De 392 casos de resistência, PMs foram presos em 3


Diretor de delegacia especializada responsável por apurações há 11 meses nega corporativismo e diz que criminosos estão violentos

Por Bruno Paes Manso

Desde que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil começou a investigar os casos de resistência seguida de morte, no dia 6 de abril do ano passado, em apenas três das 392 ocorrências registradas até março deste ano os policiais militares foram presos por simular tiroteios com as vítimas. Isso representa 0,77% do total de investigações em 11 meses.Segundo o DHPP, foram esclarecidos 120 casos (30%), em que as resistências foram confirmadas e os inquéritos acabaram arquivados.O DHPP passou a investigar os casos de resistência seguida de morte depois que o Estado revelou uma gravação ao 190 em que uma mulher testemunhava e narrava ao vivo uma execução feita por PMs no Cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Até então, as investigações de resistências seguidas de morte eram feitas pelas delegacias distritais.A última simulação de resistência seguida de morte foi na madrugada do último dia 18, no Cantinho do Céu, na zona sul de São Paulo. Os PMs Luiz Vianna Labella e Cassio Andrade Bigas foram indiciados por homicídio qualificado, acusados de matar um jovem de 18 anos que voltava de uma festa.Os PMs estiveram no 101.º DP (Jardim das Imbuias) e contaram que, por volta das 4h, foram chamados para atender uma ocorrência de roubo em um supermercado da região. Na descrição dos PMs, cerca de 20 pessoas se juntaram para fazer um arrastão no supermercado e alguns integrantes atiraram contra os policiais. Eles alegaram que, por isso, revidaram, matando o jovem e ferindo um porteiro de 58 anos.Integrantes do DHPP foram ao local e conseguiram interrogar testemunhas sob condição de sigilo. Elas disseram que quatro jovens chegavam da festa no meio da rua, quando a vítima abaixou para pegar um energético que havia caído do supermercado arrombado. Foi quando os policiais dispararam. Essa versão foi confirmada por outras testemunhas e o DHPP pediu a prisão preventiva dos PMs, que foram mandados para o Presídio Romão Gomes.Apurações. Para o diretor do DHPP, Jorge Carrasco, a descoberta de apenas três casos entre 392 não é motivo para suspeitar de corporativismo nas investigações. Ele afirma que policiais do Grupo Especializado em Assessoramento de Local de Crime (Geacrim) foram enviados para todas as ocorrências para checar os casos suspeitos e que as apurações são feitas em parceria com a Corregedoria da PM."Não existe a possibilidade de se mexer no local do crime. Aquela história de que os PMs recolhem a cápsula é lenda." Carrasco afirma que a tecnologia atual permite saber o calibre dos disparos. "A perícia aponta casos suspeitos, como tiros dados próximos do corpo. Isso quase não aparece. Quando ocorre, aprofundamos a investigação."Ele diz que 156 pessoas foram indiciadas para depor nesses casos. "São muitos indiciados, o que mostra que estamos trabalhando intensamente."Para o diretor do DHPP, o problema é que os bandidos estão mais violentos. Ele diz que a maioria das resistências seguidas de morte ocorre depois de flagrantes de crimes contra o patrimônio, principalmente roubo de carros.Solucionados. Os outros dois casos de resistência seguida de morte que foram simulados por policiais ocorreram no ano passado. Um deles, no dia 29 de setembro, em Osasco, resultou na prisão de quatro policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Eles alegaram que receberam denúncia anônima sobre um ladrão de cargas que guardava armas em casa. Teriam sido recebidos a tiros e matado o acusado. Testemunhas contaram que houve execução. O outro caso que resultou em prisão de um PM foi no dia 5 de julho, em Santo André. O policial, que era do 38.º Batalhão, na zona leste, estava de folga e marcou encontro com a vítima em uma padaria na cidade do ABC paulista. O policial simulou ter sido vítima de roubo e acionou a PM. A vítima tinha quatro tiros quando a viatura do 10.º BPM a socorreu. Ao chegar ao pronto-socorro, estava com seis tiros.

