Com 31 pessoas, posto médico paga R$ 26 mil a enfermeira


Justificativa para manutenção de equipe na Casa é que funcionários não têm plano de saúde pago pelo poder público

Por Redação

Entre os 713 funcionários da Câmara que tiveram seus salários divulgados, estão 31 servidores da Secretaria de Assistência à Saúde. Trata-se de uma equipe de médicos, dentistas e enfermeiros que passa o dia à disposição dos vereadores e funcionários da Casa, sem atender o público externo. O gasto mensal da Câmara com a folha de pagamento desses funcionários é de cerca de R$ 300 mil mensais - ou R$ 3,6 milhões por ano.O maior salário desse grupo é o da chefe do setor de enfermagem, que ganha todo mês R$ 26,7 mil, acima do teto municipal. Isso acontece porque o abono de permanência - pagamento extra feito a todo servidor que já é aposentado, mas quer continuar trabalhando - é considerado verba indenizatória e é uma das poucas exceções para o cálculo do teto do funcionalismo. Na cidade de São Paulo, o valor máximo que o servidor pode receber de salário são R$ 24,1 mil, referentes ao salário do prefeito. A unidade de saúde do Legislativo paulistano fica no 1.º subsolo, em uma sala ampla e bem cuidada, com ar-condicionado e cafezinho à disposição dos clientes. O acesso não é liberado para cidadãos que poderiam utilizar o local. A reportagem tentou visitar o setor, mas foi impedida por uma secretária que ficava na entrada. Segundo ela, apenas funcionários com crachá poderiam entrar na clínica. O local também pode ser usado por parentes próximos dos servidores, como filhos e cônjuges. O gasto proporcional apenas com a folha de pagamento de profissionais como oftalmologistas, ortopedistas, fisioterapeutas e dentistas é de R$ 1,8 mil por funcionário da Câmara. Essa proporção é cerca de três vezes o que a Prefeitura de São Paulo gasta em saúde para cada um dos seus 11 milhões de habitantes. Para 2012, por exemplo, o orçamento municipal prevê um total de R$ 6,7 bilhões em gastos com saúde, o que dá R$ 610 por habitante.Contas. Se levado em conta apenas o que a Prefeitura gasta com o pagamento de salários, a discrepância é ainda maior. Neste ano, será R$ 1,7 bilhão para os vencimentos de todos os médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde do Município, o que dá R$ 154 por habitante. O número é quase 12 vezes menor que o valor gasto pela Câmara para seus vereadores e funcionários.Além disso, dos 31 funcionários listados no setor de saúde da Câmara, oito são comissionados. Isso significa que eles podem ser indicados pela direção do Legislativo e não precisam passar por concurso público para serem nomeados. O salário líquido médio desses funcionários é de R$ 5,1 mil por mês. Já o da equipe completa é de R$ 9 mil mensais - sem considerar os descontos.Explicação. A justificativa para a manutenção do serviço é de que os funcionários não têm plano de saúde pago pelo poder público. O presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), não quis dar entrevista à reportagem para comentar esse e outros assuntos relacionados aos salários do funcionalismo. / D.Z. e R.B.

