produtos muito mais adaptados a cada mercado regional - no caso de São Paulo, a iniciativa foi buscar formas de usar as faixas exclusivas de ônibus, tipo de viário que não existe em todas as cidades do mundo.

Segundo a 99, a experiência chinesa mostrou que oferecer as corridas mais baratas, “tipo Uber”, a taxistas comuns fez o número de viagens - e a renda - dos motoristas crescer. “Devemos também cobrar um porcentual menor para os parceiros do 99POP”, disse um dos dirigentes da empresa Peter Fernandez, “porque nosso modelo também precisa ser sustentável para o motorista”. 

“Terra sem lei”. Os taxistas, por outro lado, têm um modo bem diferente de ver a situação. O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra, afirmou que “São Paulo virou uma terra sem lei” e destacou que os taxistas não poderiam cobrar tarifas abaixo dos valores da bandeirada. “A bandeirada é ou não é uma tarifa pública?”, indagou. Atualmente, pelas regras da administração municipal, o valor do taxímetro é a quantia máxima a ser cobrada, mas não há um limite de desconto.

Ainda na visão do representante sindical, a oferta de corridas a preços mais em conta para passageiros de táxi seria prejudicial para o consumidor porque, segundo Bezerra, “o passageiro ficaria em dúvida” sobre o serviço. A Prefeitura informou que o modelo da 99 não foi formalmente apresentado - mas será avaliado. Uma das dúvidas é se os táxis que oferecerem corrida mais barata terão de pagar a outorga de R$ 0,10 por km rodado que é exigida dos apps, conforme a regulamentação local. 

Uber começa a operar em Salvador; veja a situação da empresa nas cidades brasileiras

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A princípio, segundo a empresa, as corridas de aplicativo serão feitas por 1 mil carros cadastrados, com placa cinza - em uma operação tipo Beta, em teste. Entretanto, se não houver nenhum desses carros perto do passageiro, e o tempo de espera foi superior a três minutos, a corrida será oferecida aos taxistas que já trabalham com a 99. Caberá ao motorista decidir se aceita fazer a corrida a “preço Uber” ou não. Estudos feitos pela empresa estimam que viagens feitas por corredor de ônibus chegam a ser de 30% a 46% mais rápidas do que aquelas que seguem pelo viário comum.

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O modelo foi adotado após contatos com os principais concorrentes do Uber no mercado global - a chinesa Didi Chuxing e a americana Lyft. As empresas trabalham em uma parceria já chamada de “aliança antiuber”. Consiste em desenvolver formas de oferecer produtos muito mais adaptados a cada mercado regional - no caso de São Paulo, a iniciativa foi buscar formas de usar as faixas exclusivas de ônibus, tipo de viário que não existe em todas as cidades do mundo.

Segundo a 99, a experiência chinesa mostrou que oferecer as corridas mais baratas, “tipo Uber”, a taxistas comuns fez o número de viagens - e a renda - dos motoristas crescer. “Devemos também cobrar um porcentual menor para os parceiros do 99POP”, disse um dos dirigentes da empresa Peter Fernandez, “porque nosso modelo também precisa ser sustentável para o motorista”. 

“Terra sem lei”. Os taxistas, por outro lado, têm um modo bem diferente de ver a situação. O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra, afirmou que “São Paulo virou uma terra sem lei” e destacou que os taxistas não poderiam cobrar tarifas abaixo dos valores da bandeirada. “A bandeirada é ou não é uma tarifa pública?”, indagou. Atualmente, pelas regras da administração municipal, o valor do taxímetro é a quantia máxima a ser cobrada, mas não há um limite de desconto.

Ainda na visão do representante sindical, a oferta de corridas a preços mais em conta para passageiros de táxi seria prejudicial para o consumidor porque, segundo Bezerra, “o passageiro ficaria em dúvida” sobre o serviço. A Prefeitura informou que o modelo da 99 não foi formalmente apresentado - mas será avaliado. Uma das dúvidas é se os táxis que oferecerem corrida mais barata terão de pagar a outorga de R$ 0,10 por km rodado que é exigida dos apps, conforme a regulamentação local. 

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A princípio, segundo a empresa, as corridas de aplicativo serão feitas por 1 mil carros cadastrados, com placa cinza - em uma operação tipo Beta, em teste. Entretanto, se não houver nenhum desses carros perto do passageiro, e o tempo de espera foi superior a três minutos, a corrida será oferecida aos taxistas que já trabalham com a 99. Caberá ao motorista decidir se aceita fazer a corrida a “preço Uber” ou não. Estudos feitos pela empresa estimam que viagens feitas por corredor de ônibus chegam a ser de 30% a 46% mais rápidas do que aquelas que seguem pelo viário comum.

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O modelo foi adotado após contatos com os principais concorrentes do Uber no mercado global - a chinesa Didi Chuxing e a americana Lyft. As empresas trabalham em uma parceria já chamada de “aliança antiuber”. Consiste em desenvolver formas de oferecer produtos muito mais adaptados a cada mercado regional - no caso de São Paulo, a iniciativa foi buscar formas de usar as faixas exclusivas de ônibus, tipo de viário que não existe em todas as cidades do mundo.

Segundo a 99, a experiência chinesa mostrou que oferecer as corridas mais baratas, “tipo Uber”, a taxistas comuns fez o número de viagens - e a renda - dos motoristas crescer. “Devemos também cobrar um porcentual menor para os parceiros do 99POP”, disse um dos dirigentes da empresa Peter Fernandez, “porque nosso modelo também precisa ser sustentável para o motorista”. 

“Terra sem lei”. Os taxistas, por outro lado, têm um modo bem diferente de ver a situação. O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra, afirmou que “São Paulo virou uma terra sem lei” e destacou que os taxistas não poderiam cobrar tarifas abaixo dos valores da bandeirada. “A bandeirada é ou não é uma tarifa pública?”, indagou. Atualmente, pelas regras da administração municipal, o valor do taxímetro é a quantia máxima a ser cobrada, mas não há um limite de desconto.

Ainda na visão do representante sindical, a oferta de corridas a preços mais em conta para passageiros de táxi seria prejudicial para o consumidor porque, segundo Bezerra, “o passageiro ficaria em dúvida” sobre o serviço. A Prefeitura informou que o modelo da 99 não foi formalmente apresentado - mas será avaliado. Uma das dúvidas é se os táxis que oferecerem corrida mais barata terão de pagar a outorga de R$ 0,10 por km rodado que é exigida dos apps, conforme a regulamentação local. 

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