Desde que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil começou a investigar os casos de resistência seguida de morte, no dia 6 de abril do ano passado, em apenas três das 392 ocorrências registradas até março deste ano os policiais militares foram presos por simular tiroteios com as vítimas. Isso representa 0,77% do total de investigações em 11 meses.Segundo o DHPP, foram esclarecidos 120 casos (30%), em que as resistências foram confirmadas e os inquéritos acabaram arquivados.O DHPP passou a investigar os casos de resistência seguida de morte depois que o Estado revelou uma gravação ao 190 em que uma mulher testemunhava e narrava ao vivo uma execução feita por PMs no Cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Até então, as investigações de resistências seguidas de morte eram feitas pelas delegacias distritais.A última simulação de resistência seguida de morte foi na madrugada do último dia 18, no Cantinho do Céu, na zona sul de São Paulo. Os PMs Luiz Vianna Labella e Cassio Andrade Bigas foram indiciados por homicídio qualificado, acusados de matar um jovem de 18 anos que voltava de uma festa.Os PMs estiveram no 101.º DP (Jardim das Imbuias) e contaram que, por volta das 4h, foram chamados para atender uma ocorrência de roubo em um supermercado da região. Na descrição dos PMs, cerca de 20 pessoas se juntaram para fazer um arrastão no supermercado e alguns integrantes atiraram contra os policiais. Eles alegaram que, por isso, revidaram, matando o jovem e ferindo um porteiro de 58 anos.Integrantes do DHPP foram ao local e conseguiram interrogar testemunhas sob condição de sigilo. Elas disseram que quatro jovens chegavam da festa no meio da rua, quando a vítima abaixou para pegar um energético que havia caído do supermercado arrombado. Foi quando os policiais dispararam. Essa versão foi confirmada por outras testemunhas e o DHPP pediu a prisão preventiva dos PMs, que foram mandados para o Presídio Romão Gomes.Apurações. Para o diretor do DHPP, Jorge Carrasco, a descoberta de apenas três casos entre 392 não é motivo para suspeitar de corporativismo nas investigações. Ele afirma que policiais do Grupo Especializado em Assessoramento de Local de Crime (Geacrim) foram enviados para todas as ocorrências para checar os casos suspeitos e que as apurações são feitas em parceria com a Corregedoria da PM."Não existe a possibilidade de se mexer no local do crime. Aquela história de que os PMs recolhem a cápsula é lenda." Carrasco afirma que a tecnologia atual permite saber o calibre dos disparos. "A perícia aponta casos suspeitos, como tiros dados próximos do corpo. Isso quase não aparece. Quando ocorre, aprofundamos a investigação."Ele diz que 156 pessoas foram indiciadas para depor nesses casos. "São muitos indiciados, o que mostra que estamos trabalhando intensamente."Para o diretor do DHPP, o problema é que os bandidos estão mais violentos. Ele diz que a maioria das resistências seguidas de morte ocorre depois de flagrantes de crimes contra o patrimônio, principalmente roubo de carros.Solucionados. Os outros dois casos de resistência seguida de morte que foram simulados por policiais ocorreram no ano passado. Um deles, no dia 29 de setembro, em Osasco, resultou na prisão de quatro policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Eles alegaram que receberam denúncia anônima sobre um ladrão de cargas que guardava armas em casa. Teriam sido recebidos a tiros e matado o acusado. Testemunhas contaram que houve execução. O outro caso que resultou em prisão de um PM foi no dia 5 de julho, em Santo André. O policial, que era do 38.º Batalhão, na zona leste, estava de folga e marcou encontro com a vítima em uma padaria na cidade do ABC paulista. O policial simulou ter sido vítima de roubo e acionou a PM. A vítima tinha quatro tiros quando a viatura do 10.º BPM a socorreu. Ao chegar ao pronto-socorro, estava com seis tiros.

