Bebês viram no Rio 'veteranos' de fotos feitas em estúdio


Nova mania é fotografar os pequenos em sessões mensais ou trimestrais, até o 1º ano; preços vão de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil por vez

Por Danielle Villela

Atualizado às 14h35 do dia 29/6

RIO - Não bastam mais os cliques que os pais fazem de cada sorriso, cada papinha e cada gracinha de seus bebês com as próprias câmeras e celulares. Após a popularização dos ensaios fotográficos de grávidas e dos ensaios "newborn" (recém-nascido, em inglês), a mais nova moda no Rio é registrar o crescimento dos pequenos com sessões mensais ou trimestrais de fotos profissionais ao longo do primeiro ano de vida.

Depois de posar com 24 dias e cinco meses, Júlia fez sua terceira sessão de fotos ao completar sete meses Foto: Wilton Júnior/Estadão
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Os preços vão de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil por sessão, em pacotes que podem incluir fotos durante a gravidez e no parto. O acompanhamento pode terminar no aniversário de 1 ano do bebê ou com o ensaio "smash the cake" (esmague o bolo, em inglês), quando a criança é clicada se lambuzando.

A engenheira Roberta Gazi, de 31 anos, já sonhava com as fotos antes mesmo de engravidar de Julia, hoje com 7 meses. "Sempre quis os álbuns com fotos newborn e todas as fases da evolução do bebê. É caro, mas vale a pena", afirmou ela, que já tinha feito um ensaio durante a gravidez. Após sessões aos 24 dias e aos 5 meses, Julia posou pela terceira vez na sexta-feira.

"Antigamente era aquele álbum do bebê e pronto, não tinha acompanhamento profissional. Comecei tirando fotos com câmera comum, mas queria ter esse registro mais organizado", disse Vanessa Mello, de 34 anos, que fez quatro sessões fotográficas com a filha Laura, hoje com 1 ano e 7 meses. Depois de ensaio aos 8 meses de gravidez com fotógrafo que não trabalhava com bebês, a engenheira diz que pesquisou até decidir pelo pacote de 20 fotos da filha a cada três meses. "É um investimento que vale a pena. A cada sessão era mais difícil escolher as fotos."

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Após cinco anos tentando engravidar, a dentista Raquel Klotzle, de 42 anos, fez fotos aos 8 meses de gravidez e quando o filho Gustavo Henrique, nascido em 2 de junho, tinha 14 dias. "Foi um bebê muito desejado. Queremos lembranças eternas dessa alegria para nós e para ele", disse Raquel, que planeja ensaios quando o filho tiver seis meses e um ano.

Em ensaio newborn, Júlia posou pela primeira vez aos 24 dias Foto: Rita Rodrigues/Divulgação

Diferenciação. Enquanto os recém-nascidos são fotografados dormindo em cestinhos e enfeitados com coroas, chapéus e gorros, as fotos de acompanhamento mostram a criança de modo mais espontâneo. "O primeiro ano de vida passa muito rápido, as mudanças vão se perdendo e os ensaios marcam cada fase do desenvolvimento do bebê", disse Christina Amaral, que há três anos fotografa bebês, crianças e gestantes com a sócia Edna Costa em seu estúdio no Flamengo, zona sul do Rio.

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Christina explica que os principais marcos nos ensaios trimestrais são os movimentos corporais dos bebês: aos 3 meses ficam de bruços; aos 6, sentam; aos 9, engatinham, e com 1 ano, andam. Pais e irmãos podem participar das sessões feitas em estúdio, em casa ou, quando o bebê já está maior, em ambientes externos, como parques.

Cada sessão dura em média duas horas, enquanto ensaios com recém-nascidos levam até quatro horas, com pausas para mamadas e trocas de fraldas. "Os bebês maiores cansam logo e não gostam de trocar de roupa várias vezes", disse Rita Rodrigues, dona de estúdio na Barra da Tijuca, zona oeste. A fotógrafa calcula que 90% dos clientes queiram ensaios new born e muitos voltam para fotos trimensais. "Cada vez mais clientes pedem acompanhamento mesmo sem ter feito fotos new born." 

