Histórias de São Paulo

O cinema da vida no tempo da pandemia


Por Pablo Pereira

Minha mãe costumava contar que na juventude, nos anos 40, cuidava do cinema da família. Adorava aquilo. Ela recordava das sessões que via depois de fechar a bilheteria. Por anos lamentou que a vida tomou outro rumo tirando dela aquele prazer. Imagine: uma jovem deslumbrada com todos aqueles craques das telas, gente que foi virando cult. Talvez seja por isso que "Cinema Paradiso" me levou nove vezes à sala de exibição para me encantar com o menino Totó do Sr. Tornatore e a maravilhosa trilha do Sr. Morricone. O cinema é como os livros, nos abre mundos que nos dão prazeres e nos revelam coisas que temos e, muitas vezes, nem sabemos.

No último domingo, à noite, curioso, acompanhei a cerimônia de premiação dos melhores filmes do ano pela TV. Estes tempos de 20/21 abarcam uma realidade global que parece o roteiro da história de um planeta envolto numa guerra biológica terrível, com todos perplexos diante da impotência contra um vírus mortal. Um momento trágico. Nos anos 40, minha mãe viu a indústria do cinema procurar maneiras de entreter as pessoas durante o sofrimento dos horrores da Segunda Guerra. Agora, abril de 2021, eu queria ver como a criação olhou esse mundo muito doido.

De certa forma, o Oscar da pandemia mostrou o drama humano atual e refletiu a realidade. Premiou a beleza da atuação de mulheres criadoras (Frances McDormand), destacou uma diretora chinesa (Chloé Zhao) e deu relevância a uma coreana idosa (Yuh-Jung Youn) como atriz coajuvante, além de reconhecer o talento de um jovem intérprete britânico (Daniel Kaluuya), que faz o papel de um ativista negro.

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Mas uma obra é especialmente representativa: aquela que deu o merecido prêmio de Melhor Ator a Anthony Hopkins. Com a brilhante interpretação de um idoso perdido em confusões mentais, fato cada vez mais comum pela crescente maior longevidade das pessoas, é um filme cruelmente tocante. Sem apelações do tipo mulher pelada, tiros, perseguições de carros de polícia - e outras mirabolâncias vulgares -, a fita foi também o Melhor Roteiro Adaptado. É o resumo de um tempo: "Meu Pai"!

Minha mãe costumava contar que na juventude, nos anos 40, cuidava do cinema da família. Adorava aquilo. Ela recordava das sessões que via depois de fechar a bilheteria. Por anos lamentou que a vida tomou outro rumo tirando dela aquele prazer. Imagine: uma jovem deslumbrada com todos aqueles craques das telas, gente que foi virando cult. Talvez seja por isso que "Cinema Paradiso" me levou nove vezes à sala de exibição para me encantar com o menino Totó do Sr. Tornatore e a maravilhosa trilha do Sr. Morricone. O cinema é como os livros, nos abre mundos que nos dão prazeres e nos revelam coisas que temos e, muitas vezes, nem sabemos.

No último domingo, à noite, curioso, acompanhei a cerimônia de premiação dos melhores filmes do ano pela TV. Estes tempos de 20/21 abarcam uma realidade global que parece o roteiro da história de um planeta envolto numa guerra biológica terrível, com todos perplexos diante da impotência contra um vírus mortal. Um momento trágico. Nos anos 40, minha mãe viu a indústria do cinema procurar maneiras de entreter as pessoas durante o sofrimento dos horrores da Segunda Guerra. Agora, abril de 2021, eu queria ver como a criação olhou esse mundo muito doido.

De certa forma, o Oscar da pandemia mostrou o drama humano atual e refletiu a realidade. Premiou a beleza da atuação de mulheres criadoras (Frances McDormand), destacou uma diretora chinesa (Chloé Zhao) e deu relevância a uma coreana idosa (Yuh-Jung Youn) como atriz coajuvante, além de reconhecer o talento de um jovem intérprete britânico (Daniel Kaluuya), que faz o papel de um ativista negro.

Mas uma obra é especialmente representativa: aquela que deu o merecido prêmio de Melhor Ator a Anthony Hopkins. Com a brilhante interpretação de um idoso perdido em confusões mentais, fato cada vez mais comum pela crescente maior longevidade das pessoas, é um filme cruelmente tocante. Sem apelações do tipo mulher pelada, tiros, perseguições de carros de polícia - e outras mirabolâncias vulgares -, a fita foi também o Melhor Roteiro Adaptado. É o resumo de um tempo: "Meu Pai"!