Entre os 713 funcionários da Câmara que tiveram seus salários divulgados, estão 31 servidores da Secretaria de Assistência à Saúde. Trata-se de uma equipe de médicos, dentistas e enfermeiros que passa o dia à disposição dos vereadores e funcionários da Casa, sem atender o público externo. O gasto mensal da Câmara com a folha de pagamento desses funcionários é de cerca de R$ 300 mil mensais - ou R$ 3,6 milhões por ano.O maior salário desse grupo é o da chefe do setor de enfermagem, que ganha todo mês R$ 26,7 mil, acima do teto municipal. Isso acontece porque o abono de permanência - pagamento extra feito a todo servidor que já é aposentado, mas quer continuar trabalhando - é considerado verba indenizatória e é uma das poucas exceções para o cálculo do teto do funcionalismo. Na cidade de São Paulo, o valor máximo que o servidor pode receber de salário são R$ 24,1 mil, referentes ao salário do prefeito. A unidade de saúde do Legislativo paulistano fica no 1.º subsolo, em uma sala ampla e bem cuidada, com ar-condicionado e cafezinho à disposição dos clientes. O acesso não é liberado para cidadãos que poderiam utilizar o local. A reportagem tentou visitar o setor, mas foi impedida por uma secretária que ficava na entrada. Segundo ela, apenas funcionários com crachá poderiam entrar na clínica. O local também pode ser usado por parentes próximos dos servidores, como filhos e cônjuges. O gasto proporcional apenas com a folha de pagamento de profissionais como oftalmologistas, ortopedistas, fisioterapeutas e dentistas é de R$ 1,8 mil por funcionário da Câmara. Essa proporção é cerca de três vezes o que a Prefeitura de São Paulo gasta em saúde para cada um dos seus 11 milhões de habitantes. Para 2012, por exemplo, o orçamento municipal prevê um total de R$ 6,7 bilhões em gastos com saúde, o que dá R$ 610 por habitante.Contas. Se levado em conta apenas o que a Prefeitura gasta com o pagamento de salários, a discrepância é ainda maior. Neste ano, será R$ 1,7 bilhão para os vencimentos de todos os médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde do Município, o que dá R$ 154 por habitante. O número é quase 12 vezes menor que o valor gasto pela Câmara para seus vereadores e funcionários.Além disso, dos 31 funcionários listados no setor de saúde da Câmara, oito são comissionados. Isso significa que eles podem ser indicados pela direção do Legislativo e não precisam passar por concurso público para serem nomeados. O salário líquido médio desses funcionários é de R$ 5,1 mil por mês. Já o da equipe completa é de R$ 9 mil mensais - sem considerar os descontos.Explicação. A justificativa para a manutenção do serviço é de que os funcionários não têm plano de saúde pago pelo poder público. O presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), não quis dar entrevista à reportagem para comentar esse e outros assuntos relacionados aos salários do funcionalismo. / D.Z. e R.B.

Entre os 713 funcionários da Câmara que tiveram seus salários divulgados, estão 31 servidores da Secretaria de Assistência à Saúde. Trata-se de uma equipe de médicos, dentistas e enfermeiros que passa o dia à disposição dos vereadores e funcionários da Casa, sem atender o público externo. O gasto mensal da Câmara com a folha de pagamento desses funcionários é de cerca de R$ 300 mil mensais - ou R$ 3,6 milhões por ano.O maior salário desse grupo é o da chefe do setor de enfermagem, que ganha todo mês R$ 26,7 mil, acima do teto municipal. Isso acontece porque o abono de permanência - pagamento extra feito a todo servidor que já é aposentado, mas quer continuar trabalhando - é considerado verba indenizatória e é uma das poucas exceções para o cálculo do teto do funcionalismo. Na cidade de São Paulo, o valor máximo que o servidor pode receber de salário são R$ 24,1 mil, referentes ao salário do prefeito. A unidade de saúde do Legislativo paulistano fica no 1.º subsolo, em uma sala ampla e bem cuidada, com ar-condicionado e cafezinho à disposição dos clientes. O acesso não é liberado para cidadãos que poderiam utilizar o local. A reportagem tentou visitar o setor, mas foi impedida por uma secretária que ficava na entrada. Segundo ela, apenas funcionários com crachá poderiam entrar na clínica. O local também pode ser usado por parentes próximos dos servidores, como filhos e cônjuges. O gasto proporcional apenas com a folha de pagamento de profissionais como oftalmologistas, ortopedistas, fisioterapeutas e dentistas é de R$ 1,8 mil por funcionário da Câmara. Essa proporção é cerca de três vezes o que a Prefeitura de São Paulo gasta em saúde para cada um dos seus 11 milhões de habitantes. Para 2012, por exemplo, o orçamento municipal prevê um total de R$ 6,7 bilhões em gastos com saúde, o que dá R$ 610 por habitante.Contas. Se levado em conta apenas o que a Prefeitura gasta com o pagamento de salários, a discrepância é ainda maior. Neste ano, será R$ 1,7 bilhão para os vencimentos de todos os médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde do Município, o que dá R$ 154 por habitante. O número é quase 12 vezes menor que o valor gasto pela Câmara para seus vereadores e funcionários.Além disso, dos 31 funcionários listados no setor de saúde da Câmara, oito são comissionados. Isso significa que eles podem ser indicados pela direção do Legislativo e não precisam passar por concurso público para serem nomeados. O salário líquido médio desses funcionários é de R$ 5,1 mil por mês. Já o da equipe completa é de R$ 9 mil mensais - sem considerar os descontos.Explicação. A justificativa para a manutenção do serviço é de que os funcionários não têm plano de saúde pago pelo poder público. O presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), não quis dar entrevista à reportagem para comentar esse e outros assuntos relacionados aos salários do funcionalismo. / D.Z. e R.B.