Arrependida de não ter fotos profissionais da gravidez e dos primeiros dias de Alice, a segunda filha, a cirurgiã dentista Michele Bahiense, de 40 anos, optou pelo pacote trimensal.

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"Foi muita correria nas primeiras semanas e também fiquei um pouco receosa em expô-la ao frio. Quero muito registrar esse momento tão gostoso." Na primeira sessão, no sábado passado, Alice dormiu tanto que a fotógrafa conseguiu reproduzir as poses feitas com recém-nascidos. 

A Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém Nascidos recomenda que as sessões ocorram em local climatizado a 27ºC, de preferência com luz natural.

Para Laura Alzuelta, uma das fundadoras, o mais importante nos ensaios é a segurança. "Há mãe que pega foto na internet e quer que o fotógrafo faça igual, mas nem todo bebê faz todas as poses. Tem que respeitar o bebê." 

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A antropóloga Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diz que os ensaios profissionais são reflexo da necessidade de eternizar lembranças e da busca por reconhecimento. "É uma prova de afeto que as famílias querem guardar para a vida toda, assim como antes já ocorria com diários e álbuns. As pessoas sempre se exibiram, 'olha como meu bebê é lindo', mas hoje o alcance dessa exibição é muito maior." 

Atualizado às 14h35 do dia 29/6

RIO - Não bastam mais os cliques que os pais fazem de cada sorriso, cada papinha e cada gracinha de seus bebês com as próprias câmeras e celulares. Após a popularização dos ensaios fotográficos de grávidas e dos ensaios "newborn" (recém-nascido, em inglês), a mais nova moda no Rio é registrar o crescimento dos pequenos com sessões mensais ou trimestrais de fotos profissionais ao longo do primeiro ano de vida.

Depois de posar com 24 dias e cinco meses, Júlia fez sua terceira sessão de fotos ao completar sete meses Foto: Wilton Júnior/Estadão

Os preços vão de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil por sessão, em pacotes que podem incluir fotos durante a gravidez e no parto. O acompanhamento pode terminar no aniversário de 1 ano do bebê ou com o ensaio "smash the cake" (esmague o bolo, em inglês), quando a criança é clicada se lambuzando.

A engenheira Roberta Gazi, de 31 anos, já sonhava com as fotos antes mesmo de engravidar de Julia, hoje com 7 meses. "Sempre quis os álbuns com fotos newborn e todas as fases da evolução do bebê. É caro, mas vale a pena", afirmou ela, que já tinha feito um ensaio durante a gravidez. Após sessões aos 24 dias e aos 5 meses, Julia posou pela terceira vez na sexta-feira.

"Antigamente era aquele álbum do bebê e pronto, não tinha acompanhamento profissional. Comecei tirando fotos com câmera comum, mas queria ter esse registro mais organizado", disse Vanessa Mello, de 34 anos, que fez quatro sessões fotográficas com a filha Laura, hoje com 1 ano e 7 meses. Depois de ensaio aos 8 meses de gravidez com fotógrafo que não trabalhava com bebês, a engenheira diz que pesquisou até decidir pelo pacote de 20 fotos da filha a cada três meses. "É um investimento que vale a pena. A cada sessão era mais difícil escolher as fotos."

Após cinco anos tentando engravidar, a dentista Raquel Klotzle, de 42 anos, fez fotos aos 8 meses de gravidez e quando o filho Gustavo Henrique, nascido em 2 de junho, tinha 14 dias. "Foi um bebê muito desejado. Queremos lembranças eternas dessa alegria para nós e para ele", disse Raquel, que planeja ensaios quando o filho tiver seis meses e um ano.

Em ensaio newborn, Júlia posou pela primeira vez aos 24 dias Foto: Rita Rodrigues/Divulgação

Diferenciação. Enquanto os recém-nascidos são fotografados dormindo em cestinhos e enfeitados com coroas, chapéus e gorros, as fotos de acompanhamento mostram a criança de modo mais espontâneo. "O primeiro ano de vida passa muito rápido, as mudanças vão se perdendo e os ensaios marcam cada fase do desenvolvimento do bebê", disse Christina Amaral, que há três anos fotografa bebês, crianças e gestantes com a sócia Edna Costa em seu estúdio no Flamengo, zona sul do Rio.