Minha mãe costumava contar que na juventude, nos anos 40, cuidava do cinema da família. Adorava aquilo. Ela recordava das sessões que via depois de fechar a bilheteria. Por anos lamentou que a vida tomou outro rumo tirando dela aquele prazer. Imagine: uma jovem deslumbrada com todos aqueles craques das telas, gente que foi virando cult. Talvez seja por isso que "Cinema Paradiso" me levou nove vezes à sala de exibição para me encantar com o menino Totó do Sr. Tornatore e a maravilhosa trilha do Sr. Morricone. O cinema é como os livros, nos abre mundos que nos dão prazeres e nos revelam coisas que temos e, muitas vezes, nem sabemos.

No último domingo, à noite, curioso, acompanhei a cerimônia de premiação dos melhores filmes do ano pela TV. Estes tempos de 20/21 abarcam uma realidade global que parece o roteiro da história de um planeta envolto numa guerra biológica terrível, com todos perplexos diante da impotência contra um vírus mortal. Um momento trágico. Nos anos 40, minha mãe viu a indústria do cinema procurar maneiras de entreter as pessoas durante o sofrimento dos horrores da Segunda Guerra. Agora, abril de 2021, eu queria ver como a criação olhou esse mundo muito doido.

De certa forma, o Oscar da pandemia mostrou o drama humano atual e refletiu a realidade. Premiou a beleza da atuação de mulheres criadoras (Frances McDormand), destacou uma diretora chinesa (Chloé Zhao) e deu relevância a uma coreana idosa (Yuh-Jung Youn) como atriz coajuvante, além de reconhecer o talento de um jovem intérprete britânico (Daniel Kaluuya), que faz o papel de um ativista negro.

Mas uma obra é especialmente representativa: aquela que deu o merecido prêmio de Melhor Ator a Anthony Hopkins. Com a brilhante interpretação de um idoso perdido em confusões mentais, fato cada vez mais comum pela crescente maior longevidade das pessoas, é um filme cruelmente tocante. Sem apelações do tipo mulher pelada, tiros, perseguições de carros de polícia - e outras mirabolâncias vulgares -, a fita foi também o Melhor Roteiro Adaptado. É o resumo de um tempo: "Meu Pai"!

Minha mãe costumava contar que na juventude, nos anos 40, cuidava do cinema da família. Adorava aquilo. Ela recordava das sessões que via depois de fechar a bilheteria. Por anos lamentou que a vida tomou outro rumo tirando dela aquele prazer. Imagine: uma jovem deslumbrada com todos aqueles craques das telas, gente que foi virando cult. Talvez seja por isso que "Cinema Paradiso" me levou nove vezes à sala de exibição para me encantar com o menino Totó do Sr. Tornatore e a maravilhosa trilha do Sr. Morricone. O cinema é como os livros, nos abre mundos que nos dão prazeres e nos revelam coisas que temos e, muitas vezes, nem sabemos.

No último domingo, à noite, curioso, acompanhei a cerimônia de premiação dos melhores filmes do ano pela TV. Estes tempos de 20/21 abarcam uma realidade global que parece o roteiro da história de um planeta envolto numa guerra biológica terrível, com todos perplexos diante da impotência contra um vírus mortal. Um momento trágico. Nos anos 40, minha mãe viu a indústria do cinema procurar maneiras de entreter as pessoas durante o sofrimento dos horrores da Segunda Guerra. Agora, abril de 2021, eu queria ver como a criação olhou esse mundo muito doido.

De certa forma, o Oscar da pandemia mostrou o drama humano atual e refletiu a realidade. Premiou a beleza da atuação de mulheres criadoras (Frances McDormand), destacou uma diretora chinesa (Chloé Zhao) e deu relevância a uma coreana idosa (Yuh-Jung Youn) como atriz coajuvante, além de reconhecer o talento de um jovem intérprete britânico (Daniel Kaluuya), que faz o papel de um ativista negro.

Mas uma obra é especialmente representativa: aquela que deu o merecido prêmio de Melhor Ator a Anthony Hopkins. Com a brilhante interpretação de um idoso perdido em confusões mentais, fato cada vez mais comum pela crescente maior longevidade das pessoas, é um filme cruelmente tocante. Sem apelações do tipo mulher pelada, tiros, perseguições de carros de polícia - e outras mirabolâncias vulgares -, a fita foi também o Melhor Roteiro Adaptado. É o resumo de um tempo: "Meu Pai"!

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