Entre os 713 funcionários da Câmara que tiveram seus salários divulgados, estão 31 servidores da Secretaria de Assistência à Saúde. Trata-se de uma equipe de médicos, dentistas e enfermeiros que passa o dia à disposição dos vereadores e funcionários da Casa, sem atender o público externo. O gasto mensal da Câmara com a folha de pagamento desses funcionários é de cerca de R$ 300 mil mensais - ou R$ 3,6 milhões por ano.O maior salário desse grupo é o da chefe do setor de enfermagem, que ganha todo mês R$ 26,7 mil, acima do teto municipal. Isso acontece porque o abono de permanência - pagamento extra feito a todo servidor que já é aposentado, mas quer continuar trabalhando - é considerado verba indenizatória e é uma das poucas exceções para o cálculo do teto do funcionalismo. Na cidade de São Paulo, o valor máximo que o servidor pode receber de salário são R$ 24,1 mil, referentes ao salário do prefeito. A unidade de saúde do Legislativo paulistano fica no 1.º subsolo, em uma sala ampla e bem cuidada, com ar-condicionado e cafezinho à disposição dos clientes. O acesso não é liberado para cidadãos que poderiam utilizar o local. A reportagem tentou visitar o setor, mas foi impedida por uma secretária que ficava na entrada. Segundo ela, apenas funcionários com crachá poderiam entrar na clínica. O local também pode ser usado por parentes próximos dos servidores, como filhos e cônjuges. O gasto proporcional apenas com a folha de pagamento de profissionais como oftalmologistas, ortopedistas, fisioterapeutas e dentistas é de R$ 1,8 mil por funcionário da Câmara. Essa proporção é cerca de três vezes o que a Prefeitura de São Paulo gasta em saúde para cada um dos seus 11 milhões de habitantes. Para 2012, por exemplo, o orçamento municipal prevê um total de R$ 6,7 bilhões em gastos com saúde, o que dá R$ 610 por habitante.Contas. Se levado em conta apenas o que a Prefeitura gasta com o pagamento de salários, a discrepância é ainda maior. Neste ano, será R$ 1,7 bilhão para os vencimentos de todos os médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde do Município, o que dá R$ 154 por habitante. O número é quase 12 vezes menor que o valor gasto pela Câmara para seus vereadores e funcionários.Além disso, dos 31 funcionários listados no setor de saúde da Câmara, oito são comissionados. Isso significa que eles podem ser indicados pela direção do Legislativo e não precisam passar por concurso público para serem nomeados. O salário líquido médio desses funcionários é de R$ 5,1 mil por mês. Já o da equipe completa é de R$ 9 mil mensais - sem considerar os descontos.Explicação. A justificativa para a manutenção do serviço é de que os funcionários não têm plano de saúde pago pelo poder público. O presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), não quis dar entrevista à reportagem para comentar esse e outros assuntos relacionados aos salários do funcionalismo. / D.Z. e R.B.

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