Christina explica que os principais marcos nos ensaios trimestrais são os movimentos corporais dos bebês: aos 3 meses ficam de bruços; aos 6, sentam; aos 9, engatinham, e com 1 ano, andam. Pais e irmãos podem participar das sessões feitas em estúdio, em casa ou, quando o bebê já está maior, em ambientes externos, como parques.

Cada sessão dura em média duas horas, enquanto ensaios com recém-nascidos levam até quatro horas, com pausas para mamadas e trocas de fraldas. "Os bebês maiores cansam logo e não gostam de trocar de roupa várias vezes", disse Rita Rodrigues, dona de estúdio na Barra da Tijuca, zona oeste. A fotógrafa calcula que 90% dos clientes queiram ensaios new born e muitos voltam para fotos trimensais. "Cada vez mais clientes pedem acompanhamento mesmo sem ter feito fotos new born." 

Arrependida de não ter fotos profissionais da gravidez e dos primeiros dias de Alice, a segunda filha, a cirurgiã dentista Michele Bahiense, de 40 anos, optou pelo pacote trimensal.

"Foi muita correria nas primeiras semanas e também fiquei um pouco receosa em expô-la ao frio. Quero muito registrar esse momento tão gostoso." Na primeira sessão, no sábado passado, Alice dormiu tanto que a fotógrafa conseguiu reproduzir as poses feitas com recém-nascidos. 

A Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém Nascidos recomenda que as sessões ocorram em local climatizado a 27ºC, de preferência com luz natural.

Para Laura Alzuelta, uma das fundadoras, o mais importante nos ensaios é a segurança. "Há mãe que pega foto na internet e quer que o fotógrafo faça igual, mas nem todo bebê faz todas as poses. Tem que respeitar o bebê." 

A antropóloga Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diz que os ensaios profissionais são reflexo da necessidade de eternizar lembranças e da busca por reconhecimento. "É uma prova de afeto que as famílias querem guardar para a vida toda, assim como antes já ocorria com diários e álbuns. As pessoas sempre se exibiram, 'olha como meu bebê é lindo', mas hoje o alcance dessa exibição é muito maior." 

Atualizado às 14h35 do dia 29/6

RIO - Não bastam mais os cliques que os pais fazem de cada sorriso, cada papinha e cada gracinha de seus bebês com as próprias câmeras e celulares. Após a popularização dos ensaios fotográficos de grávidas e dos ensaios "newborn" (recém-nascido, em inglês), a mais nova moda no Rio é registrar o crescimento dos pequenos com sessões mensais ou trimestrais de fotos profissionais ao longo do primeiro ano de vida.

Depois de posar com 24 dias e cinco meses, Júlia fez sua terceira sessão de fotos ao completar sete meses Foto: Wilton Júnior/Estadão

Os preços vão de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil por sessão, em pacotes que podem incluir fotos durante a gravidez e no parto. O acompanhamento pode terminar no aniversário de 1 ano do bebê ou com o ensaio "smash the cake" (esmague o bolo, em inglês), quando a criança é clicada se lambuzando.

A engenheira Roberta Gazi, de 31 anos, já sonhava com as fotos antes mesmo de engravidar de Julia, hoje com 7 meses. "Sempre quis os álbuns com fotos newborn e todas as fases da evolução do bebê. É caro, mas vale a pena", afirmou ela, que já tinha feito um ensaio durante a gravidez. Após sessões aos 24 dias e aos 5 meses, Julia posou pela terceira vez na sexta-feira.

"Antigamente era aquele álbum do bebê e pronto, não tinha acompanhamento profissional. Comecei tirando fotos com câmera comum, mas queria ter esse registro mais organizado", disse Vanessa Mello, de 34 anos, que fez quatro sessões fotográficas com a filha Laura, hoje com 1 ano e 7 meses. Depois de ensaio aos 8 meses de gravidez com fotógrafo que não trabalhava com bebês, a engenheira diz que pesquisou até decidir pelo pacote de 20 fotos da filha a cada três meses. "É um investimento que vale a pena. A cada sessão era mais difícil escolher as fotos."