Desde que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil começou a investigar os casos de resistência seguida de morte, no dia 6 de abril do ano passado, em apenas três das 392 ocorrências registradas até março deste ano os policiais militares foram presos por simular tiroteios com as vítimas. Isso representa 0,77% do total de investigações em 11 meses.Segundo o DHPP, foram esclarecidos 120 casos (30%), em que as resistências foram confirmadas e os inquéritos acabaram arquivados.O DHPP passou a investigar os casos de resistência seguida de morte depois que o Estado revelou uma gravação ao 190 em que uma mulher testemunhava e narrava ao vivo uma execução feita por PMs no Cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Até então, as investigações de resistências seguidas de morte eram feitas pelas delegacias distritais.A última simulação de resistência seguida de morte foi na madrugada do último dia 18, no Cantinho do Céu, na zona sul de São Paulo. Os PMs Luiz Vianna Labella e Cassio Andrade Bigas foram indiciados por homicídio qualificado, acusados de matar um jovem de 18 anos que voltava de uma festa.Os PMs estiveram no 101.º DP (Jardim das Imbuias) e contaram que, por volta das 4h, foram chamados para atender uma ocorrência de roubo em um supermercado da região. Na descrição dos PMs, cerca de 20 pessoas se juntaram para fazer um arrastão no supermercado e alguns integrantes atiraram contra os policiais. Eles alegaram que, por isso, revidaram, matando o jovem e ferindo um porteiro de 58 anos.Integrantes do DHPP foram ao local e conseguiram interrogar testemunhas sob condição de sigilo. Elas disseram que quatro jovens chegavam da festa no meio da rua, quando a vítima abaixou para pegar um energético que havia caído do supermercado arrombado. Foi quando os policiais dispararam. Essa versão foi confirmada por outras testemunhas e o DHPP pediu a prisão preventiva dos PMs, que foram mandados para o Presídio Romão Gomes.Apurações. Para o diretor do DHPP, Jorge Carrasco, a descoberta de apenas três casos entre 392 não é motivo para suspeitar de corporativismo nas investigações. Ele afirma que policiais do Grupo Especializado em Assessoramento de Local de Crime (Geacrim) foram enviados para todas as ocorrências para checar os casos suspeitos e que as apurações são feitas em parceria com a Corregedoria da PM."Não existe a possibilidade de se mexer no local do crime. Aquela história de que os PMs recolhem a cápsula é lenda." Carrasco afirma que a tecnologia atual permite saber o calibre dos disparos. "A perícia aponta casos suspeitos, como tiros dados próximos do corpo. Isso quase não aparece. Quando ocorre, aprofundamos a investigação."Ele diz que 156 pessoas foram indiciadas para depor nesses casos. "São muitos indiciados, o que mostra que estamos trabalhando intensamente."Para o diretor do DHPP, o problema é que os bandidos estão mais violentos. Ele diz que a maioria das resistências seguidas de morte ocorre depois de flagrantes de crimes contra o patrimônio, principalmente roubo de carros.Solucionados. Os outros dois casos de resistência seguida de morte que foram simulados por policiais ocorreram no ano passado. Um deles, no dia 29 de setembro, em Osasco, resultou na prisão de quatro policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Eles alegaram que receberam denúncia anônima sobre um ladrão de cargas que guardava armas em casa. Teriam sido recebidos a tiros e matado o acusado. Testemunhas contaram que houve execução. O outro caso que resultou em prisão de um PM foi no dia 5 de julho, em Santo André. O policial, que era do 38.º Batalhão, na zona leste, estava de folga e marcou encontro com a vítima em uma padaria na cidade do ABC paulista. O policial simulou ter sido vítima de roubo e acionou a PM. A vítima tinha quatro tiros quando a viatura do 10.º BPM a socorreu. Ao chegar ao pronto-socorro, estava com seis tiros.

Desde que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil começou a investigar os casos de resistência seguida de morte, no dia 6 de abril do ano passado, em apenas três das 392 ocorrências registradas até março deste ano os policiais militares foram presos por simular tiroteios com as vítimas. Isso representa 0,77% do total de investigações em 11 meses.Segundo o DHPP, foram esclarecidos 120 casos (30%), em que as resistências foram confirmadas e os inquéritos acabaram arquivados.O DHPP passou a investigar os casos de resistência seguida de morte depois que o Estado revelou uma gravação ao 190 em que uma mulher testemunhava e narrava ao vivo uma execução feita por PMs no Cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Até então, as investigações de resistências seguidas de morte eram feitas pelas delegacias distritais.A última simulação de resistência seguida de morte foi na madrugada do último dia 18, no Cantinho do Céu, na zona sul de São Paulo. Os PMs Luiz Vianna Labella e Cassio Andrade Bigas foram indiciados por homicídio qualificado, acusados de matar um jovem de 18 anos que voltava de uma festa.Os PMs estiveram no 101.º DP (Jardim das Imbuias) e contaram que, por volta das 4h, foram chamados para atender uma ocorrência de roubo em um supermercado da região. Na descrição dos PMs, cerca de 20 pessoas se juntaram para fazer um arrastão no supermercado e alguns integrantes atiraram contra os policiais. Eles alegaram que, por isso, revidaram, matando o jovem e ferindo um porteiro de 58 anos.Integrantes do DHPP foram ao local e conseguiram interrogar testemunhas sob condição de sigilo. Elas disseram que quatro jovens chegavam da festa no meio da rua, quando a vítima abaixou para pegar um energético que havia caído do supermercado arrombado. Foi quando os policiais dispararam. Essa versão foi confirmada por outras testemunhas e o DHPP pediu a prisão preventiva dos PMs, que foram mandados para o Presídio Romão Gomes.Apurações. Para o diretor do DHPP, Jorge Carrasco, a descoberta de apenas três casos entre 392 não é motivo para suspeitar de corporativismo nas investigações. Ele afirma que policiais do Grupo Especializado em Assessoramento de Local de Crime (Geacrim) foram enviados para todas as ocorrências para checar os casos suspeitos e que as apurações são feitas em parceria com a Corregedoria da PM."Não existe a possibilidade de se mexer no local do crime. Aquela história de que os PMs recolhem a cápsula é lenda." Carrasco afirma que a tecnologia atual permite saber o calibre dos disparos. "A perícia aponta casos suspeitos, como tiros dados próximos do corpo. Isso quase não aparece. Quando ocorre, aprofundamos a investigação."Ele diz que 156 pessoas foram indiciadas para depor nesses casos. "São muitos indiciados, o que mostra que estamos trabalhando intensamente."Para o diretor do DHPP, o problema é que os bandidos estão mais violentos. Ele diz que a maioria das resistências seguidas de morte ocorre depois de flagrantes de crimes contra o patrimônio, principalmente roubo de carros.Solucionados. Os outros dois casos de resistência seguida de morte que foram simulados por policiais ocorreram no ano passado. Um deles, no dia 29 de setembro, em Osasco, resultou na prisão de quatro policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Eles alegaram que receberam denúncia anônima sobre um ladrão de cargas que guardava armas em casa. Teriam sido recebidos a tiros e matado o acusado. Testemunhas contaram que houve execução. O outro caso que resultou em prisão de um PM foi no dia 5 de julho, em Santo André. O policial, que era do 38.º Batalhão, na zona leste, estava de folga e marcou encontro com a vítima em uma padaria na cidade do ABC paulista. O policial simulou ter sido vítima de roubo e acionou a PM. A vítima tinha quatro tiros quando a viatura do 10.º BPM a socorreu. Ao chegar ao pronto-socorro, estava com seis tiros.

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