Após cinco anos tentando engravidar, a dentista Raquel Klotzle, de 42 anos, fez fotos aos 8 meses de gravidez e quando o filho Gustavo Henrique, nascido em 2 de junho, tinha 14 dias. "Foi um bebê muito desejado. Queremos lembranças eternas dessa alegria para nós e para ele", disse Raquel, que planeja ensaios quando o filho tiver seis meses e um ano.

Em ensaio newborn, Júlia posou pela primeira vez aos 24 dias Foto: Rita Rodrigues/Divulgação

Diferenciação. Enquanto os recém-nascidos são fotografados dormindo em cestinhos e enfeitados com coroas, chapéus e gorros, as fotos de acompanhamento mostram a criança de modo mais espontâneo. "O primeiro ano de vida passa muito rápido, as mudanças vão se perdendo e os ensaios marcam cada fase do desenvolvimento do bebê", disse Christina Amaral, que há três anos fotografa bebês, crianças e gestantes com a sócia Edna Costa em seu estúdio no Flamengo, zona sul do Rio.

Christina explica que os principais marcos nos ensaios trimestrais são os movimentos corporais dos bebês: aos 3 meses ficam de bruços; aos 6, sentam; aos 9, engatinham, e com 1 ano, andam. Pais e irmãos podem participar das sessões feitas em estúdio, em casa ou, quando o bebê já está maior, em ambientes externos, como parques.

Cada sessão dura em média duas horas, enquanto ensaios com recém-nascidos levam até quatro horas, com pausas para mamadas e trocas de fraldas. "Os bebês maiores cansam logo e não gostam de trocar de roupa várias vezes", disse Rita Rodrigues, dona de estúdio na Barra da Tijuca, zona oeste. A fotógrafa calcula que 90% dos clientes queiram ensaios new born e muitos voltam para fotos trimensais. "Cada vez mais clientes pedem acompanhamento mesmo sem ter feito fotos new born." 

Arrependida de não ter fotos profissionais da gravidez e dos primeiros dias de Alice, a segunda filha, a cirurgiã dentista Michele Bahiense, de 40 anos, optou pelo pacote trimensal.

"Foi muita correria nas primeiras semanas e também fiquei um pouco receosa em expô-la ao frio. Quero muito registrar esse momento tão gostoso." Na primeira sessão, no sábado passado, Alice dormiu tanto que a fotógrafa conseguiu reproduzir as poses feitas com recém-nascidos. 

A Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém Nascidos recomenda que as sessões ocorram em local climatizado a 27ºC, de preferência com luz natural.

Para Laura Alzuelta, uma das fundadoras, o mais importante nos ensaios é a segurança. "Há mãe que pega foto na internet e quer que o fotógrafo faça igual, mas nem todo bebê faz todas as poses. Tem que respeitar o bebê." 

A antropóloga Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diz que os ensaios profissionais são reflexo da necessidade de eternizar lembranças e da busca por reconhecimento. "É uma prova de afeto que as famílias querem guardar para a vida toda, assim como antes já ocorria com diários e álbuns. As pessoas sempre se exibiram, 'olha como meu bebê é lindo', mas hoje o alcance dessa exibição é muito maior." 

Atualizado às 14h35 do dia 29/6

RIO - Não bastam mais os cliques que os pais fazem de cada sorriso, cada papinha e cada gracinha de seus bebês com as próprias câmeras e celulares. Após a popularização dos ensaios fotográficos de grávidas e dos ensaios "newborn" (recém-nascido, em inglês), a mais nova moda no Rio é registrar o crescimento dos pequenos com sessões mensais ou trimestrais de fotos profissionais ao longo do primeiro ano de vida.

Depois de posar com 24 dias e cinco meses, Júlia fez sua terceira sessão de fotos ao completar sete meses Foto: Wilton Júnior/Estadão

Os preços vão de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil por sessão, em pacotes que podem incluir fotos durante a gravidez e no parto. O acompanhamento pode terminar no aniversário de 1 ano do bebê ou com o ensaio "smash the cake" (esmague o bolo, em inglês), quando a criança é clicada se lambuzando.

A engenheira Roberta Gazi, de 31 anos, já sonhava com as fotos antes mesmo de engravidar de Julia, hoje com 7 meses. "Sempre quis os álbuns com fotos newborn e todas as fases da evolução do bebê. É caro, mas vale a pena", afirmou ela, que já tinha feito um ensaio durante a gravidez. Após sessões aos 24 dias e aos 5 meses, Julia posou pela terceira vez na sexta-feira.

"Antigamente era aquele álbum do bebê e pronto, não tinha acompanhamento profissional. Comecei tirando fotos com câmera comum, mas queria ter esse registro mais organizado", disse Vanessa Mello, de 34 anos, que fez quatro sessões fotográficas com a filha Laura, hoje com 1 ano e 7 meses. Depois de ensaio aos 8 meses de gravidez com fotógrafo que não trabalhava com bebês, a engenheira diz que pesquisou até decidir pelo pacote de 20 fotos da filha a cada três meses. "É um investimento que vale a pena. A cada sessão era mais difícil escolher as fotos."

Após cinco anos tentando engravidar, a dentista Raquel Klotzle, de 42 anos, fez fotos aos 8 meses de gravidez e quando o filho Gustavo Henrique, nascido em 2 de junho, tinha 14 dias. "Foi um bebê muito desejado. Queremos lembranças eternas dessa alegria para nós e para ele", disse Raquel, que planeja ensaios quando o filho tiver seis meses e um ano.

Em ensaio newborn, Júlia posou pela primeira vez aos 24 dias Foto: Rita Rodrigues/Divulgação

Diferenciação. Enquanto os recém-nascidos são fotografados dormindo em cestinhos e enfeitados com coroas, chapéus e gorros, as fotos de acompanhamento mostram a criança de modo mais espontâneo. "O primeiro ano de vida passa muito rápido, as mudanças vão se perdendo e os ensaios marcam cada fase do desenvolvimento do bebê", disse Christina Amaral, que há três anos fotografa bebês, crianças e gestantes com a sócia Edna Costa em seu estúdio no Flamengo, zona sul do Rio.

Christina explica que os principais marcos nos ensaios trimestrais são os movimentos corporais dos bebês: aos 3 meses ficam de bruços; aos 6, sentam; aos 9, engatinham, e com 1 ano, andam. Pais e irmãos podem participar das sessões feitas em estúdio, em casa ou, quando o bebê já está maior, em ambientes externos, como parques.

Cada sessão dura em média duas horas, enquanto ensaios com recém-nascidos levam até quatro horas, com pausas para mamadas e trocas de fraldas. "Os bebês maiores cansam logo e não gostam de trocar de roupa várias vezes", disse Rita Rodrigues, dona de estúdio na Barra da Tijuca, zona oeste. A fotógrafa calcula que 90% dos clientes queiram ensaios new born e muitos voltam para fotos trimensais. "Cada vez mais clientes pedem acompanhamento mesmo sem ter feito fotos new born." 

Arrependida de não ter fotos profissionais da gravidez e dos primeiros dias de Alice, a segunda filha, a cirurgiã dentista Michele Bahiense, de 40 anos, optou pelo pacote trimensal.

"Foi muita correria nas primeiras semanas e também fiquei um pouco receosa em expô-la ao frio. Quero muito registrar esse momento tão gostoso." Na primeira sessão, no sábado passado, Alice dormiu tanto que a fotógrafa conseguiu reproduzir as poses feitas com recém-nascidos. 

A Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém Nascidos recomenda que as sessões ocorram em local climatizado a 27ºC, de preferência com luz natural.

Para Laura Alzuelta, uma das fundadoras, o mais importante nos ensaios é a segurança. "Há mãe que pega foto na internet e quer que o fotógrafo faça igual, mas nem todo bebê faz todas as poses. Tem que respeitar o bebê." 

A antropóloga Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diz que os ensaios profissionais são reflexo da necessidade de eternizar lembranças e da busca por reconhecimento. "É uma prova de afeto que as famílias querem guardar para a vida toda, assim como antes já ocorria com diários e álbuns. As pessoas sempre se exibiram, 'olha como meu bebê é lindo', mas hoje o alcance dessa exibição é muito maior